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Farmacologia do Sistema Nervoso Simpático

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Farmacologia e Toxicologia Veterinária – Jennifer Reis da Silva – É proibida a comercialização desse conteúdo 
 
Farmacologia do Sistema Nervoso 
Simpático 
 
O sistema nervoso autônomo simpático 
está relacionado com a ação do 
neurotransmissor Adrenalina/ Epinefrina. 
Há dois tipos de receptores adrenérgicos: 
alfa (α1 e α2) e beta (β1, β2 e β3 sendo o 
último mais recente e sem ação 
farmacológica até o momento). 
 
Os receptores α1 atuam nos vasos 
sanguíneos causando vasoconstrição 
portanto, esses medicamentos são 
utilizados para manutenção da estabilidade 
hemodinâmica. Como efeitos colaterais 
podemos destacar a hipertensão arterial, 
arritmias cardíacas, baixo débito cardíaco 
podendo chegar ao quadro de insuficiência 
cardíaca congestiva. 
 
 
 
 
Alguns medicamentos como Fenilefrina e 
Metoxamina agem somente em α1, o que é 
excelente tendo menos efeitos colaterais. 
Já a noradrenalina tem efeito em α1, α2, 
β1 e β2 não sendo muito indicada pois 
haverá superestimulação no sistema 
adrenérgico. 
 
Os agonistas β1 adrenérgicos atuam na 
manutenção da estabilidade hemodinâmica 
atuando no sistema cardiovascular no 
cronotropismo (aceleração) e inotropismo 
(contratilidade) positivos. 
Já os agonistas β2 atuam principalmente 
na musculatura lisa – pulmões, vasos 
sanguíneos, órgãos ocos, entre outros. Tem 
vasodilatação discreta e inibem a contração 
uterina e vesical. 
 podem causar 
taquicardia, taquiarritmias, tremores 
musculares e hipóxia de miocárdio devido 
ao excesso de aumento de frequência 
dificultando a oxigenação do coração. 
 
 têm poucos efeitos 
colaterais, dos quais podemos destacar 
tremores musculares e piora de quadros 
hemorrágicos uterinos já que estará 
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relaxado podendo mascarar uma 
hemorragia e possível infecção. 
 
Os medicamentos mais utilizados são o 
Salbutamol, Terbulalina, Formoterol e 
Clembuterol tendo poucos efeitos em β1 e 
maiores efeitos em β2. 
 
Esses medicamentos auxiliam na ativação 
do sistema adrenérgico. 
Temos as que agem 
facilitando a liberação de noradrenalina. 
Atualmente as anfetaminas têm uso 
restrito, mas são utilizadas no tratamento 
de ansiedade e obesidade já que aumentam 
a dopamina no centro da saciedade. Não 
são utilizadas na rotina da Medicina 
Veterinária. 
Também temos a que é 
classificada como agente misto facilitando a 
liberação de adrenalina e atuando 
diretamente nos receptores α1, β1 e β2. 
Os têm ação 
semelhante à dos anticolinesterásicos já que 
agem inibindo a MAO (enzima 
monoaminoxidase) que degrada as 
catecolaminas. Logo, ao ser inibida, a 
adrenalina e noradrenalina ficarão mais 
tempo nas fendas sinápticas 
desempenhando sua função. 
O receptor α2 é um receptor do tipo 
inibitório, então quando ativado bloqueia as 
transmissões simpáticas. Logo, quando os 
receptores α2 são bloqueados, as 
transmissões do sistema nervoso autônomo 
simpático serão favorecidas. 
Podemos destacar dois medicamentos para 
reverter as ações de α2 agonistas já que 
têm efeitos sedativos, são elas e 
 que são utilizados na reversão 
de sedativos, porém podem causar 
tremores e taquicardia. 
Como efeitos colaterais podemos destacar 
hiperalgesia, taquicardia e há relatos de 
óbitos em ruminantes (sem conhecimento 
de causa). 
 
O primeiro mecanismo é a ativação de α2 
já que é um receptor inibitório. É muito 
utilizado em analgesia, sedação e 
relaxamento, porém pode causar alguns 
efeitos adversos como bradicardia, 
hipotensão arterial, depressão respiratória 
e hiperglicemia já que a adrenalina é uma 
das responsáveis na liberação de insulina, 
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como será liberada, a glicose continuará no 
sangue. 
A , , 
e são as drogas mais 
famosas como agonistas α2 adrenérgico. 
 
Os números abaixo da coluna de receptores 
mostram a potência do medicamento em 
relação a adrenalina endógena. 
Podemos destacar a , 
 e que agem 
bloqueando os receptores α1 presente nos 
vasos sanguíneos. 
Como efeitos adversos podemos destacar a 
hipotensão, taquicardia, náusea, vômito e 
diarreia. 
Buscamos drogas com poucos efeitos em β2 
e maiores efeitos em β1. 
 
 
 é utilizado como um 
antiarrítmico causando cronotropismo e 
inotropismo negativos. 
e têm os mesmos usos, 
porém com menos ação em β2. 
 
 é também um antiarrítmico, 
tendo cronotropismo e inotropismo 
negativos e tem efeito vasodilatador. 
 
Como efeitos adversos em β1 podemos 
destacar hipotensão, insuficiência cardíaca 
congestiva, bradiarritmias e síndrome de 
retirada (noradrenalina voltando de forma 
abrupta aos receptores causando arritmia 
intensa – necessário fazer desmame). 
Já nos antagonistas β2 adrenérgicos temos 
broncoespasmos e uma liberação excessiva 
de insulina levando a hipoglicemia 
transitória.

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