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Prévia do material em texto

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ARCHIMEDES THEODORO 
 
Felipe Nunes Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE PNEUMOTÓRAX 
HIPERTENSIVO NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além Paraíba 
2016 
 
Felipe Nunes Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE PNEUMOTÓRAX 
HIPERTENSIVO NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
Monografia de conclusão de curso 
apresentada ao curso de graduação em 
Enfermagem, Faculdade de Ciências da 
Saúde Archimedes Theodoro, Fundação 
Educacional de Além Paraíba, como 
requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel em Enfermagem. 
Prof. Orientador: Prof. Antônio Carlos 
de Souza Ribeiro. 
Prof da disciplina: Douglas Pereira Senra 
 
 
 
 
Além Paraíba 
2016 
 
Felipe Nunes Lima 
 
 
O ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE PNEUMOTÓRAX 
HIPERTENSIVO NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
 
Monografia de conclusão de curso 
apresentada ao curso de graduação em 
Enfermagem, Faculdade de Ciências da 
Saúde Archimedes Theodoro, Fundação 
Educacional de Além Paraíba, como 
requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel em Enfermagem e aprovada 
pela seguinte banca examinadora: 
 
 
____________________________________________________________ 
Prof. Douglas Pereira Senra 
(Prof. da Disciplina) 
Fundação Educacional de Além Paraíba 
 
 
_______________________________________________________________ 
Prof. Orientador: Prof. Antônio Carlos de Souza Ribeiro. 
 (Orientador) 
Fundação Educacional de Além Paraíba 
 
 
______________________________________________________________ 
Enfermeiro Pierre de M. Pimentel 
 (Convidado) 
Coordenador da sala de trauma do HMDLJ 
 
Além Paraíba 
10/12/2016 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMA, Felipe Nunes. 
 
O enfermeiro no atendimento de pneumotórax hipertensivo no setor de 
urgência e emergência/ LIMA, Felipe Nunes, 2016. 
 
Além Paraíba: FEAP/FAC SAÚDE ARTH, Graduação, 2016. 
 
Monografia (Bacharel em Enfermagem) – Fundação Educacional de Além Paraíba, 
FAC SAÚDE ARTH, Além Paraíba, 2016. 
 
Prof. da Disciplina: Prof. Douglas Pereira Senra 
Orientação: Prof. Antônio Carlos de Souza Ribeiro. 
 
1. Enfermagem. 2. Pneumotórax. 3.Trauma. - Monografia 
I. Douglas Pereira Senra (Prof. da Disciplina.). II. Prof. Antônio Carlos de Souza 
Ribeiro. (Orient.). III. Fundação Educacional de Além Paraíba, Bacharel em 
Enfermagem. IV. O enfermeiro no atendimento de pneumotórax hipertensivo no 
setor de urgência e emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico estes escritos a minha família por 
ter me dado força e sabedoria ao longo 
da minha formação. Principalmente, aos 
meus pais, Jorge e Sebastiana, por seus 
exemplos de força, perseverança e ética 
no trabalho e na vida. A minha irmã 
Layfa que acompanhou e me incentivou 
em um longo trajeto em minha 
formação. Também uma dedicatória 
especial aos meus amigos por terem 
compreendido os momentos de ausência. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço acima de tudo aos meus pais, familiares e amigos pelo apoio, orações 
e incentivo. 
Agradeço ao meu orientador Prof. Antônio Carlos de Souza Ribeiro, pelo 
interesse em ajudar, ao acolhimento, pelo compartilhamento de seu conhecimento e pelo 
seu trabalho firme e dedicado ao longo desse percurso. 
Ao professor desta disciplina, Prof. Douglas Pereira Senra pela participação 
ensino e ajuda fundamental para conclusão deste TCC. 
A Fundação Educacional de Além Paraíba (FAC SAÚDE ARTH), sem o qual 
nada disso seria possível. 
E a todos os professores desta fundação e aos que passaram ao longo de toda 
minha vida, que colaboraram para que eu pudesse chegar até aqui, muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O destino do traumatizado está nas 
mãos de quem faz o primeiro curativo.” 
(Nicholas Senn, MD) 
 
 
 
RESUMO 
 
LIMA, Felipe Nunes. O enfermeiro no atendimento de pneumotórax 
hipertensivo no setor de urgência e emergência. Além Paraíba. Monografia 
(Bacharelado em Enfermagem) – Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes 
Theodoro, Fundação Educacional de Além Paraíba, 2016. 
 
 
O pneumotórax é definido como o acúmulo de ar entre as pleuras parietal e 
visceral, em geral ocorre como resultado de uma doença ou lesão dos pulmões, 
levando ao aumento da pressão intratorácica, com colapso do tecido pulmonar, 
levando a hipóxia. Sua classificação é feita de acordo com sua etiologia 
(traumático, espontâneo ou iatrogênico) ou fisiopatologia (aberto ou fechado). 
O diagnóstico deve ser feito com base nos exames clínicos iniciais (anamnese e 
observação dos sinais clínicos), além de confirmação através de exames 
complementares (toracocentese e imagens radiográficas). A abordagem do 
paciente com trauma torácico deve obedecer a ordem do ABC emergencial. Os 
casos de pneumotórax traumático têm prognóstico bom a excelente, quando 
não associado a outras alterações sistêmicas. O presente trabalho tem como 
objetivo descrever tal patologia, descrevendo as principais alterações 
decorrentes, através de revisão bibliográfica, e mostrar como o enfermeiro 
pode identificar mais precocemente as manifestações clínicas do pneumotórax 
hipertensivo e qual a importância disto. 
 
Palavras chaves: pneumotórax, trauma, toracocentese, colapso pulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
LIMA, Felipe Nunes. O enfermeiro no atendimento de pneumotórax 
hipertensivo no setor de urgência e emergência. Além Paraíba. Monografia 
(Bacharelado em Enfermagem) – Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes 
Theodoro, Fundação Educacional de Além Paraíba, 2016. 
 
 
The pneumothorax is defined as the accumulation of air between the parietal 
and visceral pleura generally occurs as a result of disease or injury of the lungs, 
leading to an increase in intrathoracic pressure with collapse of lung tissue, 
leading to hypoxia. Their classification is made according to its aetiology 
(traumatic, spontaneous or iatrogenic) or pathophysiology (open or closed). 
The diagnosis should be made based on the initial clinical examination (history 
and observation of clinical signs), and confirmed by laboratory tests 
(thoracentesis and radiographic images). The management of patients with 
thoracic trauma must obey the order of the emergency ABC. Cases of 
traumatic pneumothorax have a good prognosis excellent when not associated 
with other systemic changes. This paper aims to describe this pathology, 
describing the main changes arising through literature review, and show how 
nurses can identify the earliest clinical manifestations of tension pneumothorax 
and the importance of it. 
 
Key words: pneumothorax, trauma, thoracentesis, pulmonary collapse 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 Página 
 
FIGURA 1: Como ocorre a respiração. Fonte: Google 15 
FIGURA 2: Receptores localizados na aorta e nas carótidas são sensíveis ao 
nível de O² e estimulam os pulmões a aumentar a entrada e saída de ar nos 
sacos alveolares. Fonte: NORMAN; et AL, 2012 
16 
FIGURA 3: Pneumotórax. Fonte: Google 18 
FIGURA 4: Pneumotórax Hipertensivo. Quando a quantidade de ar no 
espaço pleural aumenta muito, não só o pulmão do lado afetado sofre 
colabamento, como também o mediastino é desviado para o lado oposto. 
Fonte: NORMAN; et AL, 2012 
FIGURA 5: A descompressão com agulha da cavidade torácica é mais fácil 
de ser feita e tem menos riscos de complicações se for realizada na linha 
hemiclavicular na segundo espaço intercostal. Fonte: NORMAN; et AL, 
2012 
19 
 
 
 
22 
FIGURA 6: Esquema de colocação de dreno em Pneumotórax Hipertensivo. 
Fonte: Google 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 Página 
 
1- INTRODUÇÃO 102- OBJETIVOS 12 
3- METODOLOGIA 13 
4- ANATOMIA E FISIOLOGIA PULMONAR 
4.1- Conceito de respiração 
4.2- Anatomia e fisiologia pulmonar 
14 
14 
14 
5- PNEUMOTÓRAX 
6- AVALIAÇÃO INICIAL DAS LESÕES TRAUMÁTICAS TORÁCICAS 
17 
21 
CONCLUSÃO 23 
REFERÊNCIAS 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 
A partir da disciplina de Urgência e Emergência
1
, surgiu interesse no papel do 
enfermeiro nos Atendimentos de Pneumotórax Hipertensivo no setor de Urgência e 
Emergência. Após assistir alguns vídeos sobre o tema, o interesse se concretizou. 
Esse trabalho tem como objetivo descrever tal patologia, através de revisão 
bibliográfica, e mostrar como o enfermeiro pode identificar mais precocemente as 
manifestações clínicas do pneumotórax hipertensivo e como essa percepção pode influenciar 
no tratamento imediato. 
O pneumotórax (PTX) é caracterizado pela presença de ar na cavidade pleural, o que 
em geral ocorre como resultado de uma doença ou lesão dos pulmões. Alguns pneumotórax 
constituem uma emergência médica, outros não. Para se entender melhor o que é 
o pneumotórax é necessário conhecer, pelo menos em parte, sobre a anatomia dos pulmões. 
Os pulmões são órgãos aerados e expansíveis que ficam localizados dentro da caixa torácica. 
Eles são revestidos pela pleura, um “saco” constituído por duas membranas justapostas uma à 
outra. Uma delas é aderida aos pulmões (pleura visceral) e a outra à parede torácica interna 
(pleura parietal), formando entre elas um espaço virtual, chamado cavidade pleural, 
preenchido apenas por uma fina camada de líquido lubrificante (líquido pleural). Quando, por 
qualquer razão, o ar penetra e preenche parcialmente essa cavidade, tem-se 
um pneumotórax (pneumo=ar). (ABC .MED.BR, 2013). 
O pneumotórax foi a primeira doença reconhecida no espaço pleural. Em 1623, 
Ambroise Paré descreveu a presença de enfisema subcutâneo secundário à fratura de costela, 
sem mencionar, contudo a presença de pneumotórax associado. Em 1724, no seu relato de 
ruptura espontânea de esôfago, Boerhaave, “o segundo Hipócrates”, descreveu a presença de 
grande quantidade de ar na cavidade pleural com colapso pulmonar e foi o primeiro autor a 
relatar a ocorrência de pneumotórax na ausência de um trauma torácico externo. 
Alexander Monro (1770), professor de física e anatomia da Universidade de 
Edimburg, propôs a toracocentese como medida terapêutica em livro por ele escrito e 
intitulado: A state of facts concerning the first proposal of performing the paracentesis of the 
 
1
 Disciplina do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes Theodoro 
da FEAP, ministrada pelo Professor Especialista Antônio Carlos Souza, no 7º período. 
 
11 
 
thorax, on account of air effused from the lungs in to the cavities of the pleurae.
2
 Esse 
procedimento, por sinal, é utilizado até hoje (descompressão imediata). Biach (1880), em 
análise da literatura, enfatizou a relação do pneumotórax com a tuberculose, sendo esta a 
principal causa associada, excetuando-se o trauma. 
Por muitos anos o pneumotórax foi considerado como complicação de 
tuberculose. Em 1940, Martin Fallon publicou a primeira demonstração radiográfica de uma 
cavidade pulmonar induzida por trauma. Tratava-se do caso de um paciente de 24 anos, um 
estudante de medicina que sofreu um trauma de tórax durante uma luta de boxe. A associação 
do pneumotórax com tuberculose começou a ser questionada por vários autores, entre os quais 
Fussel e Riesman (1902), mas foi Kjaergaard (1932) quem estabeleceu que o pneumotórax é 
uma entidade distinta da tuberculose, documentando radiologicamente a existência de bolhas 
subpleurais de enfisema, sendo estas responsáveis pelo desencadeamento do mesmo . 
Deixando claro que ocorre como resultado de uma doença ou lesão dos pulmões e não 
somente à Tuberculose. 
Esse tema foi colocado como objeto de escolha e estudo mais aprofundado, uma vez 
que acontece em constantemente na rotina, principalmente quando oriundos de trauma. 
Sua prevalência se dá, em parte, à sua incidência e, por outro lado, pelo aumento da 
gravidade e da mortalidade das lesões. Isto se deve pelo aumento de intensidade e variedade 
dos mecanismos lesivos, como por exemplo, a maior velocidade dos automóveis, a violência 
urbana, e dentro desta, o maior poder lesivo dos armamentos, além de outros fatores. 
Diante do exposto acima, temos que o enfermeiro é de extrema importância na 
identificação imediata das manifestações clínicas do pneumotórax hipertensivo, já que é quem 
faz o primeiro contato com o paciente, e auxilia ao médico, por meio de percepção de sinais e 
sintomas, definir a conduta terapêutica mais eficaz e de maior embasamento científico 
disponível para atuar, buscando o melhor prognóstico do paciente. Afinal, o enfermeiro deve 
ser capaz de perceber e diagnosticar troca de gases prejudicada, perfusão tissular ineficaz 
cardiopulmonar e risco de infecção; Capaz de fazer intervenções, como: monitoramento de 
parâmetros hemodinâmicos contínuos, avaliação do nível de consciência, manter adequada 
ventilação e oxigenação; E observar sinais flogísticos no local de inserção do dreno de tórax. 
Assim como, ter a consciência de seu possível papel de disseminador de antígenos, tendo a 
disciplina de higienizar as mãos e demais precauções-padrão antes e após contato com 
paciente. 
 
2
“Estado dos fatos acerca da primeira proposta de realizar a paracentese do tórax, por causa da saída de ar dos 
pulmões para dentro das cavidades das pleuras” (Tradução do titulo do livro). 
12 
 
 
 
 
 
2- OBJETIVOS 
 
 
Refletir como esse tema é recorrente quando se pensa em Setor de Urgência e 
Emergência, 
 Conscientizar e mostrar como o enfermeiro pode identificar mais precocemente as 
manifestações clínicas do pneumotórax hipertensivo; 
Discutir como acontece anato-fisiologicamente o Pneumotórax hipertensivo, como 
este pode ser identificado, mostrando as principais alterações decorrentes do pneumotórax e 
suas opções de tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
3- METODOLOGIA 
 
 
Trata-se de uma pesquisa teórica, de caráter qualitativo, na qual será feito um 
levantamento bibliográfico em livros, revistas científicas, artigos, sites da internet, em autores 
clássicos e contemporâneos, com o objetivo de argumentar a respeito do tema proposto, 
responder à questão de pesquisa e sustentar a hipótese. 
Para tanto, a futura pesquisa será composta por dois capítulos, o primeiro capítulo será 
abordado a anato-fisiologia pulmonar e respiratória, mostrando a localização no pulmão na 
cavidade torácica, assim como o processo de trocas gasosas e músculos envolvidos no 
processo de respiração. Enquanto o segundo capítulo será abordado como se dá o 
Pneumotórax hipertensivo, assim como sua definição, sintomas e tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
4- ANATOMIA E FISIOLOGIA PULMONAR 
 
 
4.1- Conceito da respiração 
 
 
A respiração é um processo fisiológico imprescindível à vida. O sistema respiratório 
pode ser comparado a uma bomba vital permitindo a troca de gases entre as células de um 
organismo e o meio ambiente. Algumas fases compõem o processo respiratório, como a 
ventilação e a circulação. A ventilação consiste no movimento dos gases para dentro e para 
fora dos pulmões, a partir do processo de inspiração e expiração e a circulação realiza o 
transporte desses gases para os tecidos. (AZEREDO, 2002; KENDALL, 1995). 
 
 
4.2 Anatomia e fisiologia pulmonar 
 
 
O sistema respiratório começa no nariz e termina no alvéolo mais distal. Assim, a 
cavidade nasal, a faringe posterior, a glote e as pregas vocais, a traqueia e todas as 
divisões da árvore traqueobrônquica são inclusasno sistema respiratório. As vias 
aéreas superiores consistem em todas as estruturas do nariz até as pregas vocais, 
incluindo seios nasais e a laringe, enquanto as vias aéreas inferiores consistem na 
traqueia, nas vias de condução e nos alvéolos. (KOEPPEN & STANTON, 2009, p. 
417) 
 
O tórax é um cilindro oco, constituído por estruturas ósseas e musculares, composto 
de 12 pares de costelas. Destes pares, os 10 superiores articulam-se posteriormente 
com a coluna vertebral torácica e anteriormente com o esterno ou com a costela 
superior. Os dois pares inferiores de costelas só se articulam posteriormente com a 
coluna. Anteriormente, são livres e, por isso, são chamados de ‘costelas flutuantes’. 
Essa caixa óssea fornece uma proteção acentuada aos órgãos internos da cavidade 
torácica. Essa caixa óssea é reforçada por músculos, os músculos intercostais 
localizam-se entre as costelas e as conectam umas às outras. Diversos grupos 
musculares movem a extremidade superior e são parte da parede torácica, incluindo 
os músculos peitorais maiores e menores, os músculos serráteis anteriores e 
posteriores e o músculos grande do dorso. Existem também os músculos envolvidos 
15 
 
no processo de respiração (ventilação), incluindo os músculos intercostais; o 
diafragma, que é um músculo em forma de cúpula aderido à porção inferior do 
tórax. (NORMAN; et AL, 2012, p. 292) 
 
Os objetivos da respiração são prover oxigênio aos tecidos e remover o dióxido de 
carbono. Com o propósito de obter tais objetivos, a respiração pode ser dividida em processos 
como: ventilação pulmonar, que significa o influxo e efluxo de ar entre a atmosfera e os 
alvéolos pulmonares; difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue; 
transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e líquidos corporais e suas trocas com 
as células de todos os tecidos do corpo; e regulação da ventilação pulmonar, e outros aspectos 
da respiração. (GUYTON; HALL, 2006) 
 
O processo da respiração, ou de troca gasosa, começa com o ato da inspiração, que é 
desencadeada pela contração do diafragma. Ao se contrair o diafragma se desloca 
para a cavidade abdominal, deslocando o abdômen para fora e criando pressão 
negativa no interior do tórax. A abertura da glote nas vias aéreas superiores abre 
uma via que conecta o mundo exterior ao sistema respiratório. Como os gases fluem 
da maior para a menor pressão o ar se move para os pulmões, vindo do meio 
externo, de forma muito semelhante ao modo como o aspirador de pó suga ar para 
seu interior. O volume do pulmão aumenta na inspiração, e o oxigênio (O,) é levado 
para o pulmão enquanto, durante a expiração, o diafragma se relaxa, a pressão no 
tórax aumenta e o dióxido de carbono (CO,) e outros gases fluem, passivamente, 
para fora dos pulmões.” (KOEPPEN & STANTON, 2009, p.424) 
 
A Figura1 mostra como ocorre o processo da respiração ou troca gasosa. 
 
 
Figura 1- Como ocorre a respiração. Fonte: Google. 
 
16 
 
 
Os pulmões, direito e esquerdo, órgãos principais da respiração, que captam o 
oxigênio inalado proveniente do ar atmosférico e desprendem o dióxido de carbono, 
estão contidos na cavidade torácica. Entre eles há uma região mediana denominada 
mediastino, ocupada pelo coração, pelos grandes vasos e alguns de seus ramos 
proximais, pelo esôfago, por parte da traquéia e pelos brônquios principais, além de 
nervos e linfáticos. (DANGELO & FATTINI, 2007, p. 153) 
 
Cada pulmão está envolto por um saco seroso completamente fechado, a pleura, que 
apresenta dois folhetos: a pleura visceral que reveste a superfície do pulmão e 
mantém continuidade com a pleural parietal que recobre a face interna da parede do 
tórax. (DANGELO & FATTINI, 2007, p. 153) 
 
A ventilação é controlada pelo centro respiratório do tronco encefálico. O tronco 
encefálico controla a ventilação através do monitoramento da pressão arterial de 
dióxido de carbono (PaCO²) e de oxigênio (PaO²) por células especializadas 
denominadas quimiorreceptores (Figura 2) . (NORMAN; et AL, 2012, p.293) 
 
 
 
Figura 2 - Receptores localizados na aorta e nas carótidas são sensíveis ao nível de O² e estimulam os 
pulmões a aumentar a entrada e saída de ar nos sacos alveolares. Fonte: NORMAN; et AL, 2012, p.295 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
5- PNEUMOTÓRAX 
 
 
O pneumotórax (Figura 3) é definido como o acúmulo de ar entre as pleuras parietal e 
visceral, levando ao aumento da pressão intratorácica, com colapso do tecido pulmonar 
ipsilateral, resultando em grave anormalidade da relação ventilação perfusão, redução da 
capacidade vital, do volume minuto e do retorno venoso, levando à hipóxia por aumento do 
shunt pulmonar (HORLOCKER, 2002). Sua classificação é feita de acordo com sua etiologia 
ou fisiopatologia. 
O pneumotórax pode ser classificado em aberto e fechado, quando referente à 
fisiopatologia, ou em traumático, espontâneo e iatrogênico, quando referente à sua etiologia. 
(ABC.MED.BR, 2013) 
Aberto: São, grosso modo, os ferimentos. Os mais comuns são os causados por arma 
branca (FAB) e os por arma de fogo (FAF). Fechado: São as contusões. O tipo mais 
comum dessa categoria de trauma é representado pelos acidentes automobilísticos. 
(MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR - SIATE/ CBPR, p. 217) 
 
Trauma direto – Neste mecanismo, a caixa torácica é golpeada por um objeto em 
movimento ou ela vai de encontro a uma estrutura fixa. Nesse caso, a parede 
torácica absorve o impacto e o transmite à víscera. Além disso, nesse tipo de trauma 
é freqüente que o indivíduo, ao perceber que o trauma irá ocorrer, 
involuntariamente, inspire e feche a glote, o que poderá causar um pneumotórax no 
paciente. No trauma direto, geralmente, ocorrem lesões bem delimitadas de costelas 
e mais raramente de esterno, coração e vasos, apresentando um bom prognóstico. 
(MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR - SIATE/ CBPR, p.217) 
 
Trauma por compressão – Muito comum em desmoronamentos, construção civil, 
escavações, etc. Apresenta lesões mais difusas na caixa torácica, mal delimitadas e, 
se a compressão for prolongada, pode causar asfixia traumática, apresentando 
cianose cérvico-facial e hemorragia subconjuntival. Em crianças, este mecanismo é 
de primordial importância, visto que a caixa torácica é mais flexível, podendo causar 
lesões extensas de vísceras torácicas (Síndrome do esmagamento) com o mínimo de 
lesão aparente. Em determinadas situações, a lesão do parênquima pulmonar é 
facilitada pelo próprio paciente, como já visto anteriormente (O acidentado, na 
eminência do trauma, “prende a respiração”, fechando a glote e contraindo os 
músculos torácicos, com o intuito de se proteger, mas aumenta demasiadamente a 
pressão pulmonar. No momento do choque, a energia de compressão faz com que 
18 
 
aumente ainda mais essa pressão, provocando o rompimento do parênquima 
pulmonar e até de brônquios). (MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ- 
HOSPITALAR - SIATE/ CBPR, p.217) 
 
Trauma por desaceleração (ou contusão) – Caracterizado por processo inflamatório 
em pulmão e/ou coração no local do impacto, causando edema e presença de 
infiltrado linfomonocitário o que caracterizará a contusão. Nesse tipo de trauma, o 
paciente terá dor local, porém sem alterações no momento do trauma. Após cerca de 
24h, no entanto, o paciente apresentará atelectasia ou quadro semelhante à 
pneumonia. No coração ocorre, geralmente, diminuição da fração de ejeção e 
alteração da função cardíaca (insuficiência cardíaca, arritmias graves, etc.). Esse tipo 
de trauma é muito comum em acidentes automobilísticos e quedas de grandes 
alturas. O choque frontal (horizontal) contra um obstáculo rígido, como, por 
exemplo, o volante de um automóvel, causa à desaceleração rápida da caixa torácica 
com a continuação do movimento dos órgãos intratorácicos, pela lei da inércia. Isto 
leva a uma força de cisalhamento em pontos defixação do órgão, causando ruptura 
da aorta logo após a emergência da artéria subclávia esquerda e do ligamento 
arterioso, que são seus pontos de fixação. Na desaceleração brusca, o coração e a 
aorta descendente báscula para frente rompendo a aorta no seu ponto fixo. Já em 
quedas de grandes alturas, quando o indivíduo cai sentado ou em pé, podem ocorrer 
lesões da valva aórtica. (MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR - 
SIATE/ CBPR, p.217) 
 
Traumas penetrantes – É o mecanismo mais comum de traumas abertos. Pode ser 
causado criminalmente ou acidentalmente por armas brancas, objetos pontiagudos, 
estilhaços de explosões, projéteis de arma de fogo etc. As armas brancas provocam 
lesões mais retilíneas e previsíveis, pela baixa energia cinética. Já as armas de fogo 
causam lesões mais tortuosas, irregulares, sendo por isso mais graves e de mais 
difícil tratamento.” (MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR - 
SIATE/ CBPR, p.217) 
 
Dependendo de sua gravidade, associada com o volume de ar e com a perda da pressão 
negativa intrapleural, pode levar a dificuldade respiratória, hipoxemia severa, diminuição do 
retorno venoso, alteração hemodinâmica e óbito (GOODNIGHT; BUTLER, 2009). 
Pneumotórax hipertensivo ocorre quando o orifício na pleura exerce um papel de 
válvula unidirecional, ou seja, cada vez que a pessoa inspira entra mais ar na cavidade pleural, 
o qual não consegue sair. É o tipo mais grave de pneumotórax e precisa ser reconhecido e 
tratado rapidamente, porque comprime e compromete progressivamente as estruturas 
anatômicas do tórax (pulmões, traquéia, esôfago, mediastino, coração, etc.), podendo levar à 
morte. (ABC.MED.BR, 2013) 
 
 
19 
 
 
Figura 3- Pneumotórax. Fonte: Google. 
 
 
 
6- AVALIAÇÃO INICIAL DAS LESÕES TRAUMÁTICAS TORÁCICAS 
 
 
O enfermeiro é de extrema importância na identificação imediata das manifestações 
clinicas do pneumotórax hipertensivo, já que é quem faz o primeiro contato com o paciente, e 
auxilia ao médico, por meio de percepção de sinais e sintomas, definir a conduta terapêutica 
mais eficaz e de maior embasamento científico disponível para atuar, buscando o melhor 
prognóstico do paciente. 
O pneumotórax hipertensivo é uma emergência com risco de morte. À medida que 
ar continua a entrar no espaço pleural, sem qualquer liberação, a pressão 
intratorácica é elevada. Com o aumento da pressão intratorácica, há piora no 
comprometimento ventilatório e redução no retorno venoso ao coração. O menor 
débito cardíaco, associado à pior troca gasosa, resulta em profundo choque. A maior 
pressão no lado acometido do tórax pode, por fim, empurrar estruturas mediastinais 
para o outro lado da cavidade (Figura 4). Essa distorção anatômica pode piorar, 
ainda mais, o retorno venoso ao coração, dado o dobramento da veia cava inferior. 
Além disso, a insuflação do pulmão do lado não comprometido é bastante restrita, 
resultando em comprometimento respiratório. (NORMAN; et AL, 2012, p. 300) 
 
O pneumotórax hipertensivo é caracterizado por dispnéia intensa (relacionada ao grau 
de compressão do parênquima pulmonar), taquicardia, hipotensão, desvio da traqueia, 
ausência de murmúrio vesicular unilateral, abaulamento do hemitórax afetado (mais nítido em 
crianças), distensão das veias do pescoço (turgência jugular), hipersonoridade, desvio do ictus 
e cianose como uma manifestação tardia. Pela semelhança dos sintomas, o pneumotórax 
hipertensivo pode, inicialmente, ser confundido com tamponamento cardíaco. Contudo, o 
20 
 
pneumotórax hipertensivo é mais comum. A diferenciação pode ser feita pelo timpanismo 
notado à percussão sobre o hemitórax. (BERNINI, 1996) 
 
Figura 4- Pneumotórax Hipertensivo. Quando a quantidade de ar no espaço pleural aumenta muito, não só o 
pulmão do lado afetado sofre colabamento, como também o mediastino é desviado para o lado oposto. 
Fonte: NORMAN; et AL, 2012, p. 301 
 
 
O atendimento do paciente deve ser orientado inicialmente segundo os critérios de 
prioridade, comuns aos vários tipos de traumas (ABCD do trauma, que tem por 
objetivo manter a ventilação e perfusão adequados, evitando, assim, as deficiências 
respiratórias e circulatórias, respectivamente, pelo mecanismo de parada cardíaca 
anóxica). (MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR - SIATE/ CBPR, 
p. 218) 
 
Vias aéreas – Aqui se deve certificar a permeabilidade das vias aéreas (a sensação 
tátil e ruidosa pelo nariz e boca do paciente nos orienta sobre ela e também sobre 
distúrbios na troca gasosa). Também pode ser notado sinais de insuficiência 
respiratória, como tiragem de fúrcula, batimento da asa do nariz, etc. A orofaringe 
sempre deve ser examinada à procura de obstrução por corpos estranhos, 
particularmente em pacientes com alterações da consciência. (MANUAL DO 
ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR - SIATE/ CBPR, p. 218) 
 
Respiração – Fazer uma rápida propedêutica do tórax, avaliando o padrão 
respiratório, através da amplitude dos movimentos torácicos, presença de 
movimentos paradoxais (afundamento torácico), simetria da expansibilidade, 
fraturas no gradeado costal, enfisema de subcutâneo, etc. (MANUAL DO 
ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR - SIATE/ CBPR, p. 218) 
 
Circulação – Para sua avaliação faz-se a monitorização da pressão arterial, do pulso 
(qualidade, freqüência, regularidade, etc. Ex: os pacientes hipovolêmicos podem 
apresentar ausência de pulsos radiais e pediosos), bem como de estase jugular e 
perfusão tecidual. Estes parâmetros são muito úteis para uma avaliação geral do 
sistema cárdio-circulatório. (MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ- 
HOSPITALAR - SIATE/ CBPR, p. 218) 
 
21 
 
A má iluminação, a variação de cor da pele e a presença de sangue e detritos 
relacionados ao trauma podem tornar a cianose difícil de ser observada, o que faz que esse 
sinal não seja confiável. . (NORMAN; et AL, 2012) 
Caso o paciente tenha perdido uma quantidade considerável de sangue, a distensão das 
veias do pescoço, que é um sinal clássico de pneumotórax hipertensivo, pode não ser 
proeminente e passar desapercebido. (NORMAN; et AL, 2012) 
A percussão não é recomendada para o diagnóstico a campo, apesar de ser um 
excelente método de determinação do estado da cavidade torácica já que se pode observar a 
presença de hipertimpanismo associado ao pneumotórax, pois depende de um ambiente 
relativamente silencioso. (NORMAN; et AL, 2012) 
O desvio traqueal é, geralmente, um sinal tardio. Pode ser difícil diagnosticar através 
do exame físico, uma vez que a traqueia é unida à coluna por fáscias e outras estruturas de 
suporte, fazendo com que tal desvio seja um fenômeno mais intratorácico, embora seja 
possível ser palpado quando grave. (NORMAN; et AL, 2012) 
A parte mais valiosa do exame físico é a checagem da redução dos sons respiratórios 
do lado acometido pela lesão. Porém, é necessário que o responsável pelo atendimento seja 
capaz de diferenciar os sons normais dos reduzidos. (NORMAN; et AL, 2012) 
Como ocorre em outras formas de lesões, o trauma torácico pode ser causado por 
mecanismos contusos ou penetrantes. O tratamento definitivo da maioria das lesões torácicas 
não requer toracotomia (abertura cirúrgica da cavidade torácica). Na verdade, apenas 15 a 
20% de todas as lesões torácicas requerem toracotomia. Os 85% restantes são tratados com 
simples intervenções. No entanto, essas lesões podem ser significativas, pois os órgãos 
torácicos estão intimamente relacionados com a manutenção da oxigenação, ventilação e 
oferta de oxigênio. Portanto, essas lesões, quando não reconhecidas de imediato e não tratadas 
adequadamente, podem gerar morbidade significativa. (NORMAN; et AL, 2012) 
A descompressão deve ser realizada na presença de achados: agravamento no 
desconforto respiratório ou dificuldade de ventilação com bolsa- valva- mascara; ausência ou 
redução unilateral dos sons respiratórios; e presença de choque descompensado (pressão 
arterial sistólica<90mmHg). (NORMAN; et AL, 2012) 
O pneumotórax hipertensivo exige a descompressão imediata e é tratado inicialmente 
pela rápida inserção de uma agulha no 2º ou 3º espaço intercostal, na linha hemiclavicular do 
hemitórax afetado (Figura 3). Esta manobra converte a lesão em um Pnemotórax aberto 
simples. É necessário proceder a uma reavaliação repetida. (BRUNNER & SUDDANDH, 
2000) 
22 
 
A inserção da agulha permite que o ar acumulado sob pressão escape, melhorando 
imediatamente a oxigenação e facilitando a ventilação (Figura 5). (NORMAN; et AL, 2012) 
 
 
 
Figura 5 - A descompressão com agulha da cavidade torácica é mais fácil de ser feita e tem menos riscos de 
complicações se for realizada na linha hemiclavicular na segundo espaço intercostal. Fonte: NORMAN; et AL, 
2012, p. 302 
 
 
O tratamento definitivo geralmente consiste apenas na inserção de um dreno de tórax 
no 5º E.I.C. (linha do mamilo), anterior à linha axilar média (Figura 6). (BRUNNER & 
SUDDANDH, 2000) 
 
 
 
Figura 6 - Esquema de colocação de dreno em Pneumotórax Hipertensivo. Fonte: Google. 
 
23 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
O enfermeiro é de extrema importância na identificação imediata das manifestações 
clinicas do pneumotórax hipertensivo, já que é quem faz o primeiro contato com o paciente, 
percebe os sinais e sintomas e, auxilia ao médico definir a conduta terapêutica mais eficaz e 
de maior embasamento científico disponível. Buscando o melhor prognóstico do paciente. 
Este trabalho se justifica pela quantidade de casos de pneumotórax Hipertensivo causados por 
traumas no setor de urgência e emergência. Tem como objetivo descrever tal patologia e 
mostrar como o enfermeiro pode identificar mais precocemente as manifestações clínicas do 
pneumotórax hipertensivo e influenciar a equipe multidisciplinar no prognóstico. Os sinais de 
pneumotórax hipertensivo devem ser cuidadosamente avaliados, uma vez que o tratamento 
por descompressão com agulha no ambiente de Emergência é complexo devido situação de 
stress vivenciada pelos profissionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
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