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HEMATOPOESE E INTERPRETAÇÃO DO HEMOGRAMA MDD IV • O sangue periférico = eritrócitos/hemácias + glóbulos brancos + plaquetas Glóbulos Vermelhos • Originam-se na medula óssea, com a proliferação e maturação dos eritroblastos → eritropoese • A eritropoese leva à formação das hemácias • a eritropoetina é a principal fator de crescimento das hemácias, ou seja, o principal fator da eritropoese • a hemácia de forma final anucleada ocorre após o eritroblasto ortocromático na medula óssea sofrer o processo de enucleação o a hemácia formada por esse processo, ainda contem grande quantidade de RNA , para a síntese proteica, e, nessa fase, é chamada de reticulócito o o reticulócito sai da medula óssea e vai para a circulação sanguínea o na circulação, o reticulócito é capturado pelo baço, para que haja o ultimo processo de amadurecimento, sendo devolvido para a circulação depois HEMATOPOESE • as diferentes células do sangue têm origem comum a partir de células-tronco hematopoéticas (CTHs) presentes na medula óssea • CTHs são as células são células indiferenciadas, capazes de dar origem À todas as células da linhagem hematopoética e tem capacidade de reconstituir a eritropoese, ou seja, capacidade de células tronco • CTHs podem ser subdividas em duas subpopulações o LT-HSC – long term hematopoetic stem cell ▪ Baixa atividade mitótica → se mantem relativamente constante e presente durante toda a vida ▪ Mantém o pool enzimático imaturo e indiferenciado o ST-HSC – short term ▪ Se origina de divisões assimétricas da LT ▪ Maior potencial mitótico e comprometimento para gerar os precursores das diferentes linhagens sanguíneas (unidades formadoras de colônia) • Períodos da Hematopoese o Fase primitiva ▪ Período embrionário • Início da hematopoese, 30 dias após a formação do embrião • CTHs localizadas no saco vitelínico, dando origem apenas a eritrócitos o No saco vitelínico, os angioblastos formam o endotélio o os angioblastos do endotélio se transformam em hemocitoblastos¸ que irão se diferenciar e dar origem a todos os vasos sanguíneos • Na quarta semana, as CTHs são capazes de formas todo o nicho de células sanguíneas e de se autorrenovar ▪ Período hepatoesplênico • Do 2 ao 7 mês de vida intraut. • Hematopoese ocorre no fígado e no baço ▪ Período medular • Ocorre a partir do 5 mês • Porção esponjosa dos ossos, praticamente todos os ossos do feto, com grande destaque para a crista ilíaca • na medula óssea vermelha o com o passar da idade, a medula óssea vermelha vai dando lugar em medula amarela, uma substancia gordurosa, principalmente em ossos longos ▪ a medula óssea gordurosa é capaz de reverter para a hematopoética – o fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoético fetal ▪ idosos: destaque para hematopoese em ossos pélvicos e cabeça do fêmur • Fatores de Crescimento o A regulação da hematopoese é depende de fatores de interação célula-célula quanto de fatores de crescimento solúveis ▪ Glicoproteínas ▪ Citocinas ▪ Hormônios o Na regulação da eritropoese, a eritropoetina tem papel essencial para os processos de maturação e apoptose nos precursores da linhagem eritroide ▪ A produção da eritropoetina é regulada pelo teor de oxigênio do sangue arterial que irriga as células peritubulares no córtex renal ▪ Colocar foto do slide 7 aqui o Stem-cell ▪ Pode se diferenciar em qualquer célula ▪ Capacidade de auto-renovação na medula óssea vermelha ▪ Linhagem mieloide: origina as diferentes células do sangue ▪ Linhagem linfóde: origina as diferentes linhagem de linfócitos o OBS: leucemia aguda/crônica mieloide/linfóide ▪ Células indiferenciadas passam a se proliferar desordenadamente, fazendo com que não haja diferenciação entre as suas células ERITROPOESE • Produção das Hemácias o A eritropoese, após o período embrionário e fetal, a eritropoese pode ocorrer fora da medula óssea em resposta a um estimulo proliferativo intenso ou como parte de um quadro de proliferação neoplásica do tecido mieloide • Células eritroides na medula óssea o A eritropoese pode ser dividida em 3 fases ▪ Vinculação da célula progenitora pluripotencial com a diferenciação eritroide ▪ Fase eritropoetina-independente → preoce ▪ Fase eritropoetina-dependente → tardia o Dois precursores eritroides ▪ BFU-E • Compreendem a fase da eritropoese eritropoetina independente • Dão origem às CFU-E ▪ CFU-E • Responsáveis pelo próximo estágio de maturação o Pró-eritroblasto ▪ Tipo celular mais imaturo e indiferenciado ▪ Primeiro precursor eritroide, derivado do CFU-E ▪ Gera de 8 a 32 eritroblastos ortocromáticos (os que irão se diferenciar em reticulócitos) o No geral, os eritroblastos iniciais/precursores eritroides têm uma alta produção proteica, consequentemente, uma alta produção de hemoglobina (principal substância produzida pelos eritroblastos) ▪ Assim, quanto maior a produção de hemoglobina, mais o nícleo da célula vai atrofiando, para dar mais espaço para a hemoglobina o Precursores eritroides: alta capacidade proliferativa + alta síntese de hemoglobina o Destaque para os receptores de eritropoetina (BFU-E e CFU-E) e transferrina (incorporação de ferro pela célula, com expressão máxima em eritroblastos ortocromáticos, mas presentes desde a fase de pro- esritroblastos) o Reticulócitos ▪ Derivado o eritroblasto ortocromático ▪ Anucleada ▪ Contém, em seu citoplasma, resquícios de organelas ▪ Dão origem aos eritrócitos maduros do sangue ▪ Quando os eritrócitos estão maduros, são liberados para a circulação sanguínea • Um ou dois dias após serem liberados na circulação sanguínea, os reticulócitos perdem todas as organelas, têm o volume ligeiramente reduzido e adquirem a coloração citoplasmática própria das hemácias maduras ▪ Possibilidade de reonchecimento de determinada anemia • Elevação de reticulócitos no sangue: anemia hiperproliferativa ( eritroblastose fetal, hemorragia aguda, anemia hemolítica) • Diminuição de reticulócitos no sangue: anemia hipoproliferativa (falta de substâncias para a produção celular) ▪ Contagem de Reticulócitos • Indicador da capacidade funcional da medula óssea diante da anemia o Elevação de reticulócitos na circulação → atividade proliferativa compensatória por parte da medula óssea o Uma diminuição → anemia por menor produção de hemácias • Em um paciente anêmico, a porcentagem de reticulócitos pode aparecer aumentada, devido a uma liberação mais precoce da medula óssea e devido a uma redução na proporção de células maduras • Ao serem liberados mais cedo na circulação, o tempo de maturação dos reticulócitos aumenta para dois a três dias. o Para corrigir, calcula-se a contagem de reticulócitos corrigida (CRC) o CRC = reticulócitos (%) x (hematócrito /45) o Indivíduos normais: CRC ~= 1% o Pacientes com anemia, com hematócrito de 35%, CRC ~= 2 a 3% o Pacientes com anemia, com hematócrito em 25% ou menos, CRC ~= 3 a 5% ▪ Controle da produção de hemácias • É controlada principalmente por fatores de crescimento que agem sob as células precursoras e estimulam o seu desenvolvimento e maturação, como a eritropetina e IL-3 • Eritropoetina o Principal fator de crescimento que regula a produção de hemácias o Atua no estimulo e diferenciação rápida dos precursores das hemácias na medula o Tem expressão de genes da biossíntese de heme e do receptor da transferrina o Hormônio glicoproteico → estimula as células formadoras de colônia a se diferenciarem, com destaque para os pro-eritroblastos o Principal fonte: tecido renal – células intersticiais peritubulares ▪ Presença de sensores de O2 ▪ Se houver uma diminuição de O2 chegando às células intersticiais, haverá uma maior ativação das mesmas, para uma maior produção de eritropoetina o Ohormônio liga-se ao receptor de eritropoetina (EpoR) expresso especificamente em precursores eritroides o Variações do nível de eritropoetina ▪ A produção aumentada de eritropoetina associa-se a situações de hipóxia renal, levando à elevação do hematócrito ▪ A produção insuficiente de eritropoetina ocorre em varias formas de anemia, como a anemia da insuficiência renal crônica, anemia das inflamações crônicas, doenças autoimunes, Aids e neoplasias • Destruição de Hemácias o Após cerca de 120 dias em circulação, hemácias são removidas e destruídas intracelularmente, em células do sistema monocítico-macrofágico, especialmente no baço, fígado e medula óssea o há, contudo, a hemólise patológica, onde a destruição esplênica pode ser muito significativa → esferocitose, talassêmicos, esplenomegalia o destruição predominante no fígado → anemias hemolíticas, anemia falciforme o redução da atividade metabólica → reconhecimento de hemácias velhas o Mecanismo ▪ Uma vez fagocitada, a hemácia é decomposta em seus componentes → membrana + hemoglobina ▪ Proteínas e fosfolipideos da membrana são digeridos ▪ A hemoglobina é decomposta em globina e heme ▪ Esse heme, por sua vez, com a abertura do anel da toporfirina, libera o ferro e forma a bilirrubina • O ferro permanece no macrófago e será reaproveitado para a síntese de hemoglobina, uma vez que não há forma de excreção do ferro o Para voltar ao eritroblasto em desenvolvimento → ferro é liberado na superfície da célula, se liga à transferrina e é transportado para o eritroblasto ▪ A bilirrubina lipossolúvel, formada a partir da abertura do anel do heme, e liberação do ferro, circula ligada à albumina, sendo retirada da circulação pelos hepatócitos • Nos hepatócitos, a bilirrubina é conjungada com composto que a tornam hidrossolúvel, em especial o acido glicuronico, pela ação da glicuroniltransferase ▪ A bilirrubina hidrossolúvel (direta) é excretada nos canalículos hepáticos, alcançando o duodeno como parte da bile ▪ No intestino, diversos compostos são derivados da oxidação e do metabolismo da bilirrubina direta • Tal conjunto é denominado urobilinogênio fecal • Parte desse urobilinogênio é reabsorvida no intestino e alcança o fígado pela circulação portal → praticamente todo captado pela hepatócito e sendo secretado no intestino ▪ Apenas quando há lesão funcional dos hepatócitos, que quantidade significativas de urobilinogênio deixam de ser captadas por tais células, alcançando a circulação sistêmica, sendo filtrada nos rins e aparecendo na urina ▪ Assim, anemias hemolíticas, aumenta a concentração de bilirrubina indireta no plasma e a quantidade de urobilinogenio fecal produzida, mas não leva ao aumento grosseiro de urobilinogênio na urina METABOLISMO DO FERRO • O ferro faz parte do grupo heme → grupo prostético que está ligado ao ferro o Se encontra ne hemoglobina circulante o Maior parte do ferro está localizada na hemoglobina circulante o Assim, a hemoglobina é a principal forma funcional de ferro no organismo e também o seu principal depósito • Pouco ferro está livre no sangue, uma vez que ele é tóxico o bacterias utilizam o ferro para o seu metabolismo o pacientes diabéticos ▪ metabolismo acidófilo → baixo pH faz com que a transferrina presente na circulação sanguínea libere o ferro. Prejudicando assim, a produção de novos eritroblastos, consequentemente, de novos eritrócitos • Também, há ferro armazenado sob formas de ferritina e hemossiderina o Ferritina ▪ A maior parte sintetizada é usada na estocagem do ferro ▪ Pequena quantidade é secretada e liberada no soro (ferritina sérica) → esta quantidade se correlaciona com o estoque total de ferro no organismo ▪ A ferritina ajuda na absorção de B12 (produção de hemácias e leucócitos) o Hemossiderina ▪ Corresponde a um agregado heterogêneo de ferro, componentes do lisossomo e outros produtos da digestão intracelular ▪ ela restringe-se aos macrófagos da medula óssea, do fígado e do baço ▪ O ferro da hemossiderina é utilizado quando todo o da ferritina já foi utilizado • O ferro dos depósitos e aquele liberado pela destruição das hemácias são reutilizados para a síntese de hemoglobina • O ferro é transferido dos depósitos, principalmente dos macrófagos, para os eritroblastos em desenvolvimento • Dieta e absorção do ferro o Ocorre no intestino o Essa absorção depende do deposito corporal de ferro, da hipóxia e do ritmo de eritropoese o Ferro heme ▪ Presente em carnes ▪ 1/3 do ferro da dieta, mais facilmente absorvido ▪ HCP-1: proteína responsável pela absorção do ferro-heme, permitindo a sua entrada no enterócito o Ferro não-heme ▪ Presente em vegetais ▪ Absorção é menos eficiente o O ferro é absorvido na borda em escova das células epiteliais dos vilos intestinais do duodeno, precisando atravessar duas membranas ▪ Dmt-1: responsável pelo transporte do ferro na membrana apical quando está na sua forma de Fe+2 • O excesso de Ca+2 no sangue é prejudicial à absorção de ferro, uma vez que, em maior quantidade, terá maior afinidade com o DMT-1 o Uma vez no enterócito, o ferro pode ser armazenada como ferritina na própria célula ou pode atravessar a membrana basolateral até chegar ao plasma o A ferroportina é o único exportador de ferro da célula o A hefaestina tem a função de oxidar o Fe+3 a Fe+2 , permitindo seu transporte pela transferrina • Transporte do Ferro o Após atravessar o enterócito, o ferro chega ao plasma, onde se liga à transferrina o Transferrina ▪ Pode receber o ferro dos enterócitos e dos depósitos ▪ Pode liberar o ferro para os depósitos, eritroblastos, para o músculo, para a síntese de mioglobina, ou para diferentes tecidos, para síntese de enzimas e citocromos ▪ Normalmente, está ligada a 2 moleculas de ferro, mas pode se ligar a até 4 ▪ O carbonato tampona a ligação da transferrina ao ferro, fazendo com que eles fiquem ligados de forma mais estável ▪ Quando há aumento de transferrina, não há ferro livre ▪ A transferrina insaturada protege contra infecções ANEMIAS • Etiopatogenia o Anemia verdadeira: redução da massa eritrocitária, do volume total de hemácias no organismo o Anemia relativa: por diluição, quando há aumento do volume plasmático, sem correspondente aumento das hemácias • Hemorragia Aguda o Exige intervenção imediata o Nas primeiras horas após a hemorragia, a dosagem de hemoglobina ou o hematócrito não refletem o volume de sangue perdido, pois há perda proporcional de plasma e de hemácias o Após a hemorragia, mecanismos hormonais provocam retenção de água e de eletrólitos, recompondo o volume circulantes o Como consequencia da hipoxia renal, há aumento da eritropoetina, que estimula a medula óssea a aumetna a sua produção nos dias subsequentes • Anemia por Menor Produção de Hemácias o Maioria dos casos de anemia o Porcentagem de reticulócitos está diminuída ou normal o A menor produção de eritrócitos pode ser resultante de um disturbio da diferenciação eritroide, da proliferação dos eritroblastos na medula óssea ou de sua maturação • Distúrbios da Diferenciação o Leucemias agudas → ocorre o acumulo de células neoplásicas do tecido hematopoe´tico na medula óssea, com redução das células mieloides normais o Sindromes mielodisplásicas → defeito da eritropoese, com menor produção de hemácias o As infecções, em especial as viroses, são causas frequentes da anemia • Distúrbios da Diferenciação celular o Folatos + B12 → essenciais para a síntese do DNA ▪ Anemias megaloblásticas → acentuada hiperplasia eritroide da medula óssea, baixa liberação de reticulócitos e hemácias de volume acentuados (macrocitose e hipercromia) • Distúrbios da Maturação ou Hemoglobinização o Anemia hipocrômicas, microcíticas o Carência de ferro ▪ Depósitosesgotam-se e o ritmo de síntese de hemoglobina é comprometida o Talassemias ▪ Doenças hereditárias, em que a síntese de globinas é desequilibrada ▪ S redução do ritmo de síntese acarreta uma diminuição da quantidade total de moléculas completas de hemoglobina por hemácia. E também há um acumulo da cadeia cuja síntese não está afetada, causando lesão e destruição das hemácias e eritroblastos o anemias sideroblasticas • manifestações clínicas o todas as manifestações decorrem da redução da capacidade de transporte de oxigênio do sangue e consequente menor oxigenação dos tecidos o sinais e sintomas são provenientes: ▪ da hipóxia não corrigida dos tecidos ▪ da participação dos mecanismos compensatórios o sintomas pela hipóxia ▪ cefaleia, vertigens, tonturas, lipotimia, zumbidos, fraqueza muscular, cãibras, claudicação intermitente e angina o sintomas pelos mecanismos compensatórios ▪ as principais manifestações envolvem os aparelhos cardiovascular e respiratório • Anemias das Doenças Crônicas o É secundária a estados inflamatórios, infecciosos ou não, e câncer o Envolve o desequilíbrio do ferro, encurtamento da vida eritrocitária, inibição da hematopoese e relativa deficiência de eritropoetina o É habitualmente leve/moderado normocítica/microcítica o Maior responsável pelas alterações hematológicas é o desequilíbrio do metabolismo do ferro → demonstrado pela baixa quantidade de ferro sérico e diminuição da sua absorção intestinal o Hepcidina ▪ Peptídeo produzido no figado, apresentando ação antibiótica, que exerce grande efeito no metabolismo do ferro ▪ Inibe a absorção do ferro pelo intestino delgado, a liberação de ferro reciclados pelos macrófagos e o transporte de ferro através da placenta ▪ Há um aumento da liberação da hepcidina em paciente com diversos processos inflamatórios ▪ Sendo assim, o estado inflamatório determina um bloqueio na utilização do ferro, reduzindo a síntese de hemoglobina ▪ FNT e IL-1 são capazes de reduzir a concentração do ferro sérico, limitando a incorporação do ferro nos eritrócitos o O diagnostico da ADC é feita por exclusão, pois as entidades que causam essa anemia poderão estar associadas a outras complicações relacionadas à doença básica e ao seu tto. o Nas doenças reumáticas, a ampla utilização de anti-inflamatórios não hormonais leva à deficiência de ferro, pela sua potencialidade de induzir sangramento digestivo o Normocíticos ou microcíticos o Hipocromia, quando presente, é discreta o No soro¸ o ferro e a capacidade de ligação do ferro encontram-se baixos, levando a um índice de saturação baixo o TTO → tto da doença base • Anemia da Insuficiencia Renal o Alterações hematológivas envolvem todas as linhagens hematopoéticas e a hemostasia o Anemia é relacionada à hipoproliferação eritropoética e hemólise o A anemia está presente na IRC e IRA o Baixa produção de EPO causa baixa produção de eritrócitos o Normocromica e normocítica com contagem de retculocitos baixa o Tto : epo recombinante • Anemia das doenças endócrinas o Acompanha frequentemente as doenças endócrinas que afetam a tireoide, suprarrenais , paratireoides, gônadas e hipófise o Habitualmente, anemia é de baixa intensidade e assintomática o Hipotireoidismo ▪ Anemia poderá ser microcítica e hipocromica, normocítica e normocromica ou macrocitoca e normocromica o Hipertireoidismo ▪ Anemia encontrada é discreta e pode ser microcítica • Anemias Megaloblásticas o Fisiopatologia ▪ Hematopoese normal → síntese de DNA, RNA e proteínas ▪ Tanto o ácido fólico (B9) quanto a cobalamina (B12) são necessários para a produção da timidina e, consequentemente, do DNA • Contudo, a síntese de RNA não está alterada, não havendo, por isso, redução de proteínas citoplasmáticas e do crescimento celular ▪ B12: coenzima de conversão de homocisteína em metionina ▪ O quadro morfológico do sangue periférico e da medula óssea é idêntico nas deficiências de folatos ou de vitamina B12 ▪ Anemia macrocítica, com megaloblastos na medula óssea e número de reticulócitos normal ou baixo o Manifestações clínicas ▪ Principal: anemia ▪ Deficiência de DNA → afeta a divisão cellar em outros tecidos em que há rápida multiplicação, como os epitélios do tubo digestivo → provoca queilite e perda do apetite ▪ Def. B12 → degeneração do cordão posterior da medula espinal, o que causa uma sensação de parestesia nos pés • Tríade → fraqueza, dor na língua e parestesias → clássica de deficiência da cobalamina o Causas de carências ▪ A anemia é o último estágio das deficiências nutricionais, surgindo quando as reservas orgânicas esgotaram-se em virtude do balanço negativo o Causas de carência de vitamina B12/ cobalamina ▪ Dieta ▪ Absorção • A absorção da vitamina B12, que ocorre predominantemente no íleo terminal, depende de um glicoproteína, denominada fator intrínseco • O complexo de vitamina B12/FI é captado pelos receptores das células epiteliais do íleo e a vitamina B12 é absorvida • O tipo mais comum de carência de vit B12 é a anemia perniciosa → doença de natureza imunológica em que ocorre atrofia e inflamação crônica da mucosa gástrica, levando à ausência concomitante de fator intrínseco e da secreção de ácido clorídrico, com consequente má absorção da cobalamina • Ddo da anemia perniciosa → anemia megaloblástica associada à gastrite atrófica ▪ Transporte e metabolismo • A maior parte da cobalamina está ligada à transcobalamina I, que é essencialmente inacessível aos tecidos o Deficiência congentia de TrI é associada à baixos níveis séricos de B12, sem manifestações clínicas • A pequena quantidade de cobalamina ligada à transcobalamina II tem um turn-over muito rápido e a sua ausência congênita produz uma forma rara de anemia megaloblástica grave com níveis séricos de vit. B12 normais ▪ Gastrectomia total • Leba à carência de B12 • Pode haver associação com anemia ferropriva (anemia dimórfica) e, com isso, mascarar as alterações megaloblásticas ▪ Doenças do ilo terminal como espru, doença celíaca, enterite regional e ressecçaõ ileal podem comprometer a absorção da vitamina o Causas de carência de folatos: dieta inadequada, má absorção o Diagnóstico de anemia megaloblástica ▪ Quadro clínico • Deficiência de cobalaminas e de folatos são clinicamente indistinguíveis • Além das manifestações da anemia, são importantes os sintomas gastrintestinais e as alterações da boca e língua • Umas das manifestações clássicas da anemia perniciosa, é a perda de papilas da língua ▪ Avaliação Laboratorial • Sangue periférico – principais achados o Anemia macrocítica o Leucopenia o Trombocitopenia o Anisocitose, macrocitose com macro-ovalócitos, poiquilocitose, granulócitos polissegmentados o Contagem de reticulócitos é normal ou baixa • Medula óssea o Intensa hiperplasia da medula óssea, com acentuada hiperplasia da linhagem eritroide, que é composta por megaloblastos (eritroblastos mais volumosos que o normal, com nucleos com estrutura mais granular e menos condensada) o Tratamento ▪ Identificar a causa e removê-la, se possível ▪ A anemia perniciosa deve ser tratada com vitamina B12, por via parenteral por toda a vida, uma vez que o defeito de absorção é irreversível ▪ A carência de folato deve ser corrigida, pela maior ingestão de verduras • Anemia por deficiência de ferro o Responsável por 75% de todos os casos de anemia o Fisiopatologia e etiologia ▪ O éritron é o maior compartimento funcional de estoque de ferro do organismo humano ▪ O sistema reticuloendotelial (SER) é o responsável por fagocitar células senescentes, catabolizar a Hb para restaurar o ferro e devolvê-lo à transferrina para uma nova utilização ▪ O balanço do ferro no organismo é regulado a partir da absorção intestinalo Clínica ▪ Pode gerar redução da capacidade funcional de vários sistemas orgânicos, estando associada à redução alteração do desenvolvimento motor e cognitivo em crianças, redução da produtividade no trabalho e problemas comportamentais, cognitivos e de aprendizado em adultos ▪ anemia se instala de maneira insidiosa ▪ pode haver • palidez cutaneomucosa, fadiga, baixa tolerância ao exercício, redução do desempenho muscular, perversão alimentar... o Diagnóstico ▪ Hipocromia, microcitose, aumento do RDW e plaquetose, poiquilocitose, hemácias em charuto, eliptócitos e reticulocitopenia ▪ Padrão ouro: coloração do tecido medular pelo corante de perls ▪ A deficiência de ferro é a única condição que gera ferritina sérica muito reduzida, o que torna a hipoferritinemia bastante especifica deste diagnóstico ▪ Valores normais ou elevados de ferritina não excluem a DF, uma vez que a ferritina é uma proteína de fase aguda, tendo a sua concentração sérica aumentada na presença de inflamação, infecção, doença hepática e malignidade, mesmo na presença de DF grave ▪ O ferro sérico é a fração do ferro corporal que circula primariamente ligado à transferrina e encontra-se reduzido na DF, assim como na presença de uma inflamação ▪ A transferrina tem capacidade de se ligar simultaneamente a duas moléculas de ferro • Pode ser dosada diretamente, ou por meio da avaliação da capacidade total de ligação de ferro (TIBC) ▪ Na DF, o zinco é incorporado no lugar do ferro, formando a zincoprotoporfirina (ZPP) • A taxa de elevação de ZPP é proporcional ao déficit de ferro na medula em relação à eritropoese ▪ O fragmento solúvel do receptor de trasnferrina (sTfR) é derivado do receptor de transferrina de todas as células, mas os principais geradores desse fragmento são os eritroblastos e reticulócitos • Assim, a concentração dele reflete a a tividade eritropoetica e se encontra elevada na DF ▪ A hepcidina está com seus níveis elevados na presença de inflamação e de estoques de ferro elevados, e reduzidos na presença de DF hematopoese e interpretação do hemograma mdd iv Hematopoese Eritropoese Metabolismo do ferro ANEMIAS
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