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KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 ASMA Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que vai causar obstrução do fluxo aéreo, levando a uma hiperresponsividade das vias aéreas e causandos os sintomas: Dispnéia Tosse Sibilo Dor torácica Opressão torácica (“aperto no pulmão”) Nenhum desses sintomas é específico das asma e essa obstrução do fluxo aéreo é reversível. Só que de tanta crise, pode chegar um momento que de tanta bronconstricção, a via aérea acaba ficando alterada. A asma é a 4° causa de internamento Taxa de mortalidade é de 1,52% Diagnóstico clínico É uma doença de alto custo para o SUS e para as famílias Os asmáticos não controlados têm um custo maior que os controlados em relação a procurar a emergência Já em relação a medicação, os controlados têm um maior custo, uma vez que toma esse medicamento por um prazo maior. FISIOPATOGENIA É uma inflamação das vias aéreas: células inflamatórias, células brônquicas, e liberação de mediadores inflamatórios ( citocinas, leucotrieno- inclusive as medicações antileucotrienos são indicadas em qualquer fase no tratamento da asma, pq vão ocupar os receptores dos leucotrienos, impedindo a ação desses mediadores inflamatórios) edema basal que vai promover a hipersecreção e constricção da musculatura lisa brônquica, e obstrução de VA distais com redução do calibre, aumento da resistência, aprisionamento de ar nos pulmões e os alvéolos vão ficar mal perfundidos. 1 Tem o brônquio normal, 2. o brônquio de um paciente que tem asma, mas nao tá na crise. O brônquio tá relaxado mas está tendo hipertrofia e secreção 3. o brônquio na crise asmática, tendo a contração da musculatura além da hipertrofia e secreção HISTÓRIA NATURAL Lactentes e pré-escolares; Principais características de evolução para vida adulta: -ECZEMA ou RINITE nos 3 primeiros anos de vida; -pai ou mãe com asma; -sibilância sem resfriado; -eosinofilia > 4% ( na ausência de parasitose) Prevenção primária e secundária não modifica a progressão da doença em longo prazo; ASMA E BRONQUIOLITE VIRAL KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 *CRITÉRIOS MAIORES DE CASTRO : pais asmáticos e presença de dermatite atópica na criança; * CRITÉRIOS MENORES DE CASTRO: criança com rinite, eosinofilia >4%, sibilância não relacionada com IVAS. 1 critério maior ou 2 menores o paciente tem uma grande probabilidade de desenvolver asma no futuro. Como diagnosticar uma criança com asma? História de desconforto respiratório Tosse crônica, seca que piora à noite e sem mais nada associado ou associada a sibilância(mais de 14 dias) e desconforto respiratório. EXAME FÍSICO È inespecífio, pois nenhum sinal é patognomônico da asma. MANIFESTAÇÕES QUE SUGEREM FORTEMENTE O DIAGNÓSTICO DE ASMA: Avaliar a variabilidade dos sintomas e o desencademento dos sintomas por alguns gatilhos, como: fumaça (principalmente em época de São João) ou por aeroalérgenos ( ácaros e fungos). Piora dos sintomas à noite e melhora espontânea ou após o uso de medicação específica pra asma confirma o diagnóstico Para confirmar de fato a asma, teria que fazer a espirometria (padrão- ouro) só que so pode ser feito a partir de 05 anos (no livro) e de acordo com Thaise 07 anos. OBS: se a espirometria for normal não inviabiliza o diagnóstico de asma. Testes de broncoprovocação Teste terapêutico: suspeitei, passo o tratamento de asma se a criança melhorou, confirmo o meu diagnóstico. A espirometria vai confirmar o diagnóstico e documentar a gravidade da obstrução. Repete esse exame depois do tratamento pra ver se houve melhora e fica monitorando através dele a evoluçao da doença. OBS: Uma história clínica característica e uma espirometria normal não afasta asma. A CLÌNICA È SOBERANA. OBS: Em casos de dúvida, posso repetir a espirometria no período sintomático ou fazer um teste de broncoprovocação e fazer a espirometria na crise. O que a espirometria avalia? Através da expiração forçada, o broncograma vai liberar os valores. E aí ele vai avaliar a capacidade vital forçada e o volume expiratório forçado no primeiro segundo. Em uma pessoa normal tem que o VEF ter 80% da capacidade vital forçada. A capacidade vital forçada: é a capacidade expiratória e inspiratória forçada Volume expiratório forçado no primeiro segundo em que o paciente expira Confirmação do diagnóstico: redução da relação do VEF1/CVF. Vai ter menos que 80% Redução percentual do VEF1 em relação ao seu previsto uma reversibilidade parcial ou completa apos inalaçao com broncodilatador de curta ação. verifica que depois do tratamento a relação VEFt/CVF melhorou. Verificação da hiperresponsividade de vias aéreasAvaliar : - teste de broncoprovocação em que coloca a criança em contato com algo que desencadeia os sintomas (ex: perfume) e avalia as manifestações. - teste de broncoprovocação por exercício; -alta sensibilidade se ele responde a nebulização ou a bombinha. E o resultado KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 negativo exclui o diagnóstico de asma. *NOTA: a hiperresponsividade das VA não é exclusiva da asma, podendo ser positiva em outras doenças obstrutivas e rinite DIAGNÓSTICO EM CRIANÇAS <5 ANOS: Então, em crianças menores de 5 anos, que a mãe não consegue fazer a espirometria o tratamento vai ser clínico. • 50% das crianças têm os primeiros episódios nos primeiros anos de vida e a maioria nunca desenvolveu a asma • O primeiro episódio de sibilância que a criança desenvolveu, geralmente o lactente, mais comum antes dos 6 meses é a bronquiolite viral aguda (tosses repetidas, até ela ficar maior); • A bronquiolite é transmitida pelo vírus sincicial respiratório Se é uma mãe que chega pra mim que diz que a criança sempre cansa, principalmente quando gripa, sempre vai para emergência e quando faz a nebulização ele melhora. É uma mãe que teve asma na infância, se a criança tem rinite, então fala a favor da ASMA. Para eu descobrir se tem asma eu faço um teste, prescrevo um tratamento e quando ela voltar se ela melhorar eu confirmo meu diagnóstico. Nos menores de 5 anos eu faço esse teste, para mim até menores de 7, pois eu não consigo fazer a espirometria neles. • Menores de 5 anos: episódios frequentes de sibilância (>1X /mês) tosse com sibilos a noite ou pela manhã, tosse (persistente) sem relação com viroses respiratórias, atopias (dermatite atópica ou rinite alérgica), geralmente quem tem dermatite tem rinite ou asma e assim por diante. • História familiar de asma ou atopia (a mãe não tem asma, mas tem atopia, rinite), então a criança pode ter rinite, asma ou dermatite atópica • Boa resposta clínica ao beta 2- agonista (salbutamol-mais preferível- e fenoterol) inalatório associados ou não a corticoides inalatórios. • Diagnósticos diferenciais nas crianças menores de 5 anos: Rinossinusite (secreção nasal, tosse produtiva); Síndrome aspirativa (crise aguda, engole algum corpo estranho); Cardiopatias (desconforto respiratório, mas tem outras manifestações associadas e geralmente é detectada ainda intraútero); • Diagnóstico diferencial maiores de 5 anos: rinossinusite (não tem sibilo na ausculta), obstrução de vias aéreas superiores; • A asma tem sibilos CLASSIFICAÇÃO DA ASMA QUANTO AO CONTROLE KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 1. Asma Controlada • nenhum sintoma diurno ou menos que 2 sintomas por semana • nenhuma limitação de atividade • nenhum despertar noturnos • nenhuma necessidade de medicação de alívio • função pulmonar normal 2. Asma parcialmente controlada • só tem um ou dois desses parâmetros • 3 ou mais sintomas por semana • Limitação de atividade• Despertar noturno • Necessita de bombinha, 3 ou mais vezes por semana • Função pulmonar menor que 80 3. Asma não controlada • 3 ou mais parâmetros (as mesmas coisas) FATORES QUE INFLUENCIAM O CONTROLE DA ASMA Diagnóstico incorreto, falta de adesão, uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento (AINES, β bloqueadores), exposição domiciliar (ex, poeira ou fumaça), exposição ocupacional, tabagismo e outras comorbidades. Objetivos do tratamento: • Atingir e manter controle dos sintomas; • evitar que a criança tenha cansaço; • manter as atividades diárias normais, incluindo exercício; • manter a função pulmonar ou mais próximo do normal possível; • prevenir a exacerbação; • minimizar os efeitos colaterais provenientes das medicações( uso de corticoides até mesmo inalatório pode provocar baiza estatura, fraturas ósseas), na medida que vai melhorando já deve reduzir a dose; • Prevenir a mortalidade. 05 componentes no tratamento de cuidado da asma I. parceria médico-paciente (paciente adquirir conhecimento, confiança e habilidade para assumir o papel principal no manejo de sua doença: O “ABCD” da asma : 1) Abordar os fatores desencadeantes w agravantes e orientar como evita-los; 2) Buscar medicamentos apropriados e com técnica adequada; 3) Colocar em prática a execução de um plano de ação, aprendendo a monitorar o controle da asma Descrever a diferença de medicação controladara e de resgate; conhecer os efeitos colaterais dos medicamentos usados e saber como minimizá-los, II-dentificação e controle dos fatores de risco (perfume, exercício, tabaco); • Avaliar, tratar e manter o controle da asma, através de medicações SABA: agonista de curta duração(salbutamol e fenoterol). LABA : agonista de ação longa (salmoterol e formoterol) CI: corticoide inalatório MEDICAMENTOS INDICADOS NA PREVENÇÃO E CONTROLE DEPACIENTES COM ASMA PASSO 1: criança com sibilância viralou raros sintoma episódicos Somente das exarcebações, sem tratamento de controle PASSO 2: crianças com sintomas consistentes de asma não bem controlada ou 3 exarcebações ao ano *CORTICOIDE (dose baixa1ª escolha- beclometasona-nometasona-fluticasona) ou antileucotrieno( monelukaste) nome comercial do monelukaste = montelair,singulair, viatne; OBS: leucotrieno na árvore respiratória induz crise asmática, assim como a histamina. ATÉ 6 anos de idade: 1 comprimido de 4mg a noite, uso contínuo com avaliação periódica. De 6 anos até 12 anos 1 comprimido 5mg, mastigável, ingerido a noite com uso contínuo e avaliação KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 periódica. A partir de 12 anos tomar um comprimido de 10 mg. O comprimido não precisa ser ingerido com água, pq é uma balinha dissolvível. PASSO 3 :ASMA MAL CONTROLADA COM DOSE BAIXA DE CI Cortecoide ( dose média) ou corticoide (dose baixa) + β2 de longa ação ( salmoterol ou formoterol) ou antileucotrieno. PASSO 4: ASMA MA CONTROLADA COM DOSE MÉDIA DE CI Corticoide em dose alta (3 a 4 jatoa a cada 8 ou 12 h) ou CI (dose média) + b2 de longa ação ou leucotrieno. PASSO 5 – ASMA MAL CONTROLADA COM DOSE ALTA DE CI CI(dose média) + b2 de longa ação+ antileucotrieno. PLANO DE AÇÃO: Individualizado e elaborado de acordo com o paciente; Educação: monitorar os sintomas, reconhecimento precoce da exacerbação e estratégia que irão orientar o paciente para o tratamento domiciliar das crises. 4 tópicos: 1) Tratamento da asma controlada no dia a dia 2) Quando, como e por quanto tempo usar a medicação de resgate e aumentar o tratamento de controle; 3) Quando usar CO ( geralmente usa- se prednisolona 1 a 2mg/kg/dose por 7 dias. Não há necessidade de fazer desmame. Depois de um tempo de uso crônico é que faz o desmame para evitara síndrome de CUSHIGOIDE . 4) Quando procurar auxilio médico de emergência ou urgência COMPONENTES DO CUIDADO DA ASMA : MEDICAÇÃO DE ALÍVIO: Fenoterol (Berotec) e Salbutamol (Aerolin), podem ser usados de duas formas: - Na nebulização ou no inalador pressurizado. -Na criança usa um espaçador para permitir uma maior penetração da via aérea. No manual de pneumologia recomenda que criança menor de 5 anos tem que usar o inalador pressurizado com espaçador e a máscara. Nas crianças de 4 a 6 anos usa o inalador com o espaçador com o bocal. E maior de 6 anos mantem o pressurizador com bocal ou apenas o inalador. Como usar: 1. Retira a tampa do dispositivo 2. Agita bem 3. Expira normalmente 4. Coloca na boca e puxa o conteúdo 5. Segura a respiração por 10 segundos 6. Se for preciso repetir, faz tudo novamente Na criança é preciso usar o espaçador. COMPONENTE IV: prevenção e controle dos riscos futuros; Prevenir instabilidade clínico-funcional: manter a asma controlada por longos períodos de tempo; Prevenir exacerbações da asma; Evitar a perda acelerada da função pulmonar ao longos dos anos. Minimizar os efeitos colaterais dos tratamentos utilizados Corticoides inalatórios Beclometasona (nome comercial é Clenil) -Esse Clenil é disponibilizado pelo SUS. Só não consegue o espaçador, que é preciso KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 comprar, ou pode adaptar, dependendo da condição financeira. -Tem nas apresentações de 50 mcg e 250 mcg. Depende da dose que quer fazer. Budesonida -Tem nas apresentações de 50 mcg e 200 mcg Momotasona -Tem nas apresentações de 200 mcg e 400 mcg Fluticasona -Tem nas apresentações de 50 mcg e 250 mcg. -Essa além de ter o inalador pressurizado, ela tem os discos, mas esses discos são para uso adulto ou crianças maiores porque inala direto na boca. Dosagem dos medicamentos (dose baixa, dose média e dose alta) A Beclometasona, o Clenil, que é disponibilizado pelo SUS, se quiser utilizar a dose baixa, começa na dose de 100 a 200 mcg, independendo da idade, depende da etapa.8 Se quer fazer 200 mcg de Beclometasona, pega apresentação de 50 mcg e pede para fazer dois jatos pela manhã e dois jatos pela noite, completa 200 mcg ao dia. Se quiser fazer a dose média, que é de 200 a 400 mcg. Ou pega a de 250 mcg e pede para fazer uma vez ao dia OU pega a de 50 mcg e pede para fazer várias vezes ao dia. Associação do Corticóide com o Beta-2 de ação prolongada Tem dois Beta-2 de ação prolongada que são; Formoterol Salmeterol No comercio tem o junto com a Fluticasona o Salmeterol, que o nome comercil é Seretide, é vendido em spray (o inalador) e é vendido também em discos. A dose do Beta-2 de ação longa é a mesma, o que muda é a dosagem do corticoide. E tem o Formoterol com a Budesonida, que o nome comercial é Alenia. O Alenia é em cápsula, que precisa de um inalador que é colocado a capsula para inalar. OBS: A dose de escolha depende da apresentação do corticoide e da etapa que o paciente está fazendo o tratamento. Então, pode usar para prevenir e controlar reações futuras. Deve-se orientar a mãe a evitar coisas que causavam a atividade máxima, prevenindo que aumente a exacerbação. E dessa forma, prevenir a perda da função pulmonar, se puder fazer a espirometria, e minimizar os efeitos colaterais do tratamento utilizado. Se a mãe fizer direitinho e a criança controlar rápido, então, precocemente consegue retirar essa medicação. Lembrando que o corticoide inalatório é em microgramas, então, a dose é muito baixa para causar algum efeito colateral. Componente V: SITUAÇÕES ESPECIAIS Rinite, rinossinusite e pólipos nasais. É comprovado que tratando a rinite, melhora a asma. Refluxo gastroesofágico, tem também uma associação. O ideal é que também faça o tratamento do refluxo. MANEJO DAS EXACERBAÇÕES CONTROLE DA ASMA NO AMBIENTE DE URGÊNCIA (saindo do tratamento da asma no ambiente de PSF, no ambulatório; agora a criançaestá no pronto-atendimento) -Criança chega na CRISE (até agora a gente tentou evitar que a criança chegasse nesse momento de crise). KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 Causas de grande morbidade; Controle diminui o risco de exacerbações e consequentemente de óbitos; A crise ocorre de forma gradual, podendo melhorar de 5 a 7 dias, senão for tratada logo. -Causas: Infecções virais Exposição a alérgenos ambientais; Poluição ambiental; Exposição ocupacional Alguns anti-inflamatórios (AINE) -ATENDIMENTO INICIAL tem que ser rápido e objetivo, para iniciar logo o tratamento dessa exacerbação. E o melhor parâmetro para avaliar a gravidade dessa criança é a oximetria, de preferência logo no início do atendimento. -Exames complementares: diagnóstico diferencial, comorbidades ou complicações; OBS.: Raio-X, exames de imagem e exame de sangue não precisa, porque é clínico o diagnóstico (não precisa fazer exames). A não ser que se suspeite de algo a mais, por exemplo, a criança está na crise de asma, mas estou suspeitando que ela tem pneumonia, aí faz o raio-X. Mas se for só a crise asmática não há necessidade. -Identificação de eventos graves: Crianças menores de 12 meses. São doses repetidas de Beta 2 de curta ação nas primeiras horas após instalação de anormalidades clínicas (usar salbutamol e fenoterol 1 gota para cada 2kg de peso . Recidivas abruptas. Por exemplo, a criança teve crise e foi para a emergência, melhorou e voltou para casa; mas em dois dias ela voltou cansada novamente, provavelmente esse cansaço deve vim mais grave que o primeiro. -Classificação da intensidade das exacerbações em crianças e adultos: Leve a moderada; Grave; ou Muito grave. Leva em consideração: Impressão clínica geral, como a criança está: agitada, ou está bem, ou está cianótica, sudoréica. Só tem alteração na muito grave. Estado mental: Sibilância: -Na muito grave, o murmúrio vesicular pode está diminuído, ou não ter sibilo. Porque a fisiopatologia é a obstrução da via aérea, então, na muito grave subtende-se que está tão obstruído que não tem nem espaço para auscultar o sibilo. Então, nem sempre a ausência de sibilo significa que está leve, pode está tão grave que não consegue nem auscultar o sibilo. ***A criança pode chegar tossindo e você perceber só na ausculta que tem sibilo, ou ele pode dizer que está com um aperto no peito. Ou pode ser só tosse (tossindo sem parar), sem ter desconforto, uma crise leve. Provavelmente na primeira etapa da -Na emergência: A primeira coisa no atendimento é vê a SATURAÇÃO dessa criança. E vou iniciar a oxigenoterapia se a saturação estiver menor KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 que 94- 95% na criança é melhor iniciar com a máscara de Venturi (principalmente na criancinha menor, porque ela pode não suportar o cateter de oxigênio). E na máscara de Venturi, consegue limitar quanto de oxigênio está sendo dado a criança, desde 28 ate 50% de oxigênio. Depende da cor, a azul é 28%, e a verde é 50%, e depende da marca também. Deve controlar, por exemplo, se a criança chegar com uma saturação muito baixa, já posso começar com a Venturi de 50, e aí à medida que vou vendo que a criança está respondendo (Venturi com 50, e ela está saturando com 98), peço para reduzir para 40%. Se está saturando 98 mesmo com os 40%, peço para reduzir para 35, até deixar ela em ambiente. Broncodilatadores de curta ação: salbutamol (aerolin)/ fenoterol ( berotec) Solução p /NBZ -5mg/ml: -nebulizador -1 gota/2kg, a cada 20 min, por 3 vezes Min : 5 gotas/ Max 20gotas -adicionar 3 ml de SF0,9% -Fluxo de O2 6l/ min Pode ser a bombinha ou a nebulização, dependendo do hospital. Pode fazer através da inalação (do inalador pressurizado), usa o Aerolin ou o Salbutamol. Faz 1 jato para cada três quilos, marcado em vinte minutos por três vezes. Só que tem a dose máxima de 10 jatos. EXEMPLO: Se a criança tiver 9 kg, então, eu vou fazer 3 jatos. Primeiro faço um jato, conto até 10, espera um pouquinho e agita novamente, depois faço outro jato; conto até 10, espero e agita novamente; e faço o terceiro jato. Conta 20 minutos, aí repete mais três jatos. Terminou os três jatos, começa a contar 20 minutos e repete mais três jatos. São três vezes, dados de 20 em 20 minutos. Se a criança tiver 11 kg deixa três jatos. Se o hospital não dispõe de inalador, mas se ele tem a nebulização, faz-se com Berotec também. Adiciona-se 1 gota a cada 3 kg, no intervalo de 20/20 minutos, 3 vezes. Apresenta máximo de 20 gotas e mínimo de 5 gotas. Portanto, se a criança tem 9 kg, administra-se 5 gotas. Era para ser 3, mas o mínimo são 5 gotas. Isso ocorre, porque foram feitos estudos que observaram que apenas a partir de 5 gotas é que se consegue penetrar na via aérea e apresentar uma resposta efetiva. Assim, mesmo que seja um bebezinho de 9 dias ou apresenta 3 kg, coloca-se 5 gotas. Por fim, a criança apresenta 2 kg, coloca-se 5 gotas. CORTICOIDE -essenciais e devem ser usados precocemente (na 1ª hora) -diminuem ainflamaçã, aceleram a recuperação; -reduzem recidivas e hospitalização; -diminuem o risco de ama fatal; - VO é semelhante a IV Prednisona (3mg/ml): 1-2mg/kg/dia, VO, max 60mg; Prednisona: 2 a 4 mg/kg/dose. Pode repetir a cada 4 a 6 horas. Nome comercial: Predsim. 2ª opção : Hidrocortisona(500mg):2- 4mg/kg/dose, IV, a cada 4-6 h, dose max 250mg Almi faz : dose de ataque de 20mg/kg/dose e as subsequentes 5 mg/kg/dose a cada 6 h Pode-se usar a dexametosa 0,15mg/kg/ dose a cada 6 h. como efeito colateral : coceira em região vaginal e anal. Em relação ao máximo de gotas, é da mesma forma. Prepara a solução, como são gotas, adiciona-se 3 ml de soro, pinga 5 gotas e coloca na nebulização. Terminada a nebulização, espera 20 minutos para iniciar a próxima. Lembrando que na nebulização KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 tem de acoplar o fluxo de oxigênio de 6 L/min. EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO (NA EMERGÊNCIA): peso 10kg 1) Nebyulização SF0,9%-3ml Berotec-5 gotas O2-6L/min Fazer 3 vez, de 20/20 min. Reavaliar após 30 minutos do término. Ou: Se no hospital tiver Salbutamol e inalador pressurizado: Coloca-se Salbutamol 100 mcg, fazer 5 jatos de 20 em 20 minutos. Reavaliar após 30 minutos do término da 3ª nebulização. Se apresentar indicação de corticoide, pega o peso, divide por 3 (que é o índice da prednisona 3,3,3). Via oral, porque é na emergência. O corticoide sempre vai ser usado na emergência? RESPOSTA: A partir de agravos. Portanto, se for grave ou muito grave, utiliza-se o corticoide. Prednisolona (3mg/ml) – dar 3,5ml, VO, agora. BROMETO DE IPRATRÓPIO (ATROVENT) É utilizado apenas em crises graves ou muito graves. Deve-se utilizar no primeiro ciclo da nebulização. Na primeira vez em que for prescrever, acrescenta-se o Atrovent. Lembrando que só utiliza no primeiro ciclo (nas 3 primeiras nebulizações). Porque ele só atua em broncofronte de calibre maior, ele tem efeito sinérgicos, melhora o efeito broncodilatador do feoterol e salbutamol. OBS: leituras indicam que só deve ser usado em pacientes com calibre maior . Antigamente, fazia-se várias vezes. Quando o paciente fosse pra casa, prescrevia para casa. Porém, atualmente foi comprovado que o Atrovent só possui efeito no primeiro ciclo de nebulização. Não adianta prescrever no restante. Prescrição: Se a criança apresenta < 10 kg: 10 gotas, a cada 20 minutos, 3 vezes. Se a criança apresenta >10 kg: 20 gotas, a cada 20 minutos, 3 vezes. Se for em jato: Menores de 5 anos: 2 jatos. A cada 20 minutos, 3 vezes. Maiores de 5 anos:4 jatos. A cada 20 minutos, 3 vezes. OBS: Diminui a necessidade de admissão hospitalar, ou seja, de internar. Coloca junto: O soro, o Berotec e o Atrovent. Antigamente era do dobro. Se fosse 5 gotas de Berotec, seriam 10 de atrovent. Isso não existe mais, ou são 10 ou 20 gotas. SULFATO DE MAGNÉSIO E AMINOFILINA - a aminofilina é usada em prematuros para evitar ou tratar a apneia da prematuridade. Dose de ataque 6 mg/kg/ dose infundir lentamente, por um período de 30 min, geralmente, em bomba de seringa, pq ela causa taquicardia. E dose de manutenção 15 mg/kg/dose de 12/12h até 7 dias após o último episódio de apneia da prematuridade. Existem,ainda, sulfato de magnésio(crise asmática rebelde), Teofilina, Beta-2 intravenoso. Porém, essas medicações só são feitas idealmente em ambiente de UTI, porque a criança precisa ser monitorizada. KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 Isso ocorre, porque, por exemplo, o Beta-2 intravenoso pode causar taquicardia. Desse modo, a criança deve estar sendo monitorizada para identificar a taquicardia e já retirar a medicação, e fazer medicação para reversão. AVALIAÇÃO DA REPOSTA AO TRATAMENTO: 30-60 min após o tratamento inicial reclassificação; Sinais clínicos ≠ intensidade da obstrução ( Pode ser que a criança esteja muito grave, mas os sinais dela talvez não sejam percebidos pelo médico. Desse modo, nesses casos, percebe-se através da saturação. Por isso, é importante a monitorização contínua da saturação). Medida objetiva da gravidade: Sat O2 ALTA Educação dos pacientes e familiares; Medicação preventiva/ uso correto Prednisolona 1mg/kg/dia (max 60 mg/dia),pela manhã, por 3-5 dias e NBZ ou inalação com broncodilatador; Exemplo de prescrição ( na alta): 10kg 1) Nebulização SF0,9%-3ml Berotec-5 gotas Fazer de 4/4 horas ou de 6/6 horas, por 5 dias. OU: Salbutamol (aerolim) 100mcg...........01 frasco Aspirar o conteúdo de 5 jatos, com espaçador, de4/4horas ou 6/6 horas 2)Prednisolona (3mg/ml)........01 frasco Dar 3,4ml, 1xao dia, pela manhã,por 5 dias.(1mg/kg/dose) Prescrição: Nebulização (da mesma forma), porém sem oxigênio. Berotec – 3ml. Pode fazer de 4 em 4 horas ou de 6 em 6 horas. Durante 5 dias. . Prescreve-se também o corticoide inalatório por 5 dias. INDICAÇÃO DE UTI . PCR/ Se a criança parar. . Se você ver que já está na venturi a 50%, mas a criança não melhora. . A saturação continua abaixo de 95%. . A criança continua com desconforto respiratório, então provavelmente ela vai fadigar, vou ter que intubá-la, assim solicito vaga de UTI. . Se eu puder fazer uma gasometria, vou ver se tem hipercapnia, se tem acidose( PH< 7,3), se tem hipóxia. Dessa forma, verei se tem indicação para intubar e, da mesma forma, tem que ir para a UTI. . Aumento do Lactato sérico. Hipotensão ou arritmia grave, no caso se ela tiver uma arritmia secundária ao meu tratamento com o BETA-2. FLUXO Avaliação inicial: FR( tem que contar por 1 min), FC ( pode contarem 15 segundos e multiplicar por 4 ou contar em 10segundos e multiplicar por6), dispneia, grau de alerta, cor, satO2 e classificar em: Leve a moderada Grave Muito grave A partir disso, vou iniciar o tratamento com: . BETA-2 por 3x, que dá uma duração média de 1 hora. . Faço o oxigênio, se a saturação estiver menor que 95% . Faço o corticoide, se a criança já utilizava em casa. A criança já é acompanhada, e a mãe refere que utilizou em casa, porém a KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 criança não melhorou. Se a criança já utiliza o corticoide em casa, eu também faço na exacerbação. . Faço brometo de ipatrópio, se for crise grave. Faço, aguardo 30 minutos, após as 3 nebulizações ou inalações e reavalio essa criança. Se ela teve uma boa resposta, então eu aumento essa nebulização para de 2 em 2 horas, mantenho ela em observação. Se ela realmente melhorou após 6 a 7 horas de observação, vai para casa. Ela vai receber alta com todas aquelas orientações. Se ela teve resposta incompleta , eu posso manter ou adicionar o corticoide (caso eu ainda não tenha colocado), repetir o BETA-2 de 15 em 15 minutos ou fazer nebulização contínua. Obs: Nós sempre preferimos repetir um novo ciclo de nebulização ! Faço mais 3x, de 20 em 20 minutos, e peço para reavaliar essa criança. Se teve uma má resposta (a criança não melhorou nada), eu posso repetir B2 20/20 min ou nebulização contínua e pensar em sulfato de magnésio e, se eu penso em sulfato de magnésio, consequentemente penso em UTI. Posso utilizar o sulfato de magnésio sem a criança estar na UTI ? Sim. Se for uma criança que não está grave e não respondeu ao meu tratamento. Lembrando que ela tem que estar monitorada. Após isso, vou reavaliar. Se ela teve uma boa resposta, vai para casa. Ela teve uma resposta incompleta, vou internar, porque ela vai precisar ficar fazendo nebulização de 2 em 2 horas ou de hora em hora. E, à medida que ela for respondendo, vou deixando de 3 em 3 ou de 4 em 4 horas, até chegar a ser de 6 em 6, que é o que ela irá fazer em casa, sem ela ter desconforto respiratório. Por fim, se ela teve uma má resposta, eu penso em fazer BETA-2 intravenoso, na UTI. Bricanil- que é a terbutalina ( que também é utilizada para trabalho de parto) OBJETIVO COM O TRATAMENTO DA ASMA . Evitar que ela chegue nesse ponto, evitar que ela tenha as crises e, se ela tiver, que consiga resolver em casa, ela não precise ir para o hospital para tratar. Com isso, eu sempre vou prescrever uma medicação de resgate, sempre vou orientar aos pais que, só vá para o hospital, se fez a bombinha em casa, e a criança não melhorou. BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA É uma infecção do trato inferior, é mais comum nos menores de 6 meses. Como foi dito, o primeiro cansaço em crianças menores de 6 meses, nós sempre iremos pensar primeiro em bronquiolite. Obs: É uma pneumonia viral. . É a causa mais frequente de internamento em lactentes . Tem um período de sazonalidade (maio a agosto). . O principal agente etiológico é o vírus sincicial respiratório (VRS), mas pode ser também pelo metapneumovírus(hMPV), parainfuenza, rinovírus e pelo adenovírus. Quando é acometido pelo adenovírus, ele tem risco de evoluir com a bronquiolite obliterante [é uma complicação, e a criança fica como se fosse com bronquiolite crônica, vai ter sempre um desconforto basal e vai ter alteração de via aérea permanente. Mas, geralmente, é um quadro benigno e rápido]. . É transmitido através da nasofaringe ou da conjuntiva, tem um período de incubação de 4-6 dias. Ocorre a replicação viral na nasofaringe e depois vai para via aérea inferior. . O vírus sincicial respiratório é pouco agressivo, porém ele tem uma grande KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 afinidade pelo epitélio bronquiolar, com isso ele desenvolve a bronquiolite, levando ao acúmulo de muco, debris celular, exsudato, tanto nos bronquíolos quanto nos alvéolos. Os fatores contribuintes para o lactente ter uma maior predisposição para a bronquiolite é o fino e pequeno calibre dos bronquíolos. E, ele pode ter bronquiolite mais de uma vez, sendo provavelmente um lactente que evoluirá para asma, chama-se de lactente sibilante. Ele sempre vai ter episódio de bronquiolite. FISIOPATOLOGIA aquisição do vírus : contato direto com secreções contaminadas- gotículas ou fômites; porta de entrada: nasofaringe ou conjuntiva; período de incubação 4-6 dias; replicação viral (nasofaringe) VAI (1- 3dias) VSR: pouco agressivo, porém tem grande afinidade pelo epitélio bronquiolar; Necrose e proliferação do epitélio bronquiolar destruição das células do epitélio ciliado acúmulo de muco e debris celulares exsudato nos bronquíolos alvéolos OBS: O desconforto respiratório tendea ser mais forte após 4 dias do ínicio da sibilância. Fatores contribuintes: menor diâmetro dos bronquíolos do lactente; Pode haver nova infecção. FATORES DE RISCO 1. Menores de 3 meses 2. Baixo Peso ao nascer 3. Desnutrição 4. Cardiopatia hemodinâmica significante ou pneumopatia crônica 5. Elevado número de habitantes por cômodo, por causa da transmissibilidade. 6. Um dos principais fatores de risco também é a prematuridade (<29 semanas) 7. Prematuros com displasia broncopulmonar, devido a imaturidade dos alvéolos, que vai atingir sua normalidade com 5 º ano de vida; 8. Paciente que apresenta anomalias congênitas QUADRO CLÍNICO . Coriza hialina, espirro, tosse que são os pródromos, como se fosse um resfriado comum, só que com 48-72 horas, evolui com desconforto respiratório e sibilância, estertores,uso de musculatura acessória e batimento de asa de nariz. Ele tem taquidispneia (a frequência respiratória aumenta e tem o desconforto). Na ausculta consegue-se identificar os sibilos. OBS: 1º episódio de prodrómo viral alto, seguidode sibilância ou desconforto respiratório obstrutivo em crianças <2 anos Em crianças prematuras < 2meses a apneia pode ser uma manifestação inicial da bronquiolite viral aguda. EXAME FÍSICO . Ele vai ter taquipneia, tiragem, sibilância, pode ter creptos, como na pneumonia, mas aqui, é crepto junto com sibilo. O tempo expiratório vai estar prolongado. Geralmente, nas demais crianças a inspiração é mais prolongada que a expiração, mas na criança com bronquiolite é o contrário. . Sempre avaliar sinais de desidratação e sinais de insuficiência respiratória. . A maioria dos casos é leve e melhora em até 6 dias. . O primeiro geralmente é o mais lento. KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 . Geralmente é o primeiro episódio de cansaço na criança. . A radiografia de tórax só faz para aqueles que tem indicação de internamento. Se ver que dá para fazer o tratamento ambulatorial, não precisa de Rx. Se eu fizer o Rx, vou ver sinais de hiperinsuflação (os arcos costais e o diafragma vão estar retificados) e vai ter um infiltrado difuso Obs: O livro diz para não usar antibiótico na bronquiolite viral aguda, o tratamento é feito somente com hidratação parenteral, ou se a criança tiver condições de ingerir liquido, hidratação oral, usode O2 em cateter nasal, uso de haludiude, nebulização com soro fisiológico, se ele não melhora com sf0,9%, vc vai fazer nebulização com uma solução salina a 3%. Como preparo a solução salina a 3%? 8,5ml de água destilada + 1,5 de NaCl a 20% . Identificação do agente etiológico : sorologia, métodos de identificação viral estudos e pesquisas ;O agente etiológico só faz para pesquisa, não há necessidade de fazer o exame para identifica-lo. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL . Primeiro episódio de asma. Geralmente é identificado como broquiolite. . Coqueluche, mas esta tem a característica de dar tosse paradoxal. . insuficiência cardíaca congestiva TRATAMENTO Domiciliar : quadros leves Sintomáticos: nebulização, hidratação, lavagem nasal, oxigenioterapia se a saturação for baixa. Já foi testado beta 2, atrovent, corticoide, mas não tem nada comprovado de que eles agem de forma positiva na bronquiolite. Fazer ou não fazer, a doença evolui da mesma forma. Ou seja, teste terapêutico com broncodilatador é controverso ( publicação de guideline de pediatria de 2014). Em casos de insuficiência respiratória grave é indicado iniciar o corticoide. Brometo de ipratrópio não é indicado em hipótese alguma. HOSPITALAR: Dificuldade respiratória moderada ou grave <2 meses Doenças basais associadas Eficaz ( comprovado) O2, se a saturação <92% Hidratação Fluidificação das VA: soro fisiológico , NBZ com SF Controverso Teste de boncodilatador inalatório Casos de IRgrave : corticóde ( poucas evidências) Brometo de ipatrópio não é indicado. EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÃO O prognostico é bom, a mortalidade é muito baixa. Pode até iniciar grave, mas a criança responde muito bem, melhora na primeira semana. A tosse e o sibilo podem persistir, continua tossindo e na ausculta tem o sibilo ainda. É um fator de risco para sibilância recorrente. Complicação: bronquiolite obliterante, se não for causada pelo vírus sincicial respiratório e sim pelo adenovírus. A ingestão de solução salina hipertônica a 3% diminui o tempo de internação e os scores de gravidade da bronquilite. Essa solução por ser hipertônica leva água até a parede brônquica para sua luz, diminuindo o edema e fluidificando as secreções. É recomendado somente para KAROLINE BARROS FIGUEIRÊDO p5 pacientes que não respondem a nebulização com soro a 0,9%. PREVENÇÃO Evitar contatos com pessoas com IVAS, lugares aglomerados, no hospital fazer uso de EPIs porque é facilmente transmissível, lavagem de mão e EPIs. Nas crianças prematuras já é preconizado o uso do palivizumabe ( anticorpo monoclonal- 1ª aplicação: 1 mês antes do pico e por mais 4 doses subsequentes mensalmente) para evitar que tenham bronquiolite. Nas UTIs pediátricas e nas maternidades de grande porte, já prescrevem o palivizumabe para evitar que a criança complique com a bronquiolite. Indicação do palivizumabe Crinças com <1 ano que nasceram prematuro (<29 semanas)ou para crianças com até 2 anos de idade com displasia pulmonar ou com doença cardíaca congênita com instabilidade hemodinâmica comprovada. OBS: geralmente, a bronquiolite viral aguda não evolui para pneumonia bacteriana. Principal complicação da bronquiolite vira aguda é a otite viral.
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