Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Epilepsia e terapia anticonvulsivante 40 formas diferentes descritas; Depressão transitória da consciência; Tratamento sintomático: não há profilaxia ou cura; Adesão: tratamento prolongado com efeitos indesejáveis; Mecanismos de ação dos FAC 1. Modulação de canais de cátions (Na+ , K+ e Ca2+); Isso pode incluir o prolongamento do estado inativado dos canais de Na+ regulados por voltagem, modulação positiva dos canais de K+ e inibição dos canais de Ca2+ 2. Facilitação da neurotransmissão do GABA, por meio da ação nos receptores GABAA. Quando atua melhorando a neurosinalização a partir do GABA reduz as convulsões Modulação do metabolismo do GABA e inibição da recaptação do GABA para dentro do terminal sináptico. Por isso sedativos-hipnóticos podem ser usados 3. Modulação da liberação sináptica por ações na proteína SV2A da vesícula sináptica ou nos canais de Ca2+ que contém a subunidade α2δ; 4. Redução da excitação sináptica mediada pelos receptores ionotrópicos de glutamato; Se fortalecer a ação inibitória diminui a probabilidade da convulsão acontecer. E se diminuir a ação excitatória dificulta da convulsão acontecer. Terminologia e classificação das convulsões Crise epilética: alteração transitória do comportamento decorrente das deflagrações rítmicas, sincrônicas e desordenadas de populações de neurônios cerebrais. Pode ser no mensolimpico, no limpico, no córtex motor. Epilepsia: distúrbio da função cerebral caracterizado pela ocorrência periódica e imprevisível de crises epiléticas. Manifestações comportamentais de uma crise epilética dependem da região da qual se origina a atividade convulsiva. Crises parciais a partir do córtex motor (Mantendo a consciência) e lobo temporal (pode ou não levar a perda da consciência). Etiologia de crises focais e generalizadas (etiologia geralmente é genética) A etiologia normalmente inclui alguma lesão cortical, como um tumor, uma malformação do desenvolvimento ou uma lesão provocada por traumatismo ou acidente vascular encefálico As crises vem de 4 regiões do SNC. O tipo de crise é que vai dizer qual fármaco deve ser usado. 60% que ocorre é crise focal. VER SLIDE 5 e 6 (importante) Crises focais com preservação da consciência. Crises focais com depressão do nível de consciência. Com base na perspectiva das redes neurais, as crises epiléti-cas originam-se dos circuitos corticais, talamocorticais, límbicos ou até mesmo do tronco encefálico. As manifestações compor- tamentais de uma crise epilética são determinadas pelas funções desempenhadas normalmente pela região cerebral da qual se ori-gina a atividade convulsiva. Por exemplo, uma crise envolvendo o córtex motor está associada aos abalos clônicos da parte corpo-ral controlada por aquela região cortical. Desse modo, esse tipo de crise epilética focal está associado à preservação da consciência. A maioria dessas crises epilé- ticas focais origina-se do lobo temporal Hoje, as crises epiléticas generalizadas são diferenciadas entre as que acometem o siste-ma motor e as que não afetam o sistema motor (p. ex., crises de ausência típicas e atípicas, mioclonia palpebral) Crises focal tônico-clônica bilateral. Topiramato: usado em convulsões e crises de enxaqueca. Natureza e mecanismos das convulsões e fármacos anticonvulsivantes Epilepsias focais: Deflagrações localizadas rápidas, súbitas, excessivas e transitórias da substância cinzenta; Redução da atividade sináptica inibitória ou o aumento da atividade sináptica excitatória poderia desencadear uma crise epilética.; Efeito de antagonistas de GABAA e agonistas dos receptores de Glutamato (NMDA, AMPA ou ácido caínico); Por outro lado, os agentes farmacológicos que acentuam a inibição sináptica mediada pelo GABA suprimem as crises epiléticas em diversos modelos. Os antagonistas do receptor de glutamato também inibem a atividade convulsiva em diversos modelos experimentais, inclusive convulsões desencadeadas por choque elétrico e convulsivantes químicos Figura: A ponta interictal (ou entre as crises epiléticas) é uma onda aguda registrada nos EEG de pacientes epiléticos; essa configuração não está associada a quaisquer sintomas e nem está acompanhada de alterações perceptíveis do comportamento do paciente. Contudo, a localização da ponta interictal ajuda a localizar a região cerebral da qual se origina a atividade convulsiva de determinado paciente. O disparo de alta frequência é visto no interior da célula (desvio despolarizante paroxístico). Os fármacos agem inibindo o disparo de alta frequência (carbamazepina, valproato). Reduções sutis da função sináptica inibitória pode gerar atividade epileptiforme; Ativação das sinapses excitatórias pode ser fundamental à iniciação das convulsões; Alguns tipos de epilepsia focal começam meses ou anos depois de uma lesão cortical em consequência de AVE, traumatismo, infecção e outros; Os fármacos aqui apresentados oferecem apenas tratamento sintomático; isto é, eles inibem as crises epiléticas dos pacientes epiléticos. VER SLIDE 10 e 11 Carbamazepina, lamotrigina, fenitoína, lacosamida e valproato inibem as deflagrações de alta frequência em concentrações reconhecidamente eficazes para controlar crises epiléticas humanas; CANAL DE SÓDIO: A abertura dos canais de Na+ desencadeada pela despolarização da membrana axonal de um neurônio é necessária à geração de um potencial de ação. 2. Depois de abertos, os canais fecham-se espontaneamente – processo conhecido como inativação. 3. Esse período de inativação parece causar o período refratário – um intervalo curto de tempo depois do potencial de ação durante o qual é impossível gerar outro potencial de ação. 4. Com a recuperação da inativação, os canais de Na+ ficam novamente prontos para participar de outro potencial de ação. 5. A inativação sofre pouco ou nenhum efeito das deflagrações de baixa frequência porque as descargas de baixa frequência oferecem tempo suficiente para que os canais de Na+ recuperem-se da inativação. 6. A redução da taxa de recuperação dos canais de Na+ do seu estado de inativação poderia limitar a capacidade dos neurônios de deflagrar em frequências altas – um efeito que provavelmente explica as ações de carbamazepina, lamotrigina, lacosamida, fenitoína, topiramato, valproato e zonisamida no controle das crises epiléticas focais. As descobertas relativas aos mecanismos das crises epiléticas sugerem que a intensificação da inibição sináptica mediada pelo GABA possa reduzir a excitabilidade neuronal e elevar o limiar convulsivo. Quando o canal abre para a entrada do sódio isso leva a uma modificação no total de cargas e na descompensação natural que existe entre o meio intracelular e extracelular. Quando ocorre o influxo de sódio pode levar a um disparo sináptico que é sustentado, logo os outros canis de sódio também se abrem. O canal fica inativado, fechando o canal impedindo do sódio passar quando se usa os fármacos da imagem. O fármaco faz com que o canal tenha dificuldade de voltar ao seu estado inicial. Ou seja o canal vai ficar mais tempo inativado. Inativação lenta: lacosamida Bloqueador de canais de Ca: valproato e lamotrigina. Ligantes alfa 2: gabapentina e pregabalina. Modulador alostérico do receptor GABAa: BZD, fenobarbital, topiramato, cabamarzepina. VER SLIDE 11 ( 1° slide) FIGURA 7,8 e 9 2° slide. A vesícula carregada de neurotransmissor. A gabapentina e a pregabalina pode atuar na vesicula. Fenitoina, carbamazepina, lamotrigina e lacosamida agndo no passo 1 QUE É O CANAL DE SÓDIO. Etossuximida, lamotrigina, gabapentina e pregabalina age nos canais de cálcio. 2 Retigabinaagindo no canal de potássio. Fenorbabital, topiramato, lamotrigina e perampanel, agindo no AMPA 6 Tiagabina, vigabatrina e BZD agindo no GABAa Intensificação da inibição pós-sináptica mediada pelo GABA reduz a excitabilidade neuronal e eleva o limiar convulsivo? Sim, coloca cloreto dentro da célula e o potencial se acaba. Ex: barbitúricos e BZD. A tiagabina, ele inibi a receptação do GABA e ele fica disponível pra agir no canal de cloreto. Alguns anticonvulsivantes facilitam a transmissão sináptica do GABA. Em presença desse neurotransmissor, o receptor GABAA (estrutura à esquerda e embaixo) é aberto e permite a entrada do Cl–, que, por sua vez, aumenta a polarização da membrana. Alguns FAC (em letras azuis) atuam reduzindo o metabolismo do GABA. Outros atuam no receptor GABAA, ampliando a entrada de Cl–em resposta ao GABA ou prolongando seu tempo de permanência nas sinapses por inibição de sua recaptação pelo GAT-1. A gabapentina atua na pré-sinapse aumentando a liberação de GABA; Epilepsias de início generalizado: crises de ausência Deflagrações recíprocas do tálamo e do córtex; Crises de ausência são as mais bem estudadas; A marca característica no EEG de uma crise de ausência são descargas de ponta-onda generalizadas a uma frequência de 3 Hz (3/s); Corrente de Ca2+ de limiar baixo (“tipo T”) à Descargas de ponta-onda a 3 Hz à neurônios talâmicos. Os canais de Ca2+ do tipo T são ativados por um potencial de membrana muito mais negativo (por isso a denominação “limiar baixo”) que a maioria dos outros canais de Ca2+ regulados por voltagem expressos no cérebro. FAC usados para tratar crises de ausência inibem canais de CA2+ regulados por voltagem. Valproato e etossuximida atuam no canal de cálcio bloqueando o influxo de cálcio. Desse modo, a inibição dos canais iônicos regulados por voltagem é um mecanismo de ação comum dos FAC: os fármacos que controlam as crises epiléticas focais inibem os canais de Na+ ativados por voltagem, enquanto os anticonvulsivantes usados para tratar crises de ausência inibem os canais de Ca2+ ativados por voltagem CANAL DE CÁLCIO: Diminuição do Ca não tem liberação de neurotransmissor excitatório GLUTAMATO. Se não estiver cálcio, não tem a liberação de GLUTAMATO, diminuindo a transmissão excitatória favorecendo a neurotransmissão inibitória. Redução da corrente pelos canais de Ca2+ do tipo T induzida pelos anticonvulsivantes. Alguns anticonvulsivantes (p. ex., valproato e etossuximida) reduzem o fluxo de Ca2+ pelos canais de Ca2+ tipo T e, desse modo, reduzem a corrente marca-passo responsável pelo ritmo talâmico de pontas e ondas associado às crises de ausência generalizadas. QUÍMICA Até 1990 existiam cerca de 16 fármacos anticonvulsivantes; Barbitúricos, hidantoínas, oxazolidinedionas, succinimidas e acetilureias; Eslicarbazepina, felbamato, gabapentina, lacosamida, lamotrigina, levetiracetam, oxcarbazepina, perampanel, pregabalina, retigabina, rufinamida, estiripentol, tiagabina, topiramato, vi-gabatrina e zonisamida Farmacocinética 80% da dose alcança a circulação; A maioria não se liga a proteínas plasmáticas (fenitoína, ácido valpróico e tiagabina); Metabolismo hepático; Fármacos usados nas crises parciais e nas ctcg FENITOÍNA (difenil-hidantoína): Mais antigo (1938); Propriedades pouco sedativas (posição 5); A fenitoína é eficaz em todos os tipos de crises epiléticas focais e tônico-clônicas, mas não controla as crises de ausência. A fenitoína exerce sua atividade anticonvulsivante sem causar depressão geral do SNC. Em doses tóxicas, esse fármaco pode produzir sinais de excitação e, nas doses letais, pode causar um tipo de rigidez de descerebração Altera a condutância de Na+ , K+ e Ca2+; Altera potencial de membrana; Altera concentrações de aminoácidos e norepinefrina, acetilcolina e GABA; Inibição do disparo repetitivo de alta frequência: fenitoina, carbamazepina e valproato de sódio Diminui a liberação de glutamato e aumento a de GABA; Nível máximo de absorção é de 3 a 12 horas; Transformado em metabólitos inativos; Liga-se fortemente a enzimas plasmáticas; Meia-vida de 12 a 36 horas; Inicia-se com 300 mg/dia independente do peso; Diplopia a ataxia; HIPERPLASIA GENGIVAL e HIRSUTISMO; A hiperplasia gengival ocorre em cerca de 20% de todos os pacientes durante o tratamento crônico e pode ser atenuada pela higiene oral adequada A fenitoína é um dos FAC mais amplamente utilizados; ela é eficaz como tratamento das crises epiléticas focais e tônico-clônicas generalizadas, tônico-clônicas focais a bilaterais e tônico-clônicas de início indeterminado, mas são ineficazes nas crises de ausência. Alguns casos de neuralgia do trigêmeo e neuralgias semelhantes parecem responder à fenitoína, mas a carbamazepina pode ser preferível Carbamazepina A carbamazepina é considerada um dos fármacos principais para tratar crises epiléticas tônico-clônicas generalizadas, tônico-clônicas focais a bilaterais, tônico- clônicas com início indeterminado (tônico- clônicas generalizadas) e focais. Tratar transtorno bipolar; Sendo destronada por fármacos mais modernos; Tratamento da neuralgia do trigêmeo; Mecanismo de ação semelhante ao da fenitoína; Não é sedativa na faixa terapêutica usual; Controle da mania em pacientes bipolares; Metabolismo microssomal acentuado Fenobarbital Embora a maioria dos barbitúricos tenha propriedades anticonvulsivantes, apenas alguns (p. ex., fenobarbital) produzem efeitos anticonvulsivantes máximos com doses abaixo das que causam hipnose Conhecido antigamente por ser um dos anticonvulsivantes mais seguros; Escolha para convulsões em lactentes; O mecanismo pelo qual o fenobarbital inibe as convulsões provavelmente envolve a potencialização da inibição sináptica por ação no receptor GABAA. Suprime o disparo repetitivo de alta frequência quando em altas concentrações. E atua em GABAa O fenobarbital é eficaz para controlar crises epiléticas tônico-clônicas generalizadas, tônico-clônicas focais a bilaterais com início indeterminado (tônico-clônicas generalizadas) e focais. Útil no tratamento das crises parciais e CTCG; Muito utilizado em convulsões febris; Contudo, seus efeitos sedativos e sua tendência a causar transtornos do comportamento em crianças reduziram seu uso como primeira opção terapêutica. Gabapentina e pregabalina Crises parciais (focais); Análogos do GABA; Espasmolítico x anticonvulsivante; Pregabalina tem propriedades analgésicas! Atuam aumentando a concentração ceberal de GABA e não diretamente sobre o GABAA; Efeito sobre os canais de Ca2+; 2.400 mg/dia; Gabapentina no tratamento da dor neuropática; Neuralgia pós-herpética (1,8 mg/dia); Sonolência, tontura, ataxia e tremor; Pregabalina 150 a 600 mg/dia por V.O.; Primeiro medicamento aprovado para a fibromialgia nos EUA; Na Europa usa no TAG; Lamotrigina Muito utilizada como terapia aditiva; Monoterapia em crises parciais; Crises de ausência e mioclônicas em crianças; Lennox-Gastout Sindrome; Tiagabina Desenho racional de fármacos; Age tanto nos neurônios como na glia; Tratamento adjuvante de crises parciais; Topiramato Monossacarídeo substituído Bloqueios dos canais de Na+ regulados por voltagem; Atua em canais de Ca2+; Potencializa o efeito do GABA; Aprovado para o tratamento da enxaqueca; Teratogênico em modelos animais; Fármacos usados nas crises generalizadas ETOSSUXIMIDA: Atividade sobre Pentilenotetrazol; • Age tanto nos neurônios como na glia; • Tratamento adjuvante de crises parciais; • Mais efetiva que a lamotrigina; • 750 a 1.500 mg/dia; VALPROATO DE SÓDIO: Solventede outros fármacos; • Bloqueia o disparo repetitivo de alta frequência; • Aumento dos níveis de GABA no cérebro! Correntes de Na+; • Bloqueio do NMDA; • Elevação do GABA com mecanismos obscuros; • Crises de ausência + CTCG; • Transtorno bipolar e profilaxia da enxaqueca; Inibição do metabolismo da fenitoína, fenobarbital, carbamazepina; BZD: Clonazepam é eficaz nas crises de ausência; • Na escala de miligramas é um dos anticonvulsivantes mais potentes; • Sedação; • Doses pequenas; • Problemas: tolerância e sedação; VER SLIDE 30
Compartilhar