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Educação Popular em Saúde

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- -1
EDUCAÇÃO FÍSICA NAS UNIDADES E 
PROGRAMAS DE SAÚDE
ESTUDO DA EDUCAÇÃO POPULAR E 
PRÁTICAS DE CUIDADO HUMANIZADO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Aprofundar as questões metodológicas e pedagógicas, para a construção e o desenvolvimento de políticas
públicas;
2- Estudar as bases conceituais da educação popular;
3- Compreender o diálogo em saúde para a construção da autonomia e emancipação dos grupos populacionais;
4- Refletir sobre gestão participativa em saúde baseada em princípios orientadores.
1 O que é educação popular
No Brasil, na década de 20, após a Semana de Arte Moderna, surgem manifestos da Escola Nova, abrindo debate
para uma educação que fosse direito de todos. Na década de 50 surge a concepção de educação popular com
ideias e práticas com a preocupação de instrução popular, idealizada por Paulo Freire. A proposta se preocupava
com uma educação emancipadora, unindo conscientização social, cultural e política com organização popular de
adultos das classes menos favorecidas, vítimas de desigualdades.
A Educação Popular é uma educação libertadora, onde acontece a interação entre educando e educador no
processo de ensino e a aprendizagem, partindo de ambos os lados. Quem ensina aprende e quem aprende ensina
simultaneamente. Nesta educação problematizadora, proposta por Paulo Freire, o conhecimento não é
transferido do educador para o educando, mas, a despeito disto, ocorre um compartilhamento de experiências
onde se encontram as condições necessárias para a construção de seres críticos, no decorrer do diálogo com o
educador, por sua vez, também crítico.
- -3
2 Princípios da Educação Popular
Paulo Freire interpretou e formulou a "Pedagogia do Oprimido", uma autêntica "educação libertadora".
Representa socialmente um novo modo de aproximação do povo oprimido pela humildade, escuta, respeito e
confiança e ao mesmo tempo crítica, interrogativa, dialógica, pautada na solidariedade e com envolvimento
transformador
Estabelece na educação uma ruptura histórica, voltando sua atenção especificamente para o oprimido, que até
então se ocupava somente com a elite, o opressor.
Passa a conferir ao processo educativo um conteúdo social e não mais individualista, com uma dimensão
ativamente política e não mais passiva e reprodutora do status quo.
A Educação Popular vem dar voz ao oprimido, partindo da educação como produção e não somente reprodução.
É através da realidade do educando, de sua prática cotidiana, que propõe uma ação libertadora para jovens
trabalhadores que até então, tinham uma formação preocupada com o treinamento de uma mão de obra
produtiva, uma educação funcional (profissional).
3 O discurso de Paulo Freire
Para Paulo Freire, a pedagogia dominante é fundamentada em uma concepção "bancária" de educação (onde
predomina o discurso e a prática, em que o sujeito da educação é o educador, sendo os educandos como vasilhas
a serem enchidas; o educador deposita 'comunicados', que estes recebem, memorizam e repetem), da qual
deriva uma prática totalmente verbalista, dirigida para a transmissão e avaliação de conhecimentos abstratos,
numa relação vertical: o saber é fornecido de cima pra baixo, e autoritário, pois manda quem sabe.
O trabalho de Paulo Freire leva em conta a natureza política da educação, fornecendo meios de transformação da
realidade social. É a alfabetização para se apropriar de um conhecimento crítico do mundo, através do diálogo
que rompe com uma educação "bancária", de depósito de conhecimentos, onde quem sabe é o professor e, quem
aprende é o aluno.
- -4
4 Processo de conscientização: aproximação entre teoria e 
prática
Conheça, a seguir, como ocorre o processo de conscientização:
• Incluir na escola a cultura local
Ligar os níveis individual, organizacional e comunitário do empoderamento.
• Projeto político-pedagógico emancipatório
Participação do educando, levando a autonomia.
• Considerar e conhecer a realidade dos alunos
Prática dialógica.
5 Autonomia e emancipação dos grupos populacionais
Quando a prática é tomada como curiosidade, ela desperta horizontes de possibilidades, amadurecendo
politicamente os intelectuais e grupos populares. Nesse processo, as pessoas não se limitam a discutir sobre
conteúdos, mas sobre as dimensões e os momentos da prática.
•
•
•
- -5
“Assim, é através do diálogo que se cria o movimento constitutivo da consciência, que é a consciência
do mundo. Ao objetivar o mundo, o homem o historiciza, o humaniza; ele passa a ser o mundo da
consciência, que é uma elaboração humana. Assim, o mundo passa a ser um projeto humano, o
homem se faz livre e pode ser autônomo.
Diálogo é o encontro dos homens para Ser Mais, para construir sua autonomia. Para que a educação
promova no educando a autonomia, é essencial que ela seja dialógica, pois assim há espaço para que
o educando seja sujeito, para que ele mesmo assuma responsavelmente sua liberdade e, com a ajuda
do educador, possa fazer-se em seu processo de formação” (FREIRE, 1983).
"Já agora ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se
educam em comunhão, mediatizados pelo mundo" (FREIRE, 1983, p. 79).
Anos 70
Trouxe para o setor da saúde uma cultura de relação com as classes populares que representou uma ruptura com
a tradição autoritária e normatizadora da educação em saúde.
Anos 90
Profissionais de saúde, lideranças de movimentos sociais e pesquisadores se organizaram em torno da
Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde, que foi constituída no I Encontro Nacional de Educação
Popular em Saúde.
Anos de 2003
Com o auxílio do Ministério da Saúde no primeiro ano do governo Lula, realizaram-se encontros estaduais que
culminaram em um encontro nacional, no qual se constituiu a Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de
Educação Popular e Saúde, que ficou conhecida por ANEPS 19.
A partir de 2005
O Ministério da Saúde assume o compromisso de ampliar e fortalecer a participação da sociedade na política de
saúde, desde sua formulação ao exercício do controle social, com a criação de um espaço institucional para as
ações de Educação Popular e mobilização social.
Atualmente
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde tem apresentado setores específicos para a construção de políticas e
incentivo a atividades no campo da Educação Popular em Saúde.
6 Educação popular e Ministério da Saúde
Sobre a educação popular, o Ministério da Saúde diz:
- -6
“Pode-se afirmar que uma grande parte das experiências de Educação Popular em Saúde está hoje
voltada para a superação do fosso cultural existente entre os serviços de saúde, as organizações não
governamentais, o saber sanitário e as entidades representativas dos movimentos sociais. De outro
lado, a dinâmica de adoecimento e de cura do mundo popular é feita desde a perspectiva dos
interesses das classes populares, reconhecendo, cada vez mais, a sua diversidade e heterogeneidade.
Atuando a partir de problemas de saúde específicos ou de questões ligadas ao funcionamento global
dos serviços, busca-se entender, sistematizar e difundir a lógica, o conhecimento e os princípios que
regem a subjetividade dos vários atores envolvidos, de forma a superar incompreensões e mal-
entendidos ou tornar conscientes e explícitos os conflitos de interesse. A Educação Popular dedica-se
à ampliação dos canais de interação cultural e negociações (cartilhas, jornais, assembleias, reuniões,
cursos, visitas etc.) entre os diversos grupos populares e os diversos tipos de profissionais e
instituições.”
Fonte: Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Brasília:
Ministério da Saúde, 2007.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
• A promoção da saúde e qualidade de vida, que poderá ser útil para acompanhar a dinâmica dos 
diferentes contextos sociais e compreender as condições de vida dos indivíduos na busca para uma 
melhor qualidadede vida condizente com a saúde.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conheceu as bases conceituais de Educação Popular;
• Entendeu a construção da autonomia em saúde através de uma metodologia dialógica para uma
Referências
FREIRE, Paulo. . 28ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.Pedagogia do Oprimido
PAIVA, Vanilda. Rio de Janeiro: Graal, 1986.Perspectivas e dilemas da educação popular. 
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	Olá!
	1 O que é educação popular
	2 Princípios da Educação Popular
	3 O discurso de Paulo Freire
	4 Processo de conscientização: aproximação entre teoria e prática
	Incluir na escola a cultura local
	Projeto político-pedagógico emancipatório
	Considerar e conhecer a realidade dos alunos
	5 Autonomia e emancipação dos grupos populacionais
	6 Educação popular e Ministério da Saúde
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO
	Referências

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