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Período: 2019.1 Aluno: João Victor Belo INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) • CAPTOPRIL (Capoten®) • LISINOPRIL (Zestril®) • ENALAPRIL (Eupressin®, Renitec®) • RAMIPRIL (Triatec®) • TRANDOLAPRIL (Gopten®) • BENAZEPRIL SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA O sistema renina angiotensina é ativado quando a PA cai, devido a diminuição da perfusão renal, fazendo com que os rins secretem renina, o fígado por sua vez vai secretar angiotensinogênio que será clivado pela renina e transformado em angiotensina I, o pulmão então vai secretar a enzima conversora de angiotensina (ECA), que vai converter a angiotensina I (forma praticamente inativa) em angiotensina II (forma ativa). ➢ A Angiotensina II por sua vez vai então aumentar a atividade simpática (aumentando o trabalho cardíaco), irá elevar a reabsorção de Na+ e Cl-, excreção de K+, e aumentará a reabsorção de água, dessa forma, elevando o volume sanguíneo. ➢ Aumenta a secreção de Aldosterona que vai abrir canais de Na+ ➢ Aumenta a secreção de ADH (hormônio antidiurético) ➢ Promove vasoconstrição arteriolar Tudo isso, aumentando a resistência vascular periférica, aumentando o volume sanguíneo, aumentando o débito cardíaco e consequentemente a pressão arterial. IECAS Os IECAS vão então, impedir que a Angiotensina I se ligue a enzima conversora de angiotensina (ECA) fazendo com que ela não seja clivada à angiotensina II. Os IECAS também são inibidores da degradação da bradicinina → potente vasodilatador Existe uma via paralela ao sistema renina angiotensina. O fígado vai secretar também cininogênio, o pâncreas calicreína, a calicreína cliva o cininogênio em bradicinina. Bradicinina é uma das substâncias mais envolvidas com a dor (substância álgica), ela também ativa a via das prostaglandinas que promovem vasodilatação que é uma ação contrária à da angiotensina II que causa a vasoconstrição. ➢ A bradicinina tem uma enzima Cininase que cliva a molécula de bradicinina em produtos inativos. Impedindo a vasodilatação. → Os IECAS bloqueiam tanto a ECA quando a Cininase, fazendo com que a concentração de bradicinina aumente, e consequentemente aumente também a quantidade de prostaglandinas, promovendo a vasodilatação. Isso ajuda no efeito anti-hipertensivo dos IECAS. ❖ Aumentam a sensibilidade dos receptores da insulina, significa que eles passam a ser drogas de primeira escolha para o hipertenso diabético. Mas não são hipoglicemiantes, ou seja, ninguém vai usar um IECA para tratar diabetes. Não aumentam o ritmo de filtração glomerular e não alteram a pressão nos glomérulos – retardam a nefropatia diabética. ➢ São eficientes se usados sozinhos, mas podem também serem associados à diuréticos ou outros anti- hipertensivos. Não se faz associação entre 2 IECAS, a associação é sempre com um anti-hipertensivo de uma classe e um anti-hipertensivo de outra classe. Há EXCEÇÃO no caso de um diurético que aumenta a excreção de potássio, que pode ser associado à um diurético poupador de potássio, para impedir a perda excessiva de potássio. ➢ São úteis nos portadores de insuficiência cardíaca com ou sem hipertensão associada. ➢ Diminuem a resistência vascular periférica sem causar taquicardia reflexa e sem diminuição do débito cardíaco • Contraindicado no 2 e 3 meses de gestação – Porque impedem a degradação de bradicinina → o que aumenta a produção de prostaglandinas → Prostaglandinas promovem a contrações uterinas. Então nos primeiros meses de gravidez, há risco de aborto. • Hipotensão fetal – hipoplasia da calota craniana, hipoplasia pulmonar, atraso do crescimento e morte fetal; anúria e morte neonatal REAÇÕES ADVERSAS • Tosse seca e por vezes noturnas (mais frequente com o captopril) → ocorre devido o aumento da bradicinina pulmonar, uma vez que os IECAs inibem a enzima cininase que faz a degradação da bradicinina; (com o uso do Captopril, se o paciente tem a tosse mas estava respondendo bem aos efeitos anti-hipertensivos e apresenta tosse, pode-se fazer a troca do medicamento por outro IECA. Porém, se o paciente apresenta tosse, e não responde bem aos efeitos anti-hipertensivos, deve ser feita a troca por um anti-hipertensivo de outra classe • Hipotensão nos pacientes desidratados • Hipercalemia é um efeito potencial, devendo ter cuidado com pacientes com insuficiência renal crônica • Rash cutâneo, urticária, perda do paladar e edema de glote (raro) BLOQUEADORES DO RECEPTOR DA ANGIOTENSINA (BRAs) • LOSARTANA (Cozaar®) • LOSARTANA + HIDROCLOROTIAZIDA (Aradois H®) • VALSARTANA (Diovan®) • VALSARTANA + ALONDIPINO (Diovan Amlo®) • OLMESARTANA (Benicar®) • CANDESARTANA (Venzer®) • IRBESARTANA (Aprovel®) • TELMISARTANA (Micardis®) • A entrada no mercado farmacêutico dos antagonistas do receptor da angiotensina II é relativamente recente. Iniciou-se no final da década de 1980 com a losartana. Possuem atividade semelhante à dos IECAS. MECANISMO DE AÇÃO o Bloqueio competitivo dos receptores AT1 da Angiotensina II, impedindo a retenção de sódio pelos rins, liberação de aldosterona (abre canais de sódio), efeito inotrópico e cronotrópico positivo, vasoconstrição, descarga simpática e liberação de ADH. Responsáveis pelo aumento da pressão arterial. o Bloqueando os receptores AT1, a Angiotensina II formada irá se ligar aos receptores AT2, e ao se ligarem com eles, promovem vasodilatação (efeito secundário da ação dos BRAs). ➢ Possuem efeito benéfico na Insuficiência Cardíaca ➢ Estimulam receptores PPARy → melhorando a sensibilidade à insulina em diabéticos do tipo 2 ➢ Losartana, Valsartana e Irbesartana inibem a agregação plaquetária e antagonizam a vasoconstrição induzida pelo tromboxano A2 LOSARTANA → Possue uma atividade muito maior sobre receptores AT1 do que os AT2. - Apresenta alta ligação às proteínas pplasmáticas → cuidado com as interações medicamentosas - A dose inicial recomendada é a de 50mg diários, podendo ser aumentada ou associada a um diurético, como a hidroclorotiazida VALSARTANA → Antagonismo seletivo dos receptores AT1 - Alimentos interferem na sua biodisponibilidade - Efeito anti-hipertensivo é obtido com 80 ou 160mg diários - Não é recomendada sua administração na gravidez IRBESARTANA → atividade não competitiva sobre receptores AT1 - Maior lipossolubilidae em relação à losartana → facilita absorção. - Presença de alimentos não influencia a biodisponibllidade - Dose habitual inicial é de 150mg, sem a necessidade de ajustes em casos de insuficiência renal ou hepática leve ou moderada ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO (ACC) • VERAPAMIL • DILTIAZEM • NIFEDIPINO • NITRENDIPINO • ANLODIPINO A ação anti-hipertensiva decorre da resistência periférica. o Atuam nos canais de cálcio dependentes de voltagem Os canais de cálcio sensíveis à voltagem, se abrem quando ocorre o potencial de ação, o cálcio entra se liga com a calmodulina. O complexo cálcio-camodulina fica ativado, esse complexo ativa a cinase da cadeia leve de miosina que fosforila a cadeira leve de miosina. A cadeia leve de miosina fosforilada vai se juntar com a actina e promover a contração. ➢ Utilizando um bloqueador dos canais de cálcio, ele se acopla ao canal de cálcio impedindo que este seja aberto, mesmo que haja o potencial de ação. Com isso a cadeia leve da miosina não vai ser fosforilada, não havendo uma contração, mas sim um relaxamento. o São vasodilatadores de 1ª escolha. o Possuem principalmente ação antianginosa e antiarrítmica. o Boa opção para o paciente idoso → Não causam retenção de sódio e não possuem efeito sobre a função renal, podendo ser usados sem correção de dose. FÁRMACOS QUE AFETAM O SISTEMA SERVOSO SIMPÁTICO ANTAGONISTAS β-ADRENÉRGICOS: • PROPRANOLOL(β1 e β2) (Inderal®) • ATENOLOL (β1) (Tenoretic®) • CARVEDILOL (G) – (β1 e β2) e α • PINDOLOL (agonista parcial β1 e β2) (Visken®) ANTAGONISTAS α-ADRENÉRGICOS: • PRAZOSINA (Minipress®) • TERAZOSINA (Hytrin®) DE AÇÃO CENTRAL • METILDOPA (Aldomet®) ➢ Não devem ser usados em idosos e diabéticos (afeitam a recuperação da hipoglicemia – pois bloqueia a glicogenólise e a gliconeogênese no fígado – e mascaram a taquicardia - típica da hipoglicemia); ➢ Promovem prevenção secundária do infarto (α-Metildopa) É um pró-fármaco anti-hipertensivo usado especialmente para hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia. A redução máxima da pressão arterial ocorre de quatro seis horas após tomar o medicamento. É um agonista seletivo dos receptores α2 no SNC Diminui o fluxo simpático no SNC
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