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9º Aula 08-06 Afecções do sistema tegumentar em equinos

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08/06 Afecções do sistema tegumentar em equinos 
Enfermidades da pele e suas principais afecções divididas pela sintomatologia: 
Problemas granulomatosos 
Problemas nodulares 
Problemas pruriginosos e alopécicos (coça e caem pêlos) 
Problemas não pruriginosos e alopécicos (não coçam e caem pêlos) 
 
Granulomatosos 
Tecido de granulação exuberante 
Fica mais entender quando sabemos as fases de cicatrização de uma ferida de pele 
1) processo inflamatório 
2) preenchimento (tecido de granulação) 
3) Fase de epitelização (contração da ferida) 
 
Doença exclusiva de equinos que acomete membros em regiões distais, onde a fase de preenchimento é de forma 
exagerada / exacerbada que impede a terceira fase que é a epitilização. 
* É preciso ter um histórico, ferida prévia normalmente mais profunda 
 
Sinais clínicos e diagnóstico 
Volume exacerbado 
Sem irritação local / sensibilização dolorosa 
Ausência de prurido e dor 
Exuberância do tecido de granulação – não cicatrização 
Coloração rósea e de sangramento fácil 
 
Exames complementares 
Biópsia – diagnóstico diferencial com: neoplasias, habronemose, etc. 
 
Tratamento 
Manejo de ferida para diminuição dos tecidos granulomatosos, formol ou pomadas a base de corticóides 
Cauterização química (sulfato de zinco ou formol) ou cirúrgica (cuidado com hemorragias) 
 
 
Habronemose (ferida de verão) 
NEMATÓIDES: Habronema muscae e H. micróstoma ou H. megastoma são endoparasitas intestinais onde seu ciclo 
normal é trato gastrointestinal > fezes > ambiente, e quando se faz seu ciclo de forma errada carreado por moscas é 
considerado a habronemose cutânea. 
 
E como são eliminadas as larvas infectantes são eliminadas no ambiente, as moscas serão os hospedeiros 
intermediário responsáveis por depositar essas larvas no animal e em suas feridas, causando hipersensibilidade 
(parasitismo aberrante) na pele resultando em lesões granulomatosas. 
 
Podem penetrar na pele intacta ou mucosas e causar a reação de hipersensibilidade, logo, NÃO precisa de uma 
ferida prévia. 
Doença sazonal (primavera e verão >>>> mais quentes = mais insetos) 
Ocorrência esporádica, s/ preferência por idade, sexo ou raça 
Mais comum: canto de olho, conjuntiva, processo uretral, membros. 
 
Histórico 
Ocorre de forma espontânea 
Ferida que não cicatriza 
Presença de tecido enegrecido 
Exuberante e desenvolve-se no verão 
Pode ter prurido devido automutilação 
 
Sinais clínicos e diagnóstico 
Comum nos membros, ventre, canto de olho, prepúcio, processo uretral, ou ferida prévia 
Ulceração, exudação e prurido 
 
 
 
 
Exames complementares 
Exame Histopatológico por coleta de biópsia – exame de eleição 
Presença de formas larvais 
Infiltrado eosinofílico intenso 
 
Tratamento 
Controle por vermifugação 
Excisão cirúrgica – se necessário 
Infiltração local de triancinolona (corticoide) 
Pomadas a base de ivermectina ou cáusticos químicos 
 
Em casos mais intensos de prurido: 
Corticoterapia Predinisolona: 1mg/Kg/dia durante 7 a 10 dias vira oral 
Essencial o controle de parasitas intestinais: Ivermectina – 0,2 mg/Kg – oral, a cada 10 a 14 dias (3 a 5 aplicações) 
Controle de moscas no ambiente (manejo sanitário e instalações, limpeza diária, etc) 
 
 
Sarcóide 
Tumor mais comum que afeta a pele dos cavalos 
Características benigna, dificilmente será invasiva, fica contida somente em tecido tegumentar (há evidências que 
ocorre devido contato do vírus papilomavírus) 
Lesões aparecem espontaneamente, podendo ser focal ou destruída pelo corpo todo, ou após ferida prévia 
Caráter recidivante 
Qualquer sexo ou idade – mais comum abaixo de 4 anos 
Preferência – membros, orelhas e cabeça 
 
Histórico 
Feridas prévias (não é regra) 
Lesão granulomatosa progressiva que aumenta de tamanho (mais comum) 
Recidiva após tratamento (tende a voltar no mesmo local ou não) 
 
Sinais clínicos e diagnóstico 
Aspecto variado: plano, verrucoso, fibroblástico ou misto. 
 
Exame complementares 
Biópsia: histopatológico (maligno ou benigno) 
Proliferação fibroblástica da derme (diferencial com verrugas) 
Hiperplasia epidérmica 
 
Tratamento 
Excisão cirúrgica (pode associar com a crioterapia) 
Criocirurgia com nitrogênio (congelamento rápido e descongelamento lento com formação de cristais nas células 
neoplásicas e saudáveis) 
Imunoterapia – infiltração com BCG, intralesional ou ao redor da lesão (ocorre a regressão do tumor) 
Pomada aciclovir ou imicmoid (Anti viral - impede a multiplicação viral). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problemas nodulares 
Papilomatose 
DNA vírus (Papilomavírus) 
Menos comum 
Animais jovens – menos de 3 anos 
Sem predileção por sexo ou raça 
Transmissão – contagio direto ou por formite 
Focinho, genitália, membros 
Múltiplas lesões 
Intereção com bovinos infectados 
 
Histórico 
Animais jovens 
Nódulos no focinho ou membros 
 
Exames complementares 
Biópsia – proliferação epitelial sem proliferação do tecido conjuntivo 
 
Tratamento 
Geralmente são auto-limitante 
Remoção cirúrgica 
Cauterização química (cáusticos) 
Orelha – glicerina iodada 
Auto-vacinas, auto-hemoterapia 
 
Melanoma 
Neoplasia característica de animais tordilhos ou até mesmo os pseudoalbino 
Provenientes de melanócitos ou melanoblastos 
Animais velhos 
Acomete região do Períneo e cauda 
Forma solitária ou múltipla 
Normalmente são subcutâneo (oculto)de forma nodular firme 
Nódulos ulcerados com secreção de líquido enegrecido 
 
Histórico 
Animais tordilhos (pêlos branco ao cinza e sempre com a pele pigmentada/pele escura) 
Mais de 10 anos 
Raças: Árabe, Lusitano, Percheron 
 
Sinais clínicos e diagnóstico 
Lesões bem características 
Pequenas, firmes ou nodulares 
 
Tratamento 
Exerese precoce (remoção cirúrgica com margem de segurança) 
Cimetidina (regressão de tumor) – 2,5 mg/Kg, TID por 3 meses. 
Manutenção – 1,6 mg/Kg – VO – SID 
No caso de disquesia - adequar manejo alimentar (ração com linhaça, evitar feno, oferecer capim hidratado, melhorar 
oferta de água) 
Imunoterapia – autovacinas ou vacinas 
 
 
 
 
 
 
Dermatite por picada de insetos e carrapatos - DAAP 
Culicóides (mosquito – pólvora) 
Tabanus (mosca do cavalo) 
Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo) 
Haematóbia irritans (mosca do chifre) 
Vespas e abelhas 
Amblyomma cajennense e Anocenter nitens 
 
Normalmente a reação de hipersensibilidade pode ser ou no corpo todo ou no local da picada. 
Membros, tórax e baixo ventre 
Distribuição mundial e esporádica relacionada a sazonalidade 
Não descrita em animais com menos de um ano de idade 
Existem evidências de predisposição hereditária/genética 
 
Histórico 
Mais comum em épocas quentes do ano 
Irritação do animal - prurido (auto mutilação ou se esfregando em baias, pastagens e devido a isso pode apresentar 
escaras e falha de pêlos) 
Recorrente 
 
Sinais clínicos e diagnóstico 
Presença de grandes quantidades de pápulas em todo o corpo. 
Ação mecânica do agente (distribuição pelo corpo) 
Hipersensibilidade tipo 1 ou 4. 
 
Tratamento 
Reação corpórea severa – Anti inflamatório esteroidal Corticóides intra venosa(Dexametasona – 0,05 A 0,1 mg/Kg) 
Manejo para controle dos insetos (Baias teladas e repelentes, Inseticidas no local, em casos extremos pode-se usar 
mantas teladas) 
 
Problemas pruriginosos e alopécicos 
SARNA (ACARÍASE) 
Não é frequente na rotina 
Dificilmente é zoonose 
Sarcoptes scabiei (equi) – sarna de cabeça, mas pode atacar todo corpo 
Chorioptes equi – sarna dos membros 
Psoroptes equi – sarna do corpo – crina e cauda ou todo o corpo e até canal auditivo (otite externa) 
Histórico 
Animais mal cuidados e desnutridos 
Sintomatologia 
Crostas e descamação 
Prurido (varia de intenso à ausente) 
Alopecia e pápulas 
Exames complementares 
Raspado de pele – exame direto (ácaros ou ovos) 
Tratamento 
Ivermectina (0,2mg/kg bid ou tid VO) por 2 ou 3 vezes em intervalos de 14 dias. 
Remoção mecânica das crostas 
Banhos anti-sépticos ou shampoo neutro 
Banhos semanais com organofosforadosou piretróides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problemas não pruriginosos mas alopécicos 
Dermatofilose (queimadura de chuva) 
Afecção mais comum de pele nos eqüinos, principalmente que vivem soltos (potros, imunodepressivos) 
Infecção bacteriana causada por uma bactéria oportunista Gram +: Dermatophilus congulensis (presente na 
microbiota da pele e quando em equilíbrio não é patogênica) associada a imunidade baixa e pêlo umido se otrna 
patogênica) 
Latente na pele (principalmente no dorso) até condições de proliferação bacteriana (desenvolve-se com umidade 
crônica e ferimentos prévios). 
 
Histórico 
Exposição constante às chuvas 
Lesões crostosas /// goteira 
 
Sintomatologia 
Emaranhado de pelos (teste do pincel onde o pelo sai por inteiro) 
Crostas úmidas 
Regiões de dorso e garupa 
 
Exames complementares 
Raspado de pele – coloração Gram 
 
Tratamento suporte 
Higienização da pele e retirada das crostas 
Banhos anti-sépticos (peróxido de benzoíla ou pvd degermante) 
Manejo (diminuir umidade da pele) 
Casos graves – antibioticoterapia 
 
Dermatofitose 
Infecção fúngica (Microsporum equinum, M. gypseum e Trichophyton equinum, T. mentagrophytes) e contagiosa, é 
uma lesão circular (pode confundir pois algumas lesões podem estar encima da outra) 
Afecção contagiosa mais comum de pele nos equinos 
 Auto-limitante 
Contaminação por contato direto ou fômites contaminados 
Animais mal nutridos, superpopulação, imunedeprimidos 
 
Histórico 
Animais jovens ou idosos (sempre em situação de estresse) 
Queda de pelos 
 
Sintomatologia 
Alopecia classicamente circular 
Engrossamento da pele 
Pápulas 
 
Exames complementares 
Raspado de pele na borda da lesão – exame direto ou cultura fúngica 
 
Tratamento 
Terapias tópicas (a base de cetoconazol ou pvd degermante/tomar cuidado com a exposição solar pois mancha o 
pelo) 
Manejo dos utensílios 
Xampus anti-sépticos 
Soluções a base de iodo fraco

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