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Proteção do Complexo Dentino-pulpar

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Proteção do Complexo 
Dentino-pulpar 
Introdução 
O conjunto calcificado esmalte/dentina é a estrutura 
responsável pela proteção biológica da polpa, ao 
mesmo tempo em que se protegem mutualmente. 
 
• Esmalte – Resistente ao desgaste, duro, 
impermeável, bom isolante térmico e friável. 
• Dentina – É protegido pelo esmalte, menos 
resistente, permeável, condutor de eletricidade, 
resiliente, amortecedor de forças, hidrófila e sensível. 
- Próximo à junção amelodentária: Maior intertubular 
e menor diâmetro dos túbulos (Dentina superficial). 
- Próximo à polpa: Menor dentina intertubular e 
maior diâmetro dos túbulos (Dentina profunda). 
 
Tipos de dentina 
1- Dentina primária: 
• Define a forma do dente; 
• formada desde a primeira camada de 
dentina até a raiz estar formada 
(fechamento do ápice) e o dente estar em 
oclusão. 
• É a dentina original. 
2- Dentina secundária: 
• Formada após a raiz estar completa, durante 
toda a vida, de forma mais lenta. 
• Microscopicamente há uma mudança na 
direção dos túbulos dentinários (túbulos 
dentinários desordenados). 
• Diminui a luz do canal. 
3- Dentina terciária: 
• Formada em resposta a estimulo patológico; 
Maior conteúdo mineral. 
➢ Dentina Reacional: É a dentina depositada devido 
à agentes externos crônicos e de baixa 
intensidade como uma cárie crônica. 
Os odontoblastos conseguem migrar e secretá-
la, não sendo aprisionados na matriz. 
➢ Dentina reparadora: Dentina depositada devido à 
agentes externos agudos e de alta intensidade 
como uma cárie aguda. O trauma é tão forte, 
que os odontoblastos morrem e as células 
mesenquimais indiferenciadas que estão sob 
eles, se diferenciam em novos odontoblastos e 
secretam em uma nova dentina, aprisionando os 
odontoblastos em sua matriz. 
- Não é boa para adesão 
4- Dentina Esclerosada: Se caracteriza pela presença 
de túbulos dentinários obliterados (fechados) com 
material calcificado, processo este que é acelerado 
frente a determinados estímulos. Presente na cárie 
crônica. 
Tecido Pulpar 
 A polpa dentária é um tecido conjuntivo altamente 
diferenciado, ricamente inervado, vascularizado e, 
consequentemente, responsável pela vitalidade do dente; 
está diretamente conjugada ao sistema circulatório e 
tecidos periapicais através do feixe vasculho/nervoso que 
entra e sai pelos forames apicais. 
A principal característica da polpa dentária é produzir 
dentina, além de possuir outras funções, como nutritiva, 
sensitiva e defensiva. A polpa alerta, por meio da dor, 
qualquer injurias ao elemento dentário. 
A polpa proporciona nutrição através dos 
prolongamentos odontoblásticos, os quais conduzem os 
elementos nutritivos encontrados no liquido tecidual. 
Quando a polpa é sujeita a injuria ou irritações mecânicas, 
térmicas, químicas ou bacterianas, desencadeia uma 
reação efetiva de defesa. Essa reação defensiva é 
caracterizada pela formação de dentina reparadora 
(injuria menor), ou por uma reação inflamatória (injuria 
maior). 
Sempre que houver perda de substancia, quer seja por 
cárie e sua remoção, fraturas, erosões ou abrasões e 
consequentemente, o dente deve ser restaurado, é 
necessário que a vitalidade do complexo dento/pulpar 
seja preservada por meio de adequada proteção. 
As proteções do complexo dentinho/pulpar consistem da 
aplicação de um ou mais agentes protetores, tanto em 
tecido dentário quanto sobre a polpa que sofreu 
exposição, a fim de manter ou recuperar a vitalidade 
desses órgãos. 
Idade do paciente, condição pulpar e profundidade da 
cavidade são aspectos que devem ser considerados ao 
realizar proteção. 
Técnicas de proteção do complexo dentinho-pulpar 
Existem duas técnicas distintas que podem ser utilizadas 
na proteção do complexo dentino/pulpar: 
• Proteções indiretas: 
- Tratamento expectante: Remoção parcial do tecido 
cariado para reduzir o risco de exposição pulpar 
- Representam a aplicação de agentes seladores, 
forradores e/ou bases protetoras nas paredes 
cavitárias com o objetivo de proteger o complexo 
dentino/pulpar dos diferentes tipos de injurias; 
manter a vitalidade pulpar; inibir o processo carioso; 
reduzir a microinfiltração e estimular a formação de 
dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora. 
- Técnica mista / sanduiche 
Cimento de Hidróxido de Cálcio 
+ 
Cimento Ionômero de Vidro (aguardar 24 horas) 
+ 
Restauração 
• Proteções diretas: 
- Tratamento capeamento pulpar direto 
- Caracterizam-se pela aplicação de um agente 
protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto, 
com a finalidade de manter sua vitalidade e 
consequentemente promover o restabelecimento 
da polpa; estimular o desenvolvimento de nova 
dentina e proteger a polpa de irritações adicionais 
posteriores. 
1. Tirar a dentina contaminada e um pedaço 
da poupa contaminada com a colher de 
dentina 
2. Hidróxido de cálcio P.A + agua destilada = 
consistência fluida para estancar o sangue 
3. Hidróxido de cálcio PA = consistência de 
pasta de dente seca 
4. Cimento de Hidróxido de Cálcio 
5. Cimento de Ionômero de vidro 
Esperar 21 dias para a formação de dentina terciária 
(ponte dentinária). 
Se o paciente sentir dor no dia seguinte = tratamento 
de canal 
Agentes Protetores 
Uma adequada proteção do complexo dentino/pulpar 
pode ser obtida com os selantes, forradores, capeadores, 
bases protetoras e/ou bases cavitárias. 
Um material protetor poderá ser considerado ideal se for 
capaz de: 
1- Ser um bom isolante térmico 
2- Ser bactericida e bacteriostático 
3- Ter adesão à estrutura dentária 
4- Estimular a formação de dentina reparadora. 
5- Produzir analgesia e ser biocompatível. 
 
Agentes protetores utilizados: Para facilidade de 
compreensão, podem ser resumidos de acordo com sua 
composição básica e características de apresentação: 
 
1. Vernizes cavitários: São compostos à base de resina 
copal natural ou sintética, dissolvida em clorofórmio, 
éter ou acetona. Quando aplicado em uma cavidade, 
o solvente evapora-se rapidamente, deixando uma 
película forradora semipermeável que veda com 
certa eficiência os túbulos dentiinários. 
2. Vernizes Cavitários Modificadores ou “Liners”: 
Apresentam composição mais complexa do que a 
dos vernizes convencionais e são geralmente 
compostos por hidróxido de cálcio, oxido de zinco e 
resina poliestirênica, dissolvidos em clorofórmio. 
-Quando aplicados na cavidade o solvente evapora-
se, deixando uma película protetora desses materiais 
aderida as paredes cavitárias. 
3. Produtos à base de hidróxido de cálcio: São bastante 
difundidos e muito utilizados. Comprovada a 
propriedade de estimular a formação de dentina 
esclerosada, reparadora e proteger a polpa contra 
os estímulos termoelétricos e ação de agentes 
tóxicos de alguns materiais restauradores. Possui pH 
alcalino, é biocompativel e bacteriostático. Pode ser 
utilizado nas seguintes formas de apresentação: 
 
• Solução de hidróxido de cálcio: A quantidade de 10 a 
20 gramas de hidróxido de cálcio em 200ml de água 
destilada. O excesso de hidróxido de cálcio fica 
sedimentado no fundo do recipiente. Não há 
necessidade de agita-lo, pois a solução alcalina fica 
acima da deposição, numa concentração de 
aproximadamente 0,2% de hidróxido de cálcio. Esta 
solução alcalina é chamada de água de hidróxido de 
cálcio, que é útil para todos os tipos de cavidade, 
devendo-se lavá-las com esta solução antes que a 
proteção pulpar e restauração sejam colocadas. 
-Além da limpeza que proporciona, sua alcalinidade 
neutraliza a acidez de cavidade, atua como agente 
bacteriostático, estimula a calcificação dentinária e é 
hemostático nos casos de exposições pulpares. 
-Por outro lado, o hidróxido de cálcio depositado no 
fundo do recipiente constitui uma ótima pasta para 
proteção diretas que profissional poderá utilizar com 
frequência. 
 
• Suspensão de Hidróxido de cálcio: Consiste numa 
suspensão de hidróxido de cálcio em solução aquosa 
de metilcelulose a qual deveser agitado antes do uso. 
-Este produto vem munido de dispositivo apropriado 
com uma cânula que permite gotejar a suspensão 
dentro da cavidade. Geralmente uma ou duas gotas 
de suspensão é suficiente para um forramento 
adequado, após a colocação da gota, esta deve ser 
seca com leve jato de ar até que se forme uma 
película forradora branca e fosca em toda superfície 
preparada. 
 
• Hidróxido de cálcio pró-
análise (P.A.): Hidróxido de 
cálcio em pó, utilizado 
quando ocorre exposição 
pulpar acidental. 
 
• Pasta de Hidróxido de cálcio: Diferem dos cimentos 
na composição e consistência e constitui-se 
basicamente de hidróxido de cálcio pró-análise (P.A..) 
dissolvido em água destilada (não endurem após a 
sua colocação na cavidade). 
-Possuem outros constituintes como o cloreto de 
sódio, potássio, cálcio e carbonato de cálcio ou então 
com a adição de sulfato de bário que torna a pasta 
radiopaca. 
-São principalmente indicadas nos casos de proteção 
direta, quando ocorre uma exposição pulpar 
acidental. 
 
• Cimentos de Hidróxido de Cálcio: Apresentam 
relativa dureza e resistência 
mecânica, são também 
impermeáveis aos ácidos 
existentes em alguns 
materiais restauradores. São 
também eficazes contra 
estímulos térmicos e 
elétricos sob restaurações metálicas a amálgama, 
fundidas ou a ouro em folha. 
-Quando aplicado sobre a dentina possibilita a 
formação de dentina reacional e evidencias de 
reparo pulpar e parece conduzir a resultados 
satisfatórios quando aplicado sobre pequenas 
exposições acidentais. 
-Não tem adesividade junto á estrutura dentária. 
-Deve ser protegido antes da aplicação do sistema 
adesivo. 
 
• Cimento de Hidróxido de Calcio fotopolimerizaveis: 
Muito questionado em proteção pulpar, contém 
matriz resinosa em sua composição, que pode 
provocar danos pulpares devido ao monômero 
residual não polimerizados da matriz resinosa. 
 
4. Cimentos Dentários: Os cimentos dentários possuem 
as mais diferentes composições e comportamentos 
físicos e biológicos que evidentemente dependem 
de seus constituintes básicos. Existem vários 
cimentos dentários além do Cimento de hidróxido de 
cálcio. São eles: 
 
• Fosfato de zinco: É um dos cimentos mais utilizados 
na odontologia. 
- Indicações de uso: Bases cavitárias, restaurações 
provisórias e cimentação de peças protéticas. 
-É apresentado na forma de pó (Óxido de zinco, óxido 
de magnésio, fluoretos, oxido de bismuto e sílica) e líquido 
(ácido ortofosfórico e água). 
-O ácido ortofosfórico pode promover irritação pulpar 
devido ao seu pH ácido, por isso é aconselhável usar um 
isolante. Por outro lado, os sais de óxido de alumínio e 
óxido de zinco atuam como tampões, reduzindo o efeito 
produzido pelo ácido e retardando a ação do cimento. 
-É fácil de manusear, é econômico e o excesso de 
material é fácil de remover. 
- No entanto, esse tipo de cimento não é muito estético 
e dá origem a mais casos de micro infiltrações. 
- Possui reação exotérmica 
-Não apresenta adesão à estrutura dentária 
- Altamente solúvel e é um bom isolante eletro-térmico. 
 
• Óxido de zinco e eugenol (OZE): 
- Formas de apresentação: Pó (óxido de zinco) + liquido 
(eugenol)= Antibacteriano sedativo. 
- Propriedades gerais: Apresenta efeito terapêutico 
sobre a polpa, baixa resistência mecânica, péssima 
adesividade à estrutura dental, inibe a polimerização das 
resinas compostas e adesivos dentinários, bom selador 
(diminuição da sensibilidade). 
- É usado para: restaurações provisórias, cimentação de 
peças protéticas, forramento e proteção do complexo 
dentino-pulpar. 
 
• Ionômero de Vidro: Também conhecido como 
cimento de silicato e de policarboxilato. 
- Formas de apresentação: Pó+líquido, encapsulados 
(dose única), pasta-pasta 
ou pasta-líquido. 
- Propriedades gerais: 
Resistencia a 
compressão e a tração, 
liberação de flúor, 
adesividade e coeficiente 
de expansão térmica 
linear. 
- Usado para tratar cárie 
remanescente, fazer forramento, e proteger o 
complexo dentino/pulpar.

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