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DIREITO INTERNACIONAL Direito Internacional Público Aula 2 “FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO” Prof. Dirceu Pereira Siqueira E-mail: dpsiqueira@uol.com.br / Facebook: Dirceu Siqueira 2021 mailto:dpsiqueira@uol.com.br FONTES - NOÇÕES GERAIS O Direito Internacional Público pode ser definido como a disciplina JURÍDICA da sociedade internacional. É o conjunto de princípios e regras, costumeiras ou positivas, que disciplina e rege os Estados, Organizações Internacionais e indivíduos. FONTES - CLASSIFICAÇÃO MATERIAIS / FORMAIS Materiais – ATOS ou FATOS – Necessidades Sociais para criação de REGRAS DO DIREITO Formais – Lugares onde NASCEM as normas jurídicas – Ex. Tratados / Costumes FONTES – ROL (art. 38 do Estatuto – CIJ) a) Tratados Internacionais b) Costumes Internacionais c) Princípio Gerais de Direito d) Doutrina e Jurisprudência Internacionais FONTES – ROL (art. 38 do Estatuto – CIJ) Questões: 1. O Rol do Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, é um rol “taxativo ou meramente exemplificativo” Resposta – Rol Exemplificativo – tanto o é que temos a existência de novas fontes atualmente. FONTES – ROL (art. 38 do Estatuto – CIJ) Questões: 2. Existe hierarquia entre as fontes do artigo 38 do Estatuto da Corte? Resposta – Não! Trata-se de uma escolha normativa tão somente FONTES – ROL (art. 38 do Estatuto – CIJ) Questões: 3. Uma fonte pode revogar outra? Se sim, por qual razão? Resposta – Sim! Pelo critério cronológico, pois não há hierarquia entre elas. FONTES – ROL (CLASSIFICAÇÃO) As fontes estão classificadas da seguinte forma: A) FONTES PRIMÁRIAS B) FONTES SECUNDÁRIAS FONTES “PRIMÁRIAS” São as seguintes: A) TRATADOS INTERNACIONAIS B) COSTUMES INTERNACIONAIS C) PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO FONTES “PRIMÁRIAS” TRATADOS INTERNACIONAIS “Tratado é um acordo internacional concluído por escrito entre Estados ou entre Estados e Organizações internacionais, regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer conste de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica” (VARELLA, Marcelo D. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2019, p. 17) FONTES “PRIMÁRIAS” COSTUME INTERNACIONAL “prática geral aceita como sendo o direito” (art. 38, §1º, alínea b, do ECIJ) “quando os Estados adquirem o hábito de adotar, no que tange a uma certa situação, e sempre que a mesma se repita, uma atividade determinada, à qual se atribui significado jurídico” (VIRALLY, Michel. Manual de derecho internacional público. Max Sorensen, 1983, p. 33) FONTES “PRIMÁRIAS” COSTUME INTERNACIONAL Até pouco tempo, era a principal fonte do direito internacional. O costume é uma repetição de atos num mesmo sentido, durante longo período de tempo. É a prática aceita pelos Estados como sendo o direito. Quem alega o costume deve prova-lo. FONTES “PRIMÁRIAS” COSTUME INTERNACIONAL Deve reunir DOIS elementos: ◼ 1. MATERIAL – “PRÁTICA GERAL DOS ESTADOS – PRÁTICA GENERALIZADA – PRECEDENTES ◼ 2. SUBJETIVO (PSICOLÓGICO) – ACEITA COMO DIREITO ◼ a) Crença sobre a obrigatoriedade da prática ◼ b) Ser jurídico ◼ C) Pertencer ao Direito ◼ OBS – SE TIVER APENAS O “ELEMENTO MATERIAL” SERÁ MERO USO OU HÁBITO!!! FONTES “PRIMÁRIAS” COSTUME INTERNACIONAL Deve reunir DOIS elementos: ◼ 1. MATERIAL – “PRÁTICA GERAL DOS ESTADOS – PRÁTICA GENERALIZADA – PRECEDENTES ◼ 2. SUBJETIVO (PSICOLÓGICO) – ACEITA COMO DIREITO ◼ a) Crença sobre a obrigatoriedade da prática ◼ b) Ser jurídico ◼ C) Pertencer ao Direito FONTES “PRIMÁRIAS” COSTUME INTERNACIONAL Questões: 1. O costume internacional pode ser REGIONALIZADO? ◼SIM – EX. ASILO DIPLOMÁTICO (costume latino americano) – é o ato de um Estado em receber uma pessoa estrangeira perseguida em seu país FONTES “PRIMÁRIAS” COSTUME INTERNACIONAL Questões: 2. NOVOS ESTADOS, estão obrigados a praticar costumes internacionais para os quais não tenham contribuído na formação? ◼SIM, conforme doutrina majoritária (Americana) FONTES “PRIMÁRIAS” PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO São aqueles reconhecidos pela Nação! ◼Ex. Boa fé; pacta sund servanda etc. FONTES “SECUNDÁRIAS” (MEIOS AUXILIARES) São as seguintes: A) DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA B) ATOS UNILATERAIS DOS ESTADOS (novas fontes) C) DECISÕES DE ORG´s (novas fontes) D) IUS COGENS (novas fontes) E) SOFT LAW (novas fontes) FONTES “SECUNDÁRIAS” (MEIOS AUXILIARES) DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA : Conforme o art. 38 do ECIJ – serão consideradas as doutrinas dos juristas MAIS QUALIFICADOS das distintas nações ◼*** Atualmente – consideram-se todas as DOUTRINAS! FONTES “SECUNDÁRIAS” (MEIOS AUXILIARES) ATOS UNILATERAIS: “São todos os atos que geram direito à parte contrária” FONTES “SECUNDÁRIAS” (MEIOS AUXILIARES) DECISÕES DA ORG´s: “São aquelas decisões, tomadas pelas Organizações Internacionais – de modo democrático pelos seus membros e que geram responsabilidades aos Estados” FONTES “SECUNDÁRIAS” (MEIOS AUXILIARES) IUS COGENS (C.V./69 – arts 53 e 64): “não são tratados, trata-se de um direito flexível mas, materialmente cogente” – exemplo: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITO HUMANOS” FONTES “SECUNDÁRIAS” (MEIOS AUXILIARES) SOFT LAW (ainda há dúvidas se é ou não fonte): “É o direito flexível – compromissos dos Estado em prol de um bem comum” ◼Exemplo: AGENDA 21 – compromisso dos estados em defender o meio ambiente. Referência bibliográficas VARELLA, Marcelo D. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2019. REZEK, José Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 8º ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2000. ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, G. E. do Nascimento; CASELLA, Paulo Borba. Manual de direito internacional público. 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009. MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de direito internacional público. 4ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.
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