Buscar

ARTIGO 07

Prévia do material em texto

EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
ANA CLAÚDIA CORREA
CLEUMA OLIVEIRA
PATRICIA NOGUEIRA
REGIANE RODRIGUES DA SILVA
OZIELE SENA
 RESUMO
Para elaboração deste artigo foi realizado pesquisa bibliográfica e pesquisa online sobre questão da evasão escolar do programa - EJA. Este artigo trata-se de uma pesquisa que busca descrever a situações de aprendizagem e práticas educativas desenvolvidas na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e compreender de que forma a alfabetização contribui na realização dos sonhos dos alunos da EJA; buscando entender as dificuldades que os jovens e adultos enfrentam para permanecerem na sala de aulas, depois de algum tempo longe do processo de escolarização formal A alfabetização não é só um processo que leva ao aprendizado das habilidades de leitura entre outras, mas sim a uma contribuição para a liberdade de expressão do homem em seu pleno desenvolvimento. Alfabetizar é propiciar condições aos jovens e adultos para ter acesso ao mundo da escrita tornando-a capazes não só de ler e escrever como de se comunicar na sociedade
Palavras – Chave: Evasão; Escolar de Jovens e Adultos; 
ABSTRACT;
To prepare this article, bibliographic research and online research on the issue of school dropout from the program - EJA was carried out. This article is a research that seeks to describe the learning situations and educational practices developed in the Youth and Adult Education (EJA) modality, and to understand how literacy contributes to the realization of EJA students' dreams; seeking to understand the difficulties that young people and adults face to remain in the classroom, after some time away from the formal schooling process Literacy is not only a process that leads to the learning of reading skills, among others, but to a contribution for the freedom of expression of man in his full development. Literacy means providing conditions for young people and adults to have access to the world of writing, making them able not only to read and write but also to communicate in society
Key words: Evasion; School for Youth and Adults; 
1- INTRODUÇÃO
O tema abordado busca analisar as razões, os motivos e as problemáticas que levam a evasão escolar na EJA. Objetiva-se também pesquisar a origem do problema por meio de observações para que os professores estabeleçam relações horizontais com seus estudantes, propiciando o diálogo entre conteúdos e vivências, respeitando as condições e possibilidades de cada um, adquirindo assim o êxito do processo ensino-aprendizagem. O professor deve diversificar as suas aulas bem como direcioná-las ao público da EJA através de um novo prisma de aprendizagem; usar de linguagem e métodos de ensino adequados a cada faixa etária; incentivar o aluno a concluir todas as etapas da EJA; A Educação de Jovens e Adultos tem como propósito auxiliar cada indivíduo a tornar-se o que ele tem capacidade para ser, a EJA devem utilizar-se de técnicas apropriadas e inovadoras que comprovadamente através de aplicações mostraram-se eficazes, é notório que a condição socioeconômica, o maior desafio pedagógico é buscar novas alternativas de aprendizagem, onde sua capacidade de persuasão acaba por englobar toda sociedade, e esta, é exatamente a grande mensagem que a obra exprime, permitindo assim que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, capacitando, formando e os preparando para um novo mercado formal de trabalho com uma ampla variedade de opção. 
No segundo título utiliza o contexto histórico da EJA pelo Brasil mostrando o quão gratificante é fazer um estudo aprofundado do tema, conhecendo o enriquecimento e o grande desafio dos mestres nesta luta árdua contra evasão escolar; No terceiro título conceitos e característica da EJA; No quarto título visa a importância da família no processo de desenvolvimento do aprendizado do aluno na EJA; No quinto e último título refere-se ao EJA e suas legislações que é a parte mais importante, pois é ela que fundamenta e dá suporte para que novas diretrizes sejam aplicadas de formas coerente, com o objetivo de alcançar o máximo de jovens e adultos. As leis propriamente ditas que regem nosso país e o entendimento de grandes especialistas para solucionar a grande problemática que é a evasão escolar na EJA.
2- HISTÓRICO DA EJA PELO BRASIL
2.1- PRIMEIRAS INICIATIVAS EM FAVOR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A educação básica de adultos começou a estabelecer seu lugar através da história da educação no Brasil, a partir da década de 1930, pois nesse período a sociedade passava por grandes transformações, onde o sistema de ensino de educação começou a se firmar. Além do crescimento no processo de industrialização e reunião da população nos grandes centros urbanos.
Segundo Freire (2005) comenta que as ideias em torno da educação de jovens adultos no Brasil acompanharam a história da educação como um todo, onde o processo de ensino e aprendizagem passou por momentos de grandes reflexões, no qual observava-se que cada período é um sonho de fazer do ensino um direito de todos, para que o indivíduo possa gozar dos seus direitos.
Em cada década, surgiram políticas públicas com visões diferentes, na tentativa de beneficiar todas as camadas sociais. Tentava-se buscar um método para trabalhar cada realidade de vida, possibilitando meios de ensino mais significativos, para ajudar na construção de uma educação mais construtiva.
De acordo Aranha (2014), no Brasil Império, começavam a abrir as escolas noturnas para trabalhar com esses alunos e possibilitar acessos dos mesmos no meio escolar. O ensino tinha pouca qualidade, normalmente com duração curto. Na década da Revolução de 1930, o único interesse do governo era alfabetizar as camadas baixas com intuito de aprender a ler e a escrever, pois se essa consciência crítica fosse despertada, isso seria prejudicial ao governo.
Com o fim da ditadura em 1945, o país começou a viver uma grande transformação política, onde a sociedade passou por um momento de grandes crises. Pois houve momentos de muitas críticas quanto aos adultos analfabetos, fazendo muitas das vezes as pessoas não acreditarem na busca do ensino de qualidade. Todos esses transtornos e a luta por uma educação para todos, fez com que a educação de adultos ganhasse destaque na sociedade.
A partir desse período, a educação de adultos começou a mostrar seu valor, assumido através da campanha nacional do povo. Essa campanha de educação, lançada em 1947, buscava um novo primeiro momento, uma ação extensa que previa a alfabetização em três meses, para depois seguir a uma etapa de ação, voltada para capacitação profissional e o desenvolvimento comunitário. Essa iniciativa visava principalmente reorganizar o ensino e torná-lo mais acessível aos grupos sociais menos favorecidos, posto que estes representavam a principal mão de obra para o desenvolvimento na economia industrial.
De acordo com Lima (2010) o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) surge como um prosseguimento das campanhas de alfabetização de adultos iniciadas com Lourenço Filho, no ano de 1947. Campanha que agrupava pessoas com conhecimentos de bagagens distintas decorridas das vivências no campo familiar, social e do mundo do trabalho. Que desconsiderava a necessidade de uma pedagogia que compreendesse a faixa etária dos jovens, dos adolescentes, dos adultos e os da terceira idade. Dessa forma, se a prática da alfabetização desenvolvida pelo movimento de educação e cultura popular estava vinculada a um processo de conscientização da população sobre a sua realidade, com o rompimento a essa campanha assistencialistas e conservadora, com o golpe, a alfabetização volta a se restringe a um exercício mecânico de aprender a “desenhar o nome.”
Nos anos 1950, foi realizada a campanha nacional de erradicação do analfabetismo (CNEA), que marcou uma nova etapa nas discussões sobre a educação de adultos. Seus organizadores compreendiam que a simples ação alfabetizadora não era insuficiente, devendo dar propriedade a educação de crianças e jovens, aos quais a educaçãoainda significa alteração em suas condições de vida. (Souza, 2007).
Na década de 1950 um dos aspectos mais preocupantes é a desatenção pelo ensino primário, demostrando por um período de transição do anteprojeto encaminhado à Câmara Federal por Clemente Mariani posteriormente promulgado em 1964, como explica Fausto: 
Baseado nas doutrinas emanadas pela Carta Magna de 1946, o Ministro Clemente Mariani, cria uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral da educação nacional. Esta comissão, presidida pelo eminente Lourenço Filho, era organizada em três subcomissões; uma para ensino primário, uma para o ensino médio e outra para o ensino superior. Em novembro de 1948 este anteprojeto foi encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas. Num primeiro momento as discussões estavam voltadas as interpretações contraditórias das propostas constitucionais. Num momento posterior, após apresentação em um substantivo do deputado Carlos Lacerda, as discussões mais marcantes relacionaram-se a questão da responsabilidade do Estado quanto á educação, inspirados nos educadores da velha geração de 30, e a participação das instituições privadas de ensino. Depois de 13 anos de acirradas discussões foi promulgada a Lei 4.024, em 20 de dezembro de 1961, sem a pujança anteprojeto original, prevalecendo as reivindicações da igreja católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino do confronto com uma defendiam o monopólio estatal para oferta de educação aos brasileiros. (2004 p.72).
Entretanto, as questões ideológicas entre ensino privado e escolas públicas gratuita tornam-se mais latentes no seio da sociedade civil e, de acordo com Vale (1996, p 25-26)
 A escola portanto era abusada não apenas como o espaço onde seria possível adquirir domínio dos mecanismos da leitura e escrita, mas paradoxalmente era vista como canal capaz de contribuir para a compreensão da realidade histórica e das tarefas históricas da classe trabalhadora.
Neste sentido, a alfabetização como suporte para resgatar a cidadania e a subjetividade dos trabalhadores ocorreu através da aquisição do conhecimento formal passando a fazer a leitura do mundo ao qual neles se encontrem.
Mais como aproximação da segunda metade dos anos de 1950 no Brasil, diante da efervescência política-cultural refletindo diretamente no campo Educacional, especificamente no setor em que os resultados políticos poderiam ser efetivados de imediato havia a necessidade de alfabetizar adultos ou seja, a maioria, o maior número de eleitores, tendo como propriedade a leitura, a escrita e a contagem em prol do desenvolvimento Nacional segundo Scocugila;
com aplicação de um método (eficaz e rápido) de alfabetização adultos, estariam também propiciadas as condições especificamente pedagógicas para formar milhões de eleitores conscientes da realidade nacional, em sua maioria prontos para sufragar os candidatos populares e progressistas da esquerda (2000, p.45).
Com a difusão do ensino elementar em geral, do programa da educação de adultos e da campanha de Educação de Adolescente e adultos (CEAA) houve um significativo crescimento em torno de 50% dos eleitorados nessa mesma década até o início da década seguinte.
Mediante os resultados eleitorais consequentes da alfabetização de adultos em larga escala não constituíam uma mera possibilidade, mais uma realidade qualificável. A tendência de votos a favor de certas renovações política, contra o voto de cabresto, também era mensurável, ainda que não tenha modicado o panorama de políticas nacional (PRIORE,2010).
Com o final da década de 1950, outra campanha é lançada com denominação de Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), está por sua vez baseadas em outras campanhas anteriores que foram aperfeiçoadas, mas que perderam sua motivação Inicial, desgastando-se com o tempo e possivelmente pela perda da liderança importantes quando substituídos por pessoas que não possuíam o mesma entusiasmo, ou quando e essas lideranças permaneciam no desativamento desse movimento que era progressivo.
E com realização do II Congresso Nacional de Educação de adultos em 1958, e inúmeras teses e diversas correntes foram enfatizadas e consequentemente duas tendências ficaram em evidências devido á competição existente entre elas.
O período que vai de 1964 a 1985, ficou marcado pelo regime ditatorial militar, sendo que a repressão veio forte no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, quando os estudantes foram agredidos e mortos pela polícia, gerando comoção popular o que fez com que a linha dura as fechasse ainda mais no Brasil. Dessa forma, o Presidente Costa e Silva editou AI-5, que autorizava o presidente a cassar mandatos, intervir nos estados e fechar os congressos, em nome da segurança nacional. A censura passou a ser total dos órgãos de segurança com mais absoluta impunidade, multiplicaram as espionagens, prisões e torturas. O Brasil estava em guerra civil não declarada e todas as armas eram válidas (GADOTTI,2010). Assim, pode-se afirmar que os anos finais da década de 1960 foram marcados pelas culminâncias das crises ideológicas que estavam latentes na sociedade nas décadas anteriores como a questão religiosa, os movimentos em prol de uma escola pública, as lutas das classes populares que procuram valer-se da educação com o canal de mobilidade e a extensão social, criado uma nova motivação para as escolas a qual foi gradativamente frustrada. Vários movimentos coletivos, apoiados pelas ligas camponesas, igrejas e os sindicatos rurais, os quais desejavam maior participação na vida política do país, e consequentemente as políticas voltadas para a educação de um jovem e adultos e esteve ancorada nesses movimentos.
Nesse período foram elaborados vários instrumentos legais para aperfeiçoamentos das campanhas vigentes, porém, tais campanhas foram perdendo sua força Inicial criando assim espaço para novas campanhas, desta forma surgiram vários motivos contra alfabetismo destacando os centros populares de Cultura, ligado a UNE (União nacional dos Estudantes Estudante) em 1961 que procurou a arte a educação e a conscientização para uma transformação da realidade de cada um, usavam o teatro de rua para alcançarem as classes populares. Como, também o movimento de cultural popular, buscando uma relação entre a intelectualidade e o povo, partindo da arte para chegar análise e a crítica da realidade buscando em uma relação através do Diálogo (PRIORE, 2010)
 Após o golpe de1964 o Tecnicismo Educacional (metodologia de ensino centrado na técnica em detrimento das experiências empíricas) se sobressai, ainda que, sobrepujadas pelas ideias das escolas novas sendo o mesmo compatíveis com a Regime político econômico vigente ao país, racionalizando o ensino com manuais e técnicas, procurando adequar a educação, as exigências da sociedade industrial e a tecnológica, inserindo o Brasil o sistema do capitalismo Internacional, esta tendência pedagógica arrasta-se as duas décadas anteriores.
É importante lembrar que as ideias das classes populares foram fragmentadas após 1964, onde no final da década se estabeleceu o chamado terror político como as Perseguições, torturas e censuras como se diz Ribeiro;
A convicção de que a alfabetização era um instrumento indispensável mesmo que não suficiente a participação ativa do país após 64 com a criação do MOBRAL é feita a vinculação imediata da alfabetização com a participação na vida Econômica (2003.p. 190)
Contudo, a alfabetização das classes populares consolidou-se em movimentos informais caracterizado pela ideologia da mobilidade social e do poder de conscientização, pois, a educação é uma forma de intervenção no mundo. intervenção que além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ou aprendidos.
Implica no esforço de reprodução da ideologia dominante quanto seu desmascaramento (FREIRE, 1998, p .110).
Assim, a educação tornou-se capaz de trazer ao homem possibilidades de endossar o sistema político e social vigente,em contrapartida, adotar uma postura crítica e participava diante do mundo.
Nos anos 1970, o MOBRAL cresceu por todo território, variando sua atuação. Algumas ações que surgiram foram as do Programa de Alfabetização, sendo a mais importante o PEI-Programa de Educação Total, que corresponde a uma condensação do antigo curso primário, pois este programa abria oportunidade para o jovem continuar os estudos, para os recém-analfabetos, bem como para os chamados analfabetos funcionais, aquelas pessoas que não dominavam a escrita.(REBEIRO, 2001).
Nesse período não se ouvia falar de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da auto- estima dos alunos em sala de aulas, pois o brasil ainda vivia sobre o controle de regime militar.
Isso acarretou grandes prejuízos ao desenvolvimento da escola pública, o papel do professor restringe-se a mera execução de tarefas no processo de ensino-aprendizagem; deixando assim de investir no desenvolvimento de um indivíduo crítico-criativo e motivador que contribui para o Progresso do seu país.
O atraso histórico acumula no atendimento à população em termos de educação escolar bem como os atores e índices de crescimento da população exigiu combate muito mais amplo e profundo as condições sociais, a educação, a economia, a política, a cultura e etc... (PRADO,1994, p 170)
 Por conta desse atraso no ensino, houve um crescimento do número de analfabetos no país. A educação ficaria em segundo plano nos objetivos do governo, pois com o surgimento de novo modelo econômico e industrial, passou-se a exigir capacitação da classe operária, para atender as novas exigências, do mercado capitalista. com capitalismo, também surgiram os avanços na economia do país.
O avanço ocorreu com o advento “do milagre econômico”, que se iniciou anteriormente na década de 1960, mediante o qual surgiram grandes concentrações de industriais e renda nos país provocando um consumismo desenfreado pela classe social mais elevada acarretando também retrocessos. Esse tipo de consumismo refere-se a postura adotada pelas Classes abastadas de adquirir para si produtos e serviços sem qualquer tipo de freio, tornando-se uma verdadeira compulsão pela atividade de comprar. 
A partir da década de 1980 e 1990, a educação deixou de ser um ensino voltado para tradicionalismo, fazendo com educadores buscassem nova proposta de ensino, com intuito de ajudar no crescimento do aluno para o ensino mais qualificado para o futuro melhor para humanidade. A década de 1990 não foi muito benéfica, devido os vários empecilhos que contribuíram para que se chegasse a essa conclusão. 
Devido à falta de políticos o governo não deu apoio a Educação de Adultos, chegando a contribuir para o fechamento da fundação educar, além de ocorrer um grande vazio político, o que se refere ao setor, mais compreensão, e alguns Estados e Municípios assumiram a responsabilidade de oferecer a educação para o aluno do EJA. (Id, 2006).
A educação de Jovens e Adultos teve seus momentos de um grandes fracassos e críticas quando a busca de um ensino de qualidade, onde os alunos possam ter direito há uma vida mais digna, com perspectiva de construir o Brasil de mudanças positivas. a história da EJA após a Constituição de 1988 é plena de contradição entre as garantias dos direitos do ensino e sua negação pelas políticas públicas em datas pelos Estados.
Uma explicação para o total descompasso é feita por Beiseegela pud Vovio, Mauro e Ribeiro (2000), ao analisar a distância do proclamado na lei e o realizado pelas políticas públicas. Segundo ele, “quando a distância entre os deveres e a capacidade de realização em demasia, o poder imperativo da Lei se relativiza, podendo levar na prática ao descomprometimento do Estado diante de suas obrigações educacionais” (P, 54). Esta seria uma fragilidade dos constituintes que acolhe todas as reivindicações encaminhada pela sociedade civil.
Na década de 1990, as instituições conveniadas com a função educar então extinta, precisarão arrancar sozinha com responsabilidade de suas atividades educativas. Tal medida representou um Marco no processo de descentralização da escolarização básica de pessoas jovens e adultos, conforme aponta Vovio, Mauro e Ribeiro (2000, p, 59)
Ela provoca a transferência direta da responsabilidade pública, dos programas de alfabetização e pós-alfabetização de jovens e adultos, da União para os Municípios. Desde então, a participação relativa dos municípios na matricula do ensino de jovens e adultos tem apresentado um crescimento continuo, concentrando-se nas séries inicias do ensino fundamental, ao passo que os estados (que ainda respondem pela maior parte dos alunos) concentram as matriculas do segundo segmento do ensino fundamental e media.
Segundo as autoras, em 1995, Fernando Henrique Cardoso iniciou a implementação de reformas educacionais que surgiu aos mesmos passos de se antecessor; diminuindo gastos político medidas e comprimentos de acordo com a Agência Internacional de financiamento. A EJA passou por um período de marginalização visual através da análise documento legais.
A Emenda constitucional de 1966 previu a suspensão do dever do Estado juntamente com a sociedade de erradicar os analfabetismos e universalizar o Ensino Fundamental; desobrigação do Estado de aplicar Metade dos recursos vinculados à educação em EJA; exclusão da EJA do cômputo de matrícula para efeito de cálculo dos fundos do FUNDEF, o que gerou desestimulo dos municípios e estados a expandirem a EJA; aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação- rebaixamento da idade mínima para representar exames supletivos, fixadas em 15 e 18 anos para o Ensino Fundamental e Médio, respectivamente .a abolição dos subsistemas do ensino supletivo aceleração dos estudos passa a ser reconhecida como o mecanismo legítimo de correção de fluxo. (Alves, 2009, p, e 32)
Paralelamente, os anos de 1990 foram risco de ser observados sob análise de Conferência internacional sobre a educação. entidades internacionais (Como a UNESCO, OIT, UNICEF, OMS entre outras), os governantes e órgãos públicos, organizações não-governamentais e o movimento social discutem diferentes temas e diversos problemas relativos ao desenvolvimento do país, delinearam metas e assumiram responsabilidade frente a eles (VOVIO, MOURA E RIBEIRO 2000, p, 81) 
2.1.1 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO AMAPÁ
Os programas elaborados pela de DIEJA da Secretaria de Educação do Estado do Amapá tem como objetivo oportunizar escolarização aos jovens e adultos, que não tiveram acesso ao ensino regular no devido período, elaborados da proposta de planos e projetos voltados para a EJA, coordenando e controlando a melhoria do ensino e, finalmente promovendo estudos visando detectar as necessidades de atendimento de sua clientela (RELATÓRIO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO,2013).
A necessidade da existência da DIEJA deve-se ao fato de que os jovens e adultos vão, aos poucos ocupando, mais espaço no cenário educacional. Por muito tempo relegado a um plano secundário, sem ser prioridade nas políticas na área, e educação de jovens e adultos vem saindo da obscuridade da escola noturna para se colocar como a importante campo de estudo e de atuação, tanto por parte de seus sujeitos, Alunos e professores, como pelas estratégias de desenvolvimento e modernização. 
 A alfabetização não e só o processo que leva ao aprendizado das habilidades de leitura, escrita e aritmética, mas sim uma contribuição para a libertação do homem e seus plenos desenvolvendo. Assim concebida, a alfabetização cria condições para a aquisição de uma consciência crítica das contradições da sociedade onde o homem vive de seus anseios; estimula ainda a inciativa e a participação na elaboração de projetos capazes de agir sobre o mundo transformá-lo definir metas e objetivos de um desvelamento humano autentico. (Apud Dorgival 2002, P,38)
A Educação de jovens e Adultos se reveste de característica diferenciadas, de acordo com o contexto histórico no qual ela se insere.Entender essas características pode contribuir para compreender suas demandas e seus limites. 
MATAROZZO (2015, p, 48) explica;
 O Programa é uma parceria entre o GEA (governo do Estado do Amapá) e SEED (Secretaria de Estado da Educação) e o Ministério Extraordinário de Política Fundiária -MEPF, através de instituto de colonização e Reforma Agrária- INCRA
O objetivo desse programa é atender os Jovens e Adultos na apropriação de novos conhecimentos, maioria serão as possibilidades de conquistas no próprio assentamento. A proposta pedagógica está fundamentada nos princípios da educação popular, enquanto um processo de reflexão-ação sobre a pratica, pautada na ideia de educação como um diálogo entre educador e educando, em que:
 “ninguém educa ninguém e ninguém se educa sozinho, os homens se educam em comunhão” (FREIRE, 1992).
Funcionando em áreas de assentamento rural, tendo como base que, tanto maior a número de Assentamento/Alunos atendidos em 2012. O programa de apoio a Estados e Municípios para a Educação Fundamental de jovens e adultos consiste na transferência , em caráter suplementar , de recursos financeiros em favor dos Estados e Município, destinados a ampliar a oferta de vagas na educação fundamental publica de jovens e adultos se propiciar o atendimento educacional, com qualidade e aproveitamento, a clientela potencialmente escolarizável e matriculada nessa modalidade de ensino, inclusive aqueles oriundos do Programa Brasil Alfabetizado (BRASIL, 2013).
A área de abrangência estende-se a escola de rede Estadual de Ensino localizadas nos municípios de ;Macapá, Santana, Mazagão, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Amapá, Calçoene, Cutias , Itaubal, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapá, Pracuúba, Serra do Navio, vitória do Jari (RELATÓRIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, 2013).
Outros programas em fase de Constituição São de Programa de Integração da educação profissional técnica de nível médio na modalidade da educação de jovens e adultos - PROEJA (Decreto nº 5.478 de 24/06/ 2005- Governo Federal).
Além disso existe o sistema modular de ensino na modalidade Educação de Jovens e Adultos integrado na educação indígena tendo como objetivo escolarizar em Ensino Fundamental e Médio o sentido que não tiverem acesso a escolarização na idade própria a escola estadual indígena localizada nas aldeias dos municípios de Laranjal do Jari e do Oiapoque.
E preciso crer acrescentar que existe em operação alguns anos o projeto de implantação de Ensino Médio integral na educação profissional técnica de nível médio 12 escolas do estado sendo duas na modalidade EJA essa instituição Centro Estadual supletivo Emílio Médici (Macapá) E. Prof.: Maria de Nazaré Rodrigues da Silva (Laranjal do Jari) sendo responsável por isso projeto uma equipe multisetorial (RELATÓRIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO 2013).
Finalmente outros projetos existente para oportunizar a qualificação do Saber formal por parte dos Jovens e Adultos é o projeto de educação prisional tem como finalidade aprofundamento da Visão interdisciplinar em Interinstitucional de modo a aumentar a interação no sistema prisional e do sistema escolar para uma efetiva concretização do direito e da educação em conta da dimensão fundamental da liberdade e da Cidadania ao observar a história da prática docente na educação dos Jovens e Adultos observamos um fracasso escolar que hoje se denuncia e peço a necessidade de repensar as competições da educação da Cidadania que dão sentido a prática pedagógica. como afirma Kleiman e Matencio (2005, p,23).
Entenda-se que na última década, a problemática dos Jovens e Adultos como um segmento específico da camada mais empobrecidas da população emergiu no âmbito da política social e Educacional. O que explica conduta fragmentada do ensino-aprendizagem que seria determinante para o grande contingente de jovens e adultos a margem de questão importantes de seu meio social, (2005, p, 23).
Em meio a toda essas de problemas, em relação ao alfabetizador, antes de tudo, essas questões devem ser compreendidas como algo relacionado apenas às posturas e aos valores dos Professores, mas em todo contexto educativo numa visão multicultural.
Porém, o foco do problema aqui estudado é a prática do docente, daí ele ser o alvo preocupante viralizando ainda influência e determinadas postura em sala de aula.
Assim Kleiman e Matencio (2005) acreditam num trabalho de Formação com os professores de forma continuada, o que possibilita aos docentes um processo de remuneração que conduz a reflexão de suas concepções de leituras e escritas. uma prática educativa reflexiva, consequentemente, leva a mudança relevante a formação de docentes traçar novos valores e novas ideias que transformam qualquer dificuldade em desafio.
O aluno não deve ser alvo da dificuldade em alfabetizar. Percebe-se que o educador ainda não compreendeu que o nosso universo comunicativo é dinâmico complexo; deve valorizar o sistema analfabético socialmente, instigar a reflexão em um contexto semelhante à realidade para que o aluno questiona o seu papel na sociedade. Soares cita que;
Ao comungar desta concepção ressalta que alfabetizar seria dar maios ao alfabetizado de participar da construção de uma sociedade mais justa e da Constituição de uma identidade política e cultural, de forma reflexiva e crítica, de poder transformar sua própria realidade, se integrando à cultura letrada (2005, p, 59).
A autora também ressalta que uma pessoa antes de ser promotora da alfabetização é acima de tudo um educador do povo e deve ter como propriedade desvelar dessa função politicamente distorcida que os programas de alfabetização vêm negando a educação básica.
3- CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DA EJA;
Conceito: A Educação de Jovens e Adultos - EJA é uma modalidade de ensino criada pelo Governo Federal que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola convencional na idade apropriada. Permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo e, dessa forma, possibilitando sua qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho.
As características: 
Reparadora, significa não só a entrada no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado: o direito a uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano.
Equalizadora, vai dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados. A reentrada no sistema educacional dos que tiveram uma interrupção forçada seja pela repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou outras condições adversas, deve ser saudada como reparação corretiva, ainda que tardia, de estruturas arcaicas, possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e na abertura dos canais de participação.
Qualificadora, mais do que uma função permanente da EJA que pode se chamar de qualificadora. Mais do que uma função, ela é o próprio sentido da EJA. Ela tem como base o caráter incompleto do der humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não escolares
“A Constituição Federal do Brasil incorporou como princípio que todas e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (TELES DA SILVA, JORGE LUIZ. Diretor de Políticas de Educação de Jovens e Adultos. P.01).
O docente quando não se responsabiliza pela formação (educação) que o mesmo oferece acaba não compreendendo determinados fenômenos acarretando na ausência de pensamento crítico e no comodismo. Caso ocorra o contrário, o docente exercita a capacidade de pensamento ultrapassando as barreiras do senso comum dando mais significado a determinados conceitos. Sabe-se que o papel docente éde fundamental importância no processo de reingresso do aluno às salas de aula. É atribuição do professor da EJA
[...] compete ao professor, além de incrementar seus conhecimentos e atualizá-los, esforçar-se por praticar os métodos mais adequados em seu ensino, proceder a uma análise de sua própria realidade pessoal como educador, examinar com autoconsciência crítica sua conduta e seu desempenho, com a intenção de ver se está cumprindo aquilo que sua consciência crítica da realidade nacional lhe assinala como sua correta atividade.” (Pinto, 2000, p. 113).
Hoje, é o programa é dividido em etapas, com abrangência do ensino fundamental ao médio. Confira:
EJA Ensino Fundamental: destinada a jovens a partir de 15 anos que não completaram a etapa entre o 1º e o 9° ano. Nessa etapa, os alunos imagem em novas formas de aprender e pensar. Tem duração média de 2 anos para a conclusão.
EJA Ensino Médio: destinada a alunos maiores de 18 anos que não completaram o Ensino Médio, que completa a Educação Básica no Brasil. Ao concluir essa etapa, o aluno está preparado para realizar provas de vestibular e Enem, para ingressar em universidades. O tempo médio de conclusão é de 18 meses
4- A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO APRENDIZADO DO ALUNO NA EJA.
É importante que o aluno possa buscar seus caminhos de aprender e de demonstrar o que e como aprendeu. Não é uma busca solitária, angustiante, sofrida e desinteressante. Seu caminhar tem e presença constante do professor como orientador e encorajador. Não significa retirar a responsabilidade do professor e repassá-la ao aluno, mas ampliar o sentido do trabalho pedagógico, incluindo a participação do aluno.
 “A formação da família vem sofrendo grandes mudanças em sua constituição no decorrer dos anos e atualmente aquela imagem de família que tínhamos de pai, mãe e filhos ficou no século passado”. (Vilas Boas 2008, p.26).
É importante salientar que o termo “família” se refere a todos os responsáveis pela criança de acordo com a formação familiar na qual a mesma está inserida. O papel que a família exerce na vida da criança e do adolescente é de grande relevância para seu desenvolvimento escolar, isso em hipótese alguma pode ser desconsiderado. A família tem o dever de acompanhar o desempenho escolar da criança, com a responsabilidade de intermediar sua pratica no dia a dia.
A escola vai apenas completar o ambiente familiar, uma vez que os primeiros incentivos devem surgir na família, acompanhando diariamente as dificuldades e os avanços e estimulando para que possam aprender cada vez mais.
A família tem um papel muito importante na vida escolar dos filhos, isso é consenso entre professores, é importante que os pais estejam cientes da proposta pedagógica da escola, participando de sua elaboração e efetivação, é necessário propor ações que tragam a família para a escola, distanciando a barreira existente entre elas os pais.
A maioria dos pais são cientes de seu papel e de sua responsabilidade, porém, tem dificuldades de assumir esta responsabilidade junto com a escola, por não saber como fazê-la IÇAMI TIBA diz que:
Os pais sabem de suas responsabilidades quanto ao futuro de seus filhos. Quando se sentem incapazes-incluindo aqui um certo conforto-, tendem a delegar a educação de seus filhos a terceiros: escola, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, babás, funcionários, avós tios dos filhos etc. (2012, p116)
O processo educativo da criança começa no momento que ela nasce e a responsabilidade é toda da família, até porque é o primeiro contato da criança.
A escola tem o desejo de que a família esteja mais próxima, para que juntas possam dividir os problemas e as dificuldades, porém, na maioria das vezes a família delega esta responsabilidade a outras pessoas, quando algo dar errado a responsabilidade recai sobre a escola.
Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. 
Tanto a escola quanto a família, são imprescindíveis ao indivíduo, quanto mais forte a parceria entre elas, os resultados serão mais eficazes no desenvolvimento do ser humano, essa parceria deve ser constante quando uma complementa a outra. É de suma importância compartilhar as experiências vivenciadas no dia a dia, seja ela positiva ou negativa sem fazer julgamento daquilo que não deu certo, mais sim procurar melhorar cada vez mais para que se tenha resultados satisfatórios no final (TIBA, 1996, p. 111)..
A escola acabar tomando para si a total responsabilidade de educar, deixando de realizar seu verdadeiro papel que é nortear os caminhos de uma vida profissional para este futuro adulto e consequentemente um futuro cidadão de bem com a responsabilidade de transformar a nação em um país, dando-lhe autonomia e com um caráter marcantemente decisivo para dar a próxima geração um país melhor e amenizando os problemas de nossa atual sociedade.
Por melhor que seja essa escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca a escola vai suprir a carência deixada por uma família ausente. Pai, mãe, avó ou avô, tios, quem quer que tenha a responsabilidade pela educação da criança deve participar efetivamente sob pena de a escola não conseguir atingir seu objetivo. (CHALITA 2001, pp. 17 e 18)
Hoje temos escolas que trabalham em tempo integral com estruturas para receber a criança, por melhor que seja esta escola se não houver parceria com a família os resultados serão sempre abaixo do esperado. Quando pai e mãe acreditam que a escola por terem professores qualificados dão conta da educação total de seus filhos eles estão se isentando da responsabilidade de educar sem a presença da família a criança fica desamparada e não consegue acompanhar as informações necessárias para seu desenvolvimento cognitivo.
Esta luta se faz necessária para contribuir no processo de ensino-aprendizagem do educando, pois somente com a família interagindo com as escolas é que terá além de uma boa formação, uma preparação para tomar atitudes para enfrentar as dificuldades que certamente virão no decorrer de sua vida.
 Os adultos já possuem uma bagagem de conhecimentos, tem experiências, o que não lhes permitem ser tratados como crianças. E é a partir delas, que se formam o seu ensino aprendizagem, levando o professor a dar maior ênfase ao aluno do que a aula propriamente dita o que na maioria das vezes está completamente fora da realidade. (KNOWLES, 1970 apud FERREIRA & OLIVEIRA, 2006, P.2).
O fator determinante para elaboração deste artigo foi a necessidade de propor a educação para jovens e adultos que é uma obrigação dos estados e municípios onde estes devem enfrentar os obstáculos para minimizar os efeitos negativos que anos e anos de exploração que foram embutidos nas classes populares. É direito de todos terem acesso à informação, e para isso é necessário criar condições que para homens e mulheres desenvolvam suas competências para criar, dialogar, intervir e assumir seus lugares no mundo, compreendendo o significando da realidade. Para que tudo isso aconteça é necessário um aprendizado para toda a vida. No momento que os professores aceitarem o desafio de ensinar deve-se ter em mente que essa missão não será realizada apenas por meio de transmissão mecânica de conceitos, problemas como evasão, gravidez, trabalho, distância da escola são alguns dos desafios a serem superados Torna-se indispensável ensinar a pensar, ou seja, nós acadêmicos da educação temos de mostrar como é ser cidadão após nos formarmos em professores, ensinando aos educandos o mundo do saber e suas vantagens em todas as situações de suas vidas 
5- A EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO DE TODOS
5.1- LEGISLAÇÕES DA EJA 
A Constituição Federal do Brasil/1988, incorporou como princípio que toda e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa,seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF. Art. 205).
 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; (CRFB, BRASIL,1988.)
Sendo assim, o Artigo 208-CF/88 alterado pela Emenda Constitucional Nº 59, de 11 de novembro de 2009, os Incisos I e VII passam a vigorar com as seguintes alterações: aos incisos I e VII do art. 208 da CF/88. Trata-se de um direito positivado, constitucionalizado e cercado de mecanismos financeiros e jurídicos de sustentação.
I – “educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação; (BRASIL, 1988, CRFB)
Da Educação de Jovens e Adultos
O Artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96, este princípio abriga o conjunto das pessoas e dos educandos como um universo de referência sem limitações. Assim, a Educação de Jovens e Adultos e Idosos, modalidade estratégica do esforço da Nação em prol de uma igualdade de acesso à educação como bem social, participa deste princípio e sob esta luz deve ser considerada.
art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, PLANALTO.)
Felizmente a EJA ganha um espaço na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional mais infelizmente mantendo o caráter de suplência. A educação de adultos ganha um pouco mais de destaque e é criada pelo Governo a secretaria extraordinária de erradicação do analfabetismo e o Programa Brasil Alfabetizado que trouxe a possibilidade de se ampliar a inserção da EJA no cenário das políticas públicas de Educação. E, em 2018 o Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) sofre alteração.
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008).
Sobre as atualizações consideradas de extrema importância as Bases Nacionais Comuns Curriculares (BNCC) terá aplicação efetiva em sala de aula a partir de 2020.
O seu marco inicial surge em 2017:
Art. 1o A presente Resolução e seu Anexo instituem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais como direito das crianças, jovens e adultos no âmbito da Educação Básica escolar, e orientam sua implementação pelos sistemas de ensino das diferentes instâncias federativas, bem como pelas instituições ou redes escolares. Resolução (CNE/CP, BRASIL, 2017)
É uma referência nacional que vai orientar a construção dos currículos, a revisão e a elaboração de propostas pedagógicas, a composição dos materiais didáticos e moldar políticas de formação de profissionais da educação e avaliações. Seu objetivo central é promover a formação integral dos estudantes, ir além do desenvolvimento intelectual e da capacitação técnica. Por meio de dez competências estabelecidas na norma, a ideia é garantir que se formem cidadãos que falem uma mesma língua sob os aspectos de habilidade e conhecimento. 
A BNCC classifica as dez competências a serem absorvidas.
Conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, Cultura digital, trabalho e projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade, argumentação, Autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação, responsabilidade e cidadania. Nesse sentido, as competências são definidas como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores, para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro a (Lei 13.803, de 2019).
Altera dispositivo da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para obrigar a notificação de faltas escolares ao Conselho Tutelar quando superiores a 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1 o O inciso VIII do art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 12............. 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (2019, PLANALTO)
A legislação também determina que cada escola tem a obrigação de acompanhar a frequência de seus alunos durante todo o ano letivo, de acordo com o planejamento estabelecido pela respectiva secretaria de Educação, notificando os pais e o Conselho Tutelar no caso de faltas reiteradas. O projeto que altera a atual legislação (PLC 89/2018) é da deputada federal Keiko Ota (PSB-SP), com parecer favorável da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Para ele, o Estado precisa se antecipar ao problema no sentido de reduzir o número de faltas e, com isso, combater a até então, o procedimento era previsto somente quando o número de faltas ultrapassasse o limite em 50%. Pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB – Lei 9.394, de 1996), um aluno não pode ser aprovado caso apresente uma quantidade de faltas superior a 25% das horas-aula dadas no ano letivo. A LDB determina que o ano escolar deve ter 200 dias letivos. Levando em conta esse dado (que ainda pode variar em função da distribuição das horas em cada jornada), o aluno que faltar a mais de 50 dias de aula não pode ser promovido para o próximo ano escolar. Seguindo esse parâmetro, antes da nova lei, a escola deveria alertar o Conselho repetência e a evasão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que a escola reflete a sociedade na qual está inserida. Se os alunos estão se evadindo é porque podem não ter apoio ou a motivação interna e externa não seja suficiente, as dificuldades não conseguem ser superadas, e há conflitos. Quando os alunos são respeitados e valorizados passam a fazer parte do coletivo, com vínculos de amizade, cooperação e solidariedade, assim entende-se que quem fica é porque encontrou ajuda dentro ou fora da escola. 
Compreendeu-se que para o aluno jovem ou adulto, a decisão de retomar os estudos, ou até mesmo de iniciá-lo, requer um replanejamento de sua vida, principalmentedo aluno trabalhador. Desde então, para que ele não desista, as condições de ensino e aprendizagem necessitam ser garantidas, assim como também o ambiente precisa ser estimulador, motivador, com atividades interessantes e desafiadoras e, sobretudo interligadas aos contextos socioculturais dos estudantes, assegurando-lhe dessa forma, espaço para a reflexão crítica, a autonomia e a criatividade numa perspectiva emancipadora. 
Pode-se constatar que resgatar e manter esses estudantes na instituição de ensino até que finalize seus estudos formais é nosso dever como educadores propiciando-lhes tratamento didático-pedagógico e materiais didáticos que atendam a todos, pois os mesmos, precisam de atenção pedagógica e metodológica diferenciada para que se sintam motivados a estudar. E permanecer na escola. Os estudantes, por sua vez, esperam do professor aulas agradáveis e interessantes, principalmente os estudantes de EJA que possuem uma rotina pesada com o trabalho, cuidados com a família, com a casa e outros mais.
 
REFERÊNCIA;
AZEVEDO;, Francisca Vera Martins de. Causas e consequências da evasão escolar no ensino de jovens e adultos na escola municipal “Expedito Alves” - 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT- Fundação: 28 BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
CURY, Carlos J. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos. In: Brasil. Conselho Nacional de Educação (CNE). Câmara de Educação Básica (CEB). Parecer nº 11, 07 de junho de 2000. Brasília: CNE/CEB.
https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/tudo-sobre-eja-o-que-e-e-como-funciona
LIVRO; O MÉTODO DO EJA NO BRASIL. PAULO FREIRE
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=71
O DIREITO À EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS DA Zilda Aparecida Pereira Del.
MELLO, T; RUBIO, J. de À. S. A Importância da Afetividade na Relação Professor/Aluno no Processo de Ensino/Aprendizagem na Educação Infantil. Revista em: 10/10/2015. Tágides Mello Juliana de Alcântara Silveira Rubi SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2008. LAUDINEIDE DA S. OLIVEIRA EM SEX ABR 19, 2014.
marlyoliveira@mec.gov.br
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
BNCC
2

Continue navegando

Outros materiais