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Tipos de Sarna em Animais

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Apresenta áreas alopecicas disseminadas ou contidas, 
com a presença ou não de muito prurido, exumação e 
formação de crostas. 
Sarcoptes scabei 
(Sarna vermelha) 
Família Sarcoptidae 
Hospedeiros: mamíferos (felinos e equinos) Quando se 
instala num hospedeiro que não é nativo dura só até 1 
mês, não é capaz de se reproduzir e escavar galerias. 
Responsável por causar muito eritrema e pode resistir 
até 3 semanas no ambiente 
Locais de predileção: orelhas, focinho, cabeça e 
pescoço. 
Nutre-se de fluidos intercelulares 
Patologia: flogose (processo inflamatório), pús (morte 
celular intensa), crostas, escamas, prurido noturno 
(escoriações, hemorragias e infecções secundárias), 
alopecia, espessamento da pele, aumento de 
descamação, anorexia. Obs: o prurido aparece cerca de 
30 dias após a 1ª infecção 
Em casos de infecção cruzada há o surgimento de 
papilas avermelhadas e resolução em poucas semanas. 
O animal não produz uma memória imunológica 
duradoura (o parasita tem capacidade de gera-la), então 
o animal pode se reinfectar várias vezes. 
A carga parasitária não determina o quadro clínico. 
Diagnóstico 
Realizado através dos sinais clínicos, raspado superficial, 
teste de fita de acetado. Para o raspado, deve-se 
interromper qualquer tratamento por 72h, colher de 
várias regiões com lesões, realizar com até no máximo 
48h e raspar a favor do pêlo. 
Controle e Tratamento 
Eliminar objetos, realizar quarentena. Peróxido de 
benzoíla (shampoo), aplicar de 3/3dias; doramectina; 
selamectina aplicar de 30/30d ou de 15/15d 
 
até completar 60 dias; ivermectina 7/7d; 
organofosforados de 7/7d por pelo menos 4 aplicações 
(maior risco de toxidade); piretróides 7/7d 2 aplicações; 
amitraz 15/15d até 30dias ou de 7/7dias durante 14-
24d; fipronil 7/7d de 28-42d; melão de são caetano 
também apresenta melhoras. 
A melhora clínica se apresenta de 4-6 semanas. 
Notoedris cati 
(Escabiose) 
Local de preferência: cabeça e orelhas 
Nutrição: fluidos intercelulares 
Tem maior tendência em formação de crostas 
Patologia: flogose (processo inflamatório), pús (morte 
celular intensa), crostas, escamas, prurido noturno 
(escoriações, hemorragias e infecções secundárias), 
alopecia, espessamento da pele, aumento de 
descamação, anorexia. 
Fatal entre 4-6 meses, em casos de gravidade média 
com anorexia 
Diagnóstico: Realizado através dos sinais clínicos, 
raspado superficial, teste de fita de acetado. 
Controle e Tratamento 
Peróxido de benzoíla veterinário (apresentação humana 
irrita a pele dop animal), moxidectina (dose unica), 
ivermectina via oral, doramectina 0,25mg/kg 
subcutâneo 2 doses com intervalo de 7 dias, fipronil de 
7/7 dias durante 4 semanas. 
Psoroptes 
Mais frequentes em animais de produção 
Normalmente se inicia na região da cabeça e depois se 
espalha para todo o corpo 
SE CARACTERIZA PELA PRESENÇA DE MUITAS 
CROSTAS 
Patologia: perda de audição (total ou parcial), odor 
seboso em coelhos e alopecia. 
Sarnas 
Diagnóstico: 
Realizado através dos sinais clínicos, raspado superficial, 
teste de fita de acetado. Além de poder ser visto 
macroscopicamente com o auxílio de uma lupa. 
Controle e Tratamento 
Sobrevive até 42 dias no ambiente, remoção das 
crostas antes da aplicação. Doramectina 2 doses de 
15/15 dias, ivermectina subcutâneo. 
Chorioptes 
(Sarna das partes baixas) 
 
Tem relação com os membros. 
Sobrevivência fora do hospedeiro de até 21 dias. 
Diagnóstico: Realizado através dos sinais clínicos, 
raspado superficial, teste de fita de acetado. 
Apresenta falsos negativos frequentes. 
Tratamento: coumafós, triclofon 
Otodectes cynotis 
Responsável por 50% das otites felinas e 10% das 
caninas (são resultado de infecções secundárias, são 
otites bacterianas ou fúngicas), além de miíases e 
otohematomas. 
Habitat: orelha (comumente bilateral) 
Sinais: exsudato seroso castanho a enegrecido, prurido 
que pode gerar lesões e otohematomas, 
comportamento de andar em círculos, movimentos de 
cabeça e surdez. 
Apresenta positividade em testes intradérmicos para 
ácaros de poeira doméstica. Secreção com presença de 
odor. 
Diagnóstico: microscópio, lupa, otoscópios e é o único 
que pode ser visto a olho nu (com ajuda de fundo 
escuro e luz intensa). 
Tratamento: tiabendazol 50mg/conduto auditivo uma 
vez ao dia por 5 dias, ivermectina 3mg/kg via oral uma 
vez ao dia de 7/7 dias até completar 3-4 aplicações de 
10/10 dias por 3 aplicações. 
Demodex 
(Lepra canina ou Sarna das partes baixas) 
Responsável pela formação de nódulos 
Em animais jovens: 3-15 meses de idade, áreas de 
alopecia sem prurido, auto limitante e com recorrência 
rara. 
Em animais adultos: comumente associada a piodermite 
estafilocócica, pode ser localizada ou generalizada, causa 
hiperpigmentação da pele, eritema, prurido e crostas. 
Pode estar relacionada a: predisposição genética, 
imunidade (↓ Linfócitos T), deficiência nutricional e 
estresse 
Localizada 
Áreas com alopecia pequena, delimitada, escamosas e 
hiperpigmentadas (face, pescoço e partes dianteiras). 
Curso benigno: renovação de 6-8 semanas sem 
tratamento. 
Generalizada 
Alopecia difusa, edema, eritema, crostas, hemorragia, 
odor desagradável. 
Piodermite secundária: causada por Staphylococcus, 
Pseudomona, Escherichia coli... 
Diagnóstico: auxílio de sinais clínicos, raspagem profunda, 
presença de pus (exame a fresco), biopsia, cerúmen. É 
necessário que se encontre a forma imatura + ovos 
Tratamento: tosa, remover crostas, amitraz, 
ivermectina VO 0,3 mg/kg SID 2-3meses, moxidectina, 
milbemicina, sarolaner, clorexidina 2% tópica se 
necessário, ivermectina SC 1ml para cada 25 kg de 7/7 
dias durante 8 aplicações. 
Castração pode ser recomendada.

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