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P�O��C��O ��R� �A���N�E� Q�� �A��M ��O �� CO���C���ERÓID�� � �IS���F��A��S Hidrocortisona é o principal de interesse odontológico, aldosterona nem tanto Em altas doses inibe o sistema imune Em diabéticos, ainda mais sobre estresse, aumenta muito a glicemia É administrado e produzido pelo corpo vinte mg por dia por médico, nossa dose é de 4mg (30x mais forte que o cortisol endógeno) Apesar de ser pouco, é artificial e dura bastante Ajuda manter a pressão arterial (hipertenso não pode tomar free) O desmame é a partir de 5 dias de uso Corticosteróides Os corticosteróides servem para tratamento de doenças como asma, esclerose, hepatite, lúpus, miastenia, leucemias e linfomas, edema, sarcoidose, etc. Podem ser usados na forma de comprimidos, cremes, pomadas, sprays, soluções orais e injetáveis. Seus mecanismos de regulação e produção estão relacionados com o eixo hipotálamo hipófise adrenal, onde o hipotálamo produz o fator de liberação ACTH, que na hipófise produz o ACTH e no córtex da adrenal produz o cortisol. Tem como objetivo controlar o estresse, reduzir inflamações, melhorar o funcionamento do sistema imune, manter os níveis de glicose sanguínea constantes e manter a pressão arterial. O cortisol alto causa perda da massa muscular, aumento do peso ou diminuição de testosterona ou indicativo de Síndrome de Cushing. O cortisol baixo causa depressão, cansaço, fadiga, ou pode ser indicativo de Doença de Adisson. Em situações normais, a produção de cortisol pelas adrenais varia segundo à fase do dia (ritmo circadiano). Os níveis mais altos ocorrem pela manhã e os mais baixo, algumas horas após o início do sono. Por esse motivo, sempre que possível, os corticóides devem ser administrados pela manhã, para tentar estimular a secreção fisiológica que o organismo está habituado e assim diminuir os efeitos colaterais. A presença de cortisol exógeno inibe o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, fazendo um feed back negativo e diminuindo drasticamente a produção de cortisol endógeno. Em casos de doses excessivas ou uso prolongado, a resposta ao estresse cirúrgico pode ser diminuída causando uma insuficiência adrenal aguda, caracterizada por fraqueza, náuseas, vômitos, tontura, dor e desconforto abdominal, confusão mental, hipotensão arterial, febre, hipoglicemia, desidratação, choque circulatório e coma. São características físicas de pessoas que utilizam corticóides de uso contínuo dificuldade de cicatrização, equimose, pele fina, braços e pernas finas, osteoporose, estrias… Quanto mais forte o corticóide, maior a inibição do eixo HHA DEXAMETASONA > PREDNISONA > HIDROCORTISONA Aplicação na odontologia Conhecida a dose, o cirurgião deve, de acordo com o procedimento odontológico, e sob orientação médica, avaliar a necessidade de administrar uma dose suplementar do corticosteróide e tomar outros cuidados de ordem geral. De acordo com o protocolo, em eventos rotineiros como profilaxia e restaurações, a aplicação só deve ser feita se o uso foi maior que duas semanas e cessou a menos de 30 dias (dose de manutenção de 4mg). Se cessou a mais de 30 dias, não é necessário. Em pacientes que fazem uso sistêmico ou local recorrente, ou usa em dias alternados, a suplementação também não é necessária. Se tratando de cirurgias ou procedimento extensivos as regras do uso sistêmico prévio se mantém (mais de duas semanas, menos de 30 dias), porém no uso sistêmico recorrente e uso em dias alternados, a dose diária normal deve ser dobrada no dia do procedimento e a dose também deve ser dobrada no primeiro dia pós operatório quando é previsto quadro de dor. Em uso local não é indicada suplementação. Monitora a PA por causa do efeito do corticosteróide sobre a pressão arterial. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PIRACICABA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA Av. Limeira, 901… Ao médico, O Sr. (a)______ apresentou-se à clínica da FOP relatando utilizar corticosteróide diariamente para o tratamento de _______. O paciente será submetido à extração de dois dentes. Informo que pretendo sedá-lo com _______ por via oral e empregar no máximo 3,6 ml de uma solução anestésica de lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000. Para analgesia pós-operatória será prescrito dipirona. Sendo assim, com base na história médica, solicito informações sobre as atuais condições sistêmicas e informação sobre a necessidade de suplementação da dose diária do corticosteróide. Aguardo resposta e coloco-me à disposição para discutir eventuais recomendações e cuidados. Data/Assinatura ALUNO: ____________________RA:__________________ PROF:_____________________CRO:_________________ Bisfosfonatos São medicamentos bisfosfonatos: etidronato, tiludronato, clodronato, pamidronato, alendronato, ibandronato, risedronato, zoledronato. A remodelação óssea está relacionada com a quantidade de massa óssea presente no esqueleto que se equilibra por um processo de formação e reabsorção. Esse turnover está diretamente relacionado à necessidade corporal de manter uma concentração fisiológica de cálcio ionizado nos fluidos orgânicos e, especialmente, à necessidade de manter a integridade estrutural do esqueleto. Calcula-se que os adultos remodelem de 10 a 30% da sua massa óssea a cada ano. A cada 8/10 anos o esqueleto se renova por inteiro. Os bisfosfonatos são uma classe de medicamentos que diminuem a reabsorção óssea pelos osteoclastos, propiciando um tecido ósseo de alta densidade. São, portanto, indicados ao tratamento de doenças que afetam o metabolismo ósseo associadas à excessiva reabsorção. Um uso frequente se dá em casos de mulheres que tiveram osteoporose pós menopausa, sendo osteoporose uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas. Outro uso é a doença de PAGET nos ossos, condição de distúrbio benigno, sistêmico, caracterizado pelo crescimento anormal de determinadas zonas de um osso que tem frequência maior em homens, com idade acima de 40 anos. São medicamentos comuns via oral alendronato, ibandronato e ________. São utilizados ainda bisfosfonatos pela via intravenosa (zolendronato - uma infusão a cada mês - e pamidronato - uma infusão a cada 2 semanas) no tratamento de mieloma múltiplo (neoplasia dos plasmócitos, que causam destruição óssea - mais comuns em negros) e outras neoplasias ou metástases ósseas. O principal risco do uso de bisfosfonatos associados a odontologia é a osteonecrose (por via oral ou principalmente intravenosa). Se tratando de pacientes que já não mais fazem uso de bisfosfonatos, deve ser levado em conta que os BFs têm alta afinidade pelos cristais de hidroxiapatita presentes nos ossos e seu período de retenção no tecido ósseo pode chegar ou mesmo ultrapassar 10 anos. Como não são metabolizados, o uso prolongado dos BFs pode afetar o processo de remodelação óssea por muitos anos, mesmo após interrupção do tratamento. Isso deve ser levado em conta por ocasião da formulação do plano de tratamento. A máxima supressão ou reabsorção óssea em mais ou menos 3 meses após o início da terapia diária, semanal ou mensal. A reabsorção é suprimida mais rapidamente com IV. A porção circulante não associada ao esqueleto desaparece do plasma entre trinta minutos a duas horas, ficando apenas 1 a 10% ligados ao osso. Por que maxila e mandíbula? - região mais propensa a trauma/exposição óssea Remodelação óssea alterada/constante, supressão da reabsorção, inibição da angiogênese, microtraumas, toxicidade no tecido mole e inflamação e infecção constantes pela presença dos dentes. A American Association of Oral and Maxilofacial Surgeons evidencia que pacientes que fazem uso de bisfosfonatos e são submetidos a procedimentos cirúrgicos odontológicos apresentam risco 7 vezes maior de adquirir osteonecrose dos maxilares. E ainda são fatores de risco associados a OMJ: ● Infecções periodontais ou periapicais; ● Diabetes; ● Imunossupressão; ● Idade avançada ● Tabagismo e/ou elitismo; ● Má higiene bucal. ● Terapia concomitante com corticosteróide- em uso prolongado podelevar a um quadro de osteoporose - em caso de osteoporose toma bisfosfonato, mas o corticóide diminui a imunidade. Se tiver osteonecrose, o caso é agravado. A mesma associação define em graus o nível de exposição óssea: 1. Grau I. Exposição de osso necrótico assintomática, sem evidência de infecção. 2. Grau II. Exposição de osso necrótico com infecção, dor ou eritema, sem ou com supuração. 3. Grau III. _________________ Ressaltando que é tanto bisfosfonatos quanto outros medicamentos que causam Riscos de acordo com a condição local e sistêmica O risco de desenvolver osteonecrose num paciente que não tem câncer parece ser muito baixo, com uma prevalência estimada em 0,1% numa grande amostra de indivíduos. A condição pode ocorrer de forma espontânea, mas pode estar associada a condições médicas ou odontológicas específicas (qualquer intervenção que aumente o risco de traumatismo ósseo). Mais comumente, porém, se manifesta após extrações dentárias. Idade acima de 65 anos, doença periodontal, uso de próteses dentárias, tabagismo, diabetes e uso prolongado dos BFs (mais que dois anos) estão relacionados com a incidência. O uso crônico de corticosteróides parece não ser um fator de risco consistente. O médico que prescreve ou está pretendendo prescrever um agente anti reabsortivo deve informar o dentista que trata deste paciente. O cirurgião deve investigar a história médica do paciente com relação à osteoporose e o uso de agentes anti reabsortivos. Embora nem o médico ou dentista possam eliminar a possibilidade de desenvolvimento, as consultas odontológicas regulares e a manutenção de uma ótima higiene oral são condições essenciais para diminuir o risco da doença. Pacientes com doenças dentárias ou periodontais ativas devem ser tratados a despeito do risco. Cáries, abcessos periapicais ou doença periodontal não tratada podem acarretar complicações que irão requerer terapias mais complexas. Dessa forma, a discussão dos risco e benefícios do tratamento dentário deve ser feita de forma clara e objetiva. Explicar ao paciente sobre os riscos de desenvolver a ARONJ, qual o significado clínico da doença, suas consequências e formas de tratamento. Também deve propor tratamentos alternativos que não envolvam procedimentos cirúrgicos com traumatismo do tecido ósseo. Seja qual for o tipo de procedimento cirúrgico odontológico ou até mesmo a instalação de próteses totais ou removíveis, é necessário informar o possível risco de osteonecrose dos maxilares e elaborar um termo de consentimento O paciente escreve TERMO DE CONSENTIMENTO Autorizo a realização de exodontias e instalação de implantes dentários, tendo sido suficiente informado sobre o risco de osteonecrose dos maxilares. Data e assinatura Tratamento da osteonecrose Deve ser feito um debridamento cuidadoso, remoção dos sequestros ósseos e de tecido necrótico, antissepsia e antibioticoterapia sistêmica. (300 mg clindamicina 1 a cada 8h por 5 a 7 dias). Oxigenoterapia hiperbárica, que consiste na inalação de oxigênio puro dentro de câmaras hiperbáricas em sessões que duram de uma a duas horas por dia, por períodos variáveis, causando aumento de 10 a 20 x na quantidade de oxigênio dissolvido nos tecidos, o que é extremamente benéfico em patologias nas quais a falta de oxigênio tecidual é o problema principal, como regiões onde existe comprometimento vascular. Pode ajudar. Em casos de osteonecrose, onde há exposição óssea em pacientes sob terapia reabsortiva, quando não há sinais ou sintomas de infecção, deve ser feito acompanhamento de 6 a 8 semanas, uso de antisséptico bucal, cuidados com higiene, debridamento de sequestro ósseo se necessário (as vezes pode ser deixado para o próprio organismo expulsar, uma vez que mexer pode piorar.). Em casos de dor e evidência clínica de infecção, deve ser feita antissepsia bucal, uso de analgésicos, antibioticoterapia via oral, debridamento e sequestro ósseo se necessário. Em caso de dor, infecção, necrose óssea extensa, fístula extra bucal e fratura óssea, antisséptico bucal, analgésicos, antibióticoterapia VO ou EV, debridamento ou ressecção cirúrgica. Prolia foi uma tentativa de se evitar osteonecrose (anticorpo monoclonal). Outros Antiangiogenicos também podem causar. . Exames para indicação de risco Há marcadores bioquímicos de reabsorção óssea, o CTX. Dose do no sangue ou na urina, avalia a quantidade do Telopeptídeo X, um subproduto da atividade osteoclástica que pode predizer o risco associado a OMJ. Não é confiável. Tendo em vista a dificuldade de tratamento e o risco representado pelas intervenções cirúrgicas dos maxilares, pacientes que serão submetidos ao uso de BFs devem passar por um criterioso exame odontológico, e todos os procedimentos cirúrgicos necessários devem ser realizados antes do início da terapia com o medicamento. A inclusão de informações mais específicas sobre essa complicação potencial na bula dos medicamentos antirreabsortivos ósseos, bem como o alerta aos profissionais envolvidos no atendimento destes pacientes (médicos e dentistas).
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