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seminário exercício e gestação conteúdo finalizado

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A fisiologia do exercício em mulheres em diferentes condições
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUITO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE BIORREGULAÇÃO
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO (ICS048)
DOCENTES: REJANE SANTANA E ANA QUÊNIA SILVA 
Ana Clara Felippe
Jéssica Santana
Karine Garrido
Ueslei Monteiro
2021
SUMÁRIO: 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA GESTAÇÃO 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA MENOPAUSA 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA TRÍADE DA MULHER ATLETA 
A gestação 
A gestação como evento de realização para muitas mulheres;
Transformações e adaptações corporais para as novas necessidades fisiológicas maternas e fetais;
Mudanças hormonais, cardio-circulatórias, respiratórias, hematológicas, gastrointestinais, no Sistema Nervoso Central, renais, hepaticas;
REIS, 2020
A gestação é desde sempre um objeto de desejo para muitas mulheres, e algumas pessoas ainda pensam e projetam esse mito da obrigação da maternidade, e apesar de polêmico, já existem algumas saídas para essa ‘’obrigação’’ 
É um evento que provoca transformações e adaptações no corpo feminino para suprir as novas necessidades tanto da mãe quanto do feto
Dentre essas mudanças, temos as mudanças hormonais, cardio-ciriculatórias (como aumento do coração, frequência cardíaca e débito cardíaco, diminuição da pressão arterial, apenas alguns dos exemplos), alterações respiratórias, hematológicas, gastrointestinais, no sistema nervoso central, renais, hepáticas que vamos discutir adiante 
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Nas primeiras semanas raramente a mulher percebe os sintomas de gravidez, no entanto, pode acontecer um pequeno sangramento, e, em algumas grávidas podem começar a surgir os primeiros sinais, como mais inchaço e maior sensibilidade, além de poder sentir-se mais emotiva.
Na quarta semana de gravidez, podem ocorrer sintomas de cansaço, desânimo, seios doloridos, irritabilidade, vontade de chorar, cólicas, dor de cabeça, sono excessivo e a barriga pode ficar um pouco endurecida.
Na quinta semana de gravidez, as alterações hormonais, que são normais durante a gestação, podem deixar as mamas mais doloridas, pesadas e com uma leve sensação de formigamento nos mamilos. Além disso, podem surgir sintomas de sonolência, cansaço excessivo e enjoos frequentes, que podem acontecer a qualquer hora do dia, sendo mais comum de manhã ao acordar.
Mudanças no corpo 1 trimestre 
Na sexta semana de gravidez, os níveis hormonais estão cada vez mais altos e podem acentuar os sintomas de cansaço, sonolência, enjoo matinal, mamas doloridas ou pesadas e mamilos formigando
Na sétima semana de gravidez, o útero começa a ficar mais inclinado para frente e já se pode notar a barriga crescendo. Os sintomas de enjoos matinais, prisão de ventre e a vontade frequente de urinar podem ficar mais evidentes. 
Com 8 semanas de gravidez, é normal que a grávida se sinta cansada e esteja mais sensível aos cheiros, podendo ficar enjoada facilmente. Além disso, a pele pode estar mais oleosa, provocando o aparecimento de acne.
Na 9ª semana de gravidez, pode ocorrer coceira nos seios, sensação de mamas cheias, pesadas e sensíveis ao toque devido ao aumento das glândulas de leite e no tecido adiposo, e as aréolas podem escurecer devido às alterações hormonais
Na 10ª semana de gravidez, a barriga já pode ser percebida, mostrando-se levemente arredondada na parte inferior do abdômen e pode ocorrer dor na pelve
Na 13ª semana de gravidez, os sintomas de enjôo matinal e cansaço excessivo, ficam menos intensos. a prisão de ventre, a azia ou a sensação de queimação no estômago podem continuar, e a secreção vaginal, chamada leucorreia, pode aumentar, mas é normal pois ajuda a manter a vagina e o canal do parto livres de infecções e irritações.
Na 14ª semana de gravidez, as alterações físicas na mulher são agora muito mais notáveis, pois a barriga continua crescendo com o desenvolvimento do bebê, a silhueta torna-se mais redonda e a barriga pode começar a ser notada. Os seios também aumentam de volume à medida que a gravidez evolui, devido ao desenvolvimento das glândulas mamárias e início da produção do colostro, que pode vazar e sujar o sutiã com um líquido amarelo. 
Na 15ª semana de gravidez, a barriga continua aumentando com o desenvolvimento do bebê, as roupas começam a ficar mais apertadas, e pode ser necessário comprar roupas de grávida que são mais largas e confortáveis. Os sintomas de enjoo matinal e cansaço excessivo geralmente já desapareceram, e os sintomas de azia, sensação de queimação no estômago, prisão de ventre ou dor pélvica podem continuar.
Na 16ª semana de gravidez, a mulher já se encontra com mais disposição, pois já não tem os sintomas de enjoo matinal e cansaço excessivo. Nessa fase da gestação, a mulher já pode sentir na balança a diferença no peso que deve ter aumentado de 4 a 5 kg., que é normal nesse período da gestação.
Na 17º semana de gravidez podem haver azia e ondas de calor, devido a maior quantidade de progesterona no organismo. A mulher a partir de agora deverá engordar cerca de 500 g a 1 kg por semana. 
Na 18º semana de gravidez ocorre o posicionamento do útero 2 cm abaixo do umbigo. É possível que apareçam coceiras pelo corpo, espinhas e manchas na pele, especialmente no rosto. 
Na 19º semana a gravidez é mais notável, já que a barriga começa a crescer mais a partir de agora. Normalmente, os mamilos ficam mais escuros e é possível que a mãe possua uma linha escura vertical no centro da barriga (linha nigra). O coração vai trabalhar duas vezes mais para satisfazer as exigências adicionais do corpo.
A 20ª semana de gravidez é marcada pelo tamanho da barriga e pelo desconforto que ela começa a trazer. É normal um aumento da frequência urinária, a azia pode reaparecer e o umbigo poderá ficar mais saliente, mas ele deverá voltar ao normal após o parto.
Na 25 essa é a fase mais confortável para algumas mulheres, pois os enjoos já passaram e os incômodos do final da gravidez ainda não estão presentes. No entanto, para outras, o tamanho da barriga começa a incomodar e dormir se torna uma tarefa difícil, já que não consegue achar uma posição confortável.
Mudanças no corpo 2 trimestre 
Fonte; https://www.canstockphoto.com.br/gravidez-fases-mulheres-35538723.html
Ao sétimo mês, os seios podem vazar colostro e a futura mãe pode ter alguma dificuldade em adormecer. A pressão abdominal está muito aumentada e o aparelho gastrointestinal funciona mais lentamente, por isso a azia ou prisão de ventre algumas vezes acompanhada de hemorroidas podem surgir.
Na 30º semana de gestação a mulher geralmente apresenta-se mais cansada que o habitual, a barriga está cada vez maior e é normal que engorde cerca de 500 gramas por semana, até o bebê nascer. As variações de humor tendem a ser mais frequentes e por isso a mulher poderá ficar mais sensível. 
Na 32º semana de gravidez, poderá ocorrer falta de ar com maior intensidade, pois o útero agora pressiona os pulmões. 
Na 34 semanas a alteração na mulher com 34 semanas de gravidez é a sensação mais intensa de dor ou dormência no quadril ao caminhar. Isso ocorre devido à preparação da região pélvica da mãe para o parto, com o afrouxamento das articulações. 
Na 36 semana gestação, a respiração é mais fácil, pois o bebê está a encaixar-se para o nascimento, mas por outro lado a frequência de micção aumenta, logo a gestante passa a urinar com mais frequência. Os movimentos fetais podem ser menos perceptíveis porque há menos espaço disponível, mas ainda assim deverá sentir o bebê mexer pelo menos 10 vezes por dia.
Na semana 38 de gestação, é normal a barriga ficar dura e haver uma sensação de cólica forte, e o que se deve fazer é observar quanto tempo dura esta cólica e se ela respeita um certo ritmo. As contrações provavelmente serão cada vez mais frequentes, e cada vez mais próximas umas das outras. 
Mudanças no corpo 3 trimestre 
Nas primeiras semanas de gestação já é possível ver um aumento gradativo de frequência cardíaca (FC) que atinge o pico máximo entre as 28ª e 36ª semanas, nãovoltando, contudo, aos níveis normais.
O coração está aumentado na gravidez, devido à hipertrofia do músculo cardíaco e ao aumento do volume das câmaras. Nos últimos estágios da gestação, o crescimento uterino eleva o diafragma, deslocando o miocárdio para cima e rodando-o lateralmente.
A partir do segundo mês de gestação observa-se uma elevação do débito cardíaco que atinge um máximo de 30 - 40% entre a 28ª e 36ª semana, quando se estabiliza até o parto. A elevação do DC se justifica pelo aumento conjunto da freqüência cardíaca e do volume sistólico.
Durante o trabalho de parto ocorre aumento do débito em torno de 30% durante a fase ativa e 45% no período expulsivo, quando comparado aos valores iniciais. Este aumento está relacionado com o mecanismo de autotransfusão, aumento do retorno venoso pela descompressão da cava e involução do corpo uterino.
As pressões sanguíneas alteram-se muito pouco durante a gravidez. A pressão sistólica esta diminuída até a metade da gravidez e depois se eleva novamente atingindo níveis pré-gravidez. 
A pressão diastólica mostra-se bastante diminuída no início da gravidez, mas retorna a níveis pré-gravidez nos últimos meses.
A resistência periférica total está reduzida em até 30% a partir da 8ª-12ª semana de gestação. Esta alteração é resultado tanto da ação hormonal como das prostaciclinas, resultando num aumento do fluxo sanguíneo renal, uterino e das extremidades
Alterações fisiológicas da gravidez 
A pressão venosa é normal durante a gestação, com exceção das porções mais inferiores do corpo que tendem a elevar-se, sobretudo a partir do segundo trimestre pela ação do volume uterino sobre as veias pélvicas e cava inferior.
A gravidez está associada a um acentuado aumento do volume minuto respiratório (VMR),que atinge valores percentuais de até 50%. Isto se deve a um aumento de 40% do VC e 15% da frequência respiratória.
A função respiratória sofre alterações fisiológicas importantes na gravidez, resultantes da ação hormonal, principalmente da alta porcentagem de progesterona no sangue e do aumento do volume uterino. As modificações funcionais visam dar atendimento às crescentes necessidades metabólicas do binômio materno-fetal.
O crescimento uterino eleva o diafragma, determinando, a partir do último trimestre, uma diminuição do diâmetro vertical da caixa torácica de até 4 cm; isto é contrabalançado com o aumento de 2 cm no diâmetro anteroposterior e transverso. Consequentemente ocorre um aumento de 5 a 7 cm da circunferência da caixa torácica.
A diminuição da função da cárdia, acompanhada do aumento da secreção do suco gástrico observado na gravidez, propiciam a ocorrência de refluxo gastresofágico que leva a um quadro de pirose e até mesmo de esofagite.
A pressão intragástrica está aumentada durante a última semana de gestação atingindo valores de até 40 cm H2O. O volume do suco gástrico pode estar aumentado em até 25 ml com um PH inferior a 2,5.
O fluxo plasmático renal e a filtração glomerular elevam-se rapidamente durante o primeiro trimestre de gestação, atingindo no quarto mês valores de até 50% daqueles observados nas não grávidas. Durante o último trimestre, estes valores decrescem lentamente em direção aos valores normais. O "clearance" da creatinina usualmente está aumentado, e portanto, o limite superior dos valores normais sanguíneos da ureia e creatinina estão mais baixos na mulher grávida.
Alterações fisiológicas da gravidez 
A partir da 8ª semana de gestação ocorre um rápido aumento do volume sanguíneo materno: há aumento plasmático e de número de hemácias 
Exercício físico na gestação
2002: prática de atividade física foi reconhecida como segura para todas as gestantes saudáveis.
 Exercícios indicados: aeróbico, de resistência muscular e alongamento. 
Contraindicações: exercícios que apresentem risco de perda de equilíbrio, esportes com alto risco de colisão ou traumas. 
NOGUEIRA e SANTOS, 2012
Recomendação de exercício
 Exercício aeróbico: prescrição de 3 vezes/semana; 
 duração: 30-45 min.;
 FC média: 130-150 bpm.
 Exercício resistido: intensidade moderada;
 duração: 20-30 min.;
 evitar contração isométrica máxima;
 evitar exercício na posição supina;
 evitar ambientes quentes;
 evitar piscinas muito aquecidas
NASCIMENTO et al, 2014
Recomendação de exercício
 Natação
 
Fonte: https://www.academiagb.com.br/modalidades/natacao/natacao-para-gestantes/
Contraindicações 
NASCIMENTO et al, 2014
Precauções e cuidados
NASCIMENTO et al, 2014
Benefícios do exercício na gestação
 Prevenção e redução de lombalgias;
 Fortalecimento da musculatura pélvica;
 Redução de partos prematuros e cesáreas;
 Maior flexibilidade e tolerância à dor;
 Controle do ganho ponderal;
 Elevação da autoestima da gestante. 
CASTRO et al, 2009
Benefícios do exercício na gestação
 Sistema endócrino: diminuição de risco de Diabetes Gestacional (DG)
 Sistema reprodutivo: prevenção da incontinência urinaria através de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico; fortalecimento dos músculos do peito e das costas.
 Sistema gastrointestinal: alivio nos desconfortos intestinais 
NOGUEIRA e SANTOS, 2012
Benefícios do exercício na gestação 
 Sistema cardiovascular: melhora na circulação sanguínea; maior controle na pressão arterial; melhora na irrigação da placenta.
 Sistema respiratório: melhora na troca gasosa; melhora na irrigação da placenta. 
 Sistema musculoesquelético: melhora na postura; ampliação do equilíbrio; controle do peso corporal e menor incremento da adiposidade; prevenção de diástase. 
NOGUEIRA e SANTOS, 2012
Desenvolvimento fetal influenciado pela prática de exercícios
Com a prática dos exercícios resistidos destinados leves ou moderados obtém-se como consequências positivas tanto para o feto quanto para as gestantes.
Os exercícios aeróbicos são os mais praticados pelas gestantes, onde a caminhada está no topo dos mais escolhidos. 
O exercício físico é benéfico para o desenvolvimento do feto pois normaliza o seu peso.
(NASCIMENTO, 2014)
(PEREIRA, 2015)
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Prescrição do exercício para cada trimestre
1º trimestre: 
 Iniciar a prática após a 12º semana; 
 As grávidas ativas podem manter suas atividades, com adaptações; 
 Dificuldades: alterações hormonais e seus desconfortos;
 Recomendações do exercício:
- Caminhada 3x na semana
- Ioga 2x na semana
- Ginástica localizada 2x na semana para aquelas grávidas que já tinham prática antes da gravidez 
DA SILVA et al, 2020
Bom, ressaltando que na hora da gestante realizar os exercícios físicos prescritos é indispensável o acompanhamento de um profissional. Ainda que haja um tabu muito grande que a grávida não pode se exercitar, muitos ainda enxergam a gravidez como doença, que precisa de um repouso absoluto, mas a atividade durante essa fase é importante para prevenir a obesidade pré-gestacional e sobrepeso que vem ganhando cada vez mais expressão no Brasil nas últimas décadas
O primeiro trimestre, é normalmente o período onde se descobre a gravidez. Então é o período de consultas médicas, pré natal. Então antes de iniciar o exercício, o recomendado é a liberação médica. Tendo a liberação, o mais indicado é que se inicie a prática após a décima segunda semana, e aquelas que praticavam algum tipo de atividade física antes da gravidez, devem manter suas atividades, com adaptações 
O inicio de uma rotina de atividade física nesse período é complicado porque as alterações hormonais causam desconfortos na maioria das gestantes, onde os principais sintomas apresentado são: mal estar, sonolência e indisposição, o que atrapalha a disposição e a aderência no exercício
Caso não hajam intercorrências médicas, e nem mal estar, a recomendação é pela caminhada por três vezes na semana, ioga duas vezes, semprecom muita cautela devido os riscos. Para àquelas que já tinham à prática de se exercitar antes da gravidez, após liberação médica, deve fazer caminhada três vezes na semana, duas vezes ioga e ginastica localizada também duas vezes por semana
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Prescrição do exercício para cada trimestre
2º trimestre: 
 Diminuição dos sintomas e maior disposição;
A partir da 12ª semana: supervisão de alongamentos intensos: ação do hormônio relaxina;
Exercícios perineais, aeróbico e relaxamento devem continuar normalmente;
Deve-se evitar exercícios em posição supina por tempo prolongado, evitando a síndrome da hipotensão supina;
Exercícios aeróbicos;
Recomendações do exercício: 
- Caminhada 3x na semana / Grávidas ativas: 6x 
- Ioga 2x na semana / Grávidas ativas: 3x
- Ginástica localizada 2x na semana 
DA SILVA et al, 2020
O inicio desse semestre coincide com a amenização dos enjoos, tonturas e vomitos, o que é ótimo porque esses sintomas, como eu disse anteriormente, influenciam diretamente na disposição da gestante para se exercitar
Nesse trimestre, os alongamentos intensos devem ser supervisionados, feitos com cautela, pois nesse trimestre o hormônio da relaxina age com mais nteisdade, o que aumenta flexibilidade e articulação da gestante; 
E os exercícios perineais, aeróbico e o relaxamento devem proceder normalmente
Em virtude do crescimento acelerado do volume uterino a partir da 20ª semana, a gestante deve evitar exercícios em posição supina por tempo prolongado, assim evitando a síndrome da hipotensão supina
Neste trimestre é indicado que às grávidas mantenham os treinamentos aeróbicos, seguindo as recomendações
A recomendação é a mesma que o trimestre anterior: grávidas sem prática devem fazer caminhada três vezes na semana, ioga duas vezes e ginastica localizada duas vezes durante a semana. Para aquelas que já se exercitavam o recomendado é fazer caminhada seis vezes, ioga três vezes e ginastica localizada duas vezes por semana.
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Prescrição do exercício para cada trimestre
3º trimestre: 
 Diminuição da intensidade dos exercícios;
 Exercícios mais recomendados: 
- Natação, hidroginástica, caminhadas
- Exercícios de respiração 
- Relaxamento 
- Ginástica localizada 
 Treinamento dos músculos do assoalho pélvico.
DA SILVA et al, 2020
Nesse último trimestre de gravidez, a recomendação é diminuir a intensidade dos exercícios. 
Nessa fase, a gestante está mais desconfortável e com limitações físicas pelo tamanho da barriga e repercussões no organismo, porém, à prática de exercícios leves deve continuar
Nesse período, é recomendado a natação, hidroginástica, caminhadas, para manter a capacidade aeróbica e o condicionamento físico, e os exercícios de respiração somados a mobilizações e relaxamento envolvidos na preparação para o parto. 
É importante manter a caminhada duas vezes por semana, principalmente para as iniciantes que decidiram começar os exercícios nesse trimestre. A ioga em todo período gestacional trabalha o corpo e as emoções.
A ginástica localizada, fortalece as articulações, aumenta a capacidade respiratória, melhora a circulação, tonifica a musculatura e ajuda corrigir a postura da gestante, com a alteração do ponto de equilíbrio do corpo 
A depender da modalidade do exercício, é necessário que se faça algumas adaptações para que as gestantes se sintam mais confortáveis durante a execução de exercícios: por exemplo gestantes que pedalam em bicicletas ergométricas horizontal, em vez da bicicleta ergométrica tradicional. 
O treinamento do musculo do assoalho pélvico necessita permanecer no decorrer do terceiro trimestre, somado a massagem perineal a fim de proteger o assoalho pélvico e prevenir incontinência urinaria, por exemplo 
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Menopausa
Aproximadamente 1 milhão de pessoas atingem os 60 anos a cada mês ao redor do mundo;
O envelhecimento, entre outras coisas, afeta o processo de reabsorção óssea: começa a interferir sobre o processo de formação do osso, levando à diminuição fisiológica da massa óssea;
Osteoporose; 
Menarca x Menopausa; 
Interrupção da menstruação devido ausência dos hormônios estrogênio e progesterona 
NAVEGA, 2017 
Durante muito tempo os estudos voltados aos idosos ficaram em segundo plano, e quando associado a uma pauta especifica se tornou ainda mais raro
Mas o envelhecimento voltou a ser palco para estudo com a mudança das pirâmides etárias ao redor no mundo, a expectativa de vida aumentou. Por exemplo há estimativas que aproximadamente 1 milhão de pessoas cruza a barreira dos 60 anos de idade, a cada mês, em todo o mundo
Essa mudança do cenário cientifico incluiu estudos a respeito por exemplo da influência do exercício físico na mulher idosa 
Esse envelhecimento que vem sendo crescente ao redor do mundo, afeta alguns processos fisiológicos no organismo, dentre eles, o processo de reabsorção óssea, que pode ocasionar a osteoporose, uma doença que hoje em dia é amplamente discutida, que é a perda da massa óssea, abrindo poros e deixando essa estrutura mais frágil. É uma doença que não apresenta muitos sinais e sintomas, e é mais diagnosticada após acontecimento de uma fratura 
Bom, o que a osteoporose, tem haver com a menopausa? 
Primeiro vamos discutir o que é a menopausa: Se a mulher tem a primeira menstruação, chamada de menarca, ela também tem a menopausa, que é a interrupção natural da menstruação que ocorre aproximadamente entre os 40 e 50 anos da mulher 
E porque eu estou falando isso e qual é a relação da menopausa com a osteoporose e com o exercício físico em mulheres que é o tema dessa apresentação 
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Menopausa
Estrogênio x osso: Aumenta a absorção intestinal de cálcio; 
 diminui a excreção urinária de cálcio; 
 inibe a reabsorção óssea; 
 diminui a renovação óssea.
A menopausa pode induzir a osteoporose;
Benefícios do exercício físico: ensaios clínicos têm comprovado que programas de atividade física supervisionada promove melhorias da capacidade funcional, força muscular, equilíbrio, coordenação, aumento de flexibilidade e qualidade de vida; 
Recomendação: exercícios físicos resistidos, supervisionados, principalmente que envolvam fortalecimento de quadríceps e exercícios com suporte do próprio peso
MCARDLE , 2011
SALAZAR et al, 2006
O papel principalmente do estrogênio em relação ao osso é que ele aumenta a absorção intestinal de cálcio (matéria prima do ósso) – Diminui a excreção urinária de cálcio, então a diminuição da excreção disponibiliza o cálcio circulante, Inibe a reabsorção óssea, que é a retirada do cálcio do osso para a corrente sanguínea e diminui a renovação óssea. Ou seja, ele é importante para saúde do osso 
Então a não produção desse hormônio, aliada a outros fatores relacionados a fisiologia óssea, como a diminuição no aporte da vitamina D, que também é uma característica do envelhecimento, e que também se relaciona a processos fisiológicos associados ao cálcio, pode induzir a osteoporose. 
A relevância epidemiológica disso, da ausência desses hormônios sexuais é que a osteoporose é diagnosticada predominantemente em mulheres pós menopausa
E qual a importância do exercício físico nesse cenário: O exercício físico como tratamento não farmacológico apresenta benefícios porque o exercício física proporciona efeito osteogênico local: o estresse entre músculo e osso estimula a produção da matriz óssea pela ação dos osteoblastos. 
É bom ressaltar, que com os ossos frágeis o risco de lesão fica acentuado, então qualquer prática deve ser supervisionada e realizada com cautela 
Existem estudos com resultados muito positivos que reafirmam os benefícios do exercício em outras variáveis muito importantes no contexto do envelhecimento e menopausa: ensaios clínicos têm comprovado que programas de atividade física supervisionada promove melhorias da capacidade funcional, força muscular, equilíbrio, coordenação, aumento de flexibilidade e qualidade de vida; 
Existe uma recomendação da revista brasileirade reumatologia, para um tipo de exercício que está associado a redução do número de quedas: exercícios físicos resistidos, supervisionados, principalmente que envolvam fortalecimento de quadríceps e exercícios com suporte do próprio peso. Bom, as quedas, com ossos fragilizados, e numa idade avançada pode provocar lesões graves, então esse tipo de exercício torna-se importante como prevenção além dos inúmeros benefícios citados 
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Tríade da mulher atleta 
O aumento da participação de mulheres no esporte X consequências
Esportes relacionados: o endurance, vôlei, natação, patinação artística, ginástica e saltos ornamentais
MCARDLE , 2011
DE LIMA et al, 2020
Outro tema que tange a fisiologia de mulheres em diferentes condições relacionadas ao exercício, é a tríade da mulher atleta
O aumento da participação das mulheres no esporte deixou essa condição um pouco mais evidente, já que é recente, introduzido em 1997 pelo Colégio Americano de medicina do esporte
E a participação aumentada nesses contextos esportivos, aumentou também as cobranças de desempenho, de imagem corporal, variáveis que incentivam esse quadro patológico que é a tríade da mulher atleta que atinge cerca de 15 a 60% das mulheres atletas
E o que é a tríade da mulher atleta > é uma síndrome patológica que provoca 3 repercussões básicas: amenorreia (interrupção da menstruação), distúrbios alimentares e osteoporose. 
Os esportes mais estaticamente relacionados a essa síndrome são o endurance (corrida de longa distância e ciclismo), os que exigem a utilização de roupas mais aderentes na competição como vôlei e natação e os que enfatizam uma aparência corporal para melhor desempenho a exemplo da patinação artística, ginástica e saltos ornamentais
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TRÍADE DA MULHER ATLETA 
Amenorréia 
Distúrbios alimentares 
Osteoporose 
Tríade da mulher atleta 
Baixa disponibilidade energética como regra para desenvolvimento de TMA 
Baixa disponibilidade energética associada: 
- transtornos alimentares (anorexia, bulimia nervosa)
- alimentação desordenada (ansiedade, flutuações de peso, dieta frequente, etc.) 
- tentativa de perda de peso na ausência de transtorno alimentar
- Ingestão inadvertida de poucas calorias 
MCARDLE , 2011
DE LIMA et al, 2020
A baixa disponibilidade energética é considerada regra para desenvolvimento dessa tríade.
O que seria essa baixa disponibilidade> a mulher gasta mais energia do que consome através da dieta diária; o que gera um déficit de energia para suprir a demanda metabólica, não só para atividade e exercício mas para manutenção de outras funções no organismo como, reparação celular e tecidual e menstruação, por exemplo
Alguns estudos indicam que essa baixa disponibilidade energética pode estar ou não associada a alguns transtornos alimentares como anorexia e bulimia, além de outros fatores, como alimentação desordenada, tentativa de perda de peso, e ingestão inadequada de poucas calorias, e nisso, entra o fator que eu comecei no inicio, sobre a pressão estética em algumas modalidades de esporte; 
Esses transtornos alimentares podem estar associados não só a dieta inadequada, mas também com o uso de laxantes e diuréticos com objetivo de reduzir o peso corporal
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Tríade da mulher atleta 
Distúrbios menstruais: a alteração mais comum e mais estudada na mulher atleta; 
Ciclo menstrual: eixo hipotálamo-hipófise-ovários e o estrogênio;
A prática de exercício físicos de forma intensa e a amenorréia; 
Hipoestrogenismo e osteoporose 
 
MCARDLE , 2011
DE LIMA et al, 2020
Os distúrbios menstruais são a alteração mais comum e mais estudada na mulher atleta e tem certa relação com o tópico anterior de distúrbios alimentares 
Mas para falar das disfunções, a gente precisa entender como ocorre o ciclo menstrual. 
Esse ciclo é resultante da interação entre hormônios do Eixo Hipotálamo-Hipófise-Ovários e sofre diversas influências internas e externas.
As disfunções menstruais têm origem multifatorial, sendo os principais influenciadores: a predisposição genética, distúrbios alimentares (a exemplo da bulimia e anorexia nervosa), percentual de gordura corporal muito baixo e estresse psicológico e físico, onde até aqui eu já citei direta ou indiretamente algumas dessas variáveis 
E qual a relação dessas disfunções com o exercício intenso?
A prática de exercícios físicos de forma excessiva, acompanhada de privações alimentares leva a um aumento além do fisiológico de hormônios que interferem no eixo hipotálamo hipófise ovários, provocando um quadro de amenorreia que é ausência da menstruação. Esse fato se assemelha com a menopausa, que leva a um estado de hipoestrogenismo com repercussões as vezes irreversíveis 
No tópico anterior, da menopausa, eu citei o estrogênio como um importante hormônio relacionado a saúde ossea; no tríade da mulher atleta não seria diferente > esse hipoestrogenismo torna as mulheres, independentemente da idade, mais vulneráveis a perda de cálcio, que aliada a uma alimentação inadequada pode levar a um quadro de osteoporose, que é o último tópico da tríade da mulher atleta 
Então, em resumo nós temos a osteoporose como diminuição da densidade óssea na atleta pode ser consequência do hipoestrogenismo, por ação direta da baixa disponibilidade energética e por estímulo hormonal desencadeado por exercícios intensos promovendo uma maior reabsorção óssea
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Referências bibliográficas 
DA SILVA, Mayara Souza et al. Exercício físico durante a gestação: os benefícios para mãe e o bebê. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 11, p. 86454-86469, 2020.
DE LIMA, Hanna B. et al. A tríade da mulher atleta. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 7810-7823, 2020.
JOVINE, Marcia Salazar et al . Efeito do treinamento resistido sobre a osteoporose após a menopausa: estudo de atualização. Rev. bras. epidemiol.,  São Paulo ,  v. 9, n. 4, p. 493-505,  Dec.  2006 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2006000400010&lng=en&nrm=iso>. access on  09  Apr.  2021.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2006000400010.
MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. Traduzido por Giuseppe Taranto. 7ª ed. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, v. 83, p. 3322.3222, 2011.
NAVEGA, M. T.; AVEIRO, M. C.; OISHI, J. A influência de um programa de atividade física na qualidade de vida de mulheres com osteoporose. Fisioterapia em Movimento, v. 19, n. 4, 2017
REIS, Guilherme FF. Alterações fisiológicas maternas da gravidez. Brazilian Journal of Anesthesiology, v. 43, n. 1, p. 3-9, 2020.
https://www.tuasaude.com/desenvolvimento-do-bebe-27-semanas-de-gestacao
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Referências bibliográficas imagens
Fonte: https://www.abcdobebe.com/gravidez/evolucao-do-feto/2o-trimestre 
Fonte: https://www.abcdobebe.com/gravidez/evolucao-do-feto/2o-trimestre-do-desenvolvimento-fetal tre-do-desenvolvimento-fetal/
Fonte: https://minutosaudavel.com.br/terceiro-trimestre-de-gravidez
Fonte: https://www.abcdobebe.com/gravidez/evolucao-do-feto/3o-trimestre-do-desenvolvimento-fetal/ 
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