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(
ATIVIDADE -
 
APS
)
BENS PÚBLICOS E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS	Turma: 
Profa. Mariana Cavichioli Gomes Almeida
Aluno:	RA: 
O Regime Diferenciado de Contratações Públicas, chamado de RDC, foi instituído pela Lei 12.462 de 2011 como uma ferramenta para tornar as licitações e contratos administrativos mais eficientes, céleres e menos burocráticos.
Contextualmente o RDC foi sancionado para que houvesse mais transparência e agilidade nas contratações de obras e serviços públicos para servir os três grandes eventos esportivos, todos de envergadura internacional, que foram realizados entre 2013 e 2016, a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.
Originalmente o Regime Diferenciado de Contratação foi criado a partir de uma medida Provisória de número 527/2011, que foi alterada para atender as necessidades licitatórias dos eventos esportivos referidos.
Desta feita, a novo texto se presentava como uma forma excepcional e transitória para que as licitações e contratos fossem realizados, conforme preceituado nos incisos I a III do art. 1º de referida norma. Então, passados os eventos supramencionados, não se valeria da lei para fins licitatórios da Administração Pública, pois esta perderia sua eficácia.
Contudo um ano depois a Lei 12.462 passou a sofrer alterações, englobando obras do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, da realização de obras e serviços de engenharia concernentes ao Sistema Público de Ensino e mais ainda às do Sistema Único de Saúde, tornando o RDC, antes para aplicação em tempo determinado, à uma condição perene.
O Regime Diferenciado de Contratação logrou êxito por simplificar e agilizar as contratações públicas, com melhor e mais eficaz acompanhamento nas obras primeiramente previstas, relacionadas aos eventos esportivos, e em
face do sucesso do sistema, foi requerida sua utilização em outras obras públicas das áreas de educação e saúde.
Ressalta-se que o RDC é facultativo, uma vez que este sistema licitatório coexiste paralelamente com o Regime Geral das Licitações (Lei 8.666/93) e não podem ser utilizados concomitantemente, ou seja, elegendo-se um deles, afasta- se a utilização do outro.
O RDC trouxe diversas inovações ao processo licitatório, dentre eles a contratação integrada, a remuneração variável, a combinação de modos de disputa aberto e fechado e o orçamento sigiloso.
Da Inconstitucionalidade do RDC
O Regime Diferenciado de Contratações, conforme já pontuado, foi instituído para agilizar contratos e licitações específicas dos Jogos Olímpicos, Copa das Confederações e do Mundo, contudo, depois ampliado para obras do PAC. Ocorre que o RDC, segundo algumas vertentes jurídicas, viola e ofende preceitos constitucionais da publicidade, da moralidade, legalidade, princípios estes que devem ser respeitados em toda a atividade administrativa, conforme art. 37, caput, da CF.
Uma das situações apontadas como inconstitucional na RDC é a afronta ao princípio da publicidade, uma vez que referido diploma permite que a publicidade dos atos licitatórios possa ser feita somente no sítio do órgão público.
Outro ponto controverso da RDC, também aclamado como inconstitucional, é a previsão do sigilo na licitação, conforme parágrafos 1º e 2º do Art. 6º, permitindo-se que haja o sigilo do orçamento até o final da licitação, podendo ser apenas disponibilizado, durante o procedimento e para os órgãos de controle, diferentemente do que determina a Lei 8.666/93.
Há também alegação de afronta constitucional formal, uma vez que a RDC decorreu de uma medida provisória que na sua origem não era específica para
tratar sobre licitações e contratos, e desta forma, não poderia ser emendada com matéria diversa.
Face a isso, foram propostas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, em 2011, de números 4645 E 4655, respectivamente ajuizadas pela PGR e a outra pelos partidos PSDB, DEM e PPS. A primeira aponta a inconstitucionalidade formal do Regime Diferenciado de Contratações, apontando que a Medida Provisória não poderia ter sido emendada com assunto diverso de sua origem e na outra ADI, os partidos também indicavam a inconstitucionalidade, embasados na questão da emenda da Medida Provisória e também na ofensa aos princípios da eficiência, da isonomia, da moralidade e da publicidade.
Na seara da inconstitucionalidade formal, acredito que realmente houve afronta à Constituição Federal, uma vez que a Medida Provisória 527/2011 sofreu inúmeras e drásticas alterações no Senado Federal, comprometendo o princípio da separação dos poderes.
No entanto, na espera material, acredito que a RDC tem mais pontos positivos do que negativos no campo das licitações, embora acredite ser de suma necessidade a atualização da Lei de Licitações 8.666/93, com o intuito de modernizá-la com os textos normativos da RDC que se mostraram eficientes, acertados e íntegros ao longo de sua aplicação.

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