Logo Passei Direto
Buscar

AnatomiaPalpato_ria

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Com o paciente sentado e sua cabeça em posição neutra, o terapeuta deverá posicionar seu dedo indicador sobre o processo espinhoso mais proeminente da coluna cervical (C7), e seu dedo médio da mesma mão, sobre o processo espinhoso da vertebra subjacente. Com a ajuda da outra mão apoiada sobre a testa do paciente, realizará uma extensão passiva da coluna cervical. O processo espinhoso de C7 desaparecerá na lordose cervical e o processo espinhoso de T1 permanece imóvel sobre o dedo. Obs; esse teste também poderá ser realizado com o movimento de rotação da cabeça isolado ou combinado a extensão, uma vez que ocorre uma maior mobilidade de C7 em relação à T1 no movimento de rotação.

Deve-se observar, durante a palpação do músculo íliopsoas, possíveis alterações de sensibilidade quando comparado com o outro lado (contra lateralmente), pois pode ser indicativo de encurtamento muscular condição que pode gerar alteração biomecânica da lombar, gerando tendência a hiperlordose.

O ligamento cruzado anterior é o grande responsável por limitar o movimento artrocinemático de deslizamento anterior da tíbia sob o fêmur, que acontece durante a flexão de joelho. É auxiliado pelos músculos posteriores da coxa, os ísquios tibiais, que também geram estabilidade no mesmo sentido. Podemos afirmar então que o LCA atua na flexão de joelho, e, desta forma, seu mecanismo traumático mais comum está associado a entorses de joelho com rotação durante a flexão. Esse tipo de lesão é muito comum em praticantes de futebol assim como em lutadores, por apresentarem comumente, os mesmos mecanismos traumáticos.

O ligamento cruzado posterior é o grande responsável por limitar o deslizamento posterior da tíbia sob o fêmur. Desta forma, podemos afirmar que este ligamento é o responsável por limitar a extensão de joelho, trabalhando então em posição de ajuste máximo da articulação fêmuro tibial. Sendo assim, as lesões de LCP são muito menos frequentes que as de LCA, pois para se romper o mesmo o mecanismo traumático é de trauma anterior no joelho com o mesmo extendido em 180 graus.

20) Quais são os músculos que compõem a pata de ganso?

Inserções proximais: processos transversos (tubérculos posteriores) das 4 ou 5 primeiras vértebras cervicais e inserção distal: ângulo superior da escápula. Quando o ponto fixo é a escápula inclina a cabeça para o mesmo lado. E quando o ponto fixo é a cervical, eleva o ângulo superior da escápula fazendo sua tração em sentido medial.

Qual a técnica para palpar a articulação esternoclavicular?

a) Paciente em DD ou sentado. O terapeuta localiza a incisura jugular e segue lateralmente até perceber uma proeminência óssea arredondada, confirmando a palpação e avaliando a mobilidade da articulação esternoclavicular.
b) Com o paciente em DV e braços ao longo do corpo, o terapeuta solicita que o paciente realize o movimento de retração de ombro e irá perceber as fibras horizontais do trapézio.
c) Com o paciente em DL, o terapeuta posiciona uma de suas mãos na crista ilíaca para solicitar o movimento resistido de elevação da mesma e com a outra mão posicionada inferiormente a 12ª costela, irá sentir a tensão do quadrado lombar durante o movimento resistido solicitado.

Músculos adutores (palpação global) Técnica: Paciente em DD, com joelho flexionado e pé apoiado na maca. O terapeuta resistirá a adução de coxo femoral com uma de suas mãos, localizada na face medial do joelho do paciente; o grupo adutor fica bem saliente na face medial da coxa do paciente.

são muito menos frequentes que as de LCA, pois para se romper o mesmo o mecanismo traumático é de trauma anterior no joelho com o mesmo extendido em 180 graus.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

Com o paciente sentado e sua cabeça em posição neutra, o terapeuta deverá posicionar seu dedo indicador sobre o processo espinhoso mais proeminente da coluna cervical (C7), e seu dedo médio da mesma mão, sobre o processo espinhoso da vertebra subjacente. Com a ajuda da outra mão apoiada sobre a testa do paciente, realizará uma extensão passiva da coluna cervical. O processo espinhoso de C7 desaparecerá na lordose cervical e o processo espinhoso de T1 permanece imóvel sobre o dedo. Obs; esse teste também poderá ser realizado com o movimento de rotação da cabeça isolado ou combinado a extensão, uma vez que ocorre uma maior mobilidade de C7 em relação à T1 no movimento de rotação.

Deve-se observar, durante a palpação do músculo íliopsoas, possíveis alterações de sensibilidade quando comparado com o outro lado (contra lateralmente), pois pode ser indicativo de encurtamento muscular condição que pode gerar alteração biomecânica da lombar, gerando tendência a hiperlordose.

O ligamento cruzado anterior é o grande responsável por limitar o movimento artrocinemático de deslizamento anterior da tíbia sob o fêmur, que acontece durante a flexão de joelho. É auxiliado pelos músculos posteriores da coxa, os ísquios tibiais, que também geram estabilidade no mesmo sentido. Podemos afirmar então que o LCA atua na flexão de joelho, e, desta forma, seu mecanismo traumático mais comum está associado a entorses de joelho com rotação durante a flexão. Esse tipo de lesão é muito comum em praticantes de futebol assim como em lutadores, por apresentarem comumente, os mesmos mecanismos traumáticos.

O ligamento cruzado posterior é o grande responsável por limitar o deslizamento posterior da tíbia sob o fêmur. Desta forma, podemos afirmar que este ligamento é o responsável por limitar a extensão de joelho, trabalhando então em posição de ajuste máximo da articulação fêmuro tibial. Sendo assim, as lesões de LCP são muito menos frequentes que as de LCA, pois para se romper o mesmo o mecanismo traumático é de trauma anterior no joelho com o mesmo extendido em 180 graus.

20) Quais são os músculos que compõem a pata de ganso?

Inserções proximais: processos transversos (tubérculos posteriores) das 4 ou 5 primeiras vértebras cervicais e inserção distal: ângulo superior da escápula. Quando o ponto fixo é a escápula inclina a cabeça para o mesmo lado. E quando o ponto fixo é a cervical, eleva o ângulo superior da escápula fazendo sua tração em sentido medial.

Qual a técnica para palpar a articulação esternoclavicular?

a) Paciente em DD ou sentado. O terapeuta localiza a incisura jugular e segue lateralmente até perceber uma proeminência óssea arredondada, confirmando a palpação e avaliando a mobilidade da articulação esternoclavicular.
b) Com o paciente em DV e braços ao longo do corpo, o terapeuta solicita que o paciente realize o movimento de retração de ombro e irá perceber as fibras horizontais do trapézio.
c) Com o paciente em DL, o terapeuta posiciona uma de suas mãos na crista ilíaca para solicitar o movimento resistido de elevação da mesma e com a outra mão posicionada inferiormente a 12ª costela, irá sentir a tensão do quadrado lombar durante o movimento resistido solicitado.

Músculos adutores (palpação global) Técnica: Paciente em DD, com joelho flexionado e pé apoiado na maca. O terapeuta resistirá a adução de coxo femoral com uma de suas mãos, localizada na face medial do joelho do paciente; o grupo adutor fica bem saliente na face medial da coxa do paciente.

são muito menos frequentes que as de LCA, pois para se romper o mesmo o mecanismo traumático é de trauma anterior no joelho com o mesmo extendido em 180 graus.

Prévia do material em texto

Está obra foi publicada pela primeira vez em 2020 por Felipe Barros de Escobar. 
Direitos autorais © 2020 por Felipe Barros de Escobar. 
* 
Autores: Aline Ferreira dos Santos, Claudia Andrade Lomba e Felipe Barros de Escobar. 
Ilustrador: Victor dos Anjos Ribeiro 
Fotografia: Temily Elias Comar 
Modelo: Lucas Tannous dos Santos 
Todos os direitos reservados. 
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou distribuída de qualquer forma ou por qualquer 
meio, eletrônico ou mecânico, ou armazenada em um banco de dados ou sistema de recuperação, por meio de 
cobrança monetária, está é uma obra que deve ser distribuída de forma integral e gratuita. 
 
Inscrita sob o número de ISBN: 978-65-991466-0-2 
 
As informações incluídas neste livro são apenas para fins educacionais. Não se destina ou está implícito 
como substituto do aconselhamento médico profissional. O leitor sempre deve consultar seu médico/ 
nutricionista/ fisioterapeuta / psicólogo/ treinador, para determinar a adequação das informações para sua 
própria situação ou se tiver alguma dúvida sobre uma condição médica ou plano de tratamento. 
 
A leitura das informações deste livro não constitui uma relação médico-paciente. 
 
O autor / proprietário não reivindica nenhuma responsabilidade a qualquer pessoa ou entidade por 
qualquer responsabilidade, perda ou dano causado ou supostamente causado direta ou indiretamente como 
resultado do uso, aplicação ou interpretação das informações aqui apresentadas. 
 
 
Aline Ferreira dos Santos, Claudia Andrade Lomba e Felipe Barros de Escobar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia Palpatória: orientado a clínica. 
 
 
1ª Edição 
 
 
Campo Grande — MS 
2020 
ISBN: 978-65-991466-0-2 
 
 
 
SOBRE O AUTOR: 
 
Aline Ferreira dos Santos 
Claudia Andrade Lomba 
Felipe Barros de Escobar 
. 
 
 CONTEÚDO A 
Conteúdo 
 ________________________________________________________________________________________ 1 
 ______________________________________________________________________________________ 1 
 ________________________________________________________________________________________ 4 
 _____________________________________________________________________________________ 4 
 _______________________________________________________________________________________ 14 
 ___________________________________________________________________________________ 14 
 _______________________________________________________________________________________ 18 
 _____________________________________________________________________________ 18 
 _______________________________________________________________________________________ 26 
 ____________________________________________________________________________________ 26 
_______________________________________________________________________________________ 32 
 _______________________________________________________________________________________ 32 
 _______________________________________________________________________________________ 39 
 ________________________________________________________________________________ 39 
 _______________________________________________________________________________________ 46 
 ________________________________________________________________________ 46 
_______________________________________________________________________________________ 52 
 _________________________________________________________________________ 52 
 _______________________________________________________________________________________ 56 
 __________________________________________________________________________________ 56 
 _______________________________________________________________________________________ 70 
 
 CONTEÚDO B 
___________________________________________________________________________________________ 70 
 _______________________________________________________________________________________ 81 
 __________________________________________________________________________________ 81 
 _______________________________________________________________________________________ 84 
 ________________________________________________________________________________ 84 
 _______________________________________________________________________________________ 94 
 ____________________________________________________________________________________________ 94 
 _______________________________________________________________________________________ 99 
 _________________________________________________________________________________ 99 
 ______________________________________________________________________________________ 115 
 _________________________________________________________________________________________ 115 
 ______________________________________________________________________________________ 134 
 _______________________________________________________________________________ 134 
 ______________________________________________________________________________________ 144 
 ______________________________________________________________________________________ 147 
 
 
 
 
 
 1 
Este capítulo tem o intuito de apresentar o conteúdo abordado na presente 
obra, assim como correlacionar a importância dos conhecimentos de anatomia 
palpatória para os profissionais de saúde, principalmente aqueles que trabalham 
com movimentos do aparelho locomotor, tanto com intuito de reabilitar quanto de 
treinar, ou seja, tanto para Fisioterapeutas quanto para profissionais de Educação 
Física. 
A anatomia palpatória e o estudo topográfico da anatomia através da 
palpação, que pode tanto ser feita de forma direta quanto indireta. 
 
• Palpação direta: Corresponde a palpação de uma estrutura quando se é 
possível palpar sem nenhuma sobreposição de estruturas, como ocorre, 
muito frequentemente, nas palpações de estruturas ósseas, 
principalmente as proeminências ósseas, como maléolos, trocânteres, 
tubérculos, dentre outros. 
 
 2 
• Palpação indireta: A palpação indireta se dá quando precisamos palpar 
estruturas mais profundas, onde encontramos sobreposição de tecidos. 
As técnicas de palpação indireta são muito utilizadas para palpações 
viscerais e para palpações de músculos profundos, como o músculo 
psoas maior e o ilíaco, tão importantes para a estabilização lombar e para 
a marcha. 
 
As técnicas de anatomia palpatória são muito utilizadas e relevantes durante 
os processos de avaliação física e devem ser utilizadas como técnicas 
complementares para diagnóstico físico funcional, tanto visando o tratamento de 
disfunções osteomioarticulares do aparelho locomotor, quanto visando também 
um treinamento de forma harmônica e funcional, respeitando os limites e 
possibilidades de cada tecido a ser trabalhado. 
 
A presente obra tem como objetivo fomentar o aprendizado da anatomia 
humana em seus aspectos morfológicos e topográficos para a prática da anatomia 
palpatória direcionada para a clínica, de forma que o conhecimento deste conteúdo 
possa favorecer e facilitar processos de semiologia e consequentemente, facilitar o 
diagnóstico de lesões ou patologias que acometem o aparelho locomotor. 
 
 
 3 
Durante os estudos, o conteúdo foi separado em capítulos para o estudo de 
anatomia palpatória voltada para a clínica de acordo com os segmentos, e todo 
conteúdo, mesmo sendo teórico, é voltado e relacionado para a prática clínica, 
havendo tanto as descrições de técnicas, como correlações clínicas e imagens 
ilustrativas da aplicabilidade e / ou estruturas trabalhadas. 
 
 
 
 
 4 
 
1) Processos transversos do atlas 
Ponto de referência anatômica – ângulo da mandíbula 
 
Figura 1: Palpação do ângulo da mandíbula 
Técnica: Paciente em DD, com a cabeça apoiada na maca em posição neutra. 
Terapeuta sentado, atrás do paciente, deverá posicionar suas mãos de cada lado da 
 
 5 
regiãolateral do pescoço. E posicionará seus dedos da seguinte forma: polpa dos 
indicadores nos ângulos mandibulares e o quarto dedo sobre o ápice dos processos 
mastoideos. A partir desse posicionamento o terceiro dedo cairá sobre o processo 
transverso do atlas. O terapeuta deverá aprofundar a palpação sobre os músculos 
esternocleidomastóideos para perceber o ápice do processo transverso. 
Obs: o processo transverso do atlas fica localizado atrás do ramo da mandíbula 
e a frente do músculo esternocleidomastóideo 
 
Figura 2: Processo transverso do áxis 
 
2) Processo espinhoso do áxis 
Técnica: Com o paciente sentado, o terapeuta deverá iniciar a palpação pela 
protuberância occipital externa, situada na linha sagital mediana do osso occipital. 
 
 6 
A partir dessa referência o terapeuta deverá deslizar seu dedo no sentido caudal até 
encontrar uma proeminência óssea que corresponderá ao processo espinhoso do 
áxis. 
Ao solicitar que o paciente realize uma flexão de cabeça, o processo espinhoso 
ficará mais saliente facilitando a palpação. 
 
Figura 3: Processo espinhoso do áxis 
3) Processo transverso do áxis 
Técnica: Paciente em DD, com a cabeça apoiada na maca em posição neutra. 
O terapeuta poderá usar como ponto referência o ângulo da mandíbula, e a partir 
desse ponto, deverá deslizar a polpa de seu dedo posteriormente aprofundando a 
palpação, e perceberá uma eminência óssea que corresponderá ao processo 
 
 7 
transverso do atlas. Tal estrutura, poderá ser palpada tanto na frente, quanto atrás 
do músculo esternocleidomastóideo. 
Obs: devido ao processo transverso do áxis ser menor do que o processo 
transverso do atlas, sua palpação torna-se menos evidente quando comparada ao 
processo transverso do atlas. 
 
Figura 4: Processo transverso do áxis 
 Processos articulares 
Ao palpar o processo espinhoso cervical e deslocar dois dedos lateralmente, a 
primeira estrutura óssea a ser identificada são os processos articulares (articulações 
dos processos articulares). 
Técnica: Paciente sentado, terapeuta em pé atrás do paciente, deverá 
posicionar dois dedos transversos ao lado do processo espinhoso correspondente. 
 
 8 
Ao aprofundar a palpação irá perceber um contato ósseo, que se assemelha a 
pequeno “nódulo”, que corresponderá a articulação do processo articular desejada. 
 
Figura 5: Processos articulares 
4) Processos transversos – 3ª a 7ª vértebra cervical 
Técnica: estão situados, aproximadamente, a um dedo transverso, 
lateralmente e à frente dos processos articulares correspondentes. Paciente 
sentado ou em DD, terapeuta em pé atrás do paciente ou sentado. Ao identificar os 
processos articulares, com as mãos posicionadas em forma de “gancho”, o 
terapeuta deverá deslocar as polpas de seus dedos aproximadamente um dedo 
transverso, lateralmente e à frente, para encontrar os processos transversos. 
 
 9 
Obs: Na cervical, as polpas dos dedos estarão sempre posicionadas 
dorsalmente ao músculo ECOM, exceto na cervical alta. 
 
Figura 6: Ilustração de vértebra cervical típica 
 
5) Processo espinhoso - Diferenciação entre C7 e T1 
Técnica: com o paciente sentado e sua cabeça em posição neutra, o terapeuta 
deverá posicionar seu dedo indicador sobre o processo espinhoso mais 
proeminente da coluna cervical (C7), e seu dedo médio da mesma mão, sobre o 
processo espinhoso da vertebra subjacente. Com a ajuda da outra mão apoiada 
sobre a testa do paciente, realizará uma extensão passiva da coluna cervical. O 
processo espinhoso de C7 desaparecerá na lordose cervical e o processo espinhoso 
de T1 permanece imóvel sobre o dedo. 
 
 10 
Obs; esse teste também poderá ser realizado com o movimento de rotação da 
cabeça isolado ou combinado a extensão, uma vez que ocorre uma maior 
mobilidade de C7 em relação à T1 no movimento de rotação. 
 
Figura 7: Palpação da vértebra proeminente e diferenciação de C7 / T1 
 
1) Referências anatômicas – Vértebras cervicais x Estruturas da Região Anterior 
do Pescoço 
C3 = osso hioide 
 
 11 
C4 = parte superior da cartilagem tireoide, ou proeminência, ou pomo de Adão 
C5 = parte inferior da cartilagem tireoide 
C6 = cartilagem cricóide 
 
2) Palpação do Osso Hióide 
Técnica: Paciente sentado ou em DD com leve extensão de cabeça. O 
terapeuta deverá iniciar a palpação a partir da porção central da região 
submentoniana, com as polpas do polegar e indicador. Posteriormente deverá 
deslizar seus dedos em sentido caudal, até perceber uma proeminência pontiaguda, 
que corresponderá a face anterior do osso hióide. Ao identificar tal estrutura, o 
terapeuta deverá afastar seus dedos para ambos os lados para palpar o restante do 
corpo, até alcançar o corno maior do hióide. 
 
Figura 8: Palpação do osso hióide 
 
 12 
3) Cartilagens tireóide e cricóide 
Técnica: Paciente em DD com extensão de cabeça. Após identificar o osso 
hióide, o terapeuta deverá posicionar um dedo transverso sob o mesmo para 
localizar a cartilagem tireóide, e com a polpa do seu 3° dedo da mesma mão, deverá 
posicioná-lo aproximadamente a um dedo transverso sob o anterior para identificar 
a cartilagem cricóide. 
 
Figura 9: Cartilagem tireóide 
 
 
 13 
 
Figura 10: Cartilagem cricóide 
 
As cartilagens tireóide e cricóide, assim como o osso hióide, são 
extremamente importantes para a proteção anterior da laringe, tendo em vista que 
essa é a única porção de condução do sistema respiratório exposta anteriormente, 
e, consequentemente, mais suscetível a lesões traumáticas. 
De cima superior para inferior, na região anterior do pescoço, podemos 
encontrar na sequência o osso hióide, cartilagem tireóide e cartilagem cricóide. 
 
 
 14 
Particularidades: 
 Na coluna torácica os processos espinhosos são longos e inclinados para 
baixo, e a partir de T4 ou T5 a inclinação torna-se mais pronunciada mantendo-se 
até T7 ou T8. 
Por essa razão, entre T4 e T8 os processos transversos não estarão situados no 
mesmo alinhamento horizontal dos processos espinhosos correspondentes, ou seja, 
ao identificar o processo espinhoso desejado e posicionar dois dedos 
transversalmente, lateral e no mesmo alinhamento horizontal, o terapeuta estará 
sobre o processo transverso da vértebra subjacente. 
Os processos transversos estão situados profundamente a musculatura 
extensora da coluna vertebral, dificultando assim sua palpação. Ao palpar tal 
acidente ósseo, o terapeuta perceberá uma resistência ósseo sobre seus dedos. 
 
 
 15 
1) Pontos de referências anatômicas 
• Ângulo superior da escápula – espaço interespinhoso de T1 e T2; 
• Ângulo inferior da escápula –espaço interespinhoso de T7 e T8; 
 
Obs.: essas referências são fornecidas como indicação. Porém a posição da 
escápula sobre a caixa torácica, a posição do paciente sobre a maca, alterações 
posturais e variações anatômicas podem existir no nível da coluna vertebral e 
modificar sensivelmente as relações topográficas entre a escápula e coluna 
vertebral. 
Tais referências facilitam a contagem rápida dos processos espinhosos 
torácicos, porém devem ser complementadas pelas técnicas de contagem a partir 
de C7. 
 
2) Palpação global – processos espinhosos (T1 - T12) 
Técnica: Com o paciente sentado, o terapeuta deverá solicitar ao paciente que 
realize uma flexão de tronco para aumentar a cifose torácica, tal posição fará com 
que os processos espinhosos fiquem mais evidentes. A partir dessa posição, poderá 
palpar as bordas laterais ou ápices dos processos espinhosos, com as polpas de seus 
polegares. 
 
 
 16 
 
Figura 11: Ilustração de vértebra torácica 
 
 
Figura 12: Palpação de processos espinhosos torácicos 
 
3) Processos transversos (coluna torácica média) 
 
A) Vertebra subjacente 
 
 17 
Paciente em DV, terapeuta deverá posicionar, a dois dedos transversos, 
lateralmente a um determinado processoespinhoso, dessa forma, estará palpando 
de forma indireta, o processo transverso da vértebra subjacente. 
 
B) Própria vértebra 
Paciente em DV, terapeuta deverá posicionar aproximadamente dois dedos 
transversos, lateral e cranialmente a um determinado processo espinhoso torácico, 
assim irá localizar o processo transverso correspondente à própria vértebra. 
Se o terapeuta desejar palpar o processo de T5, deverá colocar dois dedos 
transversos lateral e cranialmente ao processo espinhoso dessa mesma vértebra. 
 
 
Figura 13: Palpação de processos transversos torácicos
 
 18 
1) Incisura jugular 
Técnica: Paciente em DD ou sentado. A extremidade esternal da clavícula 
servirá como ponto de referência para a palpação da incisura jugular. Após 
identificado o ponto de referência citado, o terapeuta deverá com a polpa de seu 
dedo indicador, deslocá-lo medialmente até encontrar uma concavidade, que se 
refere a estrutura desejada. 
 
Figura 14: Ilustração da caixa torácica 
 
 19 
 
Figura 15: Palpação da incisura jugular 
 
2) Manúbrio do esterno e Ângulo de Louis 
Técnica: Paciente em DD ou sentado. A incisura jugular servirá como ponto 
de referência para a identificação do manúbrio. A partir do ponto de referência 
citado o terapeuta deverá deslizar seus dedos caudalmente e cairá sobre o 
manúbrio. Ao continuar a palpação nesse sentido perceberá uma saliência ou um 
sulco transversal ao osso, que corresponde ao ângulo de Louis (limite entre o 
manúbrio e o corpo do esterno). 
Obs.: O terapeuta poderá colocar de 3 a 4 dedos, transversalmente abaixo da 
incisura jugular e estará sobre o manúbrio. 
 
 20 
 
Figura 16: Ângulo do Louis e manúbrio do esterno 
 
3) Corpo do esterno e Processo Xifóide 
Técnica: Paciente em DD ou sentado. Imediatamente abaixo do ângulo de 
Louis, o terapeuta deverá posicionar de 3 a 4 dedos no sentido longitudinal para 
delimitar a largura do corpo do esterno. Para identificar o processo xifoide o 
terapeuta deverá palpar o corpo do esterno no sentido caudal até perceber uma 
pequena depressão, ou uma superfície óssea bem mais estreita que a do corpo do 
esterno, que será referente ao processo xifóide. 
 
 
 
 21 
 
Figura 17: Apêndice xifóide 
 
 
Figura 18: Ilustração de caixa torácica 
 
 
 22 
1) 1ª costela 
Obs.: possui um corpo bastante curto, e seu arco anterior fica situado 
profundamente na “saboneteira anatômica”. 
 
Técnica: Paciente em DD com o terapeuta sentado ou em pé posicionado atrás 
da cabeça do paciente. O terapeuta deverá posicionar a polpa de seus dedos na 
saboneteira anatômica do paciente, lateralmente à porção clavicular do músculo 
ECOM. Com cuidado, deverá aprofundar a palpação e alcançará uma resistência 
óssea, que nada mais é do que a face cranial da 1ª costela. Para certificar-se que 
está palpando a estrutura correta, o terapeuta deverá solicitar no momento da 
palpação, uma inspiração profunda, onde irá perceber a elevação da primeira 
costela durante o movimento respiratório. 
 
Figura 19:Palpação da primeira costela 
 
 23 
 2ª costela (abordagem anterior) 
 
Técnica: Com o paciente em DD, ao identificar o ângulo de Louis, o terapeuta 
deslocará seu dedo lateralmente, para palpar a cartilagem da 2ª costela. Seguindo 
a palpação no sentido lateral, o terapeuta entrará em contato com o corpo da 
mesma costela. 
 
2) 2ª costela (abordagem axilar) 
 
Técnica: Na posição de decúbito lateral com o braço abduzido, o terapeuta 
deverá posicionar a polpa de seus dedos na região mais cranial do “oco” axilar, com 
a palma de sua mão voltada posteriormente, tendo como referências o músculo 
peitoral maior localizado à frente e o músculo grande dorsal localizado 
posteriormente a mão do terapeuta. Ao aprofundar a palpação o terapeuta irá 
perceber o contato ósseo da costela mais cranial, que corresponderá à segunda 
costela. 
 
 
 
 
 24 
 
Figura 20: Palpação da segunda costela - acesso axilar 
 
3) 3ª a 7ª costela (abordagem anterior e abordagem lateral) 
 
Paciente: DD (abordagem anterior) e DL (abordagem lateral) 
Técnica: Para as abordagens anterior e lateral, o terapeuta poderá usar como 
referência a 2ª costela, e deslocar seus dedos no sentido caudal para fazer a 
contagem das costelas subjacentes. 
Obs.: é importante que o terapeuta durante a contagem, acompanhe a 
obliquidade da costela palpada, para que o mesmo não perca o contato com a 
 
 25 
costela em questão. Caso contrário, o terapeuta poderá cometer um erro, ao iniciar 
a palpação em uma costela e terminar em uma costela sub ou suprajacente. 
 
4) 12 ª Costela 
Obs.: existe uma variação anatômica de comprimento da última costela, 
podendo ser bastante curta em alguns indivíduos. 
Técnica: Paciente em DV com o terapeuta em pé ao lado da costela a ser 
palpada. Os pontos de referência para a palpação são: crista ilíaca, 11ª costela ou 
musculatura paravertebral. 
 O terapeuta deverá localizar o ápice da crista ilíaca e posicionar de dois a três 
dedos transversalmente em direção cefálica, e a partir desse ponto, deverá procurar 
a 12ª costela. Ela poderá ser localizada no mesmo alinhamento vertical do ápice da 
crista ilíaca, ou em alguns casos, o terapeuta terá de deslocar seus dedos na direção 
dos músculos paravertebrais. 
 
 26 
Coluna Lombar (osteologia) 
Topografia: 
Limite superior – 12ª costela 
Limite inferior – Cristas ilíacas e base sacral 
 
1) Palpação global – processos espinhosos e ligamento supraespinhal 
Técnica: Com o paciente sentado realizando uma cifose global, o terapeuta irá 
facilmente visualizar os processos espinhosos da coluna lombar pois essa posição 
permite um melhor afastamento dos processos espinhosos. Com as polpas de seus 
dedos o terapeuta palpará os processos espinhosos e deslizando os dedos para 
baixo de cada processo espinhoso, cairá sob os espaços Interespinhais onde estará 
localizado o ligamento supraespinhal. 
 
 
 27 
 
Figura 21: Processos espinhosos lombares 
 
2) Processo espinhoso L4 e L5 (contagem dos processos espinhosos) 
Técnica: Com o paciente em DV ou em pé, o terapeuta deverá posicionar suas 
mãos sobre as cristas ilíacas com os polegares voltados posteriormente dirigindo-se 
para a coluna lombar. Com os polegares posicionados no plano da palma da mão, 
eles irão direcionar para o processo espinhoso de L4. A partir dessa referência 
posicionará as polpas de seus dedos nos processos espinhosos adjacentes. 
Uma vez identificada a 4ª vértebra lombar, basta deslizar o dedo 
inferiormente para encontrar o processo espinhoso de L5 com a polpa do indicador. 
 
3) Processo espinhoso S1 
 
 28 
Técnica: Uma vez identificado o processo espinhoso de L5, o terapeuta deverá 
deslizar a polpa de seu dedo no sentido caudal até perceber o primeiro tubérculo 
da crista sacral mediana. 
 Caso o terapeuta apresente dúvida, deverá solicitar ao paciente que aumente 
a lordose lombar com objetivo de mobilizar os processos espinhosos lombares e de 
diferenciar o nível lombar do nível sacral. Os processos espinhosos da região lombar 
irão movimentar-se de forma mais individualizada, comparados ao sacro. 
 
4) Processos transversos 
Os processos transversos estão situados abaixo da musculatura extensora da 
coluna vertebral dificultando a palpação dos mesmos. 
A palpação dos processos transversos de L5 torna-se mais difícil devido à 
proximidade com a asa ilíaca e por alguns indivíduos apresentarem a variação 
anatômica conhecida como sacralização (L5 fundida ao sacro). 
 Técnica: Com o paciente em DV, o terapeuta deverá posicionar, de dois a três 
dedos transversalmente e lateralmente, a partir de um determinado processo 
espinhoso lombar, mantendo um alinhamento horizontal para encontrar o processo 
transverso correspondente. Ao realizar a palpação profunda o terapeuta irá 
perceber uma resistênciaóssea que corresponderá ao processo transverso 
desejado. 
 
 29 
 
Figura 22: Processos transversos lombares 
Técnica em DL: ao localizar a musculatura extensora da coluna vertebral, o 
terapeuta deverá “empurrar” a mesma com a polpa do seu polegar e ao aprofundar 
a palpação irá perceber uma superfície rígida, que corresponderá a processo 
transverso desejado. 
 
1) Crista sacral mediana (palpação direta) 
 
 30 
A crista sacral mediana é constituída por três ou quatro tubérculos que são, na 
realidade, a consequência da fusão dos processos espinhosos das cinco vértebras 
sacrais. Esses processos são separados entre si por leves depressões. 
 
 Técnica: a crista sacral medial situa-se no eixo da prega inter-glútea, no 
prolongamento dos processos espinhosos lombares. Com o paciente em DV, o 
terapeuta palpará com a borda da de uma das mãos os processos espinhosos das 
vértebras lombares, globalmente. Com a polpa dos dedos da outra mão, palpará a 
crista sacral mediana no mesmo alinhamento vertical dos processos espinhosos das 
vértebras lombares. 
 
Figura 23: Palpação do sacro 
 
 
 31 
2) Processo espinhoso S1 
 
Técnica: Com o paciente em DV ou em pé. Após identificar o processo 
espinhoso de L5, o terapeuta deverá direcionar a pegada caudalmente e localizar o 
primeiro tubérculo ao longo da crista sacral mediana, que corresponde ao processo 
espinhoso de S1 
 
3) Processo espinhoso de S2 
 
Técnica: Com o paciente em DV, ou em pé, o terapeuta deverá localizar 
inicialmente as EIPS e traçar uma linha horizontal imaginária entre essas duas 
estruturas, no meio dessa linha estará localizado o segundo tubérculo da crista 
sacral mediana, que equivale ao processo espinhoso de S2. 
 
 
 32 
 
Figura 24: Imagem ilustrativa dos ligamentos da cintura pélvica 
 
1) Crista ilíaca (palpação direta) 
Técnica: Com o paciente em pé e o terapeuta posicionado atrás do mesmo, 
deverá localizar as últimas costelas (circunferência da cintura), com suas mãos com 
as palmas voltadas para baixo, polegares dirigidos dorsalmente e indicadores 
 
 33 
dirigidos ventralmente dispostos horizontalmente (paralelos ao plano do chão). O 
terapeuta deverá deslizar suas mãos inferiormente até encontrar uma superfície 
rígida de cada lado (ápice das cristas ilíacas) que corresponderá as cristas ilíacas. 
 
Figura 25: Palpação da crista ilíaca 
2) EIPS (palpação direta) 
Técnica: Com o paciente em pé e o terapeuta em pé ou sentado atrás do 
mesmo, deverá iniciar a palpação pelos ápices das cristas ilíacas com as duas mãos, 
terapeuta deslocará suas mãos dorsalmente, fazendo com que a borda medial da 
polpa dos indicadores permaneça nas cristas ilíacas. Os polegares serão deslocados 
em sentido caudal e ligeiramente medial, onde cairão sobre duas proeminências 
ósseas (EIPS). 
 
 
 34 
 
Figura 26: Palpação de Espinha ilíaca póstero superior / EIPS 
3) EIPI (palpação indireta) 
Técnica: Paciente e terapeuta nas mesmas posições para palpação da EIPS. 
Como a EIPI não é palpável o terapeuta deverá inicialmente localizar a EIPS, e com 
a mão contralateral medir dois dedos posicionados transversalmente abaixo da 
EIPS, e então cairá sobre a EIPI. 
 
Figura 27: Palpação indireta de espinha ilíaca póstero inferior / EIPI 
 
 35 
4) Tuberosidade isquiática (palpação direta) 
Técnica: Com o paciente em DV, o terapeuta deverá localizar as linhas glúteas, 
e a partir desse ponto de referência, deslocar seus polegares em sentido cefálico e 
ligeiramente medial até encontrar o contato ósseo que corresponderá a 
tuberosidade isquiática. 
 
Figura 28: Palpação de tuberosidade isquiática 
 
5) EIAS (palpação direta) 
Técnica: Com o paciente em pé e terapeuta ao lado do mesmo, a palpação 
deverá ser iniciada pela crista ilíaca em sua porção mais superior. Os dedos do 
 
 36 
terapeuta serão deslocados ventralmente e irão acompanhar a crista ilíaca até 
encontrarem uma proeminência que corresponderá a EIAS. 
 
Figura 29: Palpação direta de espinha ilíaca ântero superior / EIAS 
 
6) Púbis (palpação direta) 
Técnica: com o paciente em DD, o terapeuta com as polpas dos seus 2° e 3° 
dedos, deverá palpar inicialmente, o reto anterior do abdome, e desliza-los 
inferiormente em direção ao púbis, até encontrar uma superfície rígida de formato 
achatado e horizontal (estará sobre a borda superior da sínfise púbica). 
 
 
 37 
 
Figura 30: Palpação de sínfise púbica 
 
A palpação do púbis é uma palpação sensível, por se tratar de uma região 
sensível além da inserção inferior do músculo reto abdominal. Após realizar a 
palpação global de superior para inferior até localizar a sínfise púbica, deve-se 
realizar a palpação de cada um dos ramos púbicos com a polpas digitais dos 
polegares. 
Deve-se observar durante a palpação do púbis para correlações biomecânicas: 
• Diferença de altura entre vos lados 
• Proeminências 
• Diferenças de sensibilidade entre os lados 
 
 38 
• Assimetrias, que podem corresponder a alterações biomecânicas ou 
falhas posicionais de ilíaco, como rotação anterior ou posterior. 
 
Desta forma, a palpação do púbis não está relacionada somente aos músculos 
ali inseridos, como o reto abdominal ou os músculos adutores, mas tem relevância 
para o estudo da biomecânica da cintura pélvica. 
 
Figura 31: Palpação de sínfise púbica 
 
 
 
 
 39 
1) Músculo Esternocleidomastóideo (ECOM) 
Obs.; no crânio possui inserções no processo mastoideo do osso temporal e 
dois terços laterais da linha nucal superior do osso occipital. Distalmente insere-se 
no manúbrio do esterno e terço medial da clavícula. 
Contração unilateral: inclinação homolateral da cabeça e rotação para o lado 
oposto; 
Contração bilateral: flexão da cabeça 
Técnica: com o paciente sentado ou em DD, basta o terapeuta com uma de 
suas mãos resistir o movimento de rotação contralateral da cabeça em relação ao 
músculo em questão, associado ao movimento discreto de flexão da cabeça. As 
fibras do músculo ficarão tensas e poderão ser palpadas em forma de pinça, bem 
como, suas inserções distais (feixes esternal e clavicular). 
 
 
 40 
 
Figura 32: Palpação de Esternocleidomastóideo / ECOM 
 
2) Músculo Escaleno anterior 
Possui inserções proximais nos processos transversos da 3ª a 6ª vertebras 
cervicais e sua inserção distal na face cranial da 1ª costela. 
Técnica: com o paciente em DD ou sentado, para identifica-lo basta o 
terapeuta posicionar a polpa de seus dedos lateralmente a porção clavicular do 
músculo ECOM, próximo a clavícula, e com sua outra mão deverá resistir o 
movimento de inclinação da cabeça homolateral, para perceber sob a polpa de seus 
dedos a tensão do músculo escaleno anterior. 
 
 
 
 41 
 
Figura 33: Palpação de escalenos anteriores 
 
3) Músculos Escalenos médio e posterior 
 Escaleno médio- inserções proximais: processos transversos da 2ª a 7ª 
vértebra cervical e inserção distal: face cranial da primeira costela, dorsal e 
lateralmente à inserção do escaleno anterior. 
Escaleno posterior: inserções proximais: processos transversos da 4ª a 6ª 
vértebra cervical e inserção distal: face cranial da segunda costela. 
 
Técnica: com o paciente sentado ou em DD, o terapeuta deverá posicionar a 
polpa de seus dedos atrás da borda posterior do músculo ECOM, no nível de C4 a 
 
 42 
C6, e deverá solicitar ao paciente que realize uma inclinação de cabeça homolateral 
á palpação com resistência do terapeuta para perceber em seus dedos a tensão dos 
músculos em questão. 
 
4) Músculo Platisma 
Trata-se de um músculo que recobre a região ântero lateral do pescoço e 
inferior da face, responsável por abaixar a comissura labial e tracionar a pele do 
mento para baixo e lateralmente. 
 
Técnica: para visualiza-lo basta o terapeuta solicitar ao paciente que realize o 
movimento de abaixar os contos dos lábios etracioná-los lateralmente. 
 
5) Músculo Trapézio (fibras superiores) 
Origem: linha nucal superior (acidente ósseo do osso occipital), é o músculo 
mais superficial da região posterior do pescoço. 
 
 43 
 
Figura 34: Imagem ilustrativa do músculo trapézio 
Técnica: paciente em DV ou sentado com a cabeça em posição neutra, com 
uma de suas mãos localizadas na região posterior da cabeça, o terapeuta irá resistir 
o movimento de extensão do pescoço para contração bilateral do músculo, onde 
poderá observar uma tensão muscular de ambos os lados do pescoço. 
Para contração unilateral, o terapeuta poderá resistir o movimento de 
elevação do ombro, caso o ponto fixo seja a coluna vertebral ou poderá resistir a 
inclinação homolateral do pescoço, caso o ponto fixo seja a escápula. 
 
 44 
Em todas as situações, o terapeuta irá perceber que as fibras superiores do 
trapézio ficarão bem salientes. 
 
Figura 35: Palpação de trapézio fibras superiores 
 
6) Músculo elevador da escápula 
Inserções proximais: processos transversos (tubérculos posteriores) das 4 ou 
5 primeiras vertebras cervicais e inserção distal: ângulo superior da escápula. 
Quando o ponto fixo é a escápula inclina a cabeça para o mesmo lado. E quando o 
ponto fixo é a cervical, eleva o ângulo superior da escápula fazendo sua tração em 
sentido medial. 
 
 
 45 
Técnica (palpação inserção distal): com o paciente sentado e terapeuta atrás 
do paciente, o mesmo deverá identificar com a polpa de seus dedos o ângulo 
superior da escápula e resistir ao movimento de elevação do ombro com uma de 
suas mãos localizadas no “topo” do ombro. Ao solicitar o movimento em questão, 
o terapeuta irá perceber sob seus dedos a tensão na inserção distal do músculo 
elevador da escápula. 
 
Técnica (ventre muscular): Com o paciente sentado ou em DD, o terapeuta 
deverá posicionar a polpa de seus dedos ventralmente ao trapézio e posteriormente 
ao ECOM, e com a sua outra mão na cabeça do paciente resistira a inclinação 
homolateral da mesma para perceber a tensão do músculo em questão sob seus 
dedos. 
 
Figura 36: Palpação do músculo elevador da escápula 
 
 46 
1) Músculos do complexo sacroespinhal 
 Conhecidos como paravertebrais ou eretores da espinha, formam uma massa 
muscular volumosa de cada lado dos processos espinhosos, sendo mais visível na 
região lombar e dorsal. Os três músculos que fazem parte desse complexo são: 
Iliocostal (+ lateral), longuíssimo do tórax (intermediário) e espinhal do tórax (+ 
medial). 
 
Técnica: Paciente em DV, e o terapeuta irá solicitar ao paciente que realize o 
movimento de extensão de tronco para visualizar a massa muscular que irá ficar 
saliente de cada dos processos espinhosos. 
 
2) Músculo trapézio (fibras médias) 
 
 47 
Técnica: com o paciente em DV e braços ao longo do corpo, o terapeuta 
deverá solicitar que o paciente realize o movimento de retração de ombro (adução 
das escápulas), e irá perceber que as fibras horizontais do trapézio ficarão evidentes 
e poderão ser palpadas, a partir do acrômio até a coluna vertebral. 
 
Figura 37: Imagem ilustrativa do músculo trapézio 
Obs.: Como não é possível, por meio da palpação, individualizar as fibras 
médias do trapézio de suas fibras superiores e inferiores, o terapeuta deverá apenas 
delimitar a sua região e sentir a tensão dessas fibras durante sua contração. 
 
 
 48 
3) Músculo romboide maior 
 
Figura 38:Imagem ilustrativa dos músculos posteriores da escápula 
Técnica: Paciente sentado ou em DV, com o ombro homolateral em rotação 
interna (braço para trás) com antebraço apoiado sobre seu tronco. O terapeuta 
deverá iniciar a palpação localizando o ângulo inferior da escápula e posicionará a 
polpa dos seus 2° e 3° dedos, ligeiramente medial sobre esse acidente ósseo. Com 
a sua outra mão deverá resistir o movimento de adução do ombro e perceberá a 
tensão do músculo romboide maior, que nessa região não se encontra recoberto 
pelo músculo trapézio. 
 
 
 49 
 
Figura 39: Palpação de rombóides 
 
4) Músculo Grande dorsal 
 
Técnica: Como o músculo grande dorsal realiza os movimentos de adução, 
rotação medial e extensão de ombro, para localiza-lo o terapeuta deverá solicitar os 
movimentos descritos de forma combinada ou isolada. Com o paciente em DL e 
braço em abdução máxima, o terapeuta irá resistir o movimento de adução e 
rotação medial do ombro. Com a sua outra mão em forma de pinça, o terapeuta 
deverá posiciona-la próximo a axila, de tal forma que os dedos fiquem voltados 
 
 50 
cranialmente com o polegar posicionado próximo a axila, sobre a massa muscular 
que ficará evidente durante o movimento resistido do braço. 
 
Figura 40: Palpação de grande dorsal 
 
5) Músculo quadrado lombar 
Técnica: Com o paciente em DL, o terapeuta deverá posicionar uma de suas 
mãos na crista ilíaca para solicitar o movimento resistido de elevação da mesma (ou 
seja, aproximação da crista ilíaca a 12ª costela). Com a outra mão posicionada 
inferiormente a 12ª costela, irá sentir a tensão do quadrado lombar durante o 
movimento resistido solicitado. 
 
 
 
 51 
 
Figura 41: Palpação do quadrado lombar 
 
 
O músculo quadrado lombar, localizado lateralmente na região lombar, é o 
grande responsável pela elevação da pelve, assim como pela inclinação lateral de 
tronco. Desta forma, esse músculo pode sofrer alterações como encurtamentos ou 
estiramentos causados tanto por problemas estruturais ortopédicos, como as 
escolioses, quanto por problemas neurológicos, onde o paciente tem perda de força 
do psoas e do quadríceps e utiliza a elevação da pelve para a facilitação da marcha 
e elevação do membro inferior. 
 
 
 52 
1) Reto anterior do abdome 
Técnica: Com o paciente em DD, joelhos flexionados e pés apoiados na maca, 
o terapeuta deverá localizar a linha alba e posicionar suas mãos de cada lado da 
mesma. Posteriormente irá solicitar que o paciente realize uma discreta flexão de 
tronco e perceberá a tensão do músculo reto do abdome. 
 
Figura 42: Imagem ilustrativa do músculo reto abdominal 
 
 
 53 
 
Figura 43: Palpação do reto abdominal 
2) Oblíquos interno e externo 
Técnica: Com o paciente em DD, joelhos flexionados, pés apoiados na maca e 
braços atrás da cabeça, o terapeuta irá posicionar suas mãos no abdome do 
paciente da seguinte forma: uma mão entre a região ântero lateral das últimas 
costelas do lado direito com os dedos direcionados para a cicatriz umbilical, a outra 
mão posicionará na crista ilíaca esquerda com os dedos direcionados para a cicatriz 
umbilical. Posteriormente irá solicitar ao paciente que realize uma discreta flexão 
com rotação de tronco para a esquerda. Ao realizar os movimentos solicitados o 
terapeuta irá perceber sob sua mão direita a tensão do músculo oblíquo externo e 
na mão posicionada do lado esquerdo a tensão do músculo oblíquo interno. 
 
 
 54 
3) Músculo Íliopsoas 
Técnica: Paciente em DD, com joelhos flexionados e pés apoiados na maca. O 
terapeuta em pé e ao lado do paciente, posicionará a polpa de seus dedos da 
seguinte forma: 1° dedo posicionado sob a espinha ilíaca ântero superior, do 2° ao 
5° dedos posicionados em sequência (ligeiramente afastados) em direção a cicatriz 
umbilical. De maneira que o 5° dedo fique sob a cicatriz umbilical. Nessa sequência, 
o segundo dedo cairá sob o músculo íliopsoas. Posteriormente o terapeuta deverá 
aprofundar a palpação pois o músculo íliopsoas está localizado na parede posterior 
do abdome. Para confirmar a palpação do mesmo, o terapeuta com sua outra mão 
localizada no terço distal da coxa do paciente deverá resistir ao movimento de 
flexão de coxo femoral para perceber a tensão do músculo íliopsoas sob seu dedo. 
 
Figura 44: Palpação do músculo ílio psoas 
 
 55 
 
Figura 45: Imagem ilustrativa do músculo ílio psoas 
 
 
Figura46: Imagem palpação direta no ílio psoas 
 
 56 
 
Figura 47: Ilustração da cintura escapular 
 
Clavícula 
1) Extremidade esternal (articulação esternoclavicular) 
Técnica: Paciente em DD ou sentado. O terapeuta poderá iniciar a palpação 
localizando a incisura jugular, e com a polpa do seu dedo indicador deverá seguir no 
sentido lateral até perceber uma proeminência óssea arredondada. Ao perceber 
 
 57 
essa proeminência o terapeuta estará sobre a extremidade medial da clavícula, que 
corresponde a articulação esternoclavicular. Para confirmação da palpação e 
avaliação da mobilidade da articulação esternoclavicular o terapeuta, fará uma 
pegada de pinça sobre tal estrutura, e realizará um movimento de deslizamento no 
sentido craniocaudal. 
 
Figura 48: Clavícula - extremidade esternal 
 
2) Extremidade acromial (articulação acromioclavicular) 
Técnica: Paciente sentado e o terapeuta em pé, de frente para o paciente. A 
partir da palpação da extremidade medial da clavícula, o terapeuta deverá 
acompanhar com a polpa de seus dedos na região anterior da clavícula no sentido 
 
 58 
lateral (até o “topo” do ombro), onde irá encontrar uma pequena depressão que 
representa a articulação acrômio clavicular. 
 
Figura 49: Clavícula - extremidade acromial 
 
3) Curvaturas da clavícula 
Técnica: Com o paciente sentado e o terapeuta na frente do paciente, iniciar 
a palpação partir da extremidade medial da clavícula. O terapeuta deverá 
acompanhar com a polpa de seus dedos na região anterior da clavícula no sentido 
lateral e poderá perceber que, nos dois terços medias, a curvatura é convexa, e no 
terço lateral, côncava. 
 
 59 
A escápula, juntamente com a clavícula, forma o que chamamos de cintura 
escapular ou complexo do ombro. Diferente do que acontece com a cintura 
pélvica, onde encontramos apenas um osso de cada um dos lados (os ossos 
ilíacos), na cintura escapular encontramos dois ossos, sendo a escápula o osso 
posterior enquanto a clavícula o osso anterior. 
A grande função da cintura escapular, pensando como “função no sistema 
esquelético”, é fazer a integração, ou seja, articulação, dos membros 
superiores (esqueleto apendicular superior) ao tronco (esqueleto axial). 
 
Cintura escapular 
 
Chamamos de cintura escapular o complexo formado de cada um dos lados 
pela escápula (posteriormente) e clavícula (anteriormente) com função de 
articular o membro superior ao tronco. Na cintura escapular encontramos 
uma região de extrema mobilidade, logo, extremamente importante 
biomecanicamente. 
 
 
 60 
Articulações da cintura escapular: 
• Articulação glenoumeral ou escápulo-umeral; 
• Articulação acromioclavicular; 
• Articulação esternoclavicular; 
• Articulação escápulo-torácica. 
 
Articulações da escápula: 
 
A escápula é um osso extremamente importante para a biomecânica da 
cintura escapular, até porque, participa de quase todos os movimentos dos 
membros superiores, quando nos referimos ao complexo do ombro. 
A principal articulação do complexo é a que chamamos de glenoumeral ou 
escápulo umeral. Esta é uma articulação esférica e corresponde a articulação 
mais móvel do corpo, consequentemente, a mais instável. Os movimentos 
osteocinemáticos do úmero acontecem nesta articulação. 
Já a articulação escápulo torácica, apesar de não poder ser considerada uma 
articulação estrutural por não possuir estruturas articulares sinoviais (como 
cápsula articular, líquido sinovial, dente outras), é a grande responsável por 
 
 61 
grande parte dos movimentos da cintura escapular, sendo a principal acessória 
dos movimentos do ombro. 
Para a facilitação dos movimentos do ombro e consequentemente, para a 
maior e melhor projeção do membro superior no espaço, a escápula pode 
realizar os seguintes movimentos: 
 
Movimentos da escápula: 
 
• Elevação; 
• Depressão; 
• Abdução (afastamento do ângulo inferior da linha média); 
• Adução (aproximação do ângulo inferior da linha média); 
• Protração (afastamento da linha média); 
• Retração (aproximação da linha média). 
 
Acidentes ósseos da escápula: 
Na escápula, ou pela escápula, encontramos diversas estruturas importantes 
que são ali fixadas (músculos e ligamentos), que passam pela região (vasos, 
 
 62 
nervos e tendões) ou que se articulam (articulações). Desta forma, podemos 
notar que a escápula é um osso rico em acidentes ósseos, e grande parte deles 
tendo grande relevância clínica. 
A escápula é um osso plano e triangular que se encontra entre a segunda e a 
sétima costelas. Possui duas superfícies (ventral e dorsal), três bordas 
(superior, lateral e medial) e três ângulos (supero medial, inferomedial e 
lateral) 
 
Principais acidentes: 
 
• Borda superior (por se tratar de um osso triangular e com sua base 
superior, a borda superior corresponde a base da escápula e ponto de 
inserção inferior do músculo trapézio); 
• Borda medial (Corresponde a borda da escápula que se relaciona 
biomecanicamente com a coluna vertebral e onde se inserem os 
músculos rombóides); 
• Borda lateral (Corresponde a borda da escápula que se relaciona 
biomecanicamente com o úmero e onde se inserem os músculos 
redondos); 
 
 63 
• Ângulo inferior; 
• Ângulo superior (ponto de inserção do músculo elevador da escápula); 
• Cavidade glenóide (ponto de articulação com a cabeça do úmero, 
principal articulação sinovial do corpo, articulação gleno-umeral ou 
escápulo-torácica); 
• Tubérculo supra-glenoidal (ponto de inserção da porção longa do 
músculo bíceps braquial); 
• Tubérculo infra-glenoidal (ponto de inserção da porção longa do 
músculo tríceps braquial); 
• Espinha da escápula (representa a proeminência óssea posterior da 
escápula); 
• Raiz da espinha escapular (representa o início da espinha da escápula na 
borda medial); 
• Acrômio (ponto de articulação da escápula com a clavícula lateralmente 
– articulação acromioclavicular); 
• Incisura escapular (ponto de passagem do nervo escapular, localizado na 
borda superior da escápula); 
• Fossa subescapular (ponto de inserção do músculo subescapular, 
principal responsável pelo movimento de rotação interna do ombro); 
 
 64 
• Fossa supraespinhal (ponto de inserção do músculo supra-espinhoso, 
responsável pelo início da abdução de ombro. Como seu tendão passa 
pelo espaço subacromial, ou seja, abaixo do acrômio, ó e tendão mais 
frequentemente lesionado do ombro); 
• Fossa infraespinhal (ponto de inserção do músculo infra-espinhoso, 
grande responsável pela rotação externa de ombro). 
 
1) Borda medial da escápula 
Técnica: Paciente em DV ou DL e o terapeuta em pé, atrás do paciente. Com 
uma de suas mãos na região anterior do ombro do paciente, o terapeuta irá realizar 
uma retração do mesmo, mantendo o braço do paciente ao lado do tronco. Tal 
manobra, fará com que o bordo medial da escápula fique mais proeminente e seja 
facilmente palpado. A outra mão do terapeuta deverá ficar espalmada sobre a 
coluna do paciente com seus dedos voltados cranialmente e a borda medial da mão 
alinhada com os processos espinhosos, e a partir dessa posição o terapeuta irá 
deslizá-la lateralmente, indo ao encontro da borda medial da escápula. 
 
 65 
 
Figura 50: Escápula borda medial 
 
2) Ângulo inferior da escápula 
Técnica: Paciente sentado, DV ou DL. Ao identificar a borda medial da 
escápula, o terapeuta deverá acompanhá-la com a polpa dos seus dedos no sentido 
caudal até cair sobre o ângulo inferior da escápula. Ao localizá-lo o terapeuta poderá 
“abraçar” com o polegar e o indicador o ângulo inferior da escápula. 
 
 66 
 
Figura 51: Escápula ângulo inferior 
 
3) Borda lateral da escápula 
Técnica: Paciente em DL, com o braço abduzido a 180° (apoiado sobre a 
cabeça do paciente). Terapeuta em pé, atrás do paciente. Ao identificar o ângulo 
inferior da escápula, o terapeuta deverá acompanhá-locom a polpa dos seus dedos 
nos sentidos cranial e lateral e cairá sobre a borda lateral da escápula. 
4) Ângulo superior da escápula 
Técnica: Paciente sentado ou em DV. Terapeuta em pé, atrás do paciente, ao 
identificar a borda medial da escápula, deverá acompanhá-la com a polpa dos seus 
dedos no sentido cranial até perceber o ângulo superior da escápula. 
 
 67 
 
Figura 52: Escápula borda lateral 
5) Espinha da escápula 
Técnica: Paciente em DV ou sentado. Terapeuta em pé, atrás do paciente, ao 
identificar as fibras superiores do músculo trapézio na região póstero-superior do 
ombro, deverá deslizar as poupas de seus dedos no sentido caudal até perceber 
uma crista óssea, que representa a espinha da escápula. 
Obs.: após localizar a espinha da escápula o terapeuta poderá palpar em forma 
de “pinça” com o polegar e o indicador toda a extensão desse acidente ósseo. 
 
6) Acrômio 
Técnica: Paciente sentado. Terapeuta em pé, atrás ou ao lado do paciente, 
com a polpa dos seus dedos, deverá seguir a espinha da escápula no sentido lateral, 
 
 68 
até perceber um ângulo (ângulo acromial) que passa a orientar –se para frente 
formando a borda lateral do acrômio. 
Obs.: o acrômio é um prolongamento lateral da espinha da escápula. 
 
Figura 53: Acrômio 
 
7) Processo coracóide 
Técnica: Paciente em DD ou sentado. Terapeuta em pé, ao identificar a borda 
anterior do terço lateral da clavícula, deverá deslizar seus dedos em sentido caudal 
até encontrar uma proeminência óssea com formato “arredondado” que 
corresponderá ao processo coracóide. (o processo coracóide encontra-se abaixo da 
articulação acrômio clavicular). 
 
 69 
 
Figura 54: Processo coracóide 
 
 
 
 
 70 
Úmero – Epífise proximal 
1) Tubérculo maior 
Técnica: Paciente sentado com o braço posicionado em posição anatômica. 
Terapeuta em pé, ao lado do paciente, com as polpas dos dedos polegar e indicador 
na borda lateral do acrômio, deslocará seus dedos em direção caudal até encontrar 
uma proeminência óssea relativamente grande, de formato arredondado. 
 
Figura 55: Palpação de tubérculo maior 
 
 
 71 
2) Tubérculo menor 
Técnica: Paciente sentado, com ombro posicionado em rotação lateral. 
Terapeuta em pé, ao lado do paciente, posicionará a polpa de seu dedo indicador 
sobre o processo coracóide, e a partir desse ponto irá deslizar o dedo lateralmente 
até perceber uma proeminência óssea que corresponderá ao tubérculo menor do 
úmero. 
Obs.: para confirmar a palpação, o terapeuta poderá solicitar ao paciente que 
realize os movimentos de rotação medial e lateral do ombro, onde perceberá sob 
seu dedo, a movimentação do tubérculo menor. 
 
Figura 56: Palpação de tubérculo menor 
 
 
 72 
3) Sulco bicipital 
Técnica: Paciente sentado, com braço posicionado em posição anatômica. 
Terapeuta em pé, ao lado do paciente, deverá com as polpas do dedo indicador e 
terceiro dedo localizar os tubérculos maior e menor do úmero. A partir dessas 
referências, o terapeuta deverá palpar entre essas estruturas no sentido 
longitudinal do osso, e estará sobre o sulco bicipital. Nessa região, perceberá um 
cordão espesso que corresponderá ao tendão da porção longa do bíceps. 
 
 
Figura 57: Palpação do sulco bicipital 
 
 
 
 
 73 
1) Músculo peitoral maior 
Técnica: Com o paciente sentado ou em pé e braços abduzidos à 90°, o 
terapeuta deverá resistir com uma de suas mãos o movimento de adução associado 
a rotação interna do ombro do paciente, para que o músculo peitoral maior fique 
bem evidente na região anterior do tórax (abaixo da clavícula). Com a sua outra mão 
palpará o músculo globalmente. 
 
Figura 58: Imagem do músculo peitoral maior 
 
 74 
 
Figura 59: Palpação do músculo peitoral maior 
 
2) Músculo peitoral menor 
Técnica (palpação na inserção proximal): paciente sentado com cotovelo 
homolateral a palpação, flexionado a 90°. O terapeuta deverá com uma de suas 
mãos, posicionar a polpa de seus dedos logo abaixo do processo coracóide da 
escápula, e com a outra mão posicionada abaixo do cotovelo do paciente, irá resistir 
o movimento de abaixamento do ombro, solicitando ao paciente que empurre para 
baixo a sua mão com o cotovelo. E então, poderá perceber a tensão do músculo 
peitoral menor sob seus dedos. 
 
 75 
 
Figura 60: Palpação do músculo peitoral menor 
 
Técnica (palpação indireta – fibras musculares): paciente em DD ou DL, com 
braço abduzido e cotovelo flexionado a 90°. O terapeuta fará uma palpação 
profunda, ou seja, entrará com a polpa de seus dedos sob a massa muscular do 
peitoral maior. Posteriormente com a outra mão posicionada abaixo do cotovelo do 
paciente, irá resistir o movimento de abaixamento do ombro, solicitando ao 
paciente que empurre para baixo a sua mão com o cotovelo. E então, poderá 
perceber a tensão do músculo peitoral menor sob seus dedos. 
 
3) Músculo subclávio 
 Obs.: Sua palpação não é possível, mas é importante que o fisioterapeuta 
saiba delimita-lo em relação a sua localização, para que o mesmo possa realizar 
 
 76 
algumas manobras que visam atuar, mesmo que indiretamente sobre o músculo. As 
disfunções de movimento das articulações esternoclavicular e acromioclavicular, 
muitas vezes estão diretamente ligadas ao músculo subclávio, interferindo assim na 
mecânica do ombro. 
Técnica: para delimitar o músculo subclávio, o terapeuta deverá posicionar as 
polpas de seus dedos na face inferior do terço médio da clavícula, enquanto a sua 
outra mão deverá realizar uma flexão passiva do braço do paciente fazendo com 
que a clavícula faça uma rotação posterior, permitindo que os dedos aprofundem a 
palpação e tentem alcançar o músculo subclávio. 
 
4) Músculo subescapular 
Técnica: Com o paciente em DL e braço abduzido à 90°, o terapeuta entrará 
com a polpa do seu primeiro dedo no fundo do cavo da região axilar do paciente 
indo na direção da fossa subescapular (face anterior da escápula). Posteriormente 
irá solicitar ao paciente que desfaça a abdução do ombro (retorne a posição neutra) 
e realize a rotação medial do braço. Ao realizar tal movimento, o terapeuta 
perceberá a tensão do subescapular sob as polpas de seus dedos. 
 
5) Músculo infraespinal 
 
 77 
Técnica: paciente em DL com o cotovelo flexionado à 90°. O terapeuta deverá 
iniciar a palpação identificando a espinha da escápula, e posicionar os dedos (2°, 3° 
e 4°) abaixo da mesma, seguindo a orientação das fibras do infraespinal. Com a 
outra mão posicionada no antebraço do paciente, resistirá a rotação lateral do braço 
e então, perceberá sob seus dedos a tensão do músculo infraespinal. 
 
6) Músculo supra- espinhal (palpação indireta) 
Técnica: Com o paciente sentado e cabeça inclinada para o lado da palpação, 
o terapeuta deverá posicionar as polpas dos 2° e 3° dedos na fossa supra-espinhal, 
localizada a cima da espinha da escápula. Com a outra mão posicionada no braço do 
paciente resistirá o movimento de abdução de ombro para perceber sob seus dedos 
a tensão do músculo supra-espinhal. 
 OBS: Como o músculo supra-espinhal situa-se na fossa supra-espinhal da 
escápula e se localiza abaixo do músculo trapézio, é importante que a cabeça do 
paciente fique inclinada durante a palpação do supra-espinhal, pois está posição 
encurta o músculo trapézio, diminuindo a tensão sob o mesmo, facilitando a 
percepção da tensão do músculo supra-espinhal. 
 
7) Músculo redondo menor 
 
 78 
Técnica: paciente em DL com o cotovelo flexionada a 90°. O terapeuta atrás 
do paciente, deverá localizar o ângulo inferior da escápula e a partir do mesmo 
deverá traçar uma linha imaginária entre o ângulo inferior da escápula e o ombro. 
Posteriormente, posicionará a polpa de seus dedos sobre essa linha imaginária, logo 
a cima do músculo redondo maior. Com a sua outra mão, posicionada no antebraço 
dopaciente, o terapeuta deverá resistir o movimento de rotação lateral do ombro 
para perceber a tensão do músculo redondo menor sobre seus dedos. 
 
Figura 61: Redondo menor 
8) Músculo redondo maior 
Técnica: paciente em DL com o cotovelo flexionada a 90°. O terapeuta atrás 
do paciente, deverá localizar o ângulo inferior da escápula e a partir do mesmo 
deverá posicionar a polpa de seus dedos lateral e superiormente ao ângulo inferior 
da escápula (abaixo do músculo redondo menor). Posteriormente, com a sua outra 
 
 79 
mão posicionada no antebraço do paciente, deverá resistir a adução combinada à 
rotação medial do ombro, para que a tensão do mesmo seja percebida sobre os 
dedos do terapeuta. Muitas vezes, o músculo redondo maior ficará visível, 
apresentando seu formato arredondado. 
 
 
Figura 62: Redondo maior 
 
9) Músculo deltoide 
Técnica: com o paciente sentado, o terapeuta poderá palpar as três porções 
do deltoide, solicitando a contração muscular específica para cada porção. 
 
 80 
Porção anterior – o terapeuta deverá resistir os movimentos de flexão ou 
adução horizontal do ombro para delimitar as bordas do deltoide anterior; 
Porção média - o terapeuta deverá resistir o movimento de abdução do 
ombro para delimitar as bordas do deltoide médio; 
Porção posterior – o terapeuta deverá resistir os movimentos de extensão ou 
abdução horizontal do ombro para delimitar as bordas do deltoide posterior; 
 
Figura 63: Imagem ilustrativa do deltoide 
 
 
 
 
 
 81 
1) Músculo bíceps braquial 
Técnica: Com o paciente sentado, o terapeuta com uma de suas mãos na face 
anterior do terço distal do antebraço, deverá resistir o movimento de flexão de 
cotovelo combinado a supinação do antebraço. Em seguida, o bíceps braquial 
poderá ser visualizado e palpado pelo terapeuta na região anterior do braço. 
 
2) Tendão distal do bíceps braquial 
Técnica: Paciente sentado ou em DD. Terapeuta com uma de suas mãos 
posicionada no terço distal e anterior do antebraço resistira o movimento de flexão 
de cotovelo, e então poderá palpar no lado medial da prega do cotovelo o tendão 
distal do bíceps braquial. 
 
3) Músculo córacobraquial 
 
 82 
Obs.: com sua inserção proximal no ápice do processo coracóide e inserção 
distal na borda medial do terço superior da diáfise umeral, pode ser palpado na 
região próximo a axila sob o músculo peitoral maior. 
Técnica: Paciente em DD com ombro em abdução, o terapeuta deverá 
posicionar a polpa de seus dedos logo abaixo da porção curta do bíceps braquial, 
que se situa sob o peitoral maior. Posteriormente, o terapeuta com a sua outra mão 
deverá resistir à flexão e adução horizontal do ombro, e então, poderá perceber nas 
polpas de seus dedos a tensão do músculo córacobraquial. 
 
4) Músculo braquial 
Técnica: situado abaixo do bíceps braquial, com sua inserção proximal na face 
anterior do úmero em sua metade distal e inserção distal na tuberosidade da ulna; 
para ser palpado o terapeuta deverá entrar com as polpas de seus dedos de cada 
lado do terço distal da porção carnosa do bíceps braquial e, posteriormente solicitar 
ao paciente que realize uma discreta flexão de cotovelo. E então, perceberá sob a 
polpa de seus dedos a tensão do músculo braquial. 
 
 83 
 
Figura 64: Imagem ilustrativa do bíceps braquial e supraespinhal 
 
5) Tendão distal – tríceps braquial 
Técnica: paciente em DV, braço apoiado na maca, cotovelo flexionado à 90° e 
antebraço “pendurado” para fora da maca. O terapeuta deverá com as polpas dos 
dedos polegar e indicador (pegada de pinça), posiciona-las na região posterior do 
terço distal do braço, próximo ao olecrano, e posteriormente deverá resistir o 
movimento de extensão de cotovelo para perceber a tensão do tendão do tríceps 
braquial sobre seus dedos. 
 
 
 
 84 
Cotovelo (Úmero – Epífise distal) / Rádio e Ulna – Epífise proximal) 
 
1) Epicôndilo medial (úmero) 
Técnica: Paciente sentado, com cotovelo flexionado e apoiado sobre a maca. 
Terapeuta em pé, voltado para região medial do braço do paciente, deverá iniciar a 
palpação com as polpas de seus dedos, pela borda medial do braço e desliza-los no 
sentido caudal até perceber uma proeminência óssea arredondada, que 
corresponderá ao epicôndilo medial. 
 
 85 
 
Figura 65: Epicôndilo medial 
 
2) Epicôndilo lateral (úmero) 
Técnica: Paciente sentado, com cotovelo flexionado e apoiado sobre a maca. 
Terapeuta em pé, voltado para região lateral do braço do paciente, deverá iniciar a 
palpação com as polpas de seus dedos, pela borda lateral do braço e desliza-los no 
sentido caudal até perceber uma proeminência óssea, que corresponderá ao 
epicôndilo lateral. 
Obs.: Como o epicôndilo lateral não é uma proeminência óssea tão demarcada 
quanto o epicôndilo medial, o terapeuta deverá solicitar ao paciente que realize os 
movimentos de prono-supinação do antebraço, durante a palpação para certificar-
se que se encontra sobre a estrutura desejada. Pois ao realizar o movimento 
descrito, o epicôndilo lateral não se movimentará. 
 
 
 86 
 
Figura 66: Epicôndilo lateral 
 
3) Olécrano (ulna) 
Técnica: Paciente sentado, com o cotovelo flexionado. O terapeuta deverá 
posicionar a polpa de seus dedos com o polegar sobre a borda lateral, indicador na 
sua face posterior e dedo médio na face medial do olecrano. 
 
4) Cabeça do Rádio 
Técnica: Paciente sentado ou em DD, com antebraço pronado e apoiado na 
maca. O terapeuta iniciará a palpação localizando o epicôndilo lateral, e com a polpa 
de seu dedo deverá desliza-lo no sentido caudal, e imediatamente irá perceber uma 
pequena depressão, seguida de uma proeminência óssea arredondada que 
corresponderá a cabeça do rádio. 
 
 87 
 
Figura 67: Palpação da cabeça do rádio 
 
1) Processo estiloide do rádio 
Técnica: Paciente sentado ou em DD, com a borda medial do antebraço 
apoiada na maca. O terapeuta deverá iniciar a palpação pela borda lateral do 
primeiro metacarpo e seguir em direção cranial, até perceber uma proeminência 
óssea pontiaguda que corresponderá ao processo estiloide do rádio. 
 
2) Processo estiloide e cabeça (ulna) 
 
 88 
Técnica: Paciente sentado, com antebraço pronado e apoiado na maca. O 
terapeuta deverá iniciar a palpação pela borda medial da mão, deslocando seu dedo 
em direção cranial (na direção da ulna), até perceber uma proeminência óssea 
pontiaguda, que corresponderá ao processo estiloide da ulna. 
Para palpar a cabeça da ulna, a partir da palpação anterior, o terapeuta 
deslizará seu dedo no sentido cranial e irá perceber uma estrutura de formato 
arredondado situada logo após ao processo estiloide da ulna. 
 
 
Figura 68: Processo estiloide do rádio 
 
 
 
 89 
 
Figura 69: Cabeça da ulna 
 
Músculos superficiais do antebraço (região anterior) 
 
1) Músculo pronador redondo 
Técnica: paciente sentado com cotovelo flexionado, antebraço supinado e 
apoiado na maca. Terapeuta com uma de suas mãos apoiada no terço distal e 
anterior do antebraço, deverá resistir ao movimento de pronação e com as polpas 
dos dedos de sua outra mão, palpará logo abaixo da prega do cotovelo, no lado 
medial do antebraço, o músculo pronador redondo. 
 
2) Tendão distal do músculo flexor radial do carpo 
 
 90 
Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o 
terapeuta resistirá o movimento de flexão e desvio radial do punho e com as polpas 
dos dedos de sua outra mão poderá palpar o tendão que ficará bem evidente na 
região anterolateral do punho. 
Obs.: é o mais lateral dos tendões visíveis no terço distal da face anterior do 
antebraço. 
 
3) Tendão distal do músculo palmar longo 
Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o 
terapeuta solicitará ao paciente que realize simultaneamente os movimentos de 
flexão de punho e oposição do polegarcom o quinto dedo, para que o tendão distal 
do músculo palmar longo fique evidente na região medial do punho. 
 
4) Tendão distal do músculo flexor ulnar do carpo 
Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o 
terapeuta solicitará ao paciente que realize simultaneamente os movimentos de 
flexão e desvio ulnar de punho, para que o tendão do músculo flexor ulnar do carpo 
fique proeminente no terço distal da borda ulnar do antebraço do paciente. 
 
 91 
Obs.: é o tendão mais medial dentre os visíveis na face anterior do antebraço, 
sua inserção distal ocorre sobre a face anterior do osso pisiforme. 
 
5) Tendão distal do músculo flexor superficial dos dedos 
Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o 
terapeuta posicionará as polpas do 2° e 3° dedos entre os tendões do palmar longo 
e flexor ulnar do carpo, e posteriormente, solicitará ao paciente que realize a flexão 
dos dedos mantendo as falanges distais estendidas, e então percebera na polpa de 
seus dedos o tendão distal do músculo flexor superficial dos dedos. 
 
 Músculos superficiais do antebraço (região posterior) 
 
1) Músculo braquiorradial 
Técnica: paciente sentado com antebraço em posição neutra e apoiado na 
maca. Terapeuta deverá resistir o movimento de flexão de cotovelo, com uma de 
suas mãos apoiada sobre o terço distal do antebraço do paciente. Ao realizar o 
movimento proposto o músculo braquiorradial ficará evidente em toda borda radial 
do antebraço, e seu tendão na parte lateral da base do processo estiloide do rádio. 
 
 
 92 
2) Tendão distal do músculo extensor radial longo do carpo 
Técnica: paciente sentado com o antebraço pronado e apoiado na maca. O 
terapeuta com uma de suas mãos posicionada sobre o dorso da mão do paciente, 
resistirá o movimento de extensão de punho e então, o terapeuta poderá identificar 
o tendão do músculo extensor radial longo do carpo no terço distal do antebraço e 
próximo a base do 2° metacarpo. 
 
3) Tendões distais do músculo extensor dos dedos 
Técnica: paciente sentado com o antebraço pronado e apoiado na maca. O 
terapeuta com uma de suas mãos posicionada sobre os quatro últimos dedos da 
mão do paciente, resistirá ao movimento de extensão dos mesmos, para que os 
tendões do músculo extensor dos dedos fiquem evidentes no dorso da mão. 
 
4) Tendão distal do músculo extensor ulnar do carpo 
Técnica: paciente sentado e com o cotovelo apoiado na maca, o terapeuta irá 
resistir ao movimento de extensão e desvio ulnar do punho do paciente, e então o 
tendão ficará evidente na borda ulnar do terço distal do antebraço. 
 
5) Músculo ancôneo 
 
 93 
Técnica: paciente em DV, com o ombro abduzido, cotovelo flexionado com 
antebraço “pendurado” para fora da maca. O terapeuta deverá posicionar a polpa 
de seus dedos entre o epicôndilo lateral e o terço proximal da borda dorsal da ulna. 
Com a sua outra mão posicionada no terço distal do antebraço do paciente, irá 
resistir ao movimento de extensão do cotovelo nos últimos graus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 94 
 As três pregas cutâneas localizadas na região anterior do punho servirão como 
referências palpatórias para a localização das estruturas da região. 
A prega distal corresponde a articulação intercárpica, já a intermediária 
corresponde ao processo estiloide do rádio e a articulação rádio cárpica (articulação 
do punho) e a prega proximal corresponde a cabeça da ulna. 
Porém nem sempre estarão presentes as três pregas ou as vezes não estarão 
muito nítidas, mas quando bem visualizadas contribuem bastante para as técnicas 
de palpação da região. 
 
1) Palpação global – ossos do carpo 
Técnica: Paciente sentado, com antebraço supinado e apoiado sobre maca. O 
terapeuta poderá usar como referência a prega palmar intermediária do punho, e 
a partir desse ponto, deverá posicionar as regiões palmares de seu 2° e 3° dedos 
 
 95 
sobre a mesma, de forma que os dedos fiquem paralelos a prega. Dessa forma, o 2° 
dedo estará posicionado sobre a fileira proximal dos ossos do carpo e o 3° sobre a 
fileira distal. 
 
Figura 70: Palpação global dos ossos do carpo 
 
2) Pisiforme (4° osso da fileira proximal do carpo) 
Técnica: Paciente sentado, com antebraço supinado e apoiado sobre maca. O 
terapeuta poderá usar como referência o tendão do músculo flexor ulnar do carpo, 
pois o mesmo se insere no osso pisiforme. Para identificar tal tendão, o terapeuta 
deverá oferecer resistência para o movimento de flexão de punho, e o mesmo 
poderá ser visualizado na região anterior e medial do punho. A partir dessa 
 
 96 
estrutura, basta o terapeuta deslizar a polpa de seu dedo no sentido distal, até 
perceber uma proeminência óssea, que corresponderá ao osso pisiforme. 
 
3) Escafóide (1º osso da fileira proximal do carpo) 
Técnica – abordagem lateral: Paciente sentado, com antebraço pronado e 
apoiado sobre maca. O terapeuta poderá usar como referência a região da 
tabaqueira anatômica, pois seu assoalho é ocupado proximalmente pelo escafoide. 
Após a identificação de tal região, o terapeuta deverá posicionar a polpa de seu 
dedo indicador, na depressão situada, logo abaixo do processo estiloide do rádio e 
entre os tendões dos músculos extensores longo e curto do polegar. 
Posteriormente, o terapeuta deverá deslizar discretamente seu dedo em sentido 
distal e com a outra mão, realizar um desvio ulnar do punho do paciente, para que 
a face lateral do escafoide entre em contato com o dedo indicador do terapeuta. 
 
Técnica – abordagem anterior (1ª opção): Paciente sentado, com antebraço 
supinado. O terapeuta deverá realizar uma extensão passiva do punho do paciente 
para que a face anterior do escafoide fique proeminente e possa ser visualizada 
facilmente como uma convexidade situada na região ântero-lateral do punho 
(lateralmente, sobre a prega de palmar distal do punho). 
 
 
 97 
Técnica – abordagem anterior (2ª opção): Paciente sentado, com antebraço 
supinado. O terapeuta deverá posicionar a articulação interfalangiana de seu 
primeiro dedo, sobre o pisiforme do paciente, onde seu dedo fique alinhado de 
forma paralela a prega palmar cutânea distal do punho do paciente. A partir dessa 
posição, o terapeuta deverá realizar uma flexão da articulação interfalangiana de 
seu primeiro dedo, que levará a polpa desse dedo entrar em contato com o osso 
escafoide. 
 
6) Tendão do músculo abdutor longo do polegar 
Técnica: Com o punho em posição neutra, o terapeuta resistirá ao movimento 
de abdução do polegar (que ficará a 90° em relação a palma da mão). Com a outra 
mão posicionará as polpas de seus dedos no lado radial do 1° metacarpo, para 
palpar o tendão do músculo abdutor longo do polegar. Para melhor visualiza-lo o 
terapeuta poderá solicitar que o paciente realize um desvio radial do punho 
resistido. 
Obs.: o tendão do abdutor longo do polegar situa-se ventralmente em relação 
ao extensor curto do polegar. 
 
7) Tendão do músculo extensor curto do polegar 
 
 98 
Devido à proximidade entre os tendões do músculo extensor curto do polegar 
e abdutor longo do polegar, torna-se difícil a diferenciação palpatória entre esses 
tendões. 
Técnica: o tendão do extensor curto do polegar localiza-se em uma posição 
mais dorsal em relação ao tendão do abdutor longo do polegar. E para identifica-lo 
basta o terapeuta resistir ao movimento de extensão do polegar e identifica-lo logo 
atrás do tendão do músculo abdutor longo do polegar. 
Obs.: o tendão do extensor curto do polegar forma o limite radial da 
tabaqueira anatômica. 
 
8) Tendão do músculo extensor longo do polegar 
Técnica: com o punho do paciente em posição neutra e a palma da mão 
apoiada sobre a maca, basta o terapeuta solicitar ao paciente que realize a extensão 
do polegar (leve o polegar para trás do plano da mão), para que o tendãodo 
músculo extensor longo do polegar fique evidente na parte póstero-lateral do 
punho, formando a borda ulnar da tabaqueira anatômica. 
 
 
 
 
 99 
Fêmur (epífise proximal) e Músculos da coxa 
 
1) Trocânter maior 
 
Técnica: Com o paciente em pé e o terapeuta atrás do mesmo, deverá colocar 
seu polegar sobre EIPS, indicador na crista ilíaca, dorsalmente à EIAS, o 5° dedo 
traçará uma linha imaginária vertical a partir da crista ilíaca, e cairá sobre a borda 
superior do trocânter maior. 
OBS: Em decúbito lateral, o trocânter maior produz naturalmente uma 
saliência na parte lateral do quadril. 
 
 
 
 100 
 
Figura 71: Ilustração fêmur 
 
2) Músculo Glúteo máximo 
Corresponde ao ventre mais superficial da do grupo de músculos 
pelvitrocanterianos, sendo, destes, aquele que possui maior função associada a 
dinâmica. 
Inserção Medial: Linha glútea posterior do ilíaco, sacro, cóccix e ligamento 
sacrotuberoso 
Inserção Lateral: Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur 
Inervação: Nervo Glúteo Inferior (L5 – S2) 
 
 101 
• Ação: Extensão e Rotação Lateral do Quadril 
 
 Técnica: Com o paciente em DV e joelho flexionado, o terapeuta irá posicionar 
uma de suas mãos na região posterior da crista ilíaca para fixar o quadril e a outra 
posicionada distal mente na região posterior da coxa do paciente, o terapeuta 
resistirá o movimento de extensão de quadril, para visualizar e palpar a grande 
massa muscular do glúteo máximo. 
 
Figura 72: Ilustração músculos pelvitrocanterianos 
 
3) Músculo Glúteo médio 
A pesar de estudarmos e aprendermos que a função do músculo glúteo médio, 
diferente do máximo, é de rotação interna de quadril, devemos nos atentar na 
 
 102 
sua função dinâmica, pois ele é um músculo extremamente utilizado na marcha, 
principalmente na fase de apoio unipodal. 
O músculo glúteo médio é o grande responsável pela estabilização da pelve em 
apoio unipodal. Desta forma, podemos notar que indivíduos com fraqueza de 
glúteo médio apresentam instabilidade estática e dinâmica na pelve, gerando 
como consequência, assimetria. 
A instabilidade estática gera o que chamamos de sinal de trendelemburg, quando 
em apoio unipodal e parado percebemos uma queda ou desabamento da pelve 
contralateral ao músculo glúteo médio enfraquecido. 
Porém, a principal falha ou instabilidade gerada pela fraqueza ou encurtamento 
do músculo glúteo médio é a instabilidade dinâmica, que pode ser percebida com 
uma compensação durante o movimento denominada de valgo dinâmico 
compensatório. 
• Inserção Superior: Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea 
posterior e anterior 
• Inserção Inferior: Trocânter Maior 
• Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 – S1) 
• Ação: Abdução e Rotação Medial da Coxa 
 
 103 
Técnica: Paciente em DL, e o terapeuta deverá imaginar uma linha vertical 
unindo a crista ilíaca ao trocânter maior do fêmur. Com uma de suas mãos 
posicionada no terço distal e lateral da coxa do paciente, resistira à abdução do 
quadril. Com as polpas dos dedos da sua mão cefálica posicionadas na borda 
superior do trocânter maior, sentirá a contração do músculo glúteo médio. 
 
 
Figura 73: Ilustração dos músculos pelvitrocanterianos 
 
4) Músculo Piriforme (palpação indireta) 
 
 
 104 
Logo abaixo do músculo glúteo mínimo, ou seja, de forma mais profunda, 
encontramos o músculo piriforme, o principal responsável pela rotação externa 
de quadril (agonista da rotação medial) 
Antes de citarmos suas respectivas origens, inserção e ação, devemos conhecer a 
correlação clínica do músculo piriforme com as demais estruturas que cruzam a 
região posterior da pelve. 
Algumas pessoas apresentam a passagem do nervo ciático ou isquiático por entre 
as fibras do músculo piriforme. Tal fato pode levar a uma correlação clínica bastante 
importante: Nessas pessoas, o encurtamento ou contratura do piriforme podem 
gerar uma compressão nervosa (axoniopraxia) e causar como sintomatologia 
associada uma ciatalgia, que pode ser confundida facilmente com alguma alteração 
de coluna lombar baixa. 
Tal disfunção é conhecida como "síndrome do piriforme" e tem como sintomas 
associados a dor irradiada no trajeto do ciático partindo da região glútea e que se 
acentua quando o indivíduo senta, além de poder apresentar também parestesia 
(formigamento) por compressão vascular. 
• Inserção Medial: Superfície pélvica do sacro e margem da incisura isquiática 
maior 
• Inserção Lateral: Trocânter Maior 
 
 105 
• Inervação: Nervo para o músculo piriforme (S2) 
• Ação: Abdução e Rotação Lateral da Coxa 
 
Técnica: Paciente em DV, com o joelho homolateral à palpação flexionado. O 
terapeuta colocará a polpa dos dedos de uma de suas mãos no ponto médio de uma 
linha imaginária que une a região posterior do trocânter maior com o sacro (nível 
S2-S3). Com a sua outra mão posicionada no tornozelo do paciente e resistirá a 
rotação lateral do quadril. O terapeuta deverá então, aprofundar a palpação para 
sentir a tensão do músculo piriforme. 
 
Figura 74: Técnica de palpação do piriforme 
 
5) Músculo Semitendinoso 
 
 
 106 
Técnica: Paciente em DV, com o joelho flexionado. O terapeuta resistirá, com 
uma de suas mãos posicionada no tornozelo do paciente, à flexão de joelho 
combinada com a rotação medial da tíbia. Com a polpa dos dedos de sua outra mão, 
palpará, inicialmente, o tendão, mais medial, que se tornará mais saliente na região 
posterior (terço distal da coxa): é o tendão do semitendinoso. O terapeuta 
acompanhará esse tendão, em sentido cefálico, até o terço médio da coxa, para 
nessa região deslocar seus dedos lateralmente e palpar a porção carnosa do 
músculo. 
 
6) Músculo Semimembranoso 
 
 Técnica: Paciente em DV, com o joelho flexionado. O terapeuta deverá iniciar 
a palpação localizando o tendão distal do músculo semitendinoso (atrás do joelho, 
é o tendão mais saliente da região póstero medial da coxa). Com as polpas do 2° e 
3° dedos de uma de suas mãos, palpará a “cavalo”, o tendão do semitendinoso. Com 
sua outra mão localizada no tornozelo do paciente, resistirá a flexão de joelho 
combinada a rotação medial da tíbia. As polpas dos dedos sentirão a tensão da 
porção muscular do semimembranoso, que se encontra descoberta do 
semitendíneo nessa região. 
 
 107 
 
Figura 75: Imagem da musculatura posterior de MMII 
 
7) Músculo bíceps femoral 
 
Técnica: Paciente em DV, com o joelho flexionado. O terapeuta resistirá, com 
sua mão caudal posicionada no tornozelo do paciente, à flexão de joelho combinada 
com a rotação lateral da tíbia. Em seguida, visualizará o tendão que ficará 
proeminente no lado lateral da região posterior e distal da coxa. Inicialmente 
 
 108 
palpará o tendão; deslocará os seus dedos, cranial para palpar a porção longa do 
bíceps no terço médio. 
 
8) Músculo tensor da fáscia lata 
 
Técnica: Paciente em DL, com a articulação coxofemoral ligeiramente 
flexionada. Com terapeuta atrás do paciente, traçará uma linha imaginária entre a 
EIAS e a borda anterior do trocânter maior; colocará as polpas de seus dedos no 
ponto médio dessa linha. Sua mão caudal irá segurar em “berço”, o membro inferior 
do paciente, para resistir aos movimentos simultâneos de flexão, abdução e rotação 
medial da coxa; as polpas dos dedos do terapeuta identificarão o tendão do TFL e a 
tensão da porção carnosa. 
 
Figura 76: Ilustração músculos dos membros inferiores 
 
 
 109 
9) Músculo Sartório 
 
Técnica: Paciente sentado com as pernas pendentes. Terapeuta agachado de 
frente para o paciente, com sua mão contralateral a palpação, posicionada na face 
lateral do joelho do paciente para resistir a flexão e abdução de CF; 
Simultaneamente o paciente realizará a flexão do joelho e a rotação medial da tíbia, 
empurrando sua perna contra a maca;Com as polpas dos dedos da sua mão 
homolateral, o terapeuta palpará o músculo sartório, que ficará bem pronunciado 
com os movimentos descritos. 
 
Figura 77: Ilustração dos músculos da coxa com ênfase para o sartório 
 
 110 
10) Músculo reto femoral 
 
Técnica 1: Paciente em DD. Inicialmente, o terapeuta deverá visualizar a fossa 
crural (está localizada entre as origens do tensor da fáscia lata e do sartório, 
aproximadamente a três dedos transversais abaixo da EIAS). 
O terapeuta colocará a polpa dos dedos de sua mão cefálica na fossa crural 
para sentir o tendão retilíneo do músculo reto femoral; com sua outra mão, 
localizada na região anterior do tornozelo do paciente, resistira a flexão de 
coxofemoral com o joelho estendido. O ventre muscular do músculo reto femoral 
ficará bem evidente na região anterior da coxa e o tendão poderá ser palpado na 
fossa crural. 
 
Figura 78: Ilustração músculo reto-femoral 
 
 
 111 
Técnica 2: Paciente em pé. O terapeuta ficará na frente do paciente e solicitará 
que o mesmo incline ligeiramente o tronco à frente e eleve o pé do chão, e poderá 
visualizar a fossa crural e palpá-la com a polpa de seus dedos, para sentir o tendão 
do reto femoral. 
 
11) Músculo íliopsoas 
 
Figura 79: Palpação do músculo íliopsoas 
 
Técnica (via abdominal): paciente em DD, com joelhos flexionados e pés 
apoiados na maca. O terapeuta posicionará a polpa dos dedos da sua mão cefálica 
da seguinte maneira: 
- Polegar na EIAS; 
- 4°, próximo ao umbigo; 
 
 112 
- O 2° dedo cairá equidistante aos dedos precedentes e aprofundará a 
palpação; 
Com sua mão caudal o terapeuta irá resistir o movimento de flexão de CF e 
perceberá um aumento de tensão sobre a região devido a tensão do músculo 
íliopsoas. 
 
 
Figura 80: Ilustração do músculo íliopsoas 
 
O músculo íliopsoas é o principal responsável pelo movimento de flexão de 
quadril. Desta forma, é um músculo extremamente trabalhado pois seu movimento 
em contração concêntrica é essencial para a biomecânica da marcha. 
 
 113 
Além das funções dinâmicas, o músculo psoas maior, por possuir suas origens 
nos corpos vertebrais das vértebras lombares, o mesmo ainda é um importante 
estabilizador lombar, atuando de forma antagônica ao reto femoral. 
Deve-se observar, durante a palpação do músculo íliopsoas, possíveis 
alterações de sensibilidade quando comparado com o outro lado (contra 
lateralmente), pois pode ser indicativo de encurtamento muscular condição que 
pode gerar alteração biomecânica da lombar, gerando tendência a hiperlordose. 
 
12) Músculos adutores (palpação global) 
 Técnica: Paciente em DD, com joelho flexionado e pé apoiado na maca. 
 O terapeuta resistirá a adução de coxo femoral com uma de suas mãos, 
localizada na face medial do joelho do paciente; o grupo adutor fica bem saliente na 
face medial da coxa do paciente. 
 
 
 
 114 
 
Figura 81: Ilustração da musculatura de MMII 
 
 
 115 
 
 Diferente do que muitos pensam, o joelho não é uma articulação 
propriamente dita, mas sim um complexo articular, por se tratar de um 
conjunto formado por duas articulações dentro de uma mesma capsula 
articular, e que possuem uma relação em comum quando pensamos na 
mobilidade do complexo. 
 O complexo articular do joelho é composto então por uma capsula 
articular e duas articulações estruturais, que são: 
 
• Articulação fêmuro-tibial 
• Articulação fêmuro-patelar 
 
A articulação fêmuro tibial é a principal articulação do complexo do joelho, por 
se tratar da articulação onde ocorrem os movimentos osteocinemáticos de 
 
 116 
flexão e extensão do mesmo. Os movimentos de flexão de joelho são 
associados ao movimento artrocinemático de rotação interna da tíbia, 
enquanto o movimento de extensão de joelho está associado ao movimento 
artrocinemático de rotação externa da tíbia. 
 A articulação fêmuro patelar, diferente da fêmuro tibial, não é uma 
articulação estrutural, mas sim uma articulação funcional. A patela é o 
principal osso sesamóide do corpo humano, e desta forma, atua como roldana, 
ficando interposto entre o tendão quadríciptal e o tendão patelar e sendo 
então responsável por aumentar o torque de força do quadríceps durante os 
movimentos de extensão do joelho. 
 A função da articulação fêmuro patelar e da patela é bem executada até 
90 graus de flexão de joelho. Quando a flexão de joelho ultrapassa os 90 graus, 
quanto mais fechado for o ângulo (menor ângulo), menor o torque de força 
do músculo quadríceps, pois o mesmo deixa de se posicionar paralelamente e 
começa a “dobrar” gradativamente, gerando atrito da patela contra o fêmur e 
predispondo as condropatias anteriores de joelho. 
 Desta forma, é comum notarmos que quando nos sentamos em acentos 
baixos e precisamos flexionar muito os joelhos, há uma maior dificuldade para 
nos colocarmos em pé novamente. Tal fato é acentuado em idosos pois além 
do desfavorecimento biomecânico, ainda apresentam diminuição de força 
muscular e equilíbrio. Assim, é comum quando pensamos em ergonomia para 
 
 117 
indivíduos idosos, aumentar a altura dos acentos dos idosos para favorecer 
biomecanicamente a extensão de joelho. 
 
1) Côndilo medial do fêmur 
 
Técnica: Paciente em DD com joelho flexionado. Terapeuta em pé, de frente 
para o joelho do paciente, com as polpas dos seus dedos palpará a região anterior 
do côndilo medial; acompanhará o formato arredondado do côndilo, deslocando os 
seus dedos em sentido dorsal; 
 
2) Côndilo lateral do fêmur 
 
Técnica: Paciente em DD com joelho flexionado. Terapeuta em pé, de frente 
para o joelho do paciente, com as polpas dos seus dedos palpará a região anterior 
do côndilo lateral; acompanhará o formato arredondado do côndilo, deslocando os 
seus dedos em sentido dorsal; 
3) Interlinha articular 
 
Técnica: Paciente em DD com joelhos flexionados à 90°. Terapeuta em pé, de 
frente para o joelho do paciente, deverá iniciar a palpação localizando os côndilos 
 
 118 
femorais e posteriormente direcionar os dedos no sentido caudal até perceber uma 
depressão. Em seguida, o terapeuta deverá acompanhar seus dedos posteriormente 
até perceber que os dedos foram obliterados pelos ligamentos colaterais do joelho 
 
Figura 82: Palpação da linha articular 
4) Epicôndilo medial do fêmur 
 
Técnica: Paciente em DD com joelho flexionado. Terapeuta de frente para a 
região medial do joelho do paciente, deverá buscar a proeminência óssea mais 
evidente localizada no côndilo medial do fêmur. 
 
 
 119 
 
Figura 83: Ilustração de estruturas articulares e musculares do joelho 
 
5) Epicôndilo lateral do fêmur 
 
Técnica: Paciente em DD com joelho flexionado. Terapeuta de frente para a 
região lateral do joelho do paciente, deverá buscar a proeminência óssea mais 
evidente localizada no côndilo lateral do fêmur. 
 
6) Base da patela 
 
 120 
 
Figura 84: Palpação da base da patela 
 
 Técnica: Paciente em DD com joelhos estendidos. O terapeuta deverá acompanhar 
no sentido distal o músculo reto femoral, até encontrar uma proeminência óssea 
correspondente a base da patela. 
 
Figura 85: Ilustração anterior do joelho 
7) Ápice da patela 
 
 121 
Técnica: Paciente em DD com joelhos estendidos. Ao identificar a base da 
patela basta o terapeuta deslizar a polpa de seus dedos no sentido distal para 
identificar o ápice da patela localizada na superfície inferior da mesma. 
 
Figura 86: Palpação do ápice da patela 
 
8) Bordas medial e lateral da patela 
 
 Técnica: Paciente em DD com joelhos estendidos. Terapeuta deverá iniciar a 
palpação identificando a base da patela, e com as polpas de seus dedos deverá 
margear suas bordas medial e lateral. 
 
 Obs.: as bordas da patela são pontos de inserções dos retináculos medial e 
lateral joelho. 
 
 122 
 
Figura 87:Palpação das bordas da patela 
 
9) Tuberosidade anterior da tíbia (TAT) 
 
Técnica: Paciente em DD com joelhos flexionados, terapeuta em pé ou 
sentado de frente para o joelho do paciente. Ao identificar o ápice da patela basta 
o terapeuta deslizar a polpa de seus distalmente, e perceberá uma proeminência 
óssea bem evidente na região anterior do terço proximal da tíbia. 
 
 
 123 
 
Figura 88: Tuberosidade anterior da tíbia 
 
10) Côndilo medial da tíbia 
 
Técnica: Paciente em DD com joelhos flexionados. O terapeuta localizará a 
interlinha articular medial do joelho e com os polegares exercerá uma pressão no 
sentido caudal e encontrará uma barreira rígida (óssea) ou seja, o côndilo medial da 
tíbia. Para se certificar da palpação pedirá ao paciente que realize os movimentos 
de rotações da tíbia, se os polegares estiverem sobre o côndilo medial irão perceber 
o seu movimento. 
 
11) Côndilo lateral da tíbia 
 
 124 
Técnica: Paciente em DD com joelhos flexionados. O terapeuta localizará a 
interlinha articular lateral do joelho e com os polegares exercerá uma pressão no 
sentido caudal e encontrará uma barreira rígida (óssea) ou seja, o côndilo lateral da 
tíbia. Para se certificar da palpação pedirá ao paciente que realize os movimentos 
de rotações da tíbia, se os polegares estiverem sobre o côndilo lateral irão perceber 
o seu movimento. 
 
12) Cabeça da fíbula 
 
 Técnica: Paciente em DD, com joelhos flexionados. O terapeuta em pé, de 
frente para a face lateral da perna do paciente, irá deslizar os seus dedos em forma 
de gancho, a partir da porção proximal da face posterior da perna, em sentido 
ventral, perceberá que os dedos irão de encontro com uma estrutura rígida, estarão 
sobre a porção posterior da cabeça da fíbula. Após ter encontrado a cabeça da 
fíbula, o terapeuta poderá palpá-la, em forma de gancho com o indicador e polegar. 
Nesse momento poderá mobiliza lá no sentido póstero-anterior, para melhor 
distingui-la. 
 
 125 
 
Figura 89: Cabeça da fíbula 
 
 Ligamento cruzado anterior (LCA) 
 
 O ligamento cruzado anterior é o grande responsável por limitar o 
movimento artrocinemático de deslizamento anterior da tíbia sob o fêmur, 
que acontece durante a flexão de joelho. É auxiliado pelos músculos 
posteriores da coxa, os ísquios tibiais, que também geram estabilidade no 
mesmo sentido. Podemos afirmar então que o LCA atua na flexão de joelho, e, 
desta forma, seu mecanismo traumático mais comum está associado a 
entorses de joelho com rotação durante a flexão. Esse tipo de lesão é muito 
comum em praticantes de futebol assim como em lutadores, por 
apresentarem comumente, os mesmos mecanismos traumáticos. 
 
 126 
Ligamento cruzado posterior (LCP) 
 
 O ligamento cruzado posterior é o grande responsável por limitar o 
deslizamento posterior da tíbia sob o fêmur. Desta forma, podemos afirmar que 
este ligamento é o responsável por limitar a extensão de joelho, trabalhando então 
em posição de ajuste máximo da articulação fêmuro tibial. Sendo assim, as lesões 
de LCP são muito menos frequentes que as de LCA, pois para se romper o mesmo o 
mecanismo traumático é de trauma anterior no joelho com o mesmo extendido em 
180 graus. 
 
13) Ligamento Colateral Medial (LCM) 
 
 Técnica: Paciente em DD, com joelhos flexionados. Terapeuta em pé, de 
frente para a face medial do joelho do paciente, deverá localizar a porção ântero-
medial da interlinha articular do joelho e acompanha-la em direção posterior, até 
cair sobre o LCM. 
 
14) Ligamento Colateral Lateral (LCL) 
 
 127 
 
Figura 90: Ilustração dos ligamentos cruzados 
 
Técnica: Paciente em DD, com joelhos flexionados. Terapeuta em pé, de frente 
para a face lateral do joelho do paciente, deverá localizar o epicôndilo lateral do 
fêmur e a cabeça da fíbula (pontos de inserções do LCL). A partir da palpação do 
epicôndilo lateral do fêmur o terapeuta deverá deslocar seu dedo no sentido caudal 
e cairá sobre o ligamento, ou ao localizar a cabeça da fíbula o terapeuta deverá 
descolar seu dedo no sentido cranial e também cairá sobre o ligamento que se situa 
entre esses dois acidentes anatômicos. 
 
15) Ligamento patelar 
 
 128 
Técnica :Paciente em DD, com joelhos flexionados. O terapeuta em pé, de 
frente para a região anterior do joelho do paciente, deverá localizar a tuberosidade 
anterior da tíbia (TAT), e a partir desse acidente anatômico deslizar os seus dedos 
no sentido cranial, caindo diretamente sobre o ligamento patelar. Outra opção, 
seria iniciar a palpação pelo ápice da patela e deslocar seus dedos no sentido caudal. 
Ambos os acidentes anatômicos são pontos de inserção do ligamento patelar. 
 
16) Tendão do quadríceps 
 
Técnica: Paciente em DD, com os joelhos estendidos. O terapeuta deverá 
localizar a base da patela, e a partir desse acidente anatômico deslizar os seus dedos 
no sentido cranial, caindo diretamente sobre o tendão do quadríceps. 
 
17) Retináculo medial do joelho 
 
Técnica: Paciente em DD, com os joelhos estendidos. O terapeuta deverá 
localizar as bordas medial e lateral da patela, e posteriormente, com o polegar de 
uma de suas mãos situado na base lateral da patela empurra-la no sentido medial 
para que a borda medial fique “saltada”. A partir dessa posição o terapeuta deverá 
posicionar seu indicador da mão contralateral por baixo da borda medial da patela 
 
 129 
e estará sobre o retináculo medial (o terapeuta terá a sensação de estar palpando 
uma membrana fibrosa). 
 
18) Retináculo lateral do joelho 
 
Técnica: Paciente em DD, com joelhos estendidos. O terapeuta deverá 
localizar as bordas medial e lateral da patela, e posteriormente, com o polegar de 
sua mão cefálica situado na base medial da patela empurra-la no sentido lateral 
para que a borda lateral fique “saltada”. A partir dessa posição o terapeuta deverá 
posicionar seu indicador da mão contralateral por baixo da borda lateral da patela 
e estará sobre o retináculo lateral (o terapeuta terá a sensação de estar palpando 
uma membrana fibrosa). 
 
19) Menisco medial 
 
Técnica: Paciente sentado, com joelho flexionado à 90°. O terapeuta deverá 
posicionar a perna do paciente em rotação medial para facilitar a palpação, e com a 
polpa do polegar irá palpar a região anterior da interlinha articular, entre o 
ligamento patelar e o ligamento colateral medial. Ao aprofundar a palpação o 
terapeuta deverá sentir a borda anterior do menisco medial. 
 
 130 
20) Pata de Ganso 
 
Figura 91: Ilustração dos músculos da pata de ganso 
 Músculos da pata de ganso é o nome que se da ao grupo muscular que 
possui sua inserção distal na face medial do joelho, no côndilo medial da tíbia. 
A pesar de morfologicamente possuírem um mesmo ponto de inserção distal, 
os músculos da pata de ganso não são considerados como tríceps crural pois 
possuem localizações (topografia) diferente e função relacionada a articulação 
coxo femoral diferente. 
 
 131 
A pata de ganso é formada então por três músculos importantes: 
• Sartório 
• Grácil 
• Semi tendinoso 
 
Sartório 
É um músculo localizado anteriormente na região da coxa, possuindo sua 
origem na Espinha Ilíaca Ântero Superior (EIAS) e sua inserção distal na face 
medial do côndilo tibial. Desta forma, o músculo sartório é classificado como 
bi articular, atuando no quadril como flexor e rotador externo e no joelho 
como sinergista na flexão. 
 
Grácil 
O músculo grácil é um músculo localizado na região medial da coxa, sendo um 
importante adutor de quadril. Como músculo adutor, é o único biarticular, pois 
possui sua inserção distal na face medial do côndilo tibial, assim como os 
demais músculos da pata de ganso (sartório e semitendinoso). 
Semi tendinoso 
 
 132 
Do grupo dos músculos da pata de ganso, o semitendinoso é o posterior, 
relacionadaa função de extensão de quadril e flexão de joelho. O músculo 
semitendinoso compõe tanto o grupo dos músculos da pata de ganso como 
também o grupo dos ísquios tibiais. 
• Origem: Tracto ílio tibial 
• Inserção: face medial do corpo da tíbia/ proximalmente 
• Ação: extensão quadril e flexão de joelho 
 
Local situado no terço proximal da tíbia na região ântero medial onde se 
inserem três tendões (sartório, grácil e semitendinoso). 
 
Técnica: Paciente em DD, com joelho flexionado e pé apoiado na maca. O 
terapeuta deverá posicionar a região tenar da mão homolateral á palpação na borda 
lateral da tuberosidade anterior da tíbia; os demais dedos cairão naturalmente 
sobre os tendões da pata de ganso. 
 
21) Tendões dos músculos semimembranoso e semitendinoso 
 
 
 133 
Técnica: Com o paciente em DV, o terapeuta deverá posicionar as polpas do 
2° e 3° dedos sobre a região póstero medial do terço distal do fêmur (próximo a 
fossa poplítea). Com a sua outra mão localizada no tornozelo do paciente, resistirá 
o movimento de flexão de joelho combinado com a rotação medial da tíbia. Ao 
solicitar a contração muscular dos mesmos o terapeuta irá perceber os dois tendões 
“saltarem” sobre os seus dedos. O tendão mais lateral e profundo é o 
semimembranoso, o mais medial trata-se do semitendinoso. 
 
22) Tendão do músculo bíceps femoral 
 
Técnica: Com o paciente em DV, o terapeuta deverá posicionar as polpas do 
2° e 3° dedos da mão cefálica imediatamente a cima da cabeça da fíbula; com a mão 
caudal posicionada no tornozelo do paciente resistira a flexão de joelho e a rotação 
lateral da tíbia. Ao solicitar a contração muscular o terapeuta irá perceber o tendão 
do músculo bíceps femoral “saltar” sobre os seus dedos. 
 
 
 
 
 134 
 
 
1) Maléolo medial 
 
Técnica: Localizado no terço distal da tíbia (acidente ósseo de fácil 
identificação, bastante proeminente). O terapeuta deverá palpá-lo com o polegar e 
indicador fazendo uma pinça entre as bordas anterior e posterior do maléolo 
 
 135 
medial. Para palpar o ápice do maléolo medial o terapeuta deverá deslocar seu dedo 
indicador no sentido caudal e cairá diretamente sobre o acidente ósseo. 
 
Figura 92: Palpação do maléolo medial 
 
2) Maléolo lateral 
 
Técnica: Localizado no terço distal da fíbula (acidente ósseo de fácil 
identificação, bastante proeminente). O terapeuta deverá palpá-lo com o polegar e 
indicador fazendo uma pinça entre as bordas anterior e posterior do maléolo lateral. 
Para palpar o ápice do maléolo lateral o terapeuta deverá deslocar seu dedo 
indicador no sentido caudal e cairá diretamente sobre o acidente ósseo. 
Obs.: o ápice do maléolo lateral corresponde à articulação subtalar 
 
 
 136 
 
Figura 93: Palpação de maléolo lateral 
 
3) Cabeça do V metatarso 
 
Técnica: Com o paciente em DD, o terapeuta deverá fazer uma pegada de 
pinça sobre o 5° dedo, o terapeuta deverá realizar uma flexão plantar para que a 
cabeça do V metatarso apareça na parte dorsal da borda lateral do pé. Essa 
exposição também permitirá identificar a V articulação metatarso falangeana. 
 
Figura 94: Palpação da cabeça do V metatarso 
 
 137 
 
4) Diáfise do V metatarso 
 
Técnica: Paciente em DD ou sentado. Após encontrar a cabeça do V 
metatarso, o terapeuta deverá continuar a palpação no sentido cranial na face 
lateral do pé, e com as polpas dos 2° e 3° dedos percorrer diretamente sobre a 
diáfise do V dedo. 
 
Figura 95: Diáfise do V metatarso 
 
5) Base do V metatarso (tuberosidade do V metatarso) 
 
 
 138 
Técnica: Com o paciente em DD, o terapeuta deverá continuar a palpação da 
diáfise do V dedo no sentido cranial, e ao perceber uma saliência estará palpando a 
base do V metatarso. 
 
Figura 96: Base do V metatarso 
 
6) Cubóide 
 
Técnica: O osso cuboide segue imediatamente, a base do V metatarso 
(tuberosidade). Ao localizar a tuberosidade do V metatarso basta deslizar os dedos 
no sentido posterior do pé, para sentir uma depressão que cairá imediatamente 
sobre o osso cuboide 
 
7) Tálus 
 
 139 
 
Técnica: Com o paciente em DD e pé posicionado em posição neutra. O 
terapeuta deverá posicionar seu dedo indicador na borda anterior do maléolo 
lateral. Em seguida, deverá avançar discretamente seu dedo para frente e 
medialmente e cairá sobre o tálus. Para facilitar a palpação realizar uma discreta 
supinação do pé, que fará com que a estrutura palpada fique mais proeminente. 
 
8) Colo do Tálus 
 
Técnica: Paciente sentado na maca, com o calcanhar apoiado. Na extremidade 
inferior e anterior da tíbia, a porção anterior do colo do tálus estará localizado entre 
os tendões dos músculos tibial anterior e extensor longo dos dedos. Basta o 
terapeuta localizar os tendões citados e realizar a palpação entre eles para 
identificar a face anterior do colo do tálus. 
 
9) Navicular 
 
Técnica: Paciente em DD, com o pé previamente posicionado em flexão 
plantar. O terapeuta com uma das mãos localizada na face medial do ante pé irá 
solicitar ao paciente o movimento resistido de adução do pé para que o tendão do 
 
 140 
músculo tibial posterior fique evidente. A partir do maléolo medial o terapeuta 
deverá seguir o tendão do músculo a cima citado até perceber a tuberosidade óssea 
do navicular. 
Obs.: A tuberosidade do osso navicular fica logo atrás e medialmente ao 
tendão do músculo tibial anterior 
 
10) Cuneiforme medial 
 
Técnica: Com o paciente em DD, o terapeuta deverá solicitar o movimento 
resistido de flexão dorsal para que o tendão do músculo tibial anterior fique 
evidente. Localizando o tendão citado anteriormente o terapeuta deverá seguir com 
seu indicador caudalmente e a saliência óssea encontrada logo após o tendão trata-
se do osso cuneiforme medial, uma vez que o músculo tibial anterior se insere no 
osso em questão. 
 
11) Cabeça dos ossos metatarsais (vista dorsal) 
 
 141 
 
Figura 97: Ilustração dos ossos do pé 
 
 Técnica: Paciente em DD, com uma pegada global envolvendo o dorso de 
todos os dedos do pé, o terapeuta deverá realizar uma flexão plantar de grande 
amplitude até que as cabeças dos ossos metatarsais fiquem salientes. Essa manobra 
pode ser realizada osso por osso. 
 
 12) Cabeças dos ossos metatarsais (visão plantar) 
 
Técnica: Paciente em DD, com uma pegada global envolvendo a planta de 
todos os dedos do pé, o terapeuta deverá realizar uma extensão dos dedos de 
grande amplitude até que as cabeças dos ossos metatarsais fiquem salientes. Essa 
manobra pode ser realizada osso por osso. 
 
 
 142 
13) Articulação de Lisfranc (articulação tarsometatarsal entre o cuboide e o V 
osso metatarsal) 
 
Técnica: Paciente em DD. Com o dedo indicador da mão proximal posicionado 
sobre a porção anterolateral do osso cuboide mantendo-se em contato com a borda 
do osso metatarsal V. O dedo indicador da mão distal do terapeuta sobre a cabeça 
do V metatarso com a pegada em pinça, deverá mobiliza-la no sentido 
anteroposterior para perceber a interlinha articular sob o dedo indicador da mão 
proximal. 
 
14) Articulação talocrural (tíbio-talar) 
 
Técnica: Paciente em DD, com o pé para fora da maca em flexão plantar. O 
terapeuta deverá posicionar a polpa de seu 2° dedo, lateralmente ao tendão do 
músculo tibial anterior, no mesmo alinhamento horizontal da superfície proximal do 
maléolo medial. Com o seu 3° dedo posicionado imediatamente distal ao anterior 
estará sobre a articulação talocrural. 
 
 15) Tendão do músculo extensor longo dos dedos 
 
 143 
Técnica: Paciente sentado com pé apoiado na maca. O terapeuta com uma de 
suas mãos posicionada no dorso do 2° ao 5° dedos para oferecer resistência ao 
movimento de extensão dos mesmos. Durante o movimento resistido de extensão 
dos dedos, o paciente deverá permanecer com o calcanhar apoiadona maca para 
não contrair o músculo tibial anterior. Com a contração muscular solicitada o 
terapeuta poderá visualizar os tendões dos extensores dos dedos no dorso do pé e 
na parte anterior do tornozelo. 
 
16) Tendões da região anterior da perna 
 
Técnica: Paciente sentado, com pé apoiado na maca. O terapeuta irá oferecer 
resistência na região dorsal do pé e dos dedos para os movimentos de extensão dos 
dedos e flexão dorsal do tornozelo. Ao solicitar tais movimentos os tendões da 
região anterior da perna ficarão salientes e facilmente palpáveis. 
O tendão do tibial anterior é o mais medial, seguido pelo extensor longo do 
hálux e lateralmente a este último poderá ser palpado o extensor longo dos dedos. 
 
 
 
 144 
Ao terminarmos nossos estudos de anatomia palpatória, chegamos a algumas 
conclusões: 
- Importância do conhecimento de anatomia humana para o profissional da 
saúde tanto na reabilitação quanto no treinamento; 
- Aplicabilidade da anatomia palpatória para a semiologia, tanto na avaliação 
clínica quanto nas avaliações físico-funcionais; 
- Importância de se conhecer as correlações entre as estruturas relacionadas 
ao estudo anatômico topográfico. 
 
 Após estudarmos a anatomia palpatória, devemos também conhecer as 
demais estruturas, principalmente vasculares e nervosas, relacionadas a cada uma 
 
 145 
das estruturas do aparelho locomotor, para a avaliação do funcionamento normal 
do organismo. 
 O objetivo da presente obra é facilitar o aprendizado referente a 
anatomia humana e, consequentemente, a anatomia palpatória, mas não somente 
a anatomia palpatória isolada, mas sim, aplicada a prática clínica, considerando as 
relações entre as estruturas que compõem o aparelho locomotor com as demais 
estruturas, através de um estudo anatômico topográfico. 
 É importante para o profissional de saúde conhecer, tanto as estruturas 
anatômicas e suas respectivas topografias, como também as relações com demais 
estruturas, como foi citado na obra a relação do músculo piriforme com a passagem 
do nervo ciático pela região posterior da pelve, assim como a relação do músculo 
íliopsoas com a curvatura lombar e com o músculo reto abdominal na estabilização 
da coluna. 
 Desta forma, nota-se a importância do conhecimento aprofundado de 
anatomia morfológica e topográfica, porém, sem deixar de lado as correlações 
clínicas. 
 Assim, a anatomia palpatória é uma técnica bastante eficiente e muito 
utilizada durante processos de avaliação clínica, complementando outras etapas 
como a anamnese, testes osteoarticulares e musculares específicos e, até mesmo, 
 
 146 
exames complementares para diagnóstico, principalmente, das alterações ou lesões 
que acometem o aparelho locomotor. 
Nesta obra a ênfase dos estudos de anatomia palpatória é para os tecidos que 
compõem o aparelho locomotor, porém, essa técnica também é extremamente 
eficiente e muito utilizada para avaliações viscerais, principalmente quando 
pensamos em avaliações das vísceras abdominais. 
 
 
 147 
`456789\\][p0o9876ewz 
TIXA, S. Atlas de Anatomia Palpatória do Pescoço, do Tronco e do Membro 
Superior.1a.ed. Ed. Manole, 2000. 
TIXA, S. Atlas de Anatomia Palpatória do Membro Inferior. 1a. ed. Ed. Manole, 
2000. 
JUNQUEIRA, L. Anatomia Palpatória e seus aspectos clínicos. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. 
AMADO-JOÃO, S. M. Métodos de Avaliação Clínica e Funcional em Fisioterapia. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica: Coluna e extremidades. Rio de Janeiro: 
Atheneu,2002 
CALAIS-GERMAIN, Blandine. Anatomia para o Movimento. V. I: Introdução à 
Análise das Técnicas Corporais / Blandine Calais – Germain; [tradução Sophie 
Guernet]. São paulo: Manole, 1991. 
CASTRO, Sebastião Vicente de. Anatomia Fundamental. 3ed. São Paulo: Makron 
Books, 1985. 
 
 148 
DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e 
Segmentar. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2001. 
FREITAS, Valdemar de. Anatomia – Conceitos e Fundamentos. São Paulo: Artmed, 
2004. 
GANONG, William F. Fisiologia Médica. 17ed. Guanabara Koogan, 1998. 
GARDNER, Ernest. Anatomia: Estudo Regional do Corpo Humano. 4ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 
GOSS, Charles Mayo. Gray Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 
1988. 
GRAY, Henry. Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1988. 
HERLIHY, Bárbara; MAEBIUS, Nancy K. Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano 
Saudável e Enfermo. 1ed. São Paulo: Manole, 2002. 
KENDALL, Florence Peterson; McCREARY, Elizabeth Kendall. Músculos – Provas e 
Funções. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1987. 
LATARJET, Michel. Anatomia Humana. 2ed. V1/V2. São Paulo: Panamericana, 1996. 
MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 
1991. 
 
 149 
McMINN, R. M. H.. Atlas Colorido de Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 1990. 
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2001. 
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
PETRUCELLI, L. J.. História da Medicina. São Paulo: Manole, 1997. 
SACRAMENTO, Arthur; CASTRO, Luciano. Anatomia Básica Aplicada à Educação 
Física. 2ed. Canoas: Editora da Ulbra, 2001. 
SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2000. 
THIBODEAU, Gary A.; PATTON, Kevin T. Estrutura e Funções do Corpo Humano. 
11ed. São Paulo: Manole, 2002. 
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e 
Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Mais conteúdos dessa disciplina