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Autor: Júlio César Castro Silva Neurofarmacologia Antipsicóticos e anticonvulsivantes Esquizofrenia o É um tipo de psicose crônica caracteriza por ilusões, alucinações e transtornos de fala ou pensamentos. o A esquizofrenia tem forte componente genético e provavelmente reflete uma disfunção das vias neuronais dopaminérgicas mesolímbicas ou mesocorticais. Antipsicóticos o Os antipsicóticos são divididos em primeira e segunda geração. A primeira geração é subdivida em potência baixa e potência alta. (afinidade pelo receptor da dopamina D2). Antipsicóticos de primeira geração o Fármacos: Clorpromazina, Haloperidol, Perfenazina, Trifluoperazina o São inibidores competitivos em vários receptores, mas seus efeitos antipsicóticos refletem o bloqueio dos receptores D2 da dopamina. o Os antipsicóticos de primeira geração são os que mais causam sintomas extrapiramidais (tremores, contraturas musculares, dificuldade para andar, lentificação dos movimentos ou inquietude) Antipsocóticos de segunda geração o Fármacos: Aripiprazol, Clozapina, Olanzapina, Quetiapina, Risperidona. o Mecanismo de ação: antagonismo da dopamina, bloqueio dos receptores de serotonina. o Usos terapêuticos: tratamento da esquizofrenia. o Efeitos adversos: efeitos extrapiramidais, discinesia tardia. Etiologia das Convulsões o Na maioria dos casos, a epilepsia não tem causa identificável. o A epilepsia pode ser devida a uma causa genética, estrutural ou metabólica, ou sua causa pode ser desconhecida. Classificação das crises o As crises são classificadas com base em local de origem, etiologia, correlação eletrofisiológica e apresentação clínica. o Focais: envolve somente uma porção do cérebro, normalmente parte de um lobo de um hemisfério. Parciais simples: o paciente apresenta atividade anormal em um dos membros ou em um grupo muscular controlado pela região cerebral que apresenta o distúrbio. Parciais complexas: provocam alucinações sensoriais complexas e distorção mental. o Generalizadas: podem iniciar localmente e então avançar, incluindo descargas elétricas anormais pela totalidade de ambos os hemisférios cerebrais. O paciente normalmente apresenta perda imediata da consciência. Tônico-clônicas: resultam em perda da consciência, seguida das fases tônica (contração contínua) e clônica (de contração e relaxamento rápidos). Ausência: envolvem perda breve, abrupta e autolimitante da consciência. O paciente permance com o olhar fixo e pisca rapidamente, o que dura de 3 a 5 segundos. Mioclônicas: consistem em episódios curtos de contração muscular que podem recorrer por vários minutos. Autor: Júlio César Castro Silva Clônicas: essas crises consistem em episódios curtos de contração muscular que podem parecer muito com crises mioclônicas Tônicas: essas crises envolvem o aumento do tônus nos músculos extensores e, em geral, duram menos de 60 segundos. Atônicas: também chamadas de ataques de queda, essas crises se caracterizam pela perda súbita de tônus muscular. Anticonvulsivantes o Fármacos utilizados no tratamento das convulsões. Apresentam como efeitos adversos: náuseas e êmese, sedação e sonolência, ataxia, eritema, ganho ou perda de massa corporal, teratogenicidade e osteoporose. Ácido valproico o Seu mecanismo de ação inclui o bloqueio de canais sódio, bloqueio da transaminase GABA e ações nos canais de cálcio tipo T. Benzodiazepínicos o Os benzodiazepínicos se ligam aos receptores do GABA, que são inibitórios, para reduzir a taxa de disparos. o A maioria deles é reservada para emergências ou tratamento de crises agudas, devido à sua tolerância. Carbamazepina o Bloqueio os canais de sódio, inibindo, assim a geração de potencias de ação repetitivos no foco epilético e evitando seu alastramento. Etossuxima o Reduz a propagação da atividade elétrica anormal no cérebro provavelmente inibindo os canais de cálcio tipo T. Ela é eficaz apenas no tratamento de crises de ausência. Fenitoína o Bloqueia os canais de sódio voltagem- dependentes, ligando-se seletivamente ao canal no estado inativo e tornando lenta a sua recuperação. Fenobarbital o Seu mecanismo de ação primário é a potenciação dos efeitos inibitórios dos neurônios mediados por GABA. É usado principalmente no tratamento do estado epilético quando outros fármacos falham. Gabapentina o É um análogo do GABA. Contudo, ela não atua nos receptores GABA, potencializa as ações do GABA nem se converte nele. Seu mecanismo preciso é desconhecido. Lamotrigina o Bloqueia os canais de sódio, bem como os canais de cálcio alta vontagem-dependentes. Levetiracetam o É aprovado para o tratamento auxiliar de crises focais, mioclônicas e tônico-clônicas primárias generalizadas em adultos e crianças. Pregabalina o A pregabalina se liga ao local α2-δ, uma subunidade auxiliar de canais de cálcio disparado por voltagem no SNC, inibindo a liberação do neurotransmissor excitatório. Topiramato o Tem mecanismos de ação múltiplos. Ele bloqueia os canais de sódio voltagem- dependentes, diminui as correntes de cálcio de alta voltagem (tipo L), inibe a anidrase carbônica e pode atuar em locais do glutamato (NMDA).
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