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APOSTILA DE EMBRIOLOGIA I: PRIMEIRO PERÍODO

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APOSTILA DE 
EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRIMEIRO PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
OVULAÇÃO............................................................................................................................1 
IMPLANTAÇÃO......................................................................................................................2 
EMBRIÃO DIDÉRMICO...........................................................................................................3 
EMBRIÃO TRIDÉRMICO.........................................................................................................5 
SISTEMA CIRCULATÓRIO.......................................................................................................6 
PATOLOGIAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO............................................................................9 
SISTEMA RESPIRATÓRIO......................................................................................................13 
PATOLOGIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO...........................................................................16 
SISTEMA URINÁRIO.............................................................................................................17 
PATOLOGIAA DO SISTEMA URINÁRIO.................................................................................19 
Gabriella Pacheco
Gabriella Pacheco
S
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 OVULAÇÃO 
Por volta da metade do ciclo ovariano, o folículo ovarino, sob influência do FSH e do LH, sofre um surto 
de crescimento, produzindo uma dilatação cística, onde surge o estigma. Antes da ovulação, o ovócito 
secundário se desprende do interior do folículo distendido. 
Normalmente, a ovulação acontece de 12 a 24 horas após o pico de LH, essa elevação dos níveis de 
LH é causada pela alta concentração de estrogênio no sangue e causa a tumefação do estigma, 
formando uma vesícula. O estigma se rompe expelindo o ovócito secundário junto com o líquido 
folicular. 
O ovócito secundário expelido está envolvido pela zona pelúcida e pela corona radiata. Os altos níveis 
de LH são responsáveis por induzir o término da primeira divisão meiótica do ovócito primário. 
A zona pelúcida é composta por três glicoproteínas: ZPA, ZPB e ZPC. 
Na trompa, esse ovócito faz uma viagem de 5 dias, sendo implantado no útero no sexto dia. 
 
Esse ovócito só é competente para ser fecundado nas primeiras 48 horas (real período fértil), e, como 
o tempo de vida do espermatozoide é de 2 dias, a fertilidade no ciclo é de, no máximo, 4 dias. 
 
 Os espermatozoides movem-se lentamente no ambiente ácido da vagina e rapidamente no 
ambiente alcalino do útero. 
 
FASES DA FECUNDAÇÃO 
� Passagem de um espermatozoide através da corona radiata pela ação da enzima 
hialuronidase liberada pelo acrossoma, que contem enzimas proteolíticas (hialuronidase, 
acrosina, esterases e neuraminidase). A trompa libera uma secreção que faz com que o 
acrossoma se abra. Quando ocorre a fusão dos lipídeos do acrossoma e da parede do 
espermatozoide, há a liberação da secreção acrossômica (secreção lítica), que facilita a 
penetração do espermatozoide na corona radiata e na zona pelúcida. A trompa possui um 
muco protetor contra as enzimas acrolíticas, para que suas paredes não sejam destruídas. 
� A hiluronidase destrói o ácido hialurônico que preenche as células da corona radiata até que 
um consegue passar e chega à zona pelúcida. 
� Penetração da zona pelúcida. As enzimas esterase, acrosina e neuraminidase causam a lise 
(dissolução) da zona pelúcida, formando uma passagem para o espermatozoide. A mais 
importante dessas enzimas é a acrosina. 
� Reação zonal: uma alteração nas propriedades da zona pelúcida, tornando-a impermeável a 
outros espermatozoides. 
� Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide 
� Formação do pronúcleo masculino. Logo que os pronúcleos se fundem em um único agregado 
diploide de cromossomos, se torna zigoto. 
 
 
Gabriella Pacheco
1
 
A GRAVIDEZ PODE SER: 
� Ectópica: Fora do útero. Ocorre em 95% das vezes nas trompas, mas pode ocorrer também 
nos ovários, na cérvice, cicatriz de cirurgias uterinas prévias, cavidade pélvica e abdominal, 
sua incidencia gira em torno de 1% a 2%. Como a função da trompa não é desenvolver o 
embrião, ele não consegue ter nutrientes suficientes e pode ocorrer um aborto tubário, com 
o próprio organismo expulsando este material. Quando a gestação continua se desenvolvendo 
na trompa, existe um grande risco de rompimento, causando intenso sangramento que 
apresenta risco de morte à gestante. O processo de rotura ocorre 6ª e 7ª semana de gestação 
e depende da posição de fixação (quanto mais próximo do útero, maior o risco). 
� Tópica: Dentro do útero. 
� Heterotópica: No colo uterino. Possibilidade diagnóstica após fertilização in vitro 
 
***Chamar de concepto pra não errar 
 
IMPLANTAÇÃO 
� DIA 5: A zona pelúcida se degenera, resultando no crescimento do blastocisto e da 
degeneração causada por lise enzimática. 
� DIA 6: O blastocisto adere ao epitélio endometrial. 
� DIA 7: O trofoblasto se diferencia em sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto. 
� DIA 8: O sinciciotrofoblasto provoca a erosão do tecido endometrial e o blastocisto começa a 
se implantar no endométrio. 
� DIA 9: Surgem lacunas cheias de sangue no sinciciotrofoblasto. 
� DIA 10: O blastocisto penetra o epitélio endometrial e a falha é preenchida por um tampão. 
� DIAS 10 E 11: Formação da rede lacunar pela fusão de lacunas adjacentes. 
� DIAS 11 E 12: O sinciciotrofoblasto provoca erosão dos vasos sanguíneos endometriais, 
permitindo a entrada do sangue materno nas redes lacunares estabelecendo a circulação 
uteroplacentária. 
� DIAS 12 E 13: A falha do epitélio endometrial é reparada. 
� DIAS 13 E 14: As vilosidades coriônicas primárias se desenvolvem. 
 
INFERTILIDADE MASCULINA 
Fatores genéticos, alterações hormonais, obstrução dos ductos de transporte, disfunção erétil, 
processos infecciosos, exposição a toxinas, maconha (dificulta a locomoção), cocaína (dificulta a 
síntese), álcool (afeta a qualidade), cigarro (dificulta a ereção), anabolizantes (dificulta a síntese). 
 
 
 
Gabriella Pacheco
GABRIELLA PACHECO - MED102
Gabriella Pacheco
2
 
INFERTILIDADE FEMININA 
Distúrbios hormonais que impedem ou dificultam o crescimento e a liberação do óvulo (ovulação), 
síndrome dos ovários policísticos, problemas nas trompas ou tubas uterinas, provocados por infecções 
ou cirurgias, endometriose, ligadura das trompas, muco cervical que impede a passagem dos 
espermatozoides, infecção no colo do útero, idade. 
 
ABORTO -> provocado 
ABORTAMENTO -> natural 
Espontâneo: Ocorre naturalmente antes da 20ª semana. 
Habitual: Expulsão espontânea de um embrião ou feto morto em três ou mais gestações 
consecutivas. 
Induzido: Nascimento induzido antes de 20 semanas. 
Completo: Todas as estruturas da concepção (embrião e membrana) são expelidos do útero. 
Retido: O concepto permanece no útero depois da morte do embrião ou feto. 
 
 
EMBRIÃO DIDÉRMICO 
Anexos embrionários: Sinciciotrofoblasto, cavidade blastocística, cavidade amniótica, 
citotrofoblasto. 
Embrião: Epiblasto e hipoblasto. 
Saco coriônico: Cavidade amniótica, cavidade vitelínica, pendúculo embrionário, mesoderma 
extraembrionário e embrião didérmico (epiblasto e hipoblasto). 
Córion: Sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e mesoderma extraembrionário. 
 
 
Gabriella Pacheco
Trofoblasto
Gabriella Pacheco
 Cavidade
blastocistica 
Gabriella Pacheco
Embrioblasto
Gabriella Pacheco
Trofoblasto
Gabriella Pacheco
 Cavidade
Blastocística�
Gabriella Pacheco
Embrioblasto
Gabriella Pacheco
Sinciciotrofoblasto
Gabriella Pacheco
GABRIELLA PACHECO - MED102
Gabriella Pacheco
3Gabriella Pacheco
Hipoblasto
Gabriella Pacheco
Citotrofoblasto
Gabriella Pacheco
Sinciciotrofoblasto
Gabriella Pacheco
1
Gabriella Pacheco
2
Gabriella Pacheco
3
Gabriella Pacheco
4
Gabriella Pacheco
5
Gabriella Pacheco
6
Gabriella Pacheco
7
Gabriella Pacheco
1- Âmnio
2- Cavidade amniótica
3- Epiblasto
4- Hipoblasto
5- Cavidade exocelômica
6- Citotrofoblasto
7- Sinciciotrofoblasto�
Gabriella Pacheco
1
Gabriella Pacheco
2
Gabriella Pacheco
3
Gabriella Pacheco
1- Vesícula umbilical primitiva
2- Membrana exocelômica
3- Mesoderma extraembrionário�
Gabriella Pacheco
Cavidade 
amniótica�
Gabriella Pacheco
Vesicula 
umbilical
 primitiva 
Gabriella Pacheco
Epiblasto
Gabriella Pacheco
Hipoblasto
Gabriella Pacheco
Mesoderma extraembrionário�
Gabriella Pacheco
Citotrofoblasto
Gabriella Pacheco
Membrana exocelômica�
Gabriella Pacheco
Sinciciotrofoblasto
Gabriella Pacheco
Rede lacunar
Gabriella Pacheco
Sangue materno
Gabriella Pacheco
Sinciciotrofoblasto
Gabriella Pacheco
Vilosidade coriônica primária�
Gabriella Pacheco
Mesoderma
somático
extraembrionário�
Gabriella Pacheco
Mesoderma 
extraembrionário
�
Gabriella Pacheco
Cavidade
amniótica�
Gabriella Pacheco
Vesícula
umbilical
secundária�
Gabriella Pacheco
7- Remanescente da vesícula 
umbilical primitiva�
Gabriella Pacheco
GABRIELLA PACHECO - MED102
Gabriella Pacheco
4
 
EMBRIÃO TRIDÉRMICO 
O primeiro sinal morfológico da gastrulação é a formação da linha primitiva na superfície do 
epiblasto do disco embrionário bilaminar. A linha primitiva forma ativamente o mesoderma pela 
entrada de células até o inicio da quarta semana. Normalmente, ela sofre mudanças 
degenerativas e desaparece no final da quarta semana. 
Surge a gota neural no epiblasto, que se aprofunda e fecha em tubo neural. 
Epiblasto -> Ectoderma 
Ectorderma tegumentar -> origina pele e anexos 
Ectorderma neural -> origina o tubo neural 
Cristas neurais -> origina os gânglios linfáticos 
Mesoderma paraxial: forma os membros inferiores e os membros superiores. 
Mesoderma intermediário: embriologia do urinário 
Mesoderma lateral: embriologia do digestivo, se divide em: 
Somatopleura -> ectoderma 
Esplancnopleura -> endoderma 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriella Pacheco
GABRIELLA PACHECO - MED102
Gabriella Pacheco
5
 
 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
 Por volta do 18o dia, o mesoderma lateral possui componentes de somatopleura e esplancnopleura. A 
esplancnopleura dá origem a quase todos os componentes do coração. Essas células endocárdicas iniciais se separam 
do mesoderma para criar tubos cardíacos pareados. 
 Conforme o dobramento embrionário lateral ocorre, os tubos endocárdicos do coração se aproximam e fundem-se 
para formar um único tubo cardíaco. A fusão dos tubos cardíacos começa na extremidade cranial do coração em 
desenvolvimento e se estende caudalmente. 
 
 
O coração começa a bater em 22 a 23 dias. O fluxo sanguíneo se inicia durante a quarta semana. 
Coração quadrilocular em linha: Mioblasto já realiza a contração e se tornará músculo cardíaco. Seio 
venoso < Aurícula < Ventrículo < Bulbo (quantidade de mioblastos), formando o coração quadrilocular em linha. 
 
Coração quadrilocular em S: Conforme se desenvolve e cresce, para caber na cavidade pericárdica, se torna: 
Seio venoso: a cima e atrás Aurícula: a cima e à frente Ventrículo: abaixo e atrás Bulbo: abaixo e à frente 
 
Coração bilocular em linha: A aurícula absorve o seio venoso e o ventrículo absorve o bulbo, ficando em cima a 
aurícula e embaixo o ventrículo, se tornando bilocular em linha. 
 
Gabriella Pacheco
6
 
 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 
Divisão do átrio primitivo: 
 
 
Auricula do lado direito faz uma pressão maior do que a auricula do lado esquerdo 
 
 
Gabriella Pacheco
7
 
 
 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 
O órgão mais oxigenado é o fígado, seguido do coração e do encéfalo. 
 
 
 
 
 
 
Gabriella Pacheco
8
 
 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 09/09/2019 
PATOLOGIAS EMBRIONÁRIAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
� Tronco Arterioso Persistente 
 
Tronco da artéria pulmonar e da aorta estão juntos, 
havendo uma mistura de sangue oxigenado e não 
oxigenado na circulação. Os 
pacientes apresentam cianose leve, hiperfluxo pulmonar 
significativo, insuficiência cardíaca, desmaios, deve 
operar o mais cedo possível. 
 
� Defeito do Tabique Interventricular 
 Pode causar fadiga, sudorese, respiração pesada / rápida / 
congestionada, levar a hipertensão arterial pulmonar. Em 
crianças com síndrome de Down, isto ocorre mais precocemente. 
Trata-se de uma cardiopatia congênita onde existe uma 
comunicação entre o ventrículo direito e o ventrículo esquerdo 
que não deveria existir. Ocorre mais frequentemente em homens 
do que em mulheres 
 
� Transposição dos Grandes Vasos 
 Sintomas: Cianose, pele pálida, taquicardia, fraqueza, edemas. O 
reparo cirúrgico definitivo deve ser feito durante a primeira semana 
de vida. 
 
 
� Persistência do ducto arterioso 
 É a persistência, após o nascimento, da conexão fetal (ducto 
arterioso) entre a aorta e a artéria pulmonar. Na ausência de outras 
anormalidades cardíacas estruturais ou resistência vascular 
pulmonar elevada, o desvio na PDA será da esquerda para a direita 
(da aorta para a artéria pulmonar). Os 
sintomas podem incluir incapacidade de ganhar peso, alimentação 
insuficiente, taquicardia e taquipneia. 
 
 
 
 
Gabriella Pacheco
9
 
 
 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 
� Tetralogia de Fallot 
Um grande deslocamento da aorta 
sobrepõe o septo interventricular, 
resultando no recebimento de sangue 
do ventrículo esquerdo e ventrículo 
direito. Os sintomas incluem cianose, 
dispneia durante a refeição, déficit de 
crescimento e crises hipercianóticas. 
Os 3 primeiros compõem a trilogia de 
Fallot. 
1. Defeito do tabique (septo) 
interventricular 
2. Hipertrofia ventricular direita 
3. Estenose da artéria pulmonar (obstrução do fluxo de saída ventricular direita) 
4. Cavalgamento da aorta 
 
 
� Dextrocardia 
 O tubo cardíaco se dobra para a esquerda invés de para 
a direita, o coração e seus vasos são deslocados para a 
direita. A dextrocardia é o defeito de posicionamento do 
coração mais frequente e, caso não houver nenhuma 
outra anomalia vascular associada, ele funciona 
normalmente. Alguns dextrocardíacos tem as vísceras 
espelhadas. 
 
 
 
 
� Acardia 
O coração não desenvolve a partir do quadrilocular em linha, abortamento em 3 ou 4 meses. 
 
� Arco Aórtico Direito 
Pode vir acompanhado de vísceras em espelho 
Gabriella Pacheco
10
 
 
 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 
� Estenose Aórtica 
 
É um estreitamento da abertura da válvula aórtica que 
bloqueia (obstrui) o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo 
para a aorta e gera trabalho extra para o coração, resulta em 
hipertrofia do ventrículo direito. Diminuição da luz do vaso. 
 
� Atresia Pulmonar 
Atresia pulmonar é o defeito cardíaco caracterizado pela má 
formação da valva pulmonar, podendo impedir o desenvolvimento correto do ventrículo direito. 
Trata-se de uma má formação congênita em que o orifício da valva não consegue se desenvolver. 
 
 
� Atresia da válvula tricúspide 
Atresia tricúspide é uma cardiopatia congênita cianótica, 
decorrente da ausência da conexão atrioventriculardireita 
ou imperfuração da valva tricúspide, tendo como 
consequência a não comunicação direta entre átrio e 
ventrículo direitos. 
 
� Comunicação do orifício interatrial 
A comunicação interatrial trata-se de 
uma cardiopatia congênita, que se 
caracteriza pela presença de um 
orifício anormal no septo interatrial, 
permitindo a comunicação entre o 
sangue que está passando no átrio 
esquerdo e no átrio direito, pode 
haver persistência do ducto arterioso. 
 
 
 
 
 
Gabriella Pacheco
11
 
 
 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 
� Coarctação da aorta 
 A coarctação é caracterizada por uma 
constrição aórtica de comprimento variável, 
estreitamento localizado na luz da aorta, que 
provoca hipertensão das extremidades 
superiores, hipertrofia do ventrículo 
esquerdo e má perfusão de órgãos 
abdominais e extremidades inferiores. Os 
sintomas variam com a gravidade da 
anomalia e vão desde cefaleia, dor torácica, 
extremidades frias, fadiga e claudicação das 
pernas 
 
 
Gabriella Pacheco
12
GABRIELLA PACHECO – MED102 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório começa na região da laringe durante a 4a semana no sulco laringotraquial, que se localiza na 
parte caudal do 4o arco faríngeo e é formado o tubo traqueal ou tubo pulmonar. 
Área cardiogênica ⇨ Coração, pulmões e fígado. 
 
Entre o conducto traqueobrônquico e o esôfago há um mesênquima 
 
 
 A ⇨ 4 semanas 
B ⇨ 10 semanas 
C ⇨ 12 semanas 
D ⇨ Fotomicrografia de uma 
secção transversal da traqueia 
com 12 semanas de 
desenvolvimento. 
 
A fístula (passagem anormal) 
traqueoesofágica afeta mais os 
bebês do sexo masculino. 
 A ⇨ Atresia esofágica (85% dos 
casos, afogamento). 
 B ⇨ Fístula entre a traqueia e o 
esôfago. 
C ⇨ O ar não consegue entrar na 
região distal do esôfago e 
estômago. 
D ⇨ O ar pode entrar na porção 
distal do esôfago e do estômago e o conteúdo esofágico e gástrico pode entrar na traqueia e nos pulmões. 
 
 
 
Gabriella Pacheco
Gabriella Pacheco
Gabriella Pacheco
13
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 
� Broto respiratório (broto pulmonar) A ⇨ 5 semanas B ⇨ 6 semanas 
Se desenvolve na extremidade 
caudal do divertículo 
laringotraquial durante a quarta 
semana. O broto logo se divide em 
duas evaginações, os brotos 
brônquicos primários, que 
crescem lateralmente para dentro 
dos canais pericardioperitoneais, o 
primórdio das cavidades pleurais. 
Brotos brônquicos secundários e 
terciários logo se desenvolvem. 
Quando os pulmões se 
desenvolvem, adquirem uma 
camada de pleura visceral 
(derivada do mesênquima 
esplâncnico). Com a expansão, 
os pulmões e a cavidade 
pleural crescem caudalmente 
para o mesênquima da parede 
corporal e logo se aproximam 
do coração. A parede torácica 
corporal torna-se revestida 
por pleura parietal (derivada 
do mesoderma somático). 
O espaço entre a pleura 
parietal e a pleura visceral é a 
cavidade pleural 
 
� Maturação dos pulmões 
É dividida em quatro estágio histologicamente distintos: o pseudoglândular, o canalicular, saco terminal e o estágio 
alveolar. 
 
Estágio pseudoglândular (5a a 17a semana) ⇨ Possui aparência de glândulas exócrinas. Com 16 semanas, todos os 
principais componentes dos pulmões estão sendo formados, exceto aqueles envolvidos com as trocas gasosas. A 
respiração não é possível, portanto, fetos nascidos durante esse período são incapazes de sobreviver. 
 
Estágio canalicular (16a a 26a semana) ⇨ A luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais tornam-se maiores e o 
tecido pulmonar torna-se altamente vascularizado. Por volta da 24a semana, cada bronquíolo terminal forma dois ou 
mais bronquíolos respiratórios, que irão se dividir em ductos alveolares primitivos. A respiração é possível no final 
deste estágio, porém neonatos prematuros muitas vezes não sobrevivem, pois o sistema respiratório e os outros 
sistemas ainda estão relativamente imaturos. 
 
Gabriella Pacheco
cavidade pleural
Gabriella Pacheco
Gabriella Pacheco
Gabriella Pacheco
14
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 
Estágio de saco terminal (24a semana ao final do período fetal) ⇨ A barreira hematoaérea é estabelecida e permite 
uma troca adequada de gases, necessária para a sobrevivência do feto caso nasça prematuramente. Na 26a semana já 
possui pneumócitos tipo 1, através dos quais as trocas gasosas ocorrem, e os pneumócitos tipo 2, que secretam o 
surfactante pulmonar. Fetos nascidos entre a 24a e a 26a semana após a fecundação podem sobreviver, entretanto, 
podem sofrer de desconforto respiratório, pela deficiência de surfactante. 
 
Estágio alveolar (final do período fetal até os 8 anos) ⇨ Aproximadamente 95% dos alveolos maduros desenvolvem-
se no período pós-natal. O desenvolvimento alveolar está, em grande parte, completo aos 3 anos de idade, mas novos 
alveolos são acrescentados até aproximadamente 8 anos de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriella Pacheco
15
GABRIELLA PACHECO – MED102 23/09/2019 
PATOLOGIAS EMBRIONÁRIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
� Cistos pulmonares congênitos 
Os cistos (preenchidos por líquido ou ar) são formados pela dilatação dos brônquios terminais. Estes 
resultam de um distúrbio do desenvolvimento brônquico durante o final da vida fetal. Os pulmões 
possuem uma aparência de favo de mel nas radiografias. 
 
� Agenesia pulmonar 
A ausência dos pulmões é resultado da falha do broto respiratório em se desenvolver. A agenesia de um 
pulmão é mais comum do que a bilateral, sendo a unilateral compatível com a vida. O coração e outras 
estruturas do mediastino são deslocadas para o lado afetado, e o pulmão existente é hiperexpandido. 
 
� Hipoplasia pulmonar 
Pulmões diminuídos, patologia grave que leva ao óbito. É caracterizada por uma marcante redução do 
volume pulmonar e uma hipertrofia do músculo liso das artérias pulmonares, leva a uma diminuição no 
fluxo sanguíneo através do sistema vascular pulmonar, visto que o sangue continua a desviar-se através do 
ducto arterioso. 
 
� Pulmão acessório 
Quase sempre se localiza na base do pulmão esquerdo e não é funcional. Este não se comunica com a 
árvore traqueobrônquica e seu suprimento sanguíneo é normalmente sistêmico. 
 
� Oligoidrâmnio e o desenvolvimento pulmonar 
Quando o oligoidrâmnio (quantidade insuficiente de líquido amniótico) é severo e crônico por causa do 
vazamento ou diminuição na produção do líquido amniótico, o desenvolvimento pulmonar é retardado e 
pode resultar em severa hipoplasia pulmonar com restrição do tórax fetal. O risco de hipoplasia pulmonar 
aumenta significantemente com o oligoidrâmnio antes da 26a semana. 
 
� Síndrome da membrana hialina ou síndrome da angústia respiratória 
Os recém-nascidos muito prematuros podem ser incapazes de começar a respirar, pois, sem o surfactante, os seus 
pulmões são muito rígidos. Os rn um pouco maiores podem começar a respirar, mas, como os pulmões tendem a 
colapsar, ele apresenta dificuldade respiratória. Nestes casos, a respiração é rápidae trabalhosa, com dilatação das 
narinas. A dificuldade respiratória pode iniciar logo após o parto ou ocorrer em algumas horas. Quando grave, os 
músculos respiratórios apresentam fadiga, dispneia e cianose. Quando não tratado, o rn pode morrer. A 
probabilidade de ocorrência da síndrome também é maior em filhos de mães diabéticas. 
 
Gabriella Pacheco
16
GABRIELLA PACHECO – MED102 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
 O primeiro conjunto, os pronefros, é rudimentar. O segundo conjunto, os mesonefros, funciona 
brevemente durante o período fetal inicial. O terceiro conjunto, os metanefros, forma os rins permanentes. 
 
Pronefro 
 Essas estruturas transitórias 
bilaterais aparecem 
inicialmente na quarta semana. 
Os ductos pronéfricos 
percorrem caudalmente e se 
abrem dentro da cloaca. 
 
 
 
Mesonefro 
 São órgãos excretores grandes e alongados, 
aparecem ao final da quarta semana, caudais aos 
pronefros. Funcionam como rins temporários 
durante aproximadamente 4 semanas, até que os 
rins permanentes se desenvolvam e funcionem. 
Os rins mesonéfricos consistem em glomérulos 
(10-50 por rim) e túbulos mesonéfricos. Os 
túbulos se abrem para dentro de ductos 
mesonéfricos bilaterais, os quais eram 
originalmente os ductos pronéfricos. Os 
mesonefros degeneram em torno do final da 12a 
semana.
 
 
 
 
Gabriella Pacheco
17
GABRIELLA PACHECO – MED102 
 
Metranefro 
 São os primórdios dos rins 
permanentes e começam a se 
desenvolver na quinta semana 
e se tornam funcionais 
aproximadamente 4 semanas 
mais tarde. A urina é excretada 
para dentro da cavidade 
amniótica e forma um dos 
componentes do líquido 
amniótico. Os rins se 
desenvolvem a partir de duas 
fontes: o broto uretérico 
(divertículo metanéfrico) e o 
blastema metanefrogênico 
(massa metanéfrica de 
mesênquima). 
 
 
Gabriella Pacheco
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Metanefro
Gabriella Pacheco
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GABRIELLA PACHECO MED102 
PATOLOGIAS DO SISTEMA URINÁRIO 
Defeitos Congênitos do Úraco 
O remanescente da luz pode 
persistir na parte inferior do úraco 
podendo dar origem aos cistos do 
úraco, que geralmente não são 
detectados, exceto durante uma 
necropsia, a não ser que se tornem 
infecciosos e aumentem. Pode 
ocorrer da urina gotejar pela 
cicatriz umbilical. 
 
 
 
 
 
Ureterocele Ectópica 
Dilatação anormal da porção terminal do ureter, que não 
se abre na bexiga urinária. 
 
 
 
Rim em ferradura 
 0,2% da população apresenta rim em ferradura, 7% das 
pessoas com síndrome de Turner também. Não produz sintomas. 
 
 
Doença Policística Renal Autossômica Recessiva 
Diagnosticada ao nascimento (1 em 20.000 nascidos vivos) ou por 
ultrassonografia, ambos os rins contêm muitos cistos pequenos, resultando 
em insuficiência renal. A morte do bebê pode ocorrer logo depois do 
nascimento, com 25% dos casos associados com hipoplasia pulmonar, 
entretanto, mais de 80% desses bebês têm sobrevivido além de 1 ano 
devido a diálise pós-natal e transplante renal. A maioria dos casos se deve 
a uma mutação do gene PKHD1 que resulta em rim policístico e fibrose 
hepática congênita. 
 
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GABRIELLA PACHECO MED102 
 
Duplicação Ureteral 
 São formados dois ureteres que entram no rim. 
 
 
 
 
Duplicação Renal 
Se eles estiverem próximos um do outro, eles vão funcionar normalmente. Se 
estiverem longe, vão produzir aminas vasopressoras e gerar uma hipertensão que será 
controlada apenas com a retirada de um deles. 
 
Rim Pélvico 
Um ou ambos os rins podem estar em posição anormal. A maioria dos rins ectópicos estão localizados na 
pelve, mas alguns ficam na parte inferior do abdome. Rins pélvicos e outras formas de ectopia resultam da 
falha dos rins em ascender. Os rins pélvicos são próximos um do outro e usualmente se fundem para 
formar um rim discoide panqueca . 
 
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