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Centenário Paulo Freire Pedagogia da Autonomia Secretaria Municipal da Educação de Monte Mor Equipe de Formação - 2021 Quem foi/é Paulo Freire Paulo Reglus Neves Freire foi um educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira. É reconhecido internacionalmente (29 títulos de “doutor honoris causa” lhe foram concedidos por universidades da Europa e América), Paulo Freire continua extremamente atual. A leitura de sua obra permite amadurecer conceitos como a necessidade de uma educação praticada a partir de uma perspectiva crítica e autônoma. Introduzindo o assunto de hoje Obra escolhida para apreciação: Pedagogia da Autonomia Expõe sua concepção da relação entre educadores e educandos. Além disso, elabora propostas de práticas pedagógicas, orientadas por uma ética universal. Não há docência sem discência São os saberes demandados pela prática educativa em si mesma. Portanto, reflexões importantes quando se pensa na formação docente e na prática educativa. Discutir sobre esse tema nos possibilita refletir o quanto a prática nos coloca em um movimento de confirmar, modificar e ampliar saberes. Sem esse movimento, corremos o risco da teoria se tornar blá, blá, blá e a prática um ativismo qualquer. Pedagogia da Autonomia – Capítulo I A formação precisa ser permanente, não depende do formador, mas de mim mesmo. ...quem forma se forma e re-forma ao for-mar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa 1.1 Ensinar exige rigorosidade metódica O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, rigorosidade metódica aos educandos; Rigorosidade Metódica # Discurso bancário É o sentido que ensinar não se esgota no "tratamento" do objeto ou do conteúdo; produção das condições em que aprender criticamente é possível. 8 Aprendizagem crítica Construir e reconstruir o conhecimento Educação Bancária Rigorosidade Metódica Transferir o conhecimento Ensina-se a pensar, por isso não é um processo mecânico é preciso problematizar. Fazer relações entre a realidade e o que se estuda O ensino e a aprendizagem se dão nas relações que se constrói. SENSIBILIDADE INTELIGÊNCIA O conhecimento está em constante movimento, por isso precisamos estar abertos, pesquisar e estudar sempre. É preciso atentar-se as mudanças da realidade. 1.2 Ensinar exige pesquisa A "dodiscência" - docência-discência - e a pesquisa, são inseparáveis. Não há uma sem a outra. 1.3 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos É um subtítulo muito reflexivo, nos coloca na posição de questionarmos: Porque não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida? Porque não estabelecer uma necessária "intimidade" entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos? 1.4 –Ensinar exige criticidade Transformar o saber da experiência em superação se dá na medida em que a curiosidade ingênua, toma proporções criticizando-se, aproximando-se de forma cada vez mais rigorosa do objeto que pode ser conhecido. Pergunta verbalizada Procura de esclarecimento Inquietação indagadora 1.5 Ensinar exige estética e ética “Pensar certo, demanda profundidade e não superficialidade, na compreensão e na interpretação dos fatos.” Rigorosa formação ética Prática Educativa Ao lado da estética Testemunho rigoroso de decência e de pureza Decência e boniteza 1.6 Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo 1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação O novo não deve ser negado, nem aceito... É preciso analisar, refletir Discrimina? Cria diferenças? É uma violência? Se dá de maneira autoritária? Instiga preconceito? Desconstruir preconceitos raciais, sociais e de gênero é ser ético, possibilita a democracia e a diversidade. Humildade O preconceito nasce da ideia de SER SUPERIOR. Quando se pensa sobre, comunica-se, discute-se, amplia-se as ideias e as perspectivas, produzindo compreensões. 1.8 Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática Ampliar o repertório teórico de acordo com as reflexões críticas realizadas Reflexão sobre o que se faz Saber da Experiência 1.9 Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural Assumir-se como sujeito histórico Respeito simultâneo: A si e ao outro; As identidades; As individualidades; As vivências socioculturais Relações com as pessoas: Exercício de autonomia; Experiências histórica, social, cultural e política; Experiências plenas de significado, dentro de um ambiente formador