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MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 SINALIZAÇÃO CELULAR � É o processo utilizado na comunicação entre as células. Podem ocorrer várias sinalizações ao mesmo tempo. � As células envolvidas nesse processo podem ser: • Célula sinalizadora: emite a molécula. • Ligante: molécula que leva a informação (pode ser chamada de molécula sinalizadora ou informação). • Célula-alvo: percebe a presença do ligante no meio. � A molécula sinalizadora percebida por um receptor dispara uma cascata de sinalização. � A sinalização leva a uma mudança de comportamento da célula. TIPOS DE SINALIZAÇÃO � De acordo com a meia vida da molécula sinalizadora e de quais células possuem receptores para aquele sinal: 1. AUTÓCRINA: a própria célula emite uma sinalização para si mesmo. (tempo de meia vida curto) 2. PARÁCRINA: libera sinalizadores para células que estão próximas a ela. (tempo de meia vida curto) MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 3. DEPENDENTE DE CONTATO: a célula que vai emitir a sinalização precisa estar em contato com a célula alvo. (tempo de meia vida curto) 4. ENDÓCRINA: libera hormônios que são moléculas sinalizadoras. (tempo de meia vida longo) 5. NEURONAL: a molécula sinalizadora é o neurotransmissor que chegará a célula alvo através da sinapse. (tempo de meia vida longo) UM MESMO LIGANTE GERA RESPOSTAS DIFERENTES � Diferentes receptores para um mesmo ligante faz com que o mesmo gere respostas diferentes. � Ex: a acetilcolina na célula muscular cardíaca diminui a freqüência cardíaca, na célula da glândula salivar resulta na secreção e na célula muscular esquelética atua na contração. UM SINAL GERA RESPOSTAS DIFERENTES � Diferentes sinais recebidos por uma célula- alvo podem modular seu comportamento. � Se a célula não recebe sinal, ela morre por apoptose. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 TIPOS DE RECEPTORES � O tipo de receptor depende do tipo de molécula sinalizadora. � Os tipos de receptores são: • RECEPTORES INTRACELULAR: molécula sinalizadora pequena e/ou hidrofóbica. � Sinalizadores hidrofóbicos precisam se associar a moléculas hidrofílicas que tenham um sítio capaz de acomodá-la. (molécula carreadora- traz a molécula sinalizadora para o receptor) � Os hormônios são capazes de atravessar a membrana. O receptor para este ligante deve estar no citoplasma. Frequentemente o receptor é um fator de transcrição. Com a chegada do ligante, forma um complexo que entra no núcleo e vai ativar a transcrição gênica. � Os hormônios esteróides, tireóides e a vitamina D se ligam às suas respectivas proteínas receptoras intracelulares e alterem a capacidade delas de controlar a transcrição de genes específicos. • RECEPTOR EXTRACELULAR/ DE SUPERFÍCIE: a molécula sinalizadora não atravessa a membrana por ser hidrofílica. É obrigatório ter o receptor na membrana. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 � Existem três tipos de receptores extracelulares (proteínas transmembranas, não entram na célula): o Receptores associados a canais iônicos: são canais controlados por ligantes que permitem o fluxo de íon através da membrana, o que altera o potencial de membrana. o Receptores associados à proteína G: esses receptores são proteínas transmembrana multipasso (multipasso porque passa sete vezes na membrana). A mudança conformacional ao receberem o ligante faz com que os receptores ativem uma segunda proteína (mensageiro secundário), que também muda de conformação, passando o sinal adiante. Esses receptores são bastante variados, mas a segunda proteína que é ativada não varia muito, é a proteína G (g porque pertence a uma família de proteínas que ligam GTP) ficando ativadas e depois que hidrolisam o GTP a GDP + P voltam ao estado inativo. Cadeia única polipeptídica (proteínas) que atravessa sete vezes a membrana. Todos usam a proteína G para transmitir o sinal para o interior da célula. o Receptores enzimáticos: atuam como enzimas ou se associam a enzimas dentro da célula, essas enzimas por sua vez ativam uma variedade de vias de sinalização. É um receptor para vários hormônios, citocinas e fatores de crescimento. MOLÉCULAS SINALIZADORAS � As moléculas sinalizadoras são os hormônios esteróides/glicocorticóides/ ineralocorticóides, neurotransmissores, hormônios peptídeos (insulina, glucagon e hormônio do crescimento), óxido nítrico (NO) e fatores de crescimento (fator de crescimento epidérmico- EGF ou fator de crescimento derivado de plaquetas- PDGF). MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 MENSAGEIROS SECUNDÁRIOS � São moléculas pequenas. • AMPcíclico. • Cálcio. • Potássio. • IP3. • Diacilglicerol. � Concentração de repouso baixa. � Aumento da concentração de curta duração (pico) PROTEÍNA G + ADENILCICLASE (formação do AMPcíclico) � Normalmente, o AMPc é encontrado em baixas concentrações no citosol. Só que ele precisa ativar a PKA. Então o AMPc aumenta sua concentração para produzir PKA. � Quando a porteína G se liga a adenilciclase, essa enzima irá fosforilar ATP (tirar dois fosfatos do ATP, formando uma adenosina monofosfato). Essa adenosina monofosfato é o AMPcíclico. � A importância desse AMPcíclico é que ele faz a fosforilação de várias proteínas. � PKA- proteína quinase A. É a enzima mais importante, ativa outras enzimas fosforilase, outras vias de sinalização. POR QUE FOSFORILAR PROTEÍNAS? � A fosforilação de proteínas é um interruptor celular. Muitas proteínas de sinalização se comportam como interruptores moleculares: a recepção de um sinal faz com que comutem de um estado inativo para ativo. Essas proteínas uma vez ativadas podem ativar outras proteínas na via de sinalização. Elas então permanecem no estado ativo até que algum outro processo a desligue. Para que uma via de sinalização se recupere após transmitir um sinal e fique apta para transmitir outro, cada proteína ativada deve retornar ao seu estado original não estimulado. Logo, para cada etapa de ativação ao longo da via, deve ocorrer um mecanismo de inativação. � Muitas moléculas são ativadas/ inativas por fosforilação (ligação à GTP). MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 CASCATA DE SINALIZAÇÃO VIAS DE SINALIZAÇÃO POR PROTEÍNA G- FOSFOLIPASE C FERTILIZAÇÃO � A fertilização não se restringe ao encontro entre o gameta feminino e masculino. � Em humanos leva em torno de 24hrs. � Durante a passagem do espermatozóide no trato reprodutor feminino ocorre a capacitação (processo fisiológico que confere competência aos espermatozóides para reconhecer o oócito e participar da cascata de interações celulares). � A- o espermatozóide liga-se à zona pelúcida e sofre a reação acromossômica (todo processo de sinalização da reação acrossômica é o processo de via de sinalização da proteína G com a fosfolipase C) � B- as enzimas do acrossoma digerem a zona pelúcida, o espermatozóide faz contato tangencial com o oócito e ocorre a fusão das membranas dos gametas. � C- o espermatozóide entra no oócito. SELEÇÃO ESPERMÁTICA BLOQUEIO DA POLIESPERMIA � Com a fusão do espermatozóide no oócito, há bloqueio da poliespermia. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 � A fosfolipase C trazida pelo espermatozóide hidrolisa o fosfatidilinositol (lipídio da membrana) em diacilglicerol (DAG) e 1,4,5- trifosfato inositol (IP3). � O DAG permanecena membrana e ativa a bomba de Na+/H+. Há uma troca de sódio extracelular por H+ intracelular, levando o aumento do pH. � O IP3 é liberado da membrana e liga-se ao retículo endoplasmático, ao canal de cálcio promovendo a liberação de cálcio para o citoplasma. Então o cálcio vai se ligar a uma proteína quinase c que vai ativar essa proteína. Essa proteína se liga a DAG que vai fazer o bloqueio da poliespermia. SINALIZAÇÃO DURANTE A FERTILIZAÇÃO � O aumento dos níveis citoplasmáticos de cálcio provoca a exocitose dos grânulos corticais. � A reação cortical é o bloqueio definitivo da poliespermia. RECEPTORES ENZIMÁTICOS � Tirosina quinase: sua ativação pode resultar na agregação e ativação de diversas proteínas e amplificação do sinal. A rota principal de sinalização dos receptores tirosinaquinases para o núcleo segue a rota de ativação da RAS. � Tirosina quinase associada à RAS (uma GTPase) � A inibição de rãs faz com que a proliferação e a diferenciação celular não ocorra. � Ex: mudança na expressão de genes provocada por fatores de crescimento. COMO A CÉLULA CONTROLA A PROPAGAÇÃO DE SINAL? � De acordo com a disponibilidade de receptor. � Inativação do receptor. � Controle da concentração dos mensageiros secundários. AMPLIFICAÇÃO MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 CITOLOGIA GISELE- AULA 4 � Uma molécula de ligante ativa um receptor. � Cada molécula de receptor ativado ativa várias moléculas da proteína G. � Cada adenilciclase ativada gera muitos AMPcs. � Cada PKA fosforila várias enzimas que se tornam ativas. � Cada enzima gera várias moléculas do produto. INTEGRAÇÃO DE SINAIS � Frequentemente as cascatas de sinalização iniciadas por diferentes receptores se cruzam na célula. PROPAGAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO
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