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Sistema de Endomembranas II - Complexo de Golgi

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Léo Morato Luize – Medicina UFMS CPTL – Turma VII
Sistema de Endomembranas II – Complego de Golgi
Retomada de conteúdo sobre o Retículo Endoplasmático (RE) Rugoso
Os ribossomos podem ficar livres no citosol ou associados à membrana do retículo endoplasmático (caso do rugoso), mas independentemente da localização continuam possuindo a mesma função.
 
Ribossomos começam a sintetizar uma proteína lá no citosol, mas um peptídeo sinal de endereçamento mostra que a proteína precisa ser sintetizada la no RE. Uma paritcula de reconhecimento de sinal (SRP) se liga ao peptídeo sinal e pausa a tradução. Essa tradução só vai voltar quando essa partícula se ligar ao seu receptor na membrana do RE. A partir desse momento o SRP se desliga e volta pro citosol. O ribossomo (noz verde na imagem) após não ser mais impedido de encostar na membrana do RE (antes tinha o SRP + peptídeo sinal “atrapalhando”) agora consegue se acoplar a membrana e “pressionar” a proteína translocadora forçando abertura, que permite que a proteína que vai ser produzida a partir de agora pelo ribossomo esteja em contato direto com a luz/lúmen do RE
Complexo de Golgi (CG)
Organela repleta de sáculos empilhados que não tem ligações entre si, apenas trocas de vesículas, cada um dos sáculos possui sua própria membrana. Cabe ao Complexo de Golgi receber, modificar/processar e endereçar as proteínas e lipídios que vem do RE. 
RECEBER. PROCESSAR. ENDEREÇARRECEBER, PROCESSAR E ENDERAÇAR
A função de recebimento e endereçamento do Complexo Golgi (CG) é comparável à dos Correios, que recebem diversas mercadorias e promovem o encaminhamento para outros endereços, contudo, existe a diferença de que o CG também modifica as “mercadorias”, que depois de sofrerem essa alteração vão para as cisternas/luz/lúmen da organela. Tanto no CG, assim como no RE, é muito comum chamar a luz ou lúmen de cisterna
 Ultraestrutura (imagem via microscópio eletrônico)
 
Figura 1 - Exibe que a face cis é a que está posicionada mais próxima ao RER e que a localização do CG é perinuclear, isto é, próxima ao núcleo
Via Biossintética
É toda a via de produção e transporte entre o RE e o CG. Essa imagem representa mais que a biossintética, mas é possível identificá-la pelas relações de RE e CG:
É toda a via de produção e transporte entre o Retículo Endoplasmático (RE) e o Complexo de Golgi (CG). Para que a molécula que foi produzida no RE possa ser encaminhada e processada pelo CG é necessária a atuação de vesículas de transporte de moléculas.
Para a formação dessas vesículas, existirão diferentes proteínas importantes que vão auxiliar na curvatura da membrana para brotamento e revestimento da vesícula:
COP II – forma vesículas que vão do RE pro CG (chegam na face cis - de entrada) – esse é o chamado “transporte anterógrado”
CLATRINA – forma vesículas que vão do GOLGI (pela face trans – de saída) para um dos 3 locais de destino: membranas celulares, secreção celular, lisossomos 
COP I – forma vesículas que vão do CG de volta pro RE (antes de chegar a face trans, se chegar vai direto pra um dos 3 locais) – esse é o chamado “transporte retrógrado”
Ilustração da formação das vesículas:
O revestimento por clatrina
As clatrinas se associarão às proteínas e irão formando um brotamento ou invaginação que vai se afundando para o interior da célula, formando uma região parecida com um pescoço. Uma vez que a vesícula é formada, não havendo mais a necessidade da proteína e nem da clatrina, essa cobertura desmonta, restando apenas a vesícula com os receptores e a carga, essa imagem representa a situação:
Essa vesícula vai para seu destino correto na célula porque vão existir associações de proteínas receptoras na membrana da organela-alvo com receptores da vesícula (especificidade de fusão). Essas proteínas são chamadas de SNARE (com função de fusão) e RABs (com as funções de identificação e ancoramento). 
1. SNAREs: são classificadas de acordo com a associação - V-SNARE quando associadas às vesícula e t-SNARE quando associadas às membranas
2. RABs: GTPases que direcionam as vesículas aos locais específicos. A função de identificar e ancorar é o que permite a fusão realizada pelas SNAREs
Essa imagem resume 2 das 3 principais funções do GOLGI: modificação e encaminhamento
Figura 2 - Endossomos tardios são precursores de lisossomos
Glicosilações no GOLGI ocorrem com moléculas diferentes, não é igual no RE que era sempre uma adição de oligossacarídeo. Aqui existem dois principais processos: ou adiciona mais açúcar aos grupos OH das cadeias laterais de serina e treonina, ou modifica o que tinha sido colocado no RE. Sistema sanguíneo ABO só existe por conta da glicosilação de lipídeo de membrana, que vai diferenciando um do outro, permitindo distinção
Tipos de glicolisação
Ao estudar a membrana plasmática e as glicoproteínas presentes nela, foi dito que o açúcar sempre ficava na parte extracelular, é por isso:
Como o açúcar (originado na glicosilação no RE) fica sempre no interior das vesículas, quando a vesícula é exocitada o açúcar acaba indo pro meio extracelular junto, já quando é uma proteína transmembrana se ligando a membrana, a porção glicolisada fica pro lado extracelular também
Complexo de Golgi e a formação do Acrossomo
Acrossomo se trata de uma vesícula repleta de enzimas digestivas (hidrolíticas, proteases e glicosidades) e se localiza na cabeça do espermatozoide, próximo do núcleo dessa célula sexual. O acrossomo é produzido pelo complexo de Golgi e possui sua função relacionada à fecundação

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