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P�O��C��O �� �TE���M���O �M ���I�N��� QU� ���EM ��� DE ����AG����N�E� P����ETÁRI�� �U ��T��O���LA���S Revisão hemostasia O sangue, em seu estado normal, circula pelos vasos sem produzir ativação plaquetária ou coagulação (prostaciclina - impede adesão plaquetária). No entanto, uma lesão vascular desencadeia processos de hemostasia para evitar a perda excessiva de sangue. A hemostasia é dividida em fases, que pode ser resumidamente dividida em: espasmo vascular (5-20 minutos), formação do tampão plaquetário, coagulação do sangue, crescimento do tecido fibroso e fibrinólise - uma vez que a parede do vaso sanguíneo foi danificada, com o fator tecidual exposto e as fibras de colágeno expostas, há início da cascata de coagulação e adesão das plaquetas ao colágeno exposto, com consequente liberação dos fatores plaquetários que atraem mais plaquetas (as plaquetas tornam-se ativadas pelo contato com o colágeno e, de certa forma, deformadas com superfície pontiaguda para se aderirem umas às outras). Essa adesão das plaquetas gera um tampão plaquetário frouxo, que ocorre concomitantemente com a vasoconstrição. É feita, portanto uma hemostasia temporária, o coágulo é formado decorrente da conversão de fibrinogênio em fibrina pela trombina, formando um tampão plaquetário reforçado. Conforme há crescimento celular e reparo do tecido, a fibrina é lentamente dissolvida pela plasmina, o coágulo é dissolvido e a parede do vaso sanguíneo torna-se integra novamente. Hemostasia primária ● Fase vascular ● Fase plaquetária Hemostasia secundária ● Via intrínseca: colágeno ou outros ativadores ativam proteínas plasmáticas em enzimas. Fator IX e X são os principais responsáveis pela via intrínseca. ● Via extrínseca: fator tecidual III e fator VI são os principais fatores dessa via. ● Via comum: o fator X ativa a protrombina para conversão em trombina, esta que converte fibrinogênio em fibrina, No que se refere às células, em uma contagem de sangue comum, temos hematócritos, que é a porcentagem total de volume no sangue que é ocupada por eritrócitos amontoados, o valor de hemoglobina, que refere a capacidade de transporte de oxigênio dos eritrócitos, a contagem de eritrócitos (uma máquina conta os eritrócitos quando eles passam por um feixe de luz), a contagem de leucócitos, que conta o total de glóbulos brancos, porém sem distinção entre eles, a contagem diferencial de leucócitos, que estima as proporções relativas de 5 tipos de leucócitos em um fino esfregaço de sangue corado com agentes biológicos e a contagem de plaquetas (estas, originadas a partir de fragmentos dos megacariócitos), que indica a capacidade do sangue de se coagular. TS normal: 1 a 3 minutos TC normal: 5 a 10 minutos Quem precisa alterar a hemostasia? Pacientes com problemas vasculares precisam alterar a hemostasia, tais como os que possuem doença cardíaca isquêmica, doença vascular periférica e portadores de próteses valvares de modo a prevenir o tromboembolismo venoso através de antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes. Tromboembolismo O TEV é uma das principais causas de morte no mundo e as drogas empregadas para sua prevenção buscam diminuir a agregação plaquetária ou a coagulação sanguínea. Antiagregantes plaquetários Prevenção de infarto do miocárdio ou AVC ● Inibidores da COX I - aspirina ○ A aspirina tem ao mesmo tempo, inibição irreversível da COX I que faz com que as plaquetas liberem vários fatores que provoquem espasmo vascular e redução da produção de tromboxano. Uma dose de 160 mg de aspirina promove inativação completa da COX I das plaquetas, uma vez que elas não têm núcleo e não podem produzir mais COX I, portanto a inibição da COX I se prolonga até que termine a vida útil das plaquetas, que ocorre em cerca de 7 a 10 dias. Dessa forma, os pacientes que fazem uso de mais de 100 mg diárias deveriam parar o uso para possíveis cirurgias orais menores? -Não, não há necessidade. ● Inibição da agregação por ADP - clopidogrel, prasugrel, ticlopidina ○ Assim como anticoncepcional, a interrupção do terapia, mesmo após anos de colocação do stent, aumenta risco de trombose e infarto. Tem ação de bloquear os receptores plaquetários do ADP e interfere na união do colágeno com as plaquetas. O paciente deve, portanto, parar o tratamento? - Não. ● Inibição da agregação/adesão por glicoproteína IIb e IIIa - abciximabe, tirofibana, eptifibatida ➔ Pacientes que fazem o uso de dois antiplaquetários, pelo menos, não devem interromper o uso dos medicamentos. Anticoagulantes ● Orais - anti vitamina K - varfarina ○ A vitamina K, quando sofre uma reação de redução, é precursora dos fatores II, VII, IX e X da coagulação sanguínea. A varfarina impede a carboxilação desses fatores, levando a síntese de produtos inativos. ○ Deve-se portanto, interromper o uso? - Três considerações devem ser tomadas: 1. Qual tipo de procedimento será realizado e qual o grau de sangramento esperado? 2. Qual intervalo de tempo disponível para reverter o efeito do anticoagulante? (Procedimento eletivo ou de urgência) 3. Qual o risco de complicação diante de uma possível suspensão da varfarina? ➔ Periodicamente é necessário que o médico faça o monitoramento dos efeitos da varfarina através da razão normalizada internacional RNI (calcula o tempo de protrombina do paciente sobre o tempo de protrombina no plasma de sujeitos saudáveis. Uma RNI de 2 a 3 é considerada segura. O exame deve ser feito no dia anterior a intervenção. Sob orientação médica, a varfarina pode ser substituída por heparina, que possui menor meia vida e menor tempo de ação. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA Ao médico, A Sra. _____________ será submetida a cirurgia gengival de baixa complexidade. Solicito informações sobre as atuais condições cardiovasculares e avaliação do RNI no dia anterior da cirurgia, a qual está programada para a data __/__/____. Também gostaria de ser informado sobre qualquer mudança na terapia anticoagulante. Informo que pretendo seda-la com lorazepam 1 mg via oral e empregar pequenos volumes de uma solução anestésica com epinefrina 1:100.000. ➔ No caso de ocorrer um maior sangramento em pacientes anticoagulados no ato da cirurgia, as medidas locais de hemostasia na maioria das vezes são suficientes para controle do sangramento. ➔ A varfarina pode ter sua ação anticoagulante aumentada se empregada com: cefalosporina (ciprofloxacina), eritromicina, azitromicina, metronidazol, piroxicam, ibuprofeno, outros AINES (deve-se evitar a prescrição em pacientes com história de infarto do miocárdio, angina, ou portadores de stents nas artérias coronárias, pelo maior risco de trombose, principalmente em disso. Em pacientes que fazem uso de AAS diariamente, é xontraindixado AINES da classe dos coxibes, que são inibidores seletivos da COX II. Usar dexametasona 4 mg), paracetamol, óleo de peixe e manga. ● Parenterais - heparinas de baixo peso molecular e heparinas não fracionadas ● Orais NACO - rivaroxabana - aprovadas no Brasil são apixabana, dabigatrana e rivaroxabana. ○ Podem ser feitos procedimentos com baixo risco de sangramento, só deve evitar extrações durante o pico de eficácia do medicamento, que gira em torno de 2 a 4 horas. ➔ Operações de urgência Não há recomendação de uso profilático de complexo protrombínico ou fator VII recombinante para pacientes que fazem o uso dos novos anticoagulantes orais e necessitam cirurgia de urgência, a menos que já apresentem sangramento grave. Deve-se também avaliar risco/benefício de operar nas primeiras 24 horas após a última dose. ➔ Considerações finais Dirigir a anamnese a doença de base, antes de iniciar o tratamento, trocar informações com o médico, avaliar os sinais vitais antes de cada sessão de procedimento, estabelecer protocolos farmacológicos para cada caso específico, adotar medidas preventivas para evitar situações emergenciais.
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