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RESUMO RISCOS DE ACIDENTES

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Riscos de acidentes
Quando falamos de riscos de acidentes, imediatamente pensamos em situações trágicas, sem considerarmos que pequenas ações cotidianas também oferecem elevado grau de risco para a nossa saúde. A palavra risco é definida pelos dicionários de língua portuguesa como “perigo; probabilidade ou possibilidade de perigo; estar em risco”. Apenas fazendo uso dessa descrição, podemos inferir que, mesmo fora de uma situação de risco explícita, implicitamente existe a possibilidade de estarmos em perigo.
As atividades laborais sempre estão relacionadas com algum tipo de risco à saúde do trabalhador, e os riscos que ocorrem dentro do processo de trabalho são comumente chamados de agentes de risco. Os agentes de risco são divididos em duas classes, dependendo do tipo de ação e reação provenientes da exposição a estes. A ação direta ocorre quando o agente de risco, propriamente dito, entra em contato com o indivíduo, tais como as substâncias químicas. A ação indireta provém de alterações provocadas pela presença do agente de risco no ambiente de trabalho e que resultam em efeitos sobre os indivíduos, tais como fiações elétricas expostas, que podem ocasionar choques ou incêndios.
	
Atencão!
As doenças do trabalho são provenientes do exercício laboral, do local de trabalho ou dos instrumentos utilizados nas atividades, sendo assim, hipertensão arterial, ansiedade, distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) e a síndrome do esgotamento profissional (SEP) também podem ser classificadas como doenças ocupacionais (CASTILHO, 2010).
Diferentes tipos de riscos e acidentes ocupacionais
A avaliação de riscos no ambiente de trabalho do profissional da saúde se faz necessária devido às atividades laborais diariamente executadas. O risco ocupacional é proveniente dessas atividades realizadas em locais onde a exposição a fatores de risco é constante. Esses fatores de risco podem ser tanto pelo desenvolvimento de atividades assistenciais diretas e indiretas, como por cuidados prestados diretamente a pacientes e em organização, limpeza e desinfecção de materiais, de equipamentos e do ambiente.
A exposição ocupacional a riscos biológicos, ou seja, a materiais possivelmente contaminantes, é definida por Marino et al. (2001) como “[...] a possibilidade de contato com sangue e fluidos orgânicos no ambiente de trabalho e as formas de exposição incluem inoculação percutânea, por intermédio de agulhas ou objetos cortantes, e o contato direto com pele e/ou mucosas”. O contato com materiais potencialmente contaminantes faz com que o profissional da saúde esteja sempre vulnerável a adquirir infecções graves e que causam grandes prejuízos à saúde, tais como os vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV, do inglês human immunodeficiency virus), vírus da hepatite B (HBV) e vírus da hepatite C (HCV).
Os riscos físicos são aqueles ocasionados por situações nas quais o trabalhador está exposto a fatores como radiação, vibrações, ruídos, temperatura ambiental, iluminação e eletricidade. Todos esses fatores podem resultar em desconforto auditivo, visual e térmico. Eles também podem ocasionar lesões oculares por radiação ultravioleta, alterações morfológicas de células sanguíneas, alterações da capacidade reprodutiva do homem e da mulher, efeitos teratogênicos, radiodermites e carginogênese.
Os riscos ergonômicos estão relacionados com a adequação do sujeito e seu ambiente de trabalho, mais especificamente associado à postura inadequada e/ou prolongada, erros posturais durante o manejo de pacientes, equipamentos e materiais. A presença de móveis não adequados, ou seja, não reguláveis e com tamanho/altura que não favoreça um bom ambiente de trabalho também é categorizado como risco ergonômico.
Os riscos químicos são aqueles ocasionados durante o processo de desinfecção, esterilização, soluções medicamentosas, compostos químicos, entre outros. Esses riscos podem ocasionar queimadura de pele e mucosas, dermatites de contato, alergias respiratórias, intoxicações agudas e crônicas, alterações morfológicas de células sanguíneas, conjuntivites químicas e carcinogênese.
Guimarães (2006) afirma que os fatores de risco psicossocial do trabalho são definidos como características do trabalho que funcionam como estressores sem recursos para o seu enfrentamento. Os fatores de risco psicossocial também podem ser entendidos como percepções subjetivas existentes para o trabalhador relacionadas aos fatores de organização do trabalho, às carreiras, ao cargo, ao ritmo, ao ambiente social e ao técnico. Os riscos psicossociais ainda foram caracterizados em dois tipos: estressores e disponibilidade de recursos pessoais e laborais. 
Os estressores são definidos como as dimensões físicas, sociais e organizacionais que exigem manutenção e que se relacionam aos custos psicológicos e fisiológicos vinculados ao processo de trabalho. Já a disponibilidade de recursos pessoais e laborais se refere aos aspectos psicológicos, físicos, sociais e organizacionais que são necessários para a obtenção das metas, que visam a minimizar as demandas laborais e a estimular o desenvolvimento profissional. 
Já os riscos de acidentes são considerados como fatores quaisquer que coloquem o profissional em situações de perigo e, consequentemente, afete o seu bem-estar físico. Entre eles, podemos citar a manipulação de materiais sem o uso adequado de equipamentos de proteção, armazenamento inadequado de substâncias tóxicas, arranjo físico do ambiente, entre outros.
Análise de riscos e prevenção de acidentes 
A percepção é um conjunto de processos pelos quais reconhecemos, organizamos e entendemos as sensações que recebemos dos estímulos ambientais. A construção do conhecimento sobre os riscos ocupacionais não está restrita a questões informativas, mas envolve também a percepção individual sobre o problema, ou seja, a compreensão e a capacidade de assimilação dessas informações.
A análise dos riscos tem como objetivos principais a identificação dos riscos, a avaliação do grau desses riscos e a indicação das maneiras de gerenciamento, visando a monitorá-los e, se possível, eliminá-los. Ademais, a avaliação dos riscos no local de trabalho não deve se limitar apenas à descrição dos riscos ocupacionais a que os profissionais estão expostos.
Em 2005, o Ministério do Trabalho e Emprego, visando a minimizar os riscos ocupacionais, implementou a Norma Regulamentadora 32 (NR 32), que estabelece as diretrizes básicas para a aplicação de medidas de proteção à segurança da saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. A NR 32 estabelece medidas preventivas para a segurança e a saúde do trabalhador em qualquer serviço de saúde, inclusive em escolas e serviços de pesquisa.
 Tem como objetivo prevenir acidentes de trabalho e o consequente adoecimento, por meio da eliminação das condições de risco presentes no ambiente laboral. Essa norma regulamentadora também abrange a questão da obrigatoriedade da vacinação dos profissionais da saúde e determina algumas questões de vestuário, descarte de resíduos, capacitação contínua e permanente na área especifica de atuação, entre outras.
A Norma Regulamentadora 06 (NR 06), que torna obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), é o principal método de prevenção geral do profissional da saúde, que se dá pela utilização das precauções padrão e das medidas de proteção que devem ser tomadas por todos os profissionais de saúde, quando estes prestam cuidados aos pacientes ou manuseiam artigos contaminados, independente da presença ou não de doença transmissível comprovada, como, por exemplo, o uso de EPIs (luvas, máscaras, gorros, óculos de proteção, aventais e botas), a lavagem das mãos, o descarte adequado de roupas e resíduos, o adequado acondicionamento de materiais perfurocortantes e a vacinação de todos os profissionais contra a hepatite B.

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