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@resumosodontologia ANATOMIA DENTÁRIA Milena Almeida @resumosodontologia @resumosodontologia Os dentes em conjunto desempenham as funções de mastigação, proteção e sustentação, de tecidos moles, auxiliam na articulação das palavras e são um importante fator na estética da face. Fixam-se nos ossos por meio de fibra colágena que constitui o ligamento periodontal , esta união da raiz do dente ao seu alvéolo gonfose . O dente é formado por coroa e raiz, unidas numa porção intermediária chamada colo. A dentina é recoberta, na coroa, pelo esmalte e na raiz, pelo cemento. A junção cemento esmalte, desenha uma linha sinuosa nítida a linha cervical. Coroa Anatômica parte do dente revestida por esmalte. Coroa Clínica é a parte do dente exposta na boca. A face voltada para o vestíbulo da boca é a face vestibular (V). A face voltada para língua é a face lingual (L). Faces livres A mais próxima do plano sagital mediano é a face mesial ( M). A face mais distante do plano mediano é a face distal (D). Faces proximais Face oclusal (O) é a superfície do dente que entra em contato com as homônimas dos dentes antagonistas durante a oclusão. Raiz Quanto menor a coroa, menor a raiz. Dentes molares, de coroas grandes, têm duas ou três raízes. As raízes de dentes birradiculares ou trirradiculares saem de uma base comum o bulbo radicular. Toda raiz têm uma extremidade livre conhecida como ápice, no qual há uma abertura denominada forame apical. @resumosodontologia Terços Detalhes anatômicos da coroa dental Cíngulo – saliência arredondada no terço cervical na face lingual de incisivos e caniços. Cúspide – saliência em forma de pirâmide quadrangular, típica de pré-molares e molares. Face livre – vertentes lisas Face oclusal – vertentes triturantes As vertentes lisas estão separadas das triturantes por arestas longitudinais. As vertentes lisas e triturantes mesiais são separadas das homônimas distais por arestas transversais. Crista marginal – eminência linear romba situada nas bordas mesial e distal da face lingual de incisivos e caninos. Ponte de esmalte – eminência linear que une cúspides, interrompendo um sulco principal. Tubérculo – saliência menor que a cúspide, sem forma definida. Bossa – elevação arredondada situada no terço cervical da face vestibular de todos os dentes permanentes e decíduos. Sulco principal – depressão linear aguda, estreita, que separa as cúspides umas das outras. Sulco secundário – pequeno e pouco profundo, distribui-se irregularmente e em número variável nas faces oclusais. Fossetas ou fóssulas – depressões encontradas na terminação do sulco principal fossetas principais. No encontro de um sulco principal com um ou dois sulcos secundários fossetas secundárias. Fossa – escavações amplas e pouco profundas da face lingual de dentes anteriores. @resumosodontologia Características normais em todos os dentes Faces curvas – as faces da coroa de um dente são sempre curvas, na maioria das vezes, convexas: há convexidades em todas as faces de todos os dentes. Face vestibular maior que a lingual – em consequência da convergência das faces de contato par lingual, a face vestibular tem dimensões maiores do que a face lingual. Face mesial maior que a distal – em consequência da convergência das faces livres para a distal, a face mesial possui dimensões maiores que a face distal. Linha cervical – os diâmetros mesiodistal e vestibulodistal da coroa são maiores nos molares e menores nos incisivos. Lobos de desenvolvimento – são centros primários de formação do dente durante sua embriogênese, porções que depois se fusionam deixando sulcos como vestígios de sua independência. (São evidentes nos incisivos recém-erupcionados) Desvio distal da raiz – a raiz em geral desvia distalmente, o desvio é devido a posição distalizada da artéria nutridora do dente durante sua formação. INCISIVO CENTRAL SUPERIOR (11 OU 21) Como todo os incisivos, tem forma de cunha. FUNÇÃO: cortar os alimentos Face vestibular – a coroa é estreita no terço cervical e larga no terço incisal. Borda mesial é mais retilínea. Borda distal é mais convexa. Face lingual – é mais estreita. No terço cervical mostra uma saliência arredondada bem desenvolvida chamada cíngulo. Em seus terços médio e incisal observa-se uma depressão – a fossa lingual. Limitando a fossa lingual, as cristas marginais mesial e distal também variam em proeminência em diferentes dentes. Face de contato – as vistas mesial e distal desse dente ilustra o seu aspecto de cunha. As faces V e L convergem acentuadamente na direção incisal. Raiz – grosseiramente cônica, mais larga na V do que na L. Ápice rombo não desvia para distal. INCISIVO LATERAL SUPERIOR (12 OU 22) Lembra um incisivo central, só que é menor em todas as dimensões. Face vestibular – a coroa tem convexidade mais acentuada no sentido mesiodistal. Os ângulos mésio e distoincisal, são mais arredondados principalmente o disto. @resumosodontologia Isso torna a borda incisal bem inclinada para distal. Face Lingual - cristas marginais geralmente mais salientes e fossa lingual mais profunda. Cíngulo alto e bem formado, porém é mais estreito. Entre o cíngulo e a fossa lingual geralmente surge uma depressão em forma de fosseta – forame cego. Faces de contato - São muito parecidas com as do incisivo central, mas a menor dimensão vestibulolingual ao nível do terço cervical, faz com que a linha cervical seja de curva fechada. Raiz – mais longa que a do central, mais afilada achada no sentido mesiodistal e treco apical mais desviado para distal. INCISIVO CENTRAL INFERIOR (31 OU 41) É menor e mais simétrico da dentição permanente. Face vestibular – sua largura corresponde a 2|3 da largura do incisivo central superior. É convexa no terço cervical, torna-se plana nos terços médio e incisal. As bordas mesial e distal encontra-se os ângulos incisais quase retos, muito pouco ou quase nada arredondados. As bordas mesial e distal convergem para o colo. Face lingual – levemente côncava, é menor que a vestibular em razão da convergência das faces de contato para lingual e para cervical, o que lhe dá um contorno triangular. O cíngulo é baixo. Face de contato – face mesial e distal são triangulares. Os dois terços incisais da coroa aparecem, então, mais inclinados para o lado lingual em relação à raiz. Raiz - a raiz é retilínea, sem inclinação para qualquer lado, e muito achatada mesiodistalmente. Isso torna larga no sentido vestíbulolingual. INCISIVO LATERAL INFERIOR (32 OU 42) É muito parecido com o incisivo central inferior, mais ligeiramente maior em todas as dimensões da coroa e raiz. Face vestibular – apresenta borda mesial e distal mais inclinadas (mais convergentes), o que da o aspecto de dente triangular. Borda mesial é ligeiramente mais alta que a distal. Face lingual – observamos os mesmos aspectos da vestibular. @resumosodontologia Face de contato – o que difere os incisivos inferiores é a projeção lingual do ângulo distoincisal. A borda incisal é girada distolingualmente, de tal forma que o ângulo distoincisal fique em uma posição mais lingual que o ângulo mesioincisal. O cíngulo também acompanha a rotação. Raiz – ela é mais longa, mais robusta, com sulcos mais profundos, principalmente a distal. É geralmente desviada para distal. CANINO SUPERIOR (13OU 23) É o mais longo dos dentes. Coroa tem o mesmo comprimento da coroa do incisivo central superior. Face vestibular – tem uma coroa de contorno pentagonal, isso deve a presença de uma cúspide na borda incisal que a divide em duas inclinações. As bordas mesial e distal convergem para o colo. A borda mesial é mais alta e mais plana do que a borda distal. A face vestibular tem no centro uma elevação longitudinal em forma de crista que termina na ponta da cúspide. Face lingual – mais estreita principalmente na cervical. Cristas marginais e cíngulo são bem desenvolvido. Cíngulo robusto. Face de contato - a face mesial e distal são triangulares, lisas e convexas. Face mesial é maior e mais plana. Raiz – é cônica, fortíssima. Longa (pode chegar ao dobro do comprimento da coroa). É reta e raramente desviada para distal. CANINO INFERIOR (33 OU 43) Tem coroa mais longa e estreita. Face vestibular – face vestibular é mais convexa, mas não tem a crista cervicoincisal tão marcada. Borda mesial é mais alta que a distal, mais retilínea. Borda distal mais inclinada e curva, forma um ângulo com a superfície distal da raiz. Face língua – nem cíngulo nem as cristas marginais são bem marcadas. Fossa lingual pouco escavada. Face de contato – por essa vista, a borda vestibular é menos convexa que a do canino superior. Raiz - é 1 ou 2mm mais curta que a do canino superior e bastante achatada no sentido mesiodistal. Suas superfícies mesial e distal são sulcadas longitudinalmente. A raiz inclina-se para distal. @resumosodontologia 1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR (14 OU 24) Face vestibular - é semelhante à do canino superior, apesar de ser 1\4 menor e tem seus sulcos e convexidades menos desenvolvidos. O segmento mesial da aresta longitudinal da cúspide é mais longo que o segmento distal da mesma cúspide. Face lingual – tem o mesmo contorno da face vestibular, mais lisa, convexa e menor em todas as dimensões. Face de contato – as bordas vestibular e lingual das faces de contato são quase paralelas, mais ainda assim convergem para oclusal. A borda lingual é mais convexa e inclinada. Na borda vestibular, a maior projeção fica entre os terços cervical e médio. Face oclusal – tem forma pentagonal por que a borda vestibular é nitidamente dividida em mesiovestibular e distovestinular. As bordas mesial e distal convergem para a lingual. Já que a face lingual é menor que a vestibular. Raiz – geralmente tem duas raízes cônicas de inclinação distal, sendo uma vestibular e a lingual menor. Algumas vezes se apresentam fusionadas, com uma linha demarcatória bem nítida, pode ou não haver bifurcação apical. 2º PRÉ-MOLAR SUPERIOR (15 OU 25) Coroa similar à do 1º pré-molar, mais é menor em todos os sentidos. Face vestibular – é um dente mais simétrico, no qual as cúspides são aproximadamente o mesmo tamanho. Não há sulco interrompendo a crista marginal mesial e nem há depressão no terço cervical da face mesial. Face oclusal – o contorno da face oclusal é oval ou circular e não pentagonal. Sulco primário é central e não deslocado para lingual como no primeiro pré-molar. Uma característica marcante é a pequena extensão do sulco principal no centro da coroa. As fossetas mesial e distal estão mais próximas entre si. Raiz – a raiz única (90% dos casos) é muito achatada mesiodistalmente, com sulcos profundos longitudinais que dão à sua secção transversal. O terço apical desvia-se distalmente na maioria das vezes. 1º PRÉ-MOLAR INFERIOR (34 OU 44) Face vestibular - lembra um canino, menos alta. É bilateralmente simétrica, com cúspide situada sobre o longo eixo. A face vestibular é lisa, convexa e inclinada para a lingual. Face lingual – é bem menor que a vestibular devido à acentuada convergência das faces mesial e distal. Pelo aspecto lingual vê-se quase toda face oclusal. O único acidente anatômico da face lingual é um pequeno sulco proveniente da fosseta mesial da face oclusal, poucas vezes ausente. Ele separa a cúspide lingual da crista marginal mesial. @resumosodontologia Face de contato - observando o dente por mesial ou por distal nota-se forte convexidade da face vestibular e sua inclinação para lingual. Face oclusal – o aspecto oclusal do dente é ovóide com polo maior na vestibular. As bordas mesial e distal convergem para lingual. As cúspides vestibular e lingual são quase sempre unidas por uma ponte de esmalte. Raiz – é achatada mesiodistalmente e oval em secção transversal. Sulcos longitudinais pouco profundos e às vezes quase imperceptíveis. Vista na vestibular a raiz curva-se para distal. 2º PRÉ-MOLAR INFERIOR (35 OU 45) A coroa deste dente é mais volumosa que a do 1º pré-molar inferior. Face vestibular – a cúspide vestibular é menos pontiaguda com sua aresta longitudinal mais horizontalizada. As borda mesial e distal são menos convergentes para o colo. A área de contato mesial fica em um nível ligeiramente mais alto. Face lingual – é mais larga, podendo ser mais larga que a vestibular, a cúspide lingual é central ou um pouco deslocada para a mesial. Face de contato – a mesial é a mais larga e alta. Como a cúspide lingual é proporcionalmente maior neste dente, a convergência das bordas vestibular e lingual para oclusal é menos aguda. Face oclusal – tem contorno circular por causa de grandes dimensões da cúspide e da face lingual. As vezes o sulco é interrompido por uma ponte de esmalte. Raiz – é cônica, oval sem secção transversal, com sulcos longitudinais muito pouco pronunciados. Raiz apresenta um desvio para distal. 1º MOLAR SUPERIOR (16 OU 26) Face vestibular – seu contorno é trapezoidal de grande base oclusal. Os lados mesial e distal do trapézio convergem a partir das áreas de contato em direção a cervical. A borda mesial é mais alta, além de ser mais reta, menos convexa. Face lingual – maior que a vestibular, cúspide mesiolingual é maior que a distolingual. Como características, a face lingual mostra na sua metade mesial (junto á cúspide mesiolingual) um tubérculo Tubérculo de Carabelli Faces de contato: são retangulares, mais largas vestibulolingualmente do que altas cérvico-oclusalmente. A face distal é convexa e a mesial achatada. A mesial é maior em todas as dimensões e isto permite uma vista distal. @resumosodontologia Face oclusal: losango, ângulos agudos são o mesiovestibular e distolingual, ângulos obtusos são mesiolingual e distovestibular. A cúspide mesiolingual é a maior de todas seguida de mesiovestibular, distovestibular e distolingual. A cúspide distolingual é arredondada. Os sulcos principais em forma de H, separa 4 cúspides. 2 cúspides mesiais são separadas por um sulco de direção mesiodistal, que vai da fosseta mesial à fosseta central. 2 cúspides linguais são separadas por um sulco curvo, que sai da fossa lingual á fosseta distal. Raiz: o primeiro molar superior tem um bolbo radicular que se divide em três raízes, nas posições mesiovestibular, distovestibular e lingual. A raiz lingual é a maior e mais longa de todas, tem forma cônica e diverge muito das outras. Ela é sulcada longitudinalmente nos terços cervicais de sua superfície lingual. Não desvia para distal. 2º MOLAR SUPERIOR (17 OU 27) É menor que o 1º molar em todas as dimensões. Face vestibular: cúspide distovestibular é muito menor do que a mesiovestibular. A grande diferença de tamanho faz com que a borda oclusal se incline cervicalmente de mesial para distal. Face lingual: a cúspide distolingual é mais reduzida em tamanho. O dente é tricuspidado, com a cúspide mesiolingual deslocando-se para o centro da face lingual. Osulco lingual, separa as cúspides linguais é mais curto e menos profundo. Face de contato: são basicamente da mesma forma encontrada no primeiro molar, com diferença que não há tubérculo de Carabelli. Face oclusal: cúspide distolingual bem menor, a borda lingual desta face é menor que a borda vestibular. A borda mesial e distal convergem para a lingual. O sulco que une a fosseta central à fosse distal, passando transversalmente sobre a ponte de esmalte é bem profundo. O sulco tem formas de T devido a ausência do sulco lingual. Raiz: 3 raízes, mais curtas e menos divergentes. As raízes vestibulares são paralelas, muito próximas e se inclinam para distal. 1º MOLAR INFERIOR (36 OU 46) É o maior dente da boca, sua coroa é alongada. Face vestibular: tem um contorno trapezoidal de grande base oclusal. A base menor coincide com a linha cervical que é praticamente reta. O sulco mesiovestibular é muito profundo e mais longo que o sulco distovestibular e @resumosodontologia frequentemente termina numa fosseta no centro da face vestibular. A cúspide mesiovestibular é mais volumosa e mais alta. A borda mesial é mais arredondada, tem área de contato no terço médio. A borda mesial é mais alta que a distal. A face vestibular é muito convexa no terço cervical. Os dois terços restantes são mais planos e muito inclinados para a lingual. Face lingual: tem contorno semelhante ao da face vestibular, mas é menor porque as faces mesial e distal convergem para lingual. A face lingual, convexa em todas as direções, não se inclina para a vestibular. Face de contato: a face mesial é maior que a distal. As faces livres convergem para distal. Face oclusal: é mais larga na borda mesial do que a distal, e mais larga na borda vestibular do que na lingual. As cúspides mesiais são as maiores (a mesiolingual é a maior de todas). Os sulcos principais da face oclusal são de maneira variáveis, o sulco mesiodistal tem início na fosseta mesial e termino bifurcado. O ramo lingual da bifurcação interrompe-se na crista marginal distal (fosseta distal), o ramo vestibular desloca-se para vestibular e passa entre as cúspides vestibulares. O sulco mesiodistal não é retilíneo, mas como se fosse um W de ramos bem abertos. Os sulcos secundários são comuns nas vertentes triturantes das cúspides, terminam no sulco mesiodistal. Raiz: as duas raízes deste dente estão sempre bem separadas e curvam-se levemente para dista. 2º MOLAR INFERIOR (37 OU 47) Possui 4 cúspides, um pouco menor que o 1 molar inferior. Face vestibular: mostra sua borá somente duas projeções relativas as cúspides mesiovestibular e distovestibular e somente um sulco vestibular. A convergência das bordas nesse mesial e distal para o colo é mais discreta neste dente. Face lingual: sulco lingual pouco evidente. Face de contato: face distal menos convexa e sem projeção referente a 5ª cúspide, que no seu lugar aparece a concavidade da crista marginal. Face oclusal: contorno retangular e mais nítido porque as bordas estão mais próximas do paralelismo. Convergências menos acentuada das faces livre para a distal e das faces de contato para lingual, no sentido horizontal. As 4 cúspides estão simetricamente dispostas na face oclusal.um sulco vestibulolingual, retilíneo, separa as cúspides mesiais, maiores e distais menores. @resumosodontologia Raízes: são um pouco menores e menos divergentes do que no primeiro molar nem sempre tem inclinação para distal. @resumosodontologia A morfologia dos arcos dentais pode apresentar-se elíptica, parabólica, hiperbólica, semicircular, em forma de V ou em forma de U. O diâmetro transversal é maior no arco superior do que o inferior, o que nos faz entender o porquê o arco superior envolve o inferior. Nesse envolvimento ou sobreposição, na posição de oclusão, as bordas incisais dos incisivos e caninos inferiores tocam as faces linguais dos homólogos superiores e as cúspides vestibulares soa pré-molares e molares inferiores ocluem com as fossetas oclusais dos superiores. A sobreposição é aumentada mais ainda porque os incisivos se apresentam inclinados para a vestibular, com inclinação aproximadamente de 20º nos superiores e de 12º nos inferiores. A sobreposição no sentido vertical – pode ser calculada medindo-se a distância entre duas linhas horizontais que tangencia a borda incisal de incisivos superiores e inferiores (trespasse vertical) overbite. Distância entre duas linhas verticais que passem pela borda incisal de incisivos superiores e face vestibulares dos incisivos inferiores (trespasse horizontal) overjet. O trespasse vertical de mais de 3mm Resulta na mordida ou sobremordida profunda. Além de ser mais largo (55mm em média), o arco superior é 2mm mais longo. Curva spee Curva determinada pelas faces oclusais dos dentes que começa dos molares e termina no canino. *Essa curva existe devidos a posição que os dentes ocupam nos alvéolos* Inicia-se com a erupção dos caninos e pré- molares e termina com a erupção dos segundos molares. A importância da curva é : evitar contatos posteriores em movimentos protrusivos. @resumosodontologia Curva de Wilson Observando pelo plano frontal, nota-se uma curva transversal de concavidade superior. Essa curva passa pelos planos oclusais, dos molares. * Existente devido a inclinação dos dentes nos alvéolos. * Direção geral dos dentes A inclinação é de grande importância, tanto para anestesiologia, quando se pretende uma inclinação adequada da inserção da agulha e para uma técnica perfeita. Cada arco deve-se considerar a inclinação ou direção dos dentes de duas formas: vestibulolingual e mesiodistal. DIREÇÃO VESTIBULOLINGUAL No arco superior, todos os dentes têm seu longo eixo inclinado para lingual (raiz voltada para lingual), coroa voltada para vestibular. Inclinação é máxima incisivos Inclinação mínima pré-molares e molares Esse desvio ocorre porque, durante a mudança, os dentes incisivos permanentes situam-se em posição lingual em relação as raízes dos decíduos e para ocuparem sua posição final no arco suas coroas precisam se movimentar com um desvio vestibular durante a erupção. * Essa fato não ocorre com os dentes posteriores.* DIREÇÃO MESIODISTAL O arco superior apresenta os dentes com inclinação para distal (raiz voltada para distal, coroa voltada para mesial), com exceção muitas vezes dos terceiros molares. Oclusão dental Oclusão significa, o ato de fechar e de ser fechado. Em odontologia consideramos oclusão quando, ao se fazer a elevação da mandíbula a poder dos músculos elevadores, ocorre o contato entre os dentes antagonistas. - todos os dentes de um arco, individualmente, devem ocluir com dois dentes do arco oposto. @resumosodontologia - Nos dentes anteriores, o terço incisal da face vestibular dos inferiores deve ocluir na face lingual dos superiores, incluindo a cúspide do canino inferior. - Nos dentes posteriores, as pontas das cúspides vestibulares dos dentes inferiores devem ocluir nas fossetas centrais dos dentes superiores, e as cúspides linguais dos superiores devem ocluir nas fossetas centrais dos dentes inferiores. As cúspides são chamadas de cúspides de proteção ou de contenção. Quando o engrenamento dos dentes é invertido, isto é, quando os dentes inferiores transpassam vestibularmente todos os dentes superiores ou alguns deles dá-se o nome de Mordida cruzada A partir da relação estática entre os maxilares, como na posição de máxima intercuspidação,podem se iniciar os movimentos excêntricos, para direita e para esquerda, a fim de triturar os alimentos. Se a lateralidade for para a direita, este lado será o lado de balanceio, o lado esquerdo estão será o lado de trabalho. Durante a função mastigatória, a mandíbula realiza movimentos laterais que, com o passar do tempo, acabam produzindo facetas de desgaste, principalmente nas cúspides. Posições e movimentos da mandíbula POSIÇÃO DE REPOUSO: imagina-se uma pessoa em pé ou sentada olhando para frente e para longe, com os lábios em leve contato e a musculatura mandibular relaxada. É esta a posição de repouso da mandíbula, na qual os músculos mandibulares estão em contração mínima. Os dentes superiores e inferiores não estão em contato e o espaço entre eles é o espaço funcional livre. MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO: a partir da posição de repouso, a mandíbula pode ser elevada até o contato máximo dos dentes inferiores nos superiores. É a posição de maior número de contatos entre os dentes ou de máxima intercuspidação. RELAÇÃO CENTRAL: os dentes podem ser mantidos apenas em ligeiro contato e então a mandíbula pode ser movida para trás, num @resumosodontologia movimento de retrusão da ordem de 1 e 2 mm. A relação centra independe de dentes, ela é uma posição óssea (temporomandibular), retrusão não forçada da mandíbula, com os côndilos ocupando uma posição anterossuperior em relação ao centro da fossa mandibular. MOVIMENTOS NO PLANO SAGITAL: na abertura da boca a partir da posição de relação central e conservando-se a mandíbula na posição mais retrusiva, durante os primeiros 5 a 20 mm desde o movimento a mandíbula gira em um movimento de charneira puro, ou rotação, em torno de um eixo de charneira (transversal) no côndilo. Se a boca continuar a ser aberta, chega-se a um ponto onde o movimento condilar muda de rotação em charneira pura, para movimento de deslizamento anterior (translação). Separando os maxilares o máximo possível chega-se á abertura máxima de boca. Da posição de abertura máxima, a mandíbula pode ser deslocada para frente e para cima, isto é movimentos de protrusão e elevação. MOVIMENTO NO PLANO FRONTAL: os movimentos mandibulares podem ser visto de frente. MOVIMENTO LATERAL DIREITO: a partir da oclusão central, o côndilo esquerdo se desloca-se para baixo e para frente. @resumosodontologia A cavidade pulpar é um espaço situado no centro da coroa e da raiz do dente. É limitada quase exclusivamente por dentina e contém a polpa dental. Câmara pulpar A cavidade pulpar é classicamente dividida me câmara pulpar e canal radicular. A câmara pulpar é um espaço no interior da coroa dental, que se prolonga até o bulbo radicular dos dentes posteriores. O canal radicular é a continuação da câmara até a região apical do dente, onde se abre por um ou mais forame apical. A forma da câmara pulpar varia de acordo com a forma da coroa dental. A parede oclusal é denominada TETO. No teto há reentrâncias ou divertículos da câmra pulpar, espaços estes ocupados pelos CORNOS PULPARES. Canal radicular O canal radicular acompanha a forma da raiz, sendo sempre mais amplo no seu início no soalho da câmara e a partir daí, vai se afilando até o seu término no forame apical. É pelo forame apical que o feixe vasculonervoso penetra a polpa. O forame apical nem sempre se situa no ápice, podendo estar deslocado para uma das faces da raiz. @resumosodontologia Tamanho da cavidade pulpar No dente em erupção, a cavidade pulpar é ampla, depois vai sendo lentamente reduzida pela constante formação de dentina secundária. Número de raízes Canais Incisivo C. 1 1 Incisivo L 1 1 Canino 1 1 Número de raízes Canais 1º pré-molar S. 2 2 2º pré-molar S. 1 2 Número de raízes Canais 1º pré-molar I. 1 1 2º pré-molar I. 1 1 Número de raízes Canais 1º molar S. 3 4 2º molar S. 3 4 Número de raízes Canais 1º molar I. 2 3 2º molar I. 2 3 @resumosodontologia Incisivo central superior Incisivo lateral superior Coroa Maior, comprimento coronário e radicular proporcionais. Menor, comprimento coronário e radicular desproporcionais. Contorno da face vestibular Trapezoidal (dimensão vertical levemente maior que a horizontal), por ser mais larga a coroa tem a menor convexidade no sentido mesiodistal. Trapezoidal alongado( dimensão vertical acentuadamente maior que a horizontal), por ser mais estreita, a coroa tem maior convexidade mesiodistal. Ângulo distoincisal Apenas um pouco obtuso e arredondado (isto faz com que as faces sejam quase do mesmo comprimento) Muito obtuso e arredondado( isso faz com que a face mesial seja mais longa que a distal e a borda incisal fique inclinada para a distal). Face lingual Cíngulo largo, cristas marginais menos salientes e fossa lingual rasa, forame cego ausente. Cíngulo estreito, cristas marginais mais salientes e fossa lingual mais profunda, fora cego presente. Dimensão vertibulolingual maior no terço cervical Maior Menor Forma e direção da raiz Cônica e relativamente curta, reta Achatada no sentido mesiodistal, longa e curva Incisivo central inferior Incisivo lateral inferior Tamanho e simetria Menor, simétrico Maior, assimétrico Contorno da face vestibular Trapezoidal, muito alongada, quase retangular Trapezoidal mais alargada, quase triangular Sulcos de desenvolvimento e lobos Pouco evidentes Mais evidentes Ângulos mesio e distoincisal Retos Ângulos mesioincisal reto ou agudo e distoincisal obtuso e arredondado Borda incisal – cíngulo Borda incisal e ângulo reto A coroa parece estar torcida em relação a raiz. Borda incisal Retilínea, para a mesial devido ao desgaste Inclinada para distal Raiz Menor, reta, sulcada Maior, desviada para distal, com sulcos profundos @resumosodontologia Canino superior Canino inferior Coroa Mais larga, menos alta Menos larga e mais alta Sulcos de desenvolvimentos, lobos e crista Mais marcado Menos marcado Convexidade da face vestibular Convexidade mesiodistal e bastante convexa cervicoincisal Bastante convexa na mesiodistal e convexa cervicoincisal Segmentos mesial e distal da borda incisal Inclinados de maneira semelhante Segmentos diferentes, mesial é muito curto e pouco inclinado Inclinação das faces de contato Grande inclinação Menos inclinado Cristas marginais e crista lingual Bem evidentes e frequentemente Discretas e ausente cíngulo Proeminente Menos proeminente Desgaste Em bisel Em bisel Raiz Cônica reta e longa Achatada mesiodistalmente, menor e com sulcos 1º pré-molar superior 2º pré-molar superior Coroa Maior e mais angulosa Menor e menos angulosa Sulcos de desenvolvimento, lobos e cristas Mais acentuados Menos acentuados Contorno da face oclusal Pentagonal, metade vestibular nitidamente maior que a lingual. Ovóide, metade vestibular ligeiramente maior . Sulco principal Longo e bem marcado, levemente deslocado para distal. Mais curto e menos profundo Sulcos secundários Raros Vários Sulco oclusomesial Presente cruza a crista marginal Quase sempre ausente Cúspides Vestibular mais volumosa e mais alta que a lingual Vestibular e lingual quase o mesmo volume e da mesma altura Depressão mesial ao nível do colo Presente Quase sempre ausente Posição doápice da cúspide lingual Nitidamente deslocado para mesial Ligeiramente deslocado para distal Raiz Duas Uma @resumosodontologia 1º pré-molar inferior 2º pré-molar inferior Coroa Menor, com lobos de desenvolvimento mesial e distal, cúspide vestibular mais pronunciada Maior, com lobos de desenvolvimento mesial e distal, com cúpides vestibular menos pronunciada Contorno e inclinação da face oclusal Ovóide, mais inclinado para distal. Circular e menos inclinado para distal Forma e posição do sulco principal Curvilíneo mais próximo a face lingual, quase sempre interrompido pela ponde de esmalte Quase sempre curvilíneo, mais próximo a face oclusal Cúspide lingual Pequena Grande as vezes dividida em duas Face lingual Deixa ver quase toda a face oclusal, cúspide lingual é centralizada e um sulco oclusolingual Somente parte da face oclusal pode ser vista pela face lingual, o vértice da cúspide lingual é deslocado para mesial. Crista marginal mesial Em nível mais baixo que a distal Mais alta que a distal Posição do ápice da cúspide vestibular Coincide com o eixo longitudinal do dente Deslocado vestibularmente em relação ao longo eixo. Dimensão vestibulolingual e contorno das faces de contato Mais estreita, de contorno trapezoidal Mais largas, de contorno quadrilátero Raiz Achatada mesiodistalmente Tende a ser cônica 1º molar superior 2º molar superior Coroa Maior, com cúspides mesiais maiores que as distais Menor, com cúspides mesiais muito maiores que as distais Cúspide distolingual Maior e bem definida Menor Contorno da face oclusal Losango, com ângulos bem definidos Losango Ponte de esmalte Presente Interrompida por um sulco Tubérculo de carabelli Presente Ausente Raízes Bem desenvolvidas Desenvolvimento menor @resumosodontologia REFERÊNCIA Livro: Anatomia do Dente – Madeira, 8ª Ed 1º molar inferior 2º molar inferior Coroa Mais volumosa, com 3 cúspides vestibulares e duas linguais Menos volumosa, duas cúspides vestibulares e duas linguais Tamanho da face vestibular Maior com suas bordas mesial e distal bem convergentes Discretamente maior Contorno da face oclusal Retangular com sua borda vestibular curva Retangular com borda vestibular menos curva Sulcos principais da face oclusal Mais numerosos Menor quantidade Raízes Maiores mais divergentes Menores e menos divergentes
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