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PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR PRINCIPAIS COMPONENTES 1) Dentina (dentina peritubular e intertubular); 2) Polpa (camada odontoblástica, zona rica e pobre em células, e, centro da polpa); POLPA » Possui mecanismos inerentes para limitar os danos casados por agentes agressores; » Esclerosamento dos túbulos dentinários; » Formação de dentina terciária; » Sensibilidade dolorosa; Dentina reacional Dentina Reparativa » Produzida pelos prolongamentos odontoblastos que sobreviveram à agressão; » Formada pela nova geração de odontoblastos; TIPOS DE DENTINA TERCIÁRIA Gabrielle Silveira PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR PRINCIPAIS CAUSA DE INJÚRIAS DA POLPA 1) CÁRIE; 2) TRAUMA OCLUSAL – restaurações com contatos exagerados transferem sobrecarga mastigatória ara o dente restaurado, estimulando o periodonto e a pressão intrapulpar; - Aumento da pressão intrapulpar torna o dente mais sensível às variações térmicas, principalmente ao frio; - O mínimo excesso oclusal, causa suficiente desconforto para o retorno ao dentista; COMO MINIMIZAR O TRAUMA OCLUSAL 1) Ajustar os contatos após realizações das restaurações – máxima intercuspidação, lateralidade, potrusão e relação cêntrica. 3) PREPARO CAVITÁRIO – fatores técnicos: pressão de corte, calor friccional e dentina desidratada – fatores clínicos: condição inicial da polpa, quantidade e qualidade da dentina remanescente; - Instrumentos rotatórios: causam a movimentação do fluxo dentinário; - Refrigeração: essencial para minimizar o aumento da temperatura; maior que 5°C é suficiente para causar injúria pulpar; COMO MINIMIZAR O TRAUMA DO PREPARO CAVITÁRIO? 1) Utilizar instrumentos rotatórios novos; 2) Refrigeração abudante; 3) Corte intermitente (toca e retira); 4) Aplicar menor pressão de corte OBS: o condicionamento ácido tende a causar um movimentação do fluido nos túbulos dentinários; Gabrielle Silveira FATORES QUE ORIENTAM A ESTRATÉGIA DE PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR I. Profundidade da cavidade: 1- lesões superficiais (ultrapassam ligeiramente a JAD; 2- cavidades rasas > 0,5 a 1mm a JAD; 3- cavidades médias até 2mm; 4- cav. Profunda: ultrapassam a dentina remanescente; 5- lesões muito profundas; II. Idade do paciente: III. Quantidade e qualidade da dentina remanescente; REQUISITOS DOS AGENTES DE PROTEÇÃO Gabrielle Silveira Bom isolante térmico e elétrico; Propriedades bactericidas e bacteriostáticas; Estimular a recuperação das funções biológicas da polpa; Favorecer a produção de dentina terciária ou esclerosada; Ser biocompatível; Inibir a penetração de íons metálicos no dente; Evitar ou inibir a infiltração bacteriana; Ser inócuo à polpa; Resistência mecânica suficiente para suportar os esforços mastigatórios; QUAL MATERIAL UTILIZAR? FORRAMENTO BASE ▪ Ca (OH) – Hidróxido de cálcio; ▪ MTA – Mineral Trióxido Agregado ▪ BIODENTINE; ▪ CIV; ▪ Óxido de zinco e Eugenol; AGENTES PARA FORRAMENTO São materiais que se apresentam em forma de PÓ e LÍQUIDO (pasta), depois da aglutinação, eles formam uma fina camada no fundo da cavidade; Eles protegem a polpa das agressões externas; Estimulam a formação da barreira mineralizada; REQUISITOS PARA OS AGENTES DE FORRAMENTO Necessitam ter propriedades biológicas que favoreça a cicatrização da polpa; Reduza os efeitos tóxicos e deletérios dos materiais restauradores definitivos; Características bactericidas e bacteriostáticas; AGENTES PARA BASE Tem como objetivo proteger o material de forramento e reconstruir a dentina perdida; Diminuir a quantidade de material restaurador definitivo; Adequar o preparo cavitários; TIPOS DE MATERIAIS PARA FORRAMENTO Gabrielle Silveira HIDRÓXIDO DE CÁLCIO PROPRIEDADES ¤ Estimula a formação de dentina reparadora (pH alcalino); ¤ Protege a polpa contra estímulos térmicos e elétricos; ¤ Ação antimicrobiana; ¤ Alta solubilidade; FORMAS DE APRESENTAÇÃO ¤ Pó – Hidróxido de cálcio P.A; utilizado em contato direto quando a polpa está exposta ou existe uma suspeita de micro exposição; ¤ Pasta-pó de Ca (OH) e solução (água destilada, solução anestésica); AÇÃO DO H.C NA POLPA EXPOSTA: CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO ¤ Pasta base + pasta catalisador; ¤ Proporção de 1:1 por 10 segundos; ¤ Tempo de trabalho – 2-3 minutos; OBS: o hidróxido de cálcio não pode ser utilizado com contato direto com a resina composta; TIPOS DE MATERIAIS PARA FORRAMENTO Gabrielle Silveira MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO PROPRIEDADES ¤ Ele surgiu no inicio dos anos 90, com objetivo de selar as comunicações entre o exterior e o interior do dente; ¤ Biocompatível; com certa resistência mecânica; ¤ Estimula a formação de ponte de dentina; ¤ Atividade microbiana; ¤ Possibilidade de utilizar em superfícies úmidas (baixa solubilidade); IDICAÇÕES ¤ Perfuração resultantes de absorções externas e internas; ¤ Tratamento conservador da polpa: curetagem, pulpotomia e capeamento direto; COMPONENTES ¤ Silicato dicálcio e tricálcio; aluminato tricálcio; gesso; aluminoferrite tetracálcio; BIODENTINE ¤ Possui boas características de manuseio; ¤ À base de silicato de cálcio; ¤ Produz hidroxiapatita; ¤ Induz diferenciação de células pulpares; ¤ Possui boa resistência a compressão e flexão – SUBSTITUTO DE DENTINA; pode ser utilizado como material restaurador provisório; ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL ¤ Selador de canais radiculares; ¤ Base para restaurações definitivas e provisórias; ¤ Cimentos cirúrgicos; ¤ Material de moldagem funcional; ¤ Contra-indicado para utilizar com resinas – prejudica sua polimerização; e não pode ser usado direto com a polpa; ¤ Manipulação com espátula 36; PROPRIEDADES ¤ Baixa propriedade mecânica quando comparado ao CIV; ¤ Uso justificável pelas propriedades terapêuticas que vem do Eugenol (sedativo, antiinflamatório, inibe metabolismo dos M.O; TIPOS DE MATERIAIS PARA BASE TIPOS DE MATERIAIS PARA BASE Gabrielle Silveira CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL PROPRIEDADES ¤ Boa adesão química; estética inferior (opacidade); ¤ A resistência mecânica dele como base é suficiente; ¤ Necessita de proteção do meio bucal para minimizar dissolução (uso do verniz); Libera flúor ao se dissolver; ¤ Diminui a formação de cárie de esmalte adjacente à restauração; ¤ Absorvem íons fluoretos provenientes de dentifrícios e soluções tópicas; ¤ Não é utilizado diretamente em contato com a polpa; ¤ Bom isolante térmico e elétricos; ¤ Coeficiente de expansão é similar ao dente; INDICAÇÕES ¤ CIV convencional só é utilizado como provisório ou como base de uma restauração definitiva; já o CIVMR pode ser utilizado com caráter definitivo dependendo da cavidade – classe V, classe I e III pequenas, lesões cervicais não cariosas; UTILIZA-SE O ÁCIDO POLIACRÍLICO (remove apenas a smear leyar) e não o ácido fosfórico (remove a smear leyar e ainda promove uma desmineralização removendo os cristais de cálcio) ¤ ANIDROS – dentro do pó tem ácido poli acrílico que foi liofilizado (removeu toda sua água) e no líquido tem água destilada; CAPEAMENTO PULPAR CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO É utilizado em cavidades muito profundas, onde a dentina remanescente seja muito fina, em casos de fratura SEM EXPOSIÇÃO PULPAR ou reabsorções dentárias iniciais. Nesse processo são estimulados os mecanismos naturais de reparo dentinário da polpa. ✓ Bloqueia os estímulos térmicos elétricos e químicos. Decorrentes das restaurações e do meio bucal; ✓ Mantem um ambiente cavitário apropriado, para manutenção ou recuperação da condição pulpar; ✓ Exerce ação terapêutica sobre o complexo dentinopulpar; ✓ Vai evitar ou reduzir a infiltração e crescimento dee bactérias sob as restaurações; ✓ Interage com as restaurações, melhorando suas propriedades de selamento cavitário; ✓ Dissipar as forças de condensação durante a inserção de materiais compatíveis; TRATAMENTO EXPECTANTE Gabrielle Silveira ➢ Indicado para lesões profundas com risco de exposição pulpar (ainda possui uma fina camada de dentina afetada); ▪ Bloqueia a penetração de agentes irritantesque podem atingir a polpa através da lesão cariosa; ▪ Pode interromper o circuito metabólico proporcionado pelos fluidos bucais às bactérias remanescentes no assoalho da cavidade; ▪ Inativar bactérias pela ação bactericida ou bacteriostática dos materiais odontológicos; ▪ Remineralizar a dentina afetada; ▪ Hipermineralizar a dentina sadia subjacente; PROTOCOLO CLÍNICO 1° SESSÃO 1. Anamnese; 2. Diagnostico clinico e radiográfico; 3. Remoção da dentina infectada; 4. Limpeza da cavidade; 5. Aplicação da pasta de hidróxido de cálcio; 6. Vedação da cavidade com CIV; 7. Proservação de 30-60 dias; 2° SESSÃO 1) Definição do prognóstico (radiografia, teste de sensibilidade); 2) Remoção do material provisório; 3) Avaliação da dentina remanescente; 4) Forramento com cimento de hidróxido de cálcio; 5) CIV modificado por resina; 6) Restauração definitiva CAPEAMENTO PULPAR DIRETO A proteção pulpar direta é definida como um curativo da polpa exposta clinicamente normal, com a ausência de sinais e sintomas da doença pulpar grave, tendo como objetivo específico, facilitar a cura da polpa pelo estímulo do tecido, pelo material capeador, produzindo tecido mineralizado e fechando a área de exposição, assim evitando a penetração de bactérias.
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