Buscar

Estudo dirigido MMSS - Anato palpatória

Prévia do material em texto

ESTUDO DIRIGIDO – ANATOMIA PALPATÓRIA
01-Indivíduo com relato de lesão por ruptura de um músculo do ombro responsável por movimentos de rotação lateral, foi avaliado com o diagnóstico de ruptura parcial dos músculos Supraespinhal e infraespinhal, descreva toda a técnica palpatória de ombro para músculos rotadores laterais, desde o posicionamento do paciente, passando pelas orientações e posicionamento do avaliador, referências ósseas e tecnicas de palpação destas estruturas.
	A melhor posição do paciente para a palpação é em decúbito ventral, onde o membro superior precisa estar apoiado, inclusive se o paciente estiver sentado, para que toda a musculatura da escápula fique relaxada e consigamos acessar os rotadores, que ficam abaixo do trapézio (essa posição de palpação vale também para o músculo redondo menor). A melhor posição do membro para a palpação do infraespinhal é deixar o braço em leve abdução (ideal é 60º) e o paciente faz a rotação lateral; a mesma coisa para o supraespinhal, porém com o membro pendido ao lado do corpo; faz-se então a palpação, que pode ser de forma pontual, sobre a espinha da escápula, na fossa supra-espinhal, para o músculo supraespinhal e, abaixo da espinha da escápula, para o infraespinhal, seguindo a orientação de suas fibras, que é ascendente, medial para lateral. Para essa palpação, o avaliador se posiciona ao lado do membro a ser palpado; se o paciente estiver sentado, o avaliador se posiciona em pé, atrás. Nessa região, como referências ósseas da escápula, temos: acrômio, espinha, processo coracoide, fossa subescapular, cavidade glenoide, borda medial, lateral e superior, ângulo inferior e superior.
02-Após traumatismo na face anterior de antebraço indivíduo procura fisioterapia para avaliação e na palpação é identificado fratura de epicondilo medial, e dificuldade de realizar movimentos de desvios radial e ulnar.
Descreva a técnica palpatória que será usada para identificar quais os principais músculos afetados decorrentes desta perda de movimento.
	Sabendo que os músculos que possuem origem no epicôndilo medial e que realizam o desvio radial e ulnar são o flexor radial e flexor ulnar do carpo, respectivamente, deve-se fazer a palpação justamente sobre o epicôndilo medial, pedindo ao paciente que realize estes movimentos específicos de ambos enquanto apoiamos nosso dedo sobre a estrutura, para que consigamos diferencia-los.
03-Qual a técnica palpatória deve ser usada para identificar alterações relacionadas ao feixe vasculo nervoso do braço?
	O feixe vásculo nervoso é composto pelo nervo radial na parte latero-posterior do braço, a artéria braquial na parte medial e junto dela o nervo mediano e o nervo ulnar. Para palpar o nervo radial, identifica-se primeiro a inserção do deltoide (tuberosidade deltoidea) e o nervo se encontra logo abaixo. Na face medial, usamos de referência um sulco formado abaixo do bíceps, por onde passa a artéria braquial, que é identificada encontrando primeiro o bíceps e logo abaixo dele, medialmente, conseguimos sentir ela pulsando; à sua frente está o nervo mediano, e atrás, o nervo ulnar. Ao palparmos nervos, estamos procurando algum sintoma.
04-Indivíduo procura serviço de saúde com trauma na mão por compressão, e possível lesão de ossos do carpo, descreva como é a tecnica de palpação dos ossos do carpo tanto pela região palmar quanto pela região dorsal.
	Na mão, do lado do primeiro e do quinto metacarpo, os ossos escafoide e o semilunar articulam-se com o punho (rádio), formando a linha do punho. Na linha do metacarpo, ou seja, os ossos que se articulam com o metacarpo, temos: a partir do 1º metacarpo, o trapézio, junto a ele, o trapezoide, depois o capitato, hamato, pisiforme e embaixo desse último, o piramidal. Para identificar a linha do metacarpo, flexiona o polegar, com o dedo sobre a articulação e mobiliza para frente e para trás os outros metacarpos. No dorso da mão, com a flexão, é formado um buraco bem no ponto entre o escafoide e o semilunar; na tabaqueira anatômica, encontra-se a parte lateral do escafoide e logo acima, o trapézio. Se acompanhamos o trajeto do segundo dedo, encontramos o ponto mais palpável do trapezoide; do terceiro, o capitato; do quarto e quinto dedo, o hamato; no dorso só não é palpável o pisiforme pois fica na região da palma da mão.
05-Individuo tem relato de muita dor cervical e perda de sensibilidade de mão, na avaliação observa-se que estes sintomas são de origem dos músculos que têm ação sobre a elevação da escapula, descreva quais são e como são as técnicas de palpação destes, e explique qual a razão de estar ocorrendo a perda de sensibilidade da mão?
	Os músculos que atuam na elevação da escápula são: fibras superiores de trapézio, levantador da escápula, romboide maior e menor. Para a palpação de todos estes músculos, o paciente se posiciona deitado em decúbito ventral e o avaliador, ao lado do membro acometido. Para identificar fibras superiores de trapézio, o paciente realiza a elevação de ombro e o avaliador palpa o músculo em seu trajeto, que vai desde a linha nucal e da região cervical superior, descendo até o acrômio. Para identificar o levantador da escápula, localiza-se o ângulo superior da escápula e faz uma leve inclinação de cabeça do paciente para o lado contrário à palpação, esticando as fibras superiores do trapézio e então, o paciente eleva o ombro, tendo assim a contração efetiva do levantador, porém, não pode ser colocado muita resistência, se não o trapézio sobressai. Para os romboides, o paciente deve aduzir e elevar a escápula e do mesmo jeito feito com o m. levantador da escápula, deve-se colocar pouca resistência para que o trapézio não contraia. Uma hipótese da perda de sensibilidade das mãos, pode ser devido a uma neuropatia periférica, causada por compressão, lesão ou esforço repetitivo, por exemplo, relacionando assim, também, com a dor sentida na cervical.
06-Paciente com queixa de muita dor na região do punho, durante avaliação é identificado possíveis alterações inflamatórias nos túneis extensores e do carpo, descreva como é realizado a palpação destes túneis e quais estruturas são palpáveis em cada um.
	O primeiro túnel fica do lado radial, por onde passam dois tendões: abdutor longo e extensor curto do polegar; o segundo túnel fica bem em cima da transição do trapézio para o trapezoide, por onde passam os tendões do extensor radial longo e curto do carpo; o terceiro túnel, o menor, fica em cima do trapezoide, por onde passa o extensor longo do polegar; o quarto túnel, o mais dilatado, por onde passam os extensores dos dedos e o do 2º dedo; o quinto e o sexto túnel, também pequenos, ficam já sobre a ulna, por onde passam, respectivamente, o tendão do extensor do 5º dedo e do extensor ulnar do carpo. A identificação deles é importante para identificar uma tenossinovite específica; com a inflamação da bainha, ela fibrosa e adere ao tendão, restringindo o movimento.

Continue navegando