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Ativos Coadjuvantes no Tratamento da F.E.G. (Fibro Edema Ginóide) Introdução • Segundo SINATESP (Entidade do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) a preocupação com o tratamento da celulite aflige 41% das mulheres; • Depois do desejo de se obter uma pele hidrata, vem o de se obter uma pele lisa, ou seja, sem o aspecto de casca de laranja; • Com isso, temos uma significativa demanda e exigência por produtos de tratamento para a celulite e dermoescultores; • Mercado que se expande anualmente, tendo seu auge nas épocas mais quentes do ano (verão). Exigências do Ministério da Saúde O Ministério da Saúde regulamenta que: ● Uso de termos “anti-celulítico”, “coadjuvantes”, “auxiliares” ou mesmo “preventivo” em embalagens de um produto cosmético necessita a comprovação de sua real eficácia na melhora de alguns sintomas relacionados à celulite; ● O tratamento para celulite exige habilidade do profissional, que muitas vezes, recorre a tratamentos invasivos para a melhora do quadro do paciente, conseqüentemente o uso de cosméticos visa completar o tratamento já iniciado em consultório. Termos Utilizados • Foi descrita pela primeira vez em 1920 para descrever uma alteração inestética da pele, desde então, embora seja um termo inadequado, pois celulite significa inflamação da pele, foi consagrado pelo uso comum. A Celulite recebe vários nomes científicos como: • FEG Fibro edema ginóide; • PEFE PaniculopatIa fibro esclerótica; • Lipodistrofia Ginóide Lipodistrofia Gordura com crescimento anormal; Ginóide É referência ao sexo feminino; • Lipodistrofia Edemato Inchaço, retração e endurecimento e aparece no tecido conjuntivo dérmico normalmente após a puberdade; • Fibroesclerótica Inchaço, retração e endurecimento e aparece no tecido conjuntivo dérmico normalmente após a puberdade; • Lipoesclerose; • Paniculopatia É doença do tecido gorduroso embaixo da pele. Obesidade • É uma condição mundial, epidêmica e patológica em alguns países ocidentais, onde medidas de ação sanitária são necessárias para combater o aumento de peso; • Está na maioria das vezes relacionada com vícios alimentares e alterações hormonais; • Acúmulo de reserva de gordura do organismo, as células adiposas aumentem seu tamanho e quantidade; • Como reação de defesa própria, o organismo procura guardar o alimento dentro do corpo, pois caso falte comida; • Hipoderme Tecido especial com funções de sintetizar, renovar, estocar e distribuir substâncias e nutrientes dependendo das estruturas ou órgãos onde este tecido se coloca. Obesidade • O tecido adiposo pode sofrer alterações devido à instalação da celulite. • As células de gordura atuam no nosso organismo sendo tóxicas a muitos órgãos, podendo levar a sérios problemas de saúde como: diabetes mellitus ll, hipertensão, hipercolesterolemia; • A celulite pode estar, ou não, associada à obesidade. No entanto, com o aumento do peso, ela aparece mais, pois o aumento das células gordurosas acentua o repuxamento das fibras; • Quando o acúmulo de gordura ocorre de forma excessiva, pode comprimir vasos sanguíneos e linfáticos levando à formação de edema (inchaço) e fibrose. Nesta situação, a celulite se torna mais grave, formando áreas endurecidas e nodulares. Em alguns casos, ocorre inflamação e dor local. Formação da F.E.G. • Ocorre principalmente na área das nádegas, podendo ocorrer tanto em mulheres obesas como as não-obesas ( acomete cerca de 85% das mulheres); • Ocorrem por alterações da microcirculação, causando um extravasamento e edema local e este edema leva a formação de fibras reticulares anômalas, havendo assim uma mudança nos adipócitos, os quais levam o encapsulamento dos mesmo em fibras colágenas, obtendo assim a formação de micronódulos; • No segundo passo ocorre o processo de formação de macronódulos, principalmente pela insuficiência vascular local; • Seu aparecimento pode ser agravado por alguns fatores como: obesidade, acúmulo de gordura localizada, alteração da microvascularização localizada, alteração hormonal e retenção hídrica. Diagnóstico e Classificação da F.E.G. e da Gordura Localizada Principais sinais de celulite: • Presença de irregularidades na região acometida; • Dilatação dos folículos pilossebáceos, caracterizando o aspecto casca de laranja. 2 grandes tipos de obesidade: • Gordura Andróide Obesidade masculina e população européia; • Gordura Ginóide Obesidade feminina e latino Américas. Hipoderme Etiologia Fatores Genéticos: • Pré disposição hereditária; • Distribuição da gordura e metabolização, • Hábitos alimentares excesso de gorduras e açucares levam a hiperinsulinêmica e sal contribui para a retenção hídrica; • Sedentarismo leva a flacidez muscular e dos tendões, levando a redução do fluxo sanguíneo e edema;. Fatores Hormonais: • Especialmente estrogênico Desencadeia e agrava; • Insulina, prolactina e catecolaminas são lipogênicas; • Acomete principalmente as mulheres; • Principalmente após a puberdade; • Agravamento durante: gravidez, menstruação, contraceptivos e reposição hormonal; Etiologia Fatores emocionais: • Há química de armazenamento lipídico devido à liberação de tensão; ansiedade, estresse aumentam a produção de catelolaminas que são lipogênicas em altas concentrações; • Não balanceamento energético A taxa de lipase baixa (enzima que age quebra de gordura) - triglicérides (inatividade física ou superalimentação na infância); • Fatores metabólicos como: hipertensão arterial, hipotireoidismo levam a um maior armazenamento adiposo; Etiologia • Tabagismo Pela vasoconstrição periférica que acarreta acaba por prejudicar a microcirculação; • Alimentação Ingesta elevada de açúcar, sal e gordura, associada a baixa ingestão de água, proteínas e fibras leva a um desequilíbrio no balanço energético e conseqüentemente a um aumento do tecido adiposo. • Sedentarismo A falta de atividade física (exercícios) conduz à estase venosa e hipotonia, prejudicando o balanço energético e o retorno venoso. • Distúrbios circulatórios A estase venosa provoca lipogênese (processo de síntese de gorduras), enquanto o aumento da circulação causa lipólise (processo de quebra de gorduras). • Vestuário Roupas apertadas e saltos altos prejudicam o retorno venoso, podendo prejudicar ou até mesmo levar ao aparecimento de lipodistrofia ginóide; • Postural vícios posturais causam acúmulo de gordura em determinadas regiões levando ao aparecimento da lipodistrofia ginóide. Influência dos Estrogênios na Fisiopatologia da F.E.G. Ilustração das Regiões com Acúmulo de Gordura Conforme a Predisposição Localização da F.E.G. • Acomete várias regiões do corpo, porém com uma predileção pela região glútea, região lateral (ou externa) da coxa, a face interna e posterior da coxa, o abdômen, parte posterior lateral dos braços e a face interna dos joelhos. • Sendo mais comum em mulheres sedentárias, acima dos 40 anos, que apresentam hipotonia muscular e flacidez com perda de peso rápida. • O aspecto é de flacidez que muda conforme a posição da paciente, e o tratamento é difícil; Localização da F.E.G. Classificação e Sintomatologia da F.E.G. Estágios de Evolução 1º Estágio • Acontece um aumento de volume das células do tecido gorduroso. • Há uma hipertrofia da camada de tecido adiposo, sendo característico de uma pré-disposição ao problema. • A pele nas coxas e glúteos é lisa, tanto na posição deitada como na posição em pé. • Há espessamento da derme, aumento da permeabilidade capilar, micro- hemorragias, alteração dos adipócitos, vênulas pós-capilares com microaneurismas. Identificação: • Invisível a olho nu e ausência de dor; • Os furinhos só são percebidos quando a pele é comprimida. Pode aparecer até mesmo nas crianças, sendo mais comum nas adolescentes. Estágio de Evolução l Estágios de Evolução 2º Estágio• Começa a surgir alterações antiestéticas, principalmente em mulheres magras. • Ocorre uma distermia zonal, uma hipotermia. • Uma discreta parestesia, como um formigamento. • O aumento do volume das células provoca alteração circulatória por provocar a compressão das microveias e vasos linfáticos. • O sangue e a linfa (líquido aquoso que banha as células) ficam represados. • Ocorre então um maior inchaço das células gordurosas e detritos tóxicos, que deveriam ser eliminados, começam a ficar acumulados. • Na pele já é possível se observar irregularidades à palpação e ainda não existe dor. Identificação: • Após compressão ou contração da musculatura, observa-se palidez, diminuição da temperatura e elasticidade local. Estágio de Evolução ll • Hiperplasia e hipertrofia de estruturas periadipócitas, micro- hemorragias e espessamento da membrana basal capilar. Estágios de Evolução 3º Estágio • Pode estar presente tanto em mulheres magras quanto obesas, corresponde a uma desordenação do tecido e aparecimento dos nódulos; • Vemos a pele lisa somente na posição de descanso, mas mostra ondulação na posição em pé; • Há uma alteração do relevo, lesão de fibras conjuntivas, pele freqüentemente com hipotonia, sensibilidade aumentada; • Começa a existir uma fibrose, que é o endurecimento do tecido de sustentação (onde estão as fibras) e a circulação fica ainda mais comprometida; • Podem aparecer as telangectasias; • A pele tem o aspecto parecido com “Casca de Laranja”; • Ocorre a sensação de peso e cansaço nas pernas. Identificação: • Pele com aspecto de “casca de laranja” mesmo em repouso; • Irregularidades cutâneas visíveis pela mudança de posição; • À palpação presença de micronódulos, dor, diminuição da elasticidade, diminuição da temperatura e palidez. Estágio de Evolução lll • Alteração do tecido adiposo, diminuição de células adiposas e neoformação de fibras de colágenos. • Encapsulamento de adipócitos degenerados, formando micronódulos. Estágios de Evolução 4º Estágio • Há hipotonia cutânea, a palpação é dolorosa e a dor é espontânea. • O inchaço desordenado das células gordurosas é acentuado, o tecido de sustentação se torna mais endurecido (fibroesclerose) e a circulação de retorno está muito comprometida. • Nesse estágio, a celulite é dura e a pele fica lustrosa, cheia de depressões, com aspecto de matelasse, ou seja, bem visível em qualquer posição. • As pernas ficam pesadas, inchadas, doloridas e a sensação de cansaço está freqüentemente presente, mesmo sem esforço. Identificação: • Visíveis em qualquer posição; • Pele hipotônica; • Sensibilidade aumentada; • Aspecto de saco de nozes. Estágio de Evolução lV • Mesmas características que o grau anterior, porém mais evidentes, com nódulos visíveis associadas a depressões da pele. http://www.infoescola.com/Modules/Articles/Images/thumb-1-b7934853ef.jpg Classificação da F.E.G. A lipodistrofia pode sofrer alterações clínicas que auxiliam para nortear o seu tratamento. Dura ou Compacta: • Mulheres jovens que se exercitam; • Aparência compacta, sem mudança em repouso ou contração muscular; • Pele com aspecto de “casca de laranja”; • Consistência dura ao tato; • Oferece resistência a mobilização. Flácida: • Mulheres sedentárias, acima de 40 anos, com hipotonia muscular e flacidez com perda de peso rápida; • Pode representar a evolução da forma dura não tratada; • Não oferece resistência a mobilização; • Ocorre após regimes sucessivos, uso inadequado de diuréticos . Classificação da Lipodistrofia Ginóide Edematosa: • Aumento do volume do membro inferior como um todo; • Sinais de Godet positivos; • Sinais clínicos: dor, câimbras, sensação de peso; • Quadro doloroso espontâneo; • Comprometimento circulatório; • Ocorre geralmente pelo uso de contraceptivos. Mista: • Mais comum; • Corresponde a evolução das formas de lipodistrofia ginóide; • Deve ser analisada conforme os critérios dominantes . Ativos para Tratamento da F.E.G. IMPORTANTE “ A celulite não é simplesmente um problema cosmético e não responde de forma significativa a um simples tratamento cosmético” Produtos anticelulíticos realizam o controle da aparência da celulite, tendo como objetivo a melhora simultânea da circulação com otimização do retorno venoso e o reforço das paredes capilares. Ativos para Tratamento da F.E.G. Objetivos: • Interferir nas manifestações inestéticas na pele afetada pela celulite, promovendo a funcionalidade e aparência; • Atividade multifatorial, atuando na lipodistrofia local, no auxílio à drenagem e à reestruturação cutânea; • Focos de atuação Redução do acúmulo de gordura, aumento da firmeza, promoção da hidratação, maciez e funcionalidade da pele. Ativos para Tratamento da F.E.G. Lipólise: • Mecanismo mediado em parte pelo SNC, por meio de receptores 2 e β adrenérgicos situados na superfície dos lipócitos. • Quando estimulados os agonistas β- adrenérgicos podem aumentar a concentração de AMP cíclico intracelular. • Agentes que estimulam receptores β adrenérgicos levam ao estimulo da lipólise, ou seja, quebra de gordura; • Agentes que estimulam os receptores 2 realizam inibição da lipólise; Mecanismo de ação dos produtos tópicos utilizados para o tratamento da celulite: • Conclusão: Os tratamentos para gordura localizada bloqueiam os receptores adrenérgicos (receptores 2) localizados na membrana dos adipócitos e estimulam receptores β adrenérgicos; • Aumento de AMPc e hidrólise dos ácidos graxos. Mecanismo de Ação dos Ativos Lipolíticos Usados por Via Tópica no Tratamento da Gordura Localizada Ativos para Tratamento da F.E.G. • Nas mulheres, acredita-se que as partículas de gordura nas células das coxas e das nádegas apresentem maior dificuldade de redução em razão da abundância de receptores 2 na superfície dos adipócitos. • Quando ativados os β- receptores, essas células gordurosas se apresentam resistentes à liberação de gordura, pela atuação dos - 2 receptores. • Melhora simultânea da circulação, otimização do retorno venoso e reforço da parede dos capilares; • Requer liberação adequada do agente ativo, para a obtenção de concentrações elevadas na área do depósito gorduroso em que se deseja estimular a lipólise; • Sistemas de vetorização: lipossomas, nanosferas. Ativos para o Tratamento da F.E.G. Aminofilina (Teofilina Etilenodiamina) • Mecanismo de ação: Atua realizando a estimulação β- adrenérgica por inibição da fosfodiesterase. • Concentração de uso: 2 a 10% (em concentração acima de 1-1,5% - pode ocorrer o escurecimento da emulsão ou cristalização); • Etilenodiamina: auxilia a estabilização; • pH de estabilidade: 8,3 a 8,9; • Theophyllisilane C. Silanóis • O Silanol é um oligoelemento fundamental e indispensável para o desenvolvimento normal dos seres vivos; • Mecanismo de ação Atua sobre o metabolismo celular, estimulando a biossíntese das fibras de sustenção da pele (elastina, colágeno, proteoglicanos e proteínas); • Torna a membrana celular mais resistente ao ataque dos radicais livres, normaliza o teor hídrico das células; • Associação aos lipolíticos estimula os fibroblastos e regenera o tecido conjuntivo. Cafeisilane C • Complexo sílico orgânico saturado em cafeína que associa a ação lipolítica da cafeína com as propriedades biológicas dos silanóis; • Mecanismo de ação Ativa a hidrólise dos triglicérides, reduzindo o acúmulo de lipídeos, combate a flacidez e tem ação no processo de drenagem de líquidos retidos, atua contra radicais livres; • pH de estabilidade: 4,5 a 6,5; • Concentração de uso: 3-6%. Xantolgosil C • Os silanóis possuem atividades biológicas particulares e algumas propriedades são potencializadas pela presença de radicais. Neste caso acefilina e ácido algínico. • Mecanismo de ação: Ativo lipolítico com ação firmadora, ideal para tratamento da celulite em estados avançados.• Acefilina Xantina bastante conhecida por sua ação inibitória sobre a fosfodiesterase e conseqüentemente aumento da concentração do AMP c nas células levando a quebra dos ácidos graxos. • Concentração de uso: 3 a 6%; • pH de estabilidade: 3,5 a 6,5%; Redução em Centímetros das Regiões Tratadas com Xantalgosil a 6% em 60 dias Regiões de Aplicação Após 30 dias Após 60 dias Cintura -3,5 cm -5,5 cm Coxas -2,5 cm - 5 cm Quadril - 3,5 cm - 5,5 cm Joelhos - 0,8 cm - 1,5 cm Argesil C • Mecanismo de ação: Atua por comunicação celular, ou seja, não há necessidade do ativo penetrar até o tecido subcutâneo e desencadear a lipólise, ou seja, estimula os queratinócitos e fibroblastos a produzirem moléculas mensageiras (NO2) capazes de desencadear a lipólise nas camadas mais profundas da pele. • Estudos recentes vem mostrando que a liberação de óxido nítrico no nosso organismo possui propriedade de estimular a lipólise, com isso, este ativo induz a síntese de óxido nítrico em quantidades pequenas pelas células do tecido conjuntivo estimulando a lipólise. • Prevenção de fibrose, fenômeno muito comum em pacientes portadoras de celulite. Este fenômeno ocorre pela glicação irreversível das proteínas como o colágeno (cross-linking), desencadeando a retração das fibras que são evidenciadas pelos “furos”. • pH de estabilidade: 4,0 a 8,0; • Concentração de uso: até 5%. Esquema Do Mecanismo De Ação Do Argisil C Coenzima A e L- Carnitina • Mecanismo de ação A lipólise é aumentada como a estimulação β – adrenérgica e/ou pela inibição 2 - adrenérgica pode não ser suficiente para remover a concentração lipídica local, especialmente quando não há sobrepeso. • Em adipócitos resistentes, a deposição intracelular de ácidos graxos livres pode tender a inibir a lipólise. Esses ácidos graxos se acumulam na pele pela sua transformação de energia; • ”bomba de ácidos graxos livres”, esvaziando o conteúdo excessivo de triglicerídeos. Liporeductyl • É um pró-lipossoma que quando adicionado às fórmulas promove a formação de lipossomas que garantem a penetração de ativos • Composição: Cafeína compostos iodados, carnitina, escina e glicil- histidil-lisina (GHK); Efeitos: • Prevenção do aparecimento da celulite devido a inibição da formação de adipócitos, ação lipolítica; • Ativação da microcirculação; • Concentração: 5 a 10% em cremes, géis , loções e produtos para a prevenção da celulite; • pH de estabilidade: 4,8 a 8,0. Iodotrat • Mecanismo de ação: Diminui os nódulos celulíticos e aparencia de “casaca de laranja” por ser uma forma amínica do iodo consegue penetrar bem na pele e atingir os adipócitos, onde exerce sua ação enzimática direta, decompondo os triglicérides em ácido graxo e glicerol. • Ativa também a circulação diminuindo a constrição dos vasos linfáticos e aumentando o fluxo de nutrientes. • Concentração de uso: 0,6 a 0,8% em cremes, géis, loções e soluções; • pH de estabilidade: 6,0 a 8,0; Amarashape • Concentração de uso: 1,0 a 3,0% • Mecanismo de ação: ativo nanotecnológico para o delineamento de curvas e redução de medidas através da indução da lipólise. Estimulação direta, proporcionada pele sinefrina: • Extraída da laranja amarga, possui afinidade pelos receptores adrenérgicos dos adipócitos (mesmo da adrenalina) sendo capaz de induzir a lipólise; Estimulação direta, proporcionada pele cafeína: • Inibidor da fosfodiesterase, uma das enzima pela via negativa do metabolismo lipídico. Seu uso tópico inibe a ação da fosfodiesterase aumentando a concentração de AMPc intracelular, o que estimula a atividade da enzima lipase na quebra de triglicerídeos. Efeito do Amarashape do Diâmetro Abdominal Média de 2,5 cm de diâmetro abdominal Efeito do Amarashape do Diâmetro Abdominal Efeito do Amarashape Sobre a Maciez Cutânea Efeito do Amarashape Sobre Firmeza Cutânea Diferencial: Diminui o panículo piloso e aumento da firmeza cutânea Efeito do Amarashape Sobre Elasticidade Cutânea Celulite relacionado com fibrose (cross- linking) levando a redução da elasticidade Remoduline • Mecanismo de ação: ação lipolítica, descongestiva e drenante, sendo inibidor da fosfodiesterase. • Concentração de uso: 2 a 5% em cremes, loções e géis; • pH de estabilidade: 2 a 7. Metilxantinas • Presente na cafeína e fitoextratos tópicos; • Aumenta a atividade estimulante β- adrenérgicos; • Componentes importantes da categoria: teofilina, aminofilina e cafeína; • Mecanismo de ação: Inibem a fosfodiesterase, promovendo a estimulação β- adrenérgica. Mobilizando os triglicerídeos e estimulando a transformação da reserva de gordura em ácidos graxos livres, serão eliminados pelo sistema linfático. Mentol • Mecanismo de ação: Considerando que o mentol, quando aplicado na pele, produz vasodilatação, proporcionando uma sensação de frescor seguida por efeito analgésico; • Considerando que o Mentol em baixas concentrações não produz efeitos tóxicos, entretanto, em concentração igual ou superior a 3% apresenta efeitos irritantes, sendo assim um produto de grau 2; • Considerando que o Mentol apresenta atividade analgésica em concentrações que variam de 1 a 30%; • Considerando o exposto, a CATEC recomenda e a Gerência-Geral de Cosméticos determina: • Concentração de uso: Em produtos cosméticos é restringido a concentração máxima de 1%. Nicotinato de Metila • Considerando que o nicotinato de metila possui ação vasodilatadora 5 minutos após a aplicação, atingindo valor máximo entre 15 e 30 minutos, mantendo-se por pelo menos 60 minutos e diminuindo em até 2 horas. • Este processo promove aumento da circulação cutânea com extravasamento de sangue nos capilares periféricos localizados na derme e junção derme-epiderme, manifestado pelo efeito rubefaciente imediato (eritema cutâneo) e o calor é dissipado por irradiação e condução e não induz resposta imunológica e nem formação de edema. Câmara Técnica de Cosméticos – CATEC: • Considerando que pelas suas propriedades, o nicotinato de metila é empregado nas formulações de uso tópico como promotor de penetração e permeação cutânea de substâncias ativas incorporadas, sendo que a velocidade de fluxo não é afetada, aparentemente, pelo tipo de veículo ou excipiente, sendo próxima para valores de concentração entre 0,25 e 1%, embora com maior intensidade de reação para a última. Edesal • Mecanismo de ação: Antiinflamatório e rubefaciente não irritante, atuando como coadjuvante; • É um substituto seguro do salicilato de metila por causar menor irritação na pele; • Concentração: 5 a 10% em cremes, loções e gel de natrosol ou preparações anidras para massagem. Ativos Para Tratamento Da Celulite • A aglomeração lipídica decorrente do excesso de triglicerídeos causa compressão dos tecidos vizinhos, redução da irrigação local, degradação celular e acumulação de catabólitos, há edema e inflamação local; • Agentes que alterem a permeabilidade dos capilares venosos pode auxiliar na eliminação do exsudato e na reabsorção do edema local; Extratos Vegetais com Ação Descongestionante: • Camellia japonica (Green tea); • Camellia sinensis (Chá preto); • Citrus limom (Limão)- Cola acuminata (Cola); • Equisetum (Cavalinha); • Fucus vesiculosus (Algas); • Hedera helix (Hera); Mecanismo de ação: Incrementam a microcirculação periférica, facilitam a drenagem de infiltrados e trocas tissulares, promovem a tonificação e efeitos firmadores locais. Massagens Mecânicas • Processo mecânico de massagem profunda associada ao vácuo é feita sob ação contínua de rolos que fazem uma mobilização profunda, suave e regular, restaurando a microcirculação estimulando a troca de líquidos e melhorando a função celular, permitindo aos adipócitos o retorno ao formato original; • Melhora estimada em 4 semanas. Drenagem Linfática • Método menos agressivo; • Visa melhorar a drenagem deficitária da linfa presente na celulite;Lipoaspiração • É uma técnica que permite através de uma pequena incisão a sucção do tecido adiposo. • Não deixa cicatrizes visíveis, mas no tipo de celulite flácida pode provocar retrações, persistindo o aspecto da pele em “casca de laranja”. Calor X Frio Atividade Crioterápica Localizada: • Uso de álcool, mentol e cânfora. São de baixa efetividade; Atividade termogênica Localizada: • Uso de derivados do ácido nicotínico (nicotinato de metila 0,01 a 0,05% é de melhor efetividade. Dicas: Uso na clínica: • Pode ser utilizado após sessão de drenagem linfática superficial e profunda; Uso em casa: • Aplicar após o banho uma camada fina, espalhando circularmente até a absorção; • Aplicar em seguida loção hidratante para evitar o ressecamento que poderá ocorrer devido ao percentual elevado dos metais elementares. Formulações Anticelulíticas • Principais parâmetros capacidade de incorporação, estabilização, promoção da permeabilidade do conjunto de substâncias ativas se empregar; • Atividade emoliente e hidratante, a massageabilidade e espalhabilidade, resultando em sensorial adequado; • Sistemas de veiculação: emulsões fluídas ou semifluídas, os séruns aquosos ou géis; • Destaque os sistemas de vetorização: ativos lipossomados, microemulsões, nanocápsulas, entre outros promotores de permeação de performance cosmética. Avaliação de Eficácia • Resultados são avaliados com base na diferença de diâmetro das coxas, nos sintomas clínicos da celulite; • Avaliação da espessura do tecido subcutâneo por ultrasonografia; 0 - não possui celulite; 1- leve ondulação da superfície; 2- depressões e ondulações cutâneas; 3- ondulações e estriações; 4- nódulos palpáveis e estriações; • Verificação dos parâmetros: aspereza da pele, elasticidade da pele, nódulos celulíticos doloridos, cãibras diurnas e noturnas, sensação de peso nas pernas, dilatação capilar venosa; • Medidas de firmeza cutânea, espessura e densidade cutânea e determinação do fluxo sanguíneo. Avaliação de Eficácia Voluntários e avaliadores relatam graus de melhora variados em parâmetros não celulíticos como: • Hidratação; • Suavidade; • Textura da pele; Refletindo a qualidade “cosmética” do produto e seu sistema de veiculação.
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