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MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 1 Sistema endomembrana: retículo endoplasmático → O sistema de endomembranas é uma estrutura exclusiva das células eucariontes e é o seu compartimento mais volumoso. → Distribui-se por todo o citoplasma e é constituído por vários compartimentos na forma de cisternas, sacos e vesículas que se comunicam. → A comunicação pode ser direta através de suas membranas (ex: envelope nuclear e retículo endoplasmático rugoso) ou mediada por vesículas transportadoras que surgem do compartimento e se fundem com a membrana do compartimento de destino (ex: entre o retículo endoplasmático e o complexo de golgi). → Componentes do sistema endomembranas: • Citoplasma: síntese e degradação de proteínas. • Retículo endoplasmático. • Complexo de golgi: recebe o conteúdo do retículo, modifica e transporta. • Mitocôndria: produção de energia, constitui via apoptótica. • Lisossomo: digestão enzimática. → O RER, lisossomo, endossomo, aparelho de golgi, a vesícula secretora e o envelope nuclear são organelas revestidas por uma dupla camada lipídica, semelhante à membrana plasmática. • Uma camada lipídica está em contato com o citoplasma da célula. A outra camada está em contato com a parte interior da cavidade da organela, o lúmen, o qual limita o espaço interno único e contínuo do retículo. → O RE é formado por uma rede de túbulos e vesículas achatadas que se estende a partir do envoltório nuclear, percorrendo grande parte do citosol. Toda essa rede é revestida por uma bicamada lipoproteíca que limita o espaço interno único e contínuo de todo retículo endoplasmático, o lúmen. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 2 → O lúmen é o local onde se encontram as proteínas resistentes do RE e onde ocorrem todas as reações envolvidas no empacotamento e processamento das proteínas destinadas aos lisossomos, à membrana plasmática e ao exterior da célula. Funções do retículo endoplasmático → Todas as células eucariontes possuem retículo endoplasmático. → Possuem tubos e sacos planos interconectados que são contínuos da membrana nuclear. → Atua na biosíntese e na modificação de proteínas e lipídios. → Armazena cálcio. → Produz todas as proteínas transmembranares e quase todos os lipídeos de organelas e membrana plasmática. → Produz proteínas que são secretadas para o exterior da célula e destinadas para o lúmen do retículo, do complexo de golgi e do lisossomo. Tipos morfológicos do RE RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO → Apresenta ribossomos aderidos em sua membrana. → Esses ribossomos do RER sintetizam as proteínas que habitam o sistema de endomembranas ou que devem sofrer algum tipo de modificação antes de atingir seu local de ação. → Estas proteínas incluem as proteínas de membrana, as hidrolases ácidas que atuam nos lisossomos e todas as proteínas que são secretadas como, por exemplo, os componentes da matriz extracelular, os hormônios (como insulina) e as enzimas digestivas. → A função de síntese protéica atribuída ao RER é exercida pelos ribossomos que estão aderidos a ele. → A afinidade do RER pelos ribossomos deve-se principalmente à existência de receptores específicos localizados na face citosólica da membrana. → Os ribossomos são estruturas celulares compostas por RNA e proteínas e são responsáveis pela síntese protéica. São constituídos por duas unidades: uma maior e uma menor. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 3 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO → Atua na síntese de lipídeos. → Reserva íon cálcio que é um mensageiro citoplasmático envolvido em uma série de eventos celulares como secreção, proliferação e contração muscular. Ex: o REL das fibras musculares é denominado retículo sacorplasmático e assume uma organização característica na qual envolve os miofilamentos cuja contração é dependente do cálcio armazenado em seu lúmen. → Ocorre a síntese dos fosfolipídios que irão constituir todas as membranas celulares. Ex: os hepatócitos, células do fígado especializado na detoxificação de compostos químicos hidrofóbicos (como pesticidas e agentes carcinogênicos que ingerimos junto com os alimentos e medicamentos). Estes compostos quando passam pelo fígado, são direcionadas ao REL dos hepatócitos que contém enzimas capazes de modificar sua estrutura, convertendo-os quimicamente em compostos hidrofílicos. → Muitos tipos celulares apresentam pouco REL, mas em outros tipos de células esta organela é abundante. → Converte substâncias tóxicas em substâncias inócuas ou de fácil excreção. Isso ocorre no fígado, nos rins, na pele e nos pulmões. O aumento de REL contribui para a redução do efeito de medicamentos após certo tempo de uso. Assim, ocorre um aumento na atividade de desintoxicação que há necessidade de doses maiores para promover o mesmo efeito obtido no início com doses pequenas, pois uma parte considerável da droga é destruída no fígado. Síntese protéica do RER → O que diferencia uma proteína da outra em nível estrutural e funcional é a sequência de seus aminoácidos. → Essa informação que determina a sequência exata de aminoácidos que cada proteína terá, está contida no DNA, mais especificadamente nos genes. → A síntese de proteína que depende das informações que se encontram no DNA, ocorre exclusivamente no citoplasma, nos ribossomos livres. → Como você imagina que esta informação chega ao citoplasma e é traduzida em proteínas? Na forma de RNA mensageiro, o qual é produzido a partir do DNA e isso ocorre porque o RNA é capaz de transitar entre núcleo e citoplasma. Deste modo, uma sequência de DNA ou gene é usada como molde para a produção de uma molécula de RNA que contém o código correspondente à sequência de aminoácidos que uma proteína específica terá. Este processo é chamado de formação de uma molécula de RNA a partir de um molde de DNA é chamado de transcrição. O RNAm seria uma molécula intermediária que transfere a mensagem genética do núcleo para o citoplasma. Note que a informação original, na forma de gene, é mantida intacta no interior do núcleo e que uma cópia transitória desta mensagem é enviada para o citoplasma na forma de RNAm. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 4 → A síntese protéica se inicia nos ribossomos livres no citosol. → O destino da proteína depende da sua sequência de aminoácidos, que pode ter sinal de endereçamento. Muitas não possuem sinal, permanecendo no citosol, já outras apresentam sinais específicos. A proteína que tem sinal de endereçamento específico para o retículo endoplasmático terá a sua síntese terminada dentro do retículo e não no citoplasma, diferente das proteínas que possuem endereçamento para o peroxissomo, mitocôndria, núcleo ou para o citoplasma. Sinais de endereçamento Existem três caminhos para a proteína se mover de um compartimento para outro. Todos precisam de energia. O sinal de endereçamento direciona a proteína ao destino celular correto. TRANSPORTE MEDIADO → Citosol – núcleo – citosol. → Estão próximos. → Passagem fácil, mais livre. → Entram proteínas nucleares e saem RNAm maduros, subunidade ribossomiais. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 5 → Utilizam complexos de poros nucleares (NPC) no envelope nuclear que atuam como mediadores seletivos, transportam macromoléculas e tem difusão simples nas moléculas menores. Ex: tráfico de histonas, de RNA e DNA polimerase, de proteína reguladora de gene e de processamento de RNA. → Essa importação é seletiva. → O poro nuclear é formado por nucleoporina e atravessa o envelope nuclear. Porele passam mais de 500 macromoléculas por segundos. → Devem existir sinais de localização nuclear que direcionará a proteína nuclear ao núcleo. Esses sinais devem ser reconhecidos por receptores de importação nuclear, que são proteínas do citosol que se ligam ao sinal de localização nuclear. Esses receptores direcionam a proteína por interação com as nucleoporinas. Obs: a saída de moléculas do núcleo como subunidades ribossomais e moléculas de RNA ocorrem pro NPC que utilizam sinais de exportação nuclear e receptores de exportação. TRANSPORTE TRANSMEMBRANA → Proteínas translocadoras transportam proteínas diretamente a partir do citosol para organelas. Por esse caminho a proteína deve mudar sua conformação (desdobra-se) para passar pelo translocador. TRANSPORTE VESICULAR → Carregam proteínas a partir do retículo endoplasmático para o golgi e de lá para outros compartimentos. → Pode ser uma vesícula ou fragmentos organelares maiores. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 6 PROCESSO COTRADUCIONAL → As células começam a importação de proteína para o retículo endoplasmático antes da sua síntese completa. Ou seja, a proteína não tinha sido traduzida completamente no citosol antes de ser importada. A síntese da proteína terminará no retículo endoplasmático. PROCESSO PÓS-TRADUCIONAL → A importação para o núcleo, mitocôndria ou outras organelas de uma proteína que foi completamente traduzida no citoplasma. Tipos de proteínas sintetizadas no retículo PROTEÍNA TRANSMEMBRANA → São aquelas que ficam inseridas na membrana plasmática, do complexo de golgi e de outras organelas como o lisossomo ou do próprio retículo. PROTEÍNA SOLÚVEL EM ÁGUA → São solúveis em compartimentos (como as enzimas lisossomiais) e proteínas que serão secretadas (como hormônios ou enzimas digestivas) também são sintetizadas em ribossomos aderidos ao retículo endoplasmático. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 7 O srp direciona sequencias sinal do RE para um receptor específico na membrana do RER → A partícula de reconhecimento de sinal (SRP) circula entre a membrana do retículo endoplasmático e o citosol e liga-se a uma sequência sinal. → A partícula de reconhecimento de sinal se liga ao receptor de SRP, localizado na membrana do retículo endoplasmático. → A SRP e seu receptor são encontrados em todas as células. → As sequencias-sinal são formadas por aminoácidos apolares no centro. A função disso é bloquear a produção da proteína enquanto ela estiver no citosol, para proteger de hidrolases e para que ela não seja liberada de uma forma errada, no lugar errado. Esse bloqueador para a produção e direciona o ribossomo até a proteína receptora SRP que ta na membrana do RE. Essa proteína leva o ribossomo até o translocador e no translocador, a SRP e a proteína receptora SRP são liberados para trabalhar em outros ribossomos. Uma proteína solúvel vai com a SRP, com a sequência inicial, até o translocador. A sequência inicial fica presa no translocador e a proteína vai ser produzida. Essa vai para o lúmen do retículo e depois que estiver pronta uma peptidase vai chegar e vai cortar a sequência sinal (sequência essa que direciona ela para a membrana) e ela estará livre e madura no lúmen do reticulo endoplasmático com o seu sinal de endereçamento. RESUMÃO: a sequência sinal é o prmeiro segmento da proteína a ser traduzido. À medida que a sequência sinal emerge do ribossomo, ela é reconhecida pela SRP, a qual irá se associar a sequência sinal, interrompendo a síntese protéica. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 8 Essa síntese só será reiniciada quando a SRP encontrar o seu receptor que está na superfície citosólica. A sequência sinal é inserida na cisterna do retículo através de um canal existente na memrbana. A SRP se desliga do complexo e a tradução prossegue. Com isso, temos vários ribossomos que podem trabalhar de forma individual ou em conjunto, aumentando a produção de proteína. Depois que essa proteína é colocada para dentro do lúmen, ela libera a SRP e os ribossomos. Esses ribossomos voltam a ser livres até serem convocados novamente para a produção de proteína. Esse processo de transferência cria duas populações de ribossomos no citosol. Ribossomos no citosol Eles são estrutural e funcionalmente idênticos, diferem nas proteínas que estão sendo produzidas em um dado momento. Muitos ribossomos podem ligar-se a uma única molécula de RNAm, formando um polirribossomo, o qual se torna ligado a membrana do retículo endoplasmático. Ribossomos individuais associados podem retornar ao citosol quando termina a tradução, misturando- se aos ribossomos livres. Assim, o termo liso e rugoso se refere a estados funcionais transitórios. RIBOSSOMOS LIGADOS A MEMBRANA DO RE → Estão empenhados na síntese de proteínas que estão sendo transportadas para o retículo endoplasmático. RIBOSSOMOS LIVRES → Sintetizam outras proteínas codificadas pelo genoma. Como as proteínas transmembrana atravessam a bicamada lipídica → As proteínas que atravessam a bicamada lipídica possuem sequências ricas em aminoácidos hidrofóbicos no meio da cadeia primária de aminoácidos. Assim, além da sequência sinal inicial, que prende a proteína nascente ao translocador, uma segunda sequência hidrofóbica impedirá que a cadeia penetre integralmente através do poro aquoso, fazendo com que uma parte da proteína se projete para o citosol. (proteína com passagem única) A sequência sinal inicial de transferência de proteína para o lúmen do MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 9 retículo. Essa sequência vai ser colocada no local e a produção de proteína vai começar. Uma parte fica no lúmen, mas se chega a uma sequência de parada, outra sequência hidrofóbica, e quando ela chega ao translocador, ela estaciona ali e a proteína continua a sua sequência que ficará no citosol. A peptidase vai voltar e cortar a parte sinal. Ficará parte da proteína para o lúmen e parte para o citosol. (proteína de passagem dupla) A sequência sinal não está no inicio da proteína e sim na parte correta dada pelo gene, aonde ele quer que seja a formação dela. Irá acontecer da mesma forma que a de única passagem. Essa parte da sequência sinal ficará aderida a membrana e começará a produção de proteína. Uma parte da proteína ficará no lúmen e chegará a sequência de parada de transferência. Vai continuar a fabricação da proteína, ficando uma parte no lúmen e outra no citosol. (proteína de múltipla passagem) Vários inícios e paradas irão acontecer e essa proteína vai ter várias passagens. Modificações pós-traducionais no lúmen do RER → Muitas proteínas do lúmen estão em trânsito a outros destinos, outras residem lá e estão em altas concentrações. → A proteína residente no retículo endoplasmático contém um sinal de retenção no retículo e possui a função de atuar MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 10 auxiliando as proteínas a enovelar-se e a montar-se. Dissulfeto isomerase (PDI): dirigem a formação de ponte dissulfeto que são responsáveis pela estabilização da conformação final das proteínas secretadas. Chaperonas: atuam puxando as proteínas para o retículo endoplasmático por meio do translocador e reconhecendo as proteínas enoveladas incorretamente. Quando o enovelamento é incorreto, a proteína é degradada no citosol. Glicolisação → Adicionar covalentemente açúcar as proteínas é função biossintética do retículo endoplasmático. Ou seja, é a adição de açúcaar a proteína G. → Metade das proteínas é glicosilada.→ A maioria das proteínas solúveis e as ligadas a membrana são glicoproteínas. → Pouquíssimas proteínas no citosol são glicosiladas. → A função dos oligossacarídeos é rotular e marcar o estado de enovelamento da proteína. Montagem das bicamadas lipídicas no REL → A membrana do retículo sintetiza as principais classes de lipídeos, incluindo os fosfolipídios e o colesterol. → O principal fosfolipídio é a fosfatidilcolina, as etapas da sua síntese são catalisadas apor enzimas na membrana do retículo que tem os sítios voltados para o citosol porque é no citosol que vai ter os produtos necessários para a fabricação como ácido graxo e colina. → Existem enzimas que vão organizar essa produção para que ela não ocorra de forma desorganizada e para que não se crie uma barriga aonde ocorre a produção de fosfolipídios. Essa enzima é a scramblase. Essas scramblases arrumam a bicamada lipídica que será formada. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 11 → Flipases e flopases: são específicas e contra o gradiente (dependentes de ATP). → Scramblase: pouco específicas e a favor do gradiente. → No retículo liso também é produzido ceramidas que vão para golgi e são precursoras de esfingomielina e de glicoesfingolipídeos. → O colesterol é incorporado pelo retículo endoplasmático liso e geralmente vem da alientação MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA LILIAN 12
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