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Aula 2 - Tecido Epitelial

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Histologia
Por José Rivaldo de Lima 
Tecido Epitelial 
Apesar da sua grande complexidade, o 
organismo humano é constituído por apenas 
quatro tipos básicos de tecidos: epitelial, 
conjuntivo, muscular e nervoso. 
 
Essa classificação leva em conta 
principalmente critérios da estrutura, das funções 
e da origem embriológica desses tecidos. 
O tecido epitelial é formado por células que 
revestem superfícies e que secretam moléculas, 
tendo pouca MEC. 
O tecido epitelial é dividido em dois grandes 
grupos de acordo com sua característica e função: 
revestimento ou glandular. 
Glandular 
 O tecido epitelial também vai funcionar 
como Unidades de secreção (glândulas). 
Sintetizando, Armazenando e Secretando 
substâncias. 
Revestimento 
Desempenha a função de cobrir a superfície 
externa do corpo, de alguns órgãos compactos 
(como ovários, testículos, rins) e os órgãos ocos 
(como os tubos do trato grato-intestinal e 
respiratório). 
Fazendo essa ligação entre o meio externo, 
e o meio interno. Ele serve como uma barreira, 
qualquer agente para entrar do meio externo para 
o interno vai passar pelo tecido epitelial. 
Funções: 
 Proteção (atrito, invasão, microrganismos, 
raios solares). 
 Transporte (você se alimenta, mas se ele 
não transpor a barreia intestinal, ele não vai 
ser absorvido). 
 Secreção (células caliciformes (trato 
digestório, respiratório), células mucosas 
(tuba uterina, útero) 
 Absorção (O transporte também absorve, 
existe nos túbulos renais, no intestino) 
 Permeabilidade Seletiva (proteção do 
organismo, seleciona quem vai passar ou 
não). 
 Sensação (na pele tem receptores, no 
epitélio tem neurônios intercalados. P.ex. 
teto olfatório onde os dendritos são 
voltados para cavidade vestibular e o 
axônio se junta abaixo do epitélio formando 
o nervo olfatório). 
Origem embrionária 
 Ectoderma (forma epiderme, derme e 
glândulas da pele, parte da mucosa oral e 
anal) 
 Endoderma (forma revestimento do trato 
gastrointestinal, respiratório, além das 
glândulas anexa: pâncreas, fígado). 
 Mesoderma (origina ao epitélio das vias 
reprodutivas). 
*Mesotélio (é o tecido epitelial que reveste as 
cavidades do corpo, sempre associados ao tecido 
conjuntivo. P. ex: peritônio, pleura, pericárdio) 
*Endotélio (é o nome do epitélio que reveste 
internamente todos o sistema cardiovascular. P. 
ex. coração, sistema vascular e linfático). 
Células epiteliais 
 A matriz no tecido epitelial é escassa. 
 Poliedras e Justapostas (não basta estarem 
juntas, devem estar unidas, pois qualquer 
coisa pode separá-las). 
 Lâminas Celulares coesas (presas umas às 
outras, pouco espaço intercelular (dessa 
forma pouco espaço para ME)). 
 Pouco espaço e matriz extracelular 
 Forma variada 
Uso do núcleo 
 O núcleo pode ser utilizado para mostrar 
características do epitélio. 
 Como o epitélio é colado, não dá para 
delimitar a membrana, vejo o núcleo. Para ver 
quantas camadas tem. 
 Núcleo de célula pavimentosa (núcleo 
achatado). 
 Núcleo de célula cúbica (núcleo esférico). 
 Núcleo de célula cilíndrica ou prismática 
(núcleo alongado). 
 
Lâmina basal 
 Serve como base, para as células do 
epitélio. Sempre separa o epitélio do tecido 
conjuntivo. 
 É uma estrutura proteica, formada por 
colágeno 4 e proteoglicanos. A partir dela tem um 
fator de crescimento para o epitélio, regulando a 
proliferação e o crescimento do epitélio. 
 
 
Fotomicrografia da zona cortical do rim. A técnica do PAS evidencia os 
elementos com açúcares na composição dos envoltórios das células animais, 
bem como sua presença no citoplasma. No pólo basal das células, a reação 
PAS+ revela a localização da membrana basal (MB) somada à reatividade do 
glicocálice também ali presente. No pólo apical, a reação PAS+ deve-se 
exclusivamente à presença do glicocálice. Devido a abundância de 
microvilosidades no ápice das células dos túbulos contorcidos proximais (TP), 
a reação PAS+ é mais intensa, sendo quase inexistente no ápice das células 
dos túbulos contorcidos distais (TD). Corpúsculo renal (CR) e lúmen (L) dos 
túbulos renais estão indicados. (PAS + Hemalúmen, rato). 
 
Polarização e especiações da superfície 
celular 
As superfícies apicais ou basolateral de muitas 
células epiteliais são modificadas para o melhor 
desempenho da sua função (isso se chama 
polarização). Podendo ser especializadas em: 
1. Especialização apical 
Microvilos (microvilosidades): 
Os microvilos (do latim villus, tufo de pelos) são 
evaginações da superfície apical da célula que 
aumentam a superfície de absorção. Pequenos 
microvilos são encontrados na superfície da 
maioria das células, mas são mais desenvolvidos 
nas células absortivas, como as dos túbulos renais 
(proximais) e as do intestino delgado. 
 
 
Cílios: 
São projeções da superfície apical da célula 
maiores que os microvilos: cerca de 250nm de 
diâmetro e 5 a 10m de comprimento. axonema, o 
que permite o seu movimento, fazendo com que o 
material na superfície das células seja 
transportado, como ocorre na traqueia. 
 
 
Flagelos: 
Possui estrutura semelhante à do cílio, mas é mais 
longo (cerca de 55 m) e único na célula. Ocorre no 
espermatozoide, sendo responsável pela sua 
motilidade. 
 
A síndrome dos cílios imóveis (ou síndrome de 
Kartagener, em homenagem ao médico suíço Manes 
Kartagener) é uma doença autossômica recessiva, onde 
as dineínas não são sintetizadas normalmente, o que 
impede o batimento dos cílios e dos flagelos. As pessoas 
afetadas são suscetíveis a infeções pulmonares, devido 
à estagnação do muco. Os homens com essa síndrome 
são estéreis, já que os espermatozoides são imóveis. 
 
 
Estereocílios: 
Sua denominação está relacionada ao fato de 
serem imóveis (do grego stereo, fixos). São 
microvilos longos, com 100 a 150nm de diâmetro e 
até 120µm de comprimento. Assim como os 
microvilos, possuem filamentos de actina no 
interior, mas podem ser ramificados. Aumentam a 
superfície de absorção, como aqueles do trato 
reprodutor masculino, a exemplo do epidídimo, ou 
são mecanorreceptores sensoriais, como aqueles 
das células pilosas da orelha interna.

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