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Introdução a Análise de Investimentos - 10 03 2021-convertido

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Introdução: Gestão Financeira nas Empresas 
 
O objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo, pois 
desta forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades por 
ações ou sócios de outros tipos de sociedades). 
 
Os proprietários de empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno 
compatível com o risco assumido, por meio de geração de resultados econômicos e financeiros (lucro 
e caixa) adequados por longo prazo. A geração de lucro e caixa é importante também em empresas 
públicas, pois, com o reinvestimento desses resultados, é possível executar a melhoria e expansão 
dos serviços oferecidos à comunidade. Assim, uma empresa pode ser visualizada como um sistema 
que aumenta os recursos nela investidos. 
 
A geração permanente de lucros e caixa contribui para que uma empresa moderna cumpra suas 
funções sociais, por meio de geração de impostos, remuneração adequada dos empregados, 
investimentos em melhoria ambiental etc. 
 
 
Atividades empresariais 
 
As atividades de uma empresa podem ser agrupadas, de acordo com a natureza, em: operações, 
investimentos e financiamentos. 
 
 
1) Atividades de Operações 
 
As atividades de operações (ou atividades operacionais) existem em função do negócio da empresa e 
são executadas com a finalidade de proporcionar um retorno adequado para os investimentos feitos 
pelos proprietários. Essas atividades são refletidas em contas integrantes da Demonstração do 
Resultado, que geram o lucro (ou prejuízo operacional). 
 
Basicamente, as atividades operacionais relacionam-se com a compra e venda de mercadorias, 
compra de matérias-primas e sua transformação, vendas de produtos, prestação de serviços, 
armazenagem e distribuição. Há atividades auxiliares que dão suporte ao negócio da empresa, tais 
como: planejamento estratégico, serviços jurídicos, publicidade e controles financeiros diversos 
podem ser considerados como atividades operacionais. 
 
 
2) Atividades de Investimentos 
 
São classificadas as atividades que refletem os efeitos das decisões de aplicações de recursos em 
caráter temporário ou permanente, para a efetiva operacionalização do empreendimento. Essas 
atividades correspondem às contas integrantes no Balanço Patrimonial, que representa os elementos 
patrimoniais da empresa (Ativo). 
 
 
3) Atividades de Financiamentos 
 
São atividades que refletem os efeitos das decisões tomadas sobre a forma de financiamento das 
atividades de operações e de investimentos. Estas atividades correspondem às contas classificáveis 
no passivo financeiro (capital de terceiros – captação de empréstimos) e no patrimônio líquido 
(capital próprio – integralização do capital dos acionistas e sócios da empresa). 
 
 
Introdução à Análise de Investimentos 
 
As decisões de investimento envolvem a elaboração, avaliação e seleção de propostas de aplicações 
de capital efetuadas com o objetivo, normalmente de médio e longo prazo, de produzir determinado 
retorno aos proprietários de ativos. Várias decisões empresariais que se incorporam a um processo 
de investimento de capital, podendo- se citar, entre outras, as decisões de substituição de ativos, de 
ampliação da capacidade produtiva, de lançamento de novos produtos, etc. 
Todo o processo de tomada de decisões financeiras requer uma compreensão dos princípios de 
formação e utilização das taxas de juros do mercado e os critérios de decisão a serem seguidos pelos 
agentes econômicos. Em verdade as taxas de juros são um balizador da economia e de fundamental 
importância para analise da empresa, antes mesmo de iniciar seus projetos de investimentos. 
É importante ressaltar que uma decisão de investimento é tomada segundo um critério racional 
levando em consideração a aceitabilidade do produto no mercado; as necessidades de investimentos 
em imobilização e construção da sua carteira de clientes e estoques, e também, das origens de 
recursos para financiar os projetos. E um dos mecanismos usuais em finanças consiste em mensurar 
corretamente os fluxos de caixa incrementais associados com as propostas de investimentos, e 
avaliar sua atratividade econômica pela comparação do custo do dinheiro, observando ao longo do 
tempo como este dinheiro investido estará retornando para a empresa para renumerar 
adequadamente suas fontes de capital (dos bancos ou dos acionistas e sócios). 
Basicamente, um processo de seleção de alternativa de investimento de capital envolve os seguintes 
aspectos básicos de estudo: 
✓ dimensionamento dos fluxos de caixa de cada proposta de investimento gerada; 
✓ avaliação econômica dos fluxos de caixa com base na aplicação de técnicas de análise de 
investimentos; 
✓ definição da taxa de retorno exigida pelos proprietários de capital (credores e acionistas) e 
sua aplicação para o critério de aceitação de projeto de investimento; 
✓ introdução do risco no processo de avaliação de investimento. 
Assim para avaliar uma proposta de investimento é necessário conhecer o comportamento do 
mercado em relação às taxas de juros; o tempo que o investimento inicialmente efetuado será 
retornado para a empresa, e a taxa interna de retorno deste projeto de investimento ao seu 
momento “zero”, para conhecermos se este projeto estará proporcionando um “valor presente 
líquido” para remunerar adequadamente suas fontes de capital. 
“Nos dias atuais os conceitos de finanças é fator essencial nas corporações e os acionistas dominam 
tais conceitos de finanças e os gestores não podem alegar ignorância”. 
Por maior que seja uma empresa entende-se que é constituída por um conjunto de projetos ora 
dependente ou independente que compete entre si, e conhecer rentabilidade individual destes 
projetos é fundamental para uma boa gestão empresarial. Destaca-se a seguir as principais 
metodologias amplamente utilizadas em finanças para avaliação dos projetos de investimentos. 
• Valor presente líquido (VPL) 
• Taxa Interna de retorno (TIR) 
• Período de recuperação do capital (payback) 
• Índice de lucratividade (IL) 
• Taxa interna de retorno modificada (TIRM) 
 
Introdução à Demonstração do Fluxo de Caixa 
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) fornece informações sobre todas as transações que 
movimentaram a conta caixa de uma determinada companhia, ou seja, as entradas e saídas que 
ocorreram em um período específico. A DFC ajuda a entender e analisar a capacidade de uma 
empresa de gerar caixa e equivalentes de caixa em um determinado período por meio dos seus 
pagamentos e recebimentos em dinheiro. 
A importância do fluxo de caixa se dá na sua atenciosa observação. Assim, o administrador/gestor 
consegue prever sobras ou faltas de dinheiro e então pode tomar melhores decisões sobre gastos e 
investimentos, gerenciando melhor o negócio. 
Mas por que é importante analisar uma demonstração de fluxo de caixa? As outras demonstrações 
não são suficientes? Qual a melhor formar de analisar a DFC? 
Existem dois métodos de contabilização de resultados, o regime de competência e o regime de caixa. 
No regime de competência, os eventos (transações) são reconhecidos no momento em que esses 
ocorrem, sem levar em consideração se houve o recebimento ou pagamento. Ou seja, a receita será 
contabilizada no momento em que for gerada, independente do recebimento total ou parcial, o 
mesmo acontece com as despesas. Portanto, o lucro de uma empresa, pelo regime de competência, 
levará em consideração todas as receitas e despesas que ocorreram durante o período, porém, o 
resultado pode não estar refletido, de fato, no caixa da companhia. Um exemplo de relatório que é 
contabilizado pelo regime de competência é a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
No regime de caixa, os eventos são reconhecidos apenas no momento em que houver o recebimento 
ou pagamento. Portanto, a receita será considerada apenas quando houver entrada de dinheiro no 
caixa, e as despesas quando houver saída de dinheirodo caixa. Por exemplo, considere uma venda 
parcelada, onde uma parte da receita será recebida apenas no ano seguinte, pelo regime de 
competência o valor total da venda será considerado no ano atual, porém, pelo regime de caixa, 
apenas as parcelas efetivamente pagas serão consideradas. Dessa forma, o lucro de uma empresa 
considerará as entradas e saídas de caixa que ocorreram durante o período analisado. A 
Demonstração do Fluxo de Caixa é desenvolvida a partir do regime de caixa. 
Existem movimentações no caixa que não estão diretamente relacionadas às operações, ou 
atividade-fim da empresa, como é o caso de empréstimos ou pagamento de dividendos. Por outro 
lado, também existem transações que não afetam diretamente o caixa da companhia, que são 
contabilizadas como custo ou despesa, mas não correspondem a uma entrada ou saída de dinheiro 
no caixa, como, por exemplo, depreciação e amortização. Esses são apenas alguns motivos que 
demonstram a importância dos diversos relatórios contábeis na análise da estrutura financeira de 
uma companhia. 
 
Estrutura da DFC 
A DFC é dividida em três seções, de acordo com a natureza da atividade. 
• Atividades Operacionais 
• Atividades de Investimento 
• Atividades de Financiamento 
 
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais 
Fluxos de caixa provenientes das atividades relacionadas à operação da companhia, como a venda de 
produtos ou prestação de serviços. 
A partir da análise do fluxo de caixa operacional, podemos entender melhor se a atividade-fim da 
empresa está gerando caixa. Mesmo gerando uma quantia significativa de receita, com o fluxo de 
caixa operacional podemos comparar essa receita com os gastos relacionados e avaliar se a empresa 
consegue honrar suas obrigações a partir da sua própria receita, ou se são necessários aportes para 
manter as atividades. 
Exemplo de Movimentações: 
• Venda de produtos ou prestação de serviços; 
• Recebimento de juros; 
• Recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio; 
• Pagamento de salários; 
• Pagamento de fornecedores; 
• Pagamento de juros; 
• Pagamentos de impostos. 
 
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento 
Fluxo de caixa proveniente das alterações nos ativos de longo prazo, como investimentos não 
considerados equivalentes de caixa e movimentações relacionadas com despesas de capital, como 
aquisição ou venda de imobilizados ou intangíveis. O dispêndio de caixa em atividades de 
investimento possui a finalidade de gerar fluxos de caixa positivos para empresas em crescimento ou, 
para empresas que não estão expandindo suas operações, será apenas para cobrir sua depreciação 
no período. 
Exemplo de Movimentações: 
• Aquisição ou venda de Imobilizado e Intangível; 
• Compra de participação societária em outras empresas; 
• Aplicações financeiras não consideradas equivalentes de caixa. 
 
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento 
Fluxo de caixa decorrente do recebimento e pagamento de financiamentos, que podem ser obtidos 
através de acionistas ou credores externos. A partir da análise desta seção podemos prever futuras 
demandas de fluxos de caixa dos fornecedores de capital. 
Exemplo de Movimentações: 
• Emissão de ações; 
• Emissão de debêntures; 
• Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio; 
• Recompra de ações; 
• Amortização de empréstimos.

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