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Introdução: Gestão Financeira nas Empresas O objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo, pois desta forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades por ações ou sócios de outros tipos de sociedades). Os proprietários de empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de geração de resultados econômicos e financeiros (lucro e caixa) adequados por longo prazo. A geração de lucro e caixa é importante também em empresas públicas, pois, com o reinvestimento desses resultados, é possível executar a melhoria e expansão dos serviços oferecidos à comunidade. Assim, uma empresa pode ser visualizada como um sistema que aumenta os recursos nela investidos. A geração permanente de lucros e caixa contribui para que uma empresa moderna cumpra suas funções sociais, por meio de geração de impostos, remuneração adequada dos empregados, investimentos em melhoria ambiental etc. Atividades empresariais As atividades de uma empresa podem ser agrupadas, de acordo com a natureza, em: operações, investimentos e financiamentos. 1) Atividades de Operações As atividades de operações (ou atividades operacionais) existem em função do negócio da empresa e são executadas com a finalidade de proporcionar um retorno adequado para os investimentos feitos pelos proprietários. Essas atividades são refletidas em contas integrantes da Demonstração do Resultado, que geram o lucro (ou prejuízo operacional). Basicamente, as atividades operacionais relacionam-se com a compra e venda de mercadorias, compra de matérias-primas e sua transformação, vendas de produtos, prestação de serviços, armazenagem e distribuição. Há atividades auxiliares que dão suporte ao negócio da empresa, tais como: planejamento estratégico, serviços jurídicos, publicidade e controles financeiros diversos podem ser considerados como atividades operacionais. 2) Atividades de Investimentos São classificadas as atividades que refletem os efeitos das decisões de aplicações de recursos em caráter temporário ou permanente, para a efetiva operacionalização do empreendimento. Essas atividades correspondem às contas integrantes no Balanço Patrimonial, que representa os elementos patrimoniais da empresa (Ativo). 3) Atividades de Financiamentos São atividades que refletem os efeitos das decisões tomadas sobre a forma de financiamento das atividades de operações e de investimentos. Estas atividades correspondem às contas classificáveis no passivo financeiro (capital de terceiros – captação de empréstimos) e no patrimônio líquido (capital próprio – integralização do capital dos acionistas e sócios da empresa). Introdução à Análise de Investimentos As decisões de investimento envolvem a elaboração, avaliação e seleção de propostas de aplicações de capital efetuadas com o objetivo, normalmente de médio e longo prazo, de produzir determinado retorno aos proprietários de ativos. Várias decisões empresariais que se incorporam a um processo de investimento de capital, podendo- se citar, entre outras, as decisões de substituição de ativos, de ampliação da capacidade produtiva, de lançamento de novos produtos, etc. Todo o processo de tomada de decisões financeiras requer uma compreensão dos princípios de formação e utilização das taxas de juros do mercado e os critérios de decisão a serem seguidos pelos agentes econômicos. Em verdade as taxas de juros são um balizador da economia e de fundamental importância para analise da empresa, antes mesmo de iniciar seus projetos de investimentos. É importante ressaltar que uma decisão de investimento é tomada segundo um critério racional levando em consideração a aceitabilidade do produto no mercado; as necessidades de investimentos em imobilização e construção da sua carteira de clientes e estoques, e também, das origens de recursos para financiar os projetos. E um dos mecanismos usuais em finanças consiste em mensurar corretamente os fluxos de caixa incrementais associados com as propostas de investimentos, e avaliar sua atratividade econômica pela comparação do custo do dinheiro, observando ao longo do tempo como este dinheiro investido estará retornando para a empresa para renumerar adequadamente suas fontes de capital (dos bancos ou dos acionistas e sócios). Basicamente, um processo de seleção de alternativa de investimento de capital envolve os seguintes aspectos básicos de estudo: ✓ dimensionamento dos fluxos de caixa de cada proposta de investimento gerada; ✓ avaliação econômica dos fluxos de caixa com base na aplicação de técnicas de análise de investimentos; ✓ definição da taxa de retorno exigida pelos proprietários de capital (credores e acionistas) e sua aplicação para o critério de aceitação de projeto de investimento; ✓ introdução do risco no processo de avaliação de investimento. Assim para avaliar uma proposta de investimento é necessário conhecer o comportamento do mercado em relação às taxas de juros; o tempo que o investimento inicialmente efetuado será retornado para a empresa, e a taxa interna de retorno deste projeto de investimento ao seu momento “zero”, para conhecermos se este projeto estará proporcionando um “valor presente líquido” para remunerar adequadamente suas fontes de capital. “Nos dias atuais os conceitos de finanças é fator essencial nas corporações e os acionistas dominam tais conceitos de finanças e os gestores não podem alegar ignorância”. Por maior que seja uma empresa entende-se que é constituída por um conjunto de projetos ora dependente ou independente que compete entre si, e conhecer rentabilidade individual destes projetos é fundamental para uma boa gestão empresarial. Destaca-se a seguir as principais metodologias amplamente utilizadas em finanças para avaliação dos projetos de investimentos. • Valor presente líquido (VPL) • Taxa Interna de retorno (TIR) • Período de recuperação do capital (payback) • Índice de lucratividade (IL) • Taxa interna de retorno modificada (TIRM) Introdução à Demonstração do Fluxo de Caixa A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) fornece informações sobre todas as transações que movimentaram a conta caixa de uma determinada companhia, ou seja, as entradas e saídas que ocorreram em um período específico. A DFC ajuda a entender e analisar a capacidade de uma empresa de gerar caixa e equivalentes de caixa em um determinado período por meio dos seus pagamentos e recebimentos em dinheiro. A importância do fluxo de caixa se dá na sua atenciosa observação. Assim, o administrador/gestor consegue prever sobras ou faltas de dinheiro e então pode tomar melhores decisões sobre gastos e investimentos, gerenciando melhor o negócio. Mas por que é importante analisar uma demonstração de fluxo de caixa? As outras demonstrações não são suficientes? Qual a melhor formar de analisar a DFC? Existem dois métodos de contabilização de resultados, o regime de competência e o regime de caixa. No regime de competência, os eventos (transações) são reconhecidos no momento em que esses ocorrem, sem levar em consideração se houve o recebimento ou pagamento. Ou seja, a receita será contabilizada no momento em que for gerada, independente do recebimento total ou parcial, o mesmo acontece com as despesas. Portanto, o lucro de uma empresa, pelo regime de competência, levará em consideração todas as receitas e despesas que ocorreram durante o período, porém, o resultado pode não estar refletido, de fato, no caixa da companhia. Um exemplo de relatório que é contabilizado pelo regime de competência é a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). No regime de caixa, os eventos são reconhecidos apenas no momento em que houver o recebimento ou pagamento. Portanto, a receita será considerada apenas quando houver entrada de dinheiro no caixa, e as despesas quando houver saída de dinheirodo caixa. Por exemplo, considere uma venda parcelada, onde uma parte da receita será recebida apenas no ano seguinte, pelo regime de competência o valor total da venda será considerado no ano atual, porém, pelo regime de caixa, apenas as parcelas efetivamente pagas serão consideradas. Dessa forma, o lucro de uma empresa considerará as entradas e saídas de caixa que ocorreram durante o período analisado. A Demonstração do Fluxo de Caixa é desenvolvida a partir do regime de caixa. Existem movimentações no caixa que não estão diretamente relacionadas às operações, ou atividade-fim da empresa, como é o caso de empréstimos ou pagamento de dividendos. Por outro lado, também existem transações que não afetam diretamente o caixa da companhia, que são contabilizadas como custo ou despesa, mas não correspondem a uma entrada ou saída de dinheiro no caixa, como, por exemplo, depreciação e amortização. Esses são apenas alguns motivos que demonstram a importância dos diversos relatórios contábeis na análise da estrutura financeira de uma companhia. Estrutura da DFC A DFC é dividida em três seções, de acordo com a natureza da atividade. • Atividades Operacionais • Atividades de Investimento • Atividades de Financiamento Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Fluxos de caixa provenientes das atividades relacionadas à operação da companhia, como a venda de produtos ou prestação de serviços. A partir da análise do fluxo de caixa operacional, podemos entender melhor se a atividade-fim da empresa está gerando caixa. Mesmo gerando uma quantia significativa de receita, com o fluxo de caixa operacional podemos comparar essa receita com os gastos relacionados e avaliar se a empresa consegue honrar suas obrigações a partir da sua própria receita, ou se são necessários aportes para manter as atividades. Exemplo de Movimentações: • Venda de produtos ou prestação de serviços; • Recebimento de juros; • Recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio; • Pagamento de salários; • Pagamento de fornecedores; • Pagamento de juros; • Pagamentos de impostos. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento Fluxo de caixa proveniente das alterações nos ativos de longo prazo, como investimentos não considerados equivalentes de caixa e movimentações relacionadas com despesas de capital, como aquisição ou venda de imobilizados ou intangíveis. O dispêndio de caixa em atividades de investimento possui a finalidade de gerar fluxos de caixa positivos para empresas em crescimento ou, para empresas que não estão expandindo suas operações, será apenas para cobrir sua depreciação no período. Exemplo de Movimentações: • Aquisição ou venda de Imobilizado e Intangível; • Compra de participação societária em outras empresas; • Aplicações financeiras não consideradas equivalentes de caixa. Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento Fluxo de caixa decorrente do recebimento e pagamento de financiamentos, que podem ser obtidos através de acionistas ou credores externos. A partir da análise desta seção podemos prever futuras demandas de fluxos de caixa dos fornecedores de capital. Exemplo de Movimentações: • Emissão de ações; • Emissão de debêntures; • Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio; • Recompra de ações; • Amortização de empréstimos.
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