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Strepococcus ▪ Compreende cocos gram-positivos que são catalase negativos; ▪ Pertence a família Streptococcaceae, juntamente com Pediococcus, Peptostreptococcus, Coprococcus, Sarcina, entre outros; ▪ Principais espécies patogênicas: S. pyogenes, S.pneumoniae, S. mutans (cáries) e S. alfa-hemolíticos (enterococos) – endocardites; ▪ São anaeróbios facultativos; ▪ Formam cadeias que possuem de 4 a 6 cocos ou em torno de 50 ou mais. Cápsulas ▪ A capsula do S. pneumoniae é heteropolissacarídica do tipo VI, composta por glicose, galactose e ramanose (importante na identificação); ▪ A cápsula do S. mutans é homopolissacarídica, é glicana que é um polímero de glicose. Identificação ▪ Classificação sorológica com base nos carboidratos superficiais; ▪ Sistema de agrupamento de Lancefield dos S. beta-hemolíticos: grupo A, B, F e G (parede celular de polissacarídeos) e grupo D (parede celular de ácidos lipoteicóicos). Fatores de virulência Streptococcus beta hemolíticos do grupo A (S. pyogenes): ▪ Antígeno de parede: é um polissacarídeo complexo – indutor de febre, necrose dérmica e cardíaca, lise de hemácias e plaquetas; ▪ Cápsula de ácido hialurônico: presente em algumas cepas, é similar ao da matriz extracelular e inibe a opsonização; ▪ Proteína M: responsável pela aderência e colonização das mucosas. As bactérias S. pyogenes possuem uma cápsula negativa, por isso, as células fagocíticas não conseguem exercer a sua atividade, já que também são negativos – mecanismo de resistência. No entanto, o sistema imune faz um tipo especial de fagocitose, a oponização. ▪ Produz hemolisinas: estreptolisina O (beta-hemólise), estreptolisina S (leucocidina), exotoxinas esretocócicas pirogênicas (rosh da escarlatina), DNAse A, B, C e D, hialuronidase, estreptoquinases (dissolução de coágulos). Hemólise: • Alfa-hemolíticas (hemólise parcial): reduz a hemoglobina (vermelha) em metahemoglobina (verde); • Beta-hemolíticas (hemólise total): zona de hemólise clara; • Gama-hemolíticas: não causam hemólise. Identificação 1. Coleta com swab, o material coletado é colocado em um tubo que possuirá um meio de enriquecimento (caldo de BHI), possibilitando que as bactérias se proliferem e facilitem assim a identificação. Um pouco da amostra também é preparada em uma amostra para a realização da coloração de gram; 2. Após o período de 2 a 6h em temperatura de 37°C, as bactérias são semeadas em dois meios de culturas (agar sangue e o agar manitol salgado), após a semeadura, as placas de Petri são incubadas por um período de 18 a 24h em uma temperatura de 37°C; 3. Após o período da fase passada, acontece o crescimento bacteriano, com isso, retira-se uma colônia e realiza o teste da catalase, realizado com a adição de peroxido de hidrogênio (água oxigenada). Se a amostra borbulhar, resultado positivo, significa que a bactéria produz catalase (a catalase converte peróxido de hidrogênio em água e oxigênio), com o resultado positivo, sabe-se que a bactéria é do gênero Estafilococcus, se der negativo, precisa observar a hemólise. • Na hemólise, se houve uma beta hemólise, observa-se os testes CAMP, Bacitracina, PYR e Bile Esculina. CAMP positivo é S. agalactiae, CAMP negativo e bacitracina também negativa indica que não do grupo A e nem do B, a bacitracina positiva indica S. pyogenes. PYR, Bile Esculina e o teste de tolerância ao sal precisam ser observados juntos, se o PYR for positivo e o de tolerância ao sal também for, indica Enterococo, se PYR e bile esculina derem negativos indica que não é enterococo. Outro teste que pode ser feito, é o teste sorológico, se coagular, significa que o teste é positivo para determinada espécie utilizada como antígeno. • Na hemólise, se houver alfa/gama hemólise, observa-se os testes da optoquina, bile esculina e PYR. Optoquina positiva indica que é S. pneumoniae, optoquina e bile esculina negativas indica que é S. viridans, a bile esculina positiva indica que é do grupo D, precisando ser confirmado com PYR positivo e com o teste de tolerância ao sal positivo. Patologias Streptococcus pyogenes: ▪ Erisipela; ▪ Impetigo; ▪ Fasciite necrosante; ▪ Sepse ou febre puerperal; ▪ Febre reumática; ▪ Escarlatina; ▪ Faringite estreptocócica. ▪ Infecção hospitalar; ▪ Infecção uterina (parto ou aborto); ▪ Invade o peritônio e pode causar septicemia; ▪ Tonsilite. Streptococcus agalactiae: Causa doenças nos períodos neonatal e perinatal, por colonizar a vagina e o reto. S. esquisimilis, S. zooepidemicus e S.equi: ▪ Faringite; ▪ Amigdalite; ▪ Meningite; ▪ Abcessos cerebrais; ▪ Endocardite. S. bovis e S. equinus: ▪ Bacteremia; ▪ Endocardite; ▪ Meningite. Streptococcus viridans: Presentes na flora respiratória e genital. S. mutans, S. salivarius, S. sanguis, S. oralis: Pacientes imunossuprimidos com doença periodontal, neutropênicos. Streptococcus pneumoniae: ▪ Pneumonia pneumocócica; ▪ Sinusite; ▪ Meningite; ▪ Otite média. Escarro com de sangue.