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MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 
MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 
 
 
1 
Saúde da família
A declaração de Alma-Ata foi formulada por 
ocasião da Conferência Internacional sobre 
cuidados primários de saúde, reunida em Alma-
Ata, em setembro de 1978, dirigindo-se a todos os 
governos, na busca da promoção de saúde a todos 
os povos do mundo. 
Primeira declaração internacional que despertou e 
enfatizou a importância da atenção primária em 
saúde, desde então defendida pela OMS como a 
chave para uma promoção de saúde de caráter 
universal. Ou seja, a Alma-Ata foi o início para se 
ter a atenção básica. 
SAÚDE: completo bem estar físico, mental e social e 
não simplesmente a ausência de doença. 
Atenção primária à saúde 
(APS) 
→ APS passa a ser responsável por garantir a 
saúde à população. 
 
→ 1986: Reforma sanitária- construir um sistema 
de saúde universal, para todo o Brasil. Por 
conseqüência dessa reforma, criou-se algumas 
leis em 1988: 
• O direito á saúde para todos fica 
garantido. 
• É dever do Estado garantir o direito 
acima (logo, saúde começou a fazer 
parte da constituição). 
 
→ A constituição definiu grandes referências para 
o sistema de saúde, os princípios doutrinários 
do SUS: 
1. Universalidade. 
2. Integralidade. 
3. Equidade. 
 
→ 1991: Teve início o Programa de Agentes 
Comunitários da Saúde (PACS) para reduzir a 
mortalidade infantil. 
PSF 
→ 1994: O Ministério da Saúde lança o PSF 
(Programa da Saúde da Família), como política 
nacional da atenção básica (PNAB). 
 
FINALIDADE 
→ Reorganizar a prática da atenção à saúde, 
substituindo o modelo tradicional de 
assistência primária (atenção básica). O 
modelo tradicional conta com 1 clínico, 1 
ginecologista e 1 pediatra. 
 
ATENÇÃO BÁSICA 
→ Orienta-se pelos princípios de: 
• Universalidade. 
• Acessibilidade. 
• Do vínculo. 
• Da continuidade do cuidado. 
• Integralidade da atenção. 
• Da responsabilização. 
• Da humanidade. 
• Da equidade. 
• Da participação social. 
 
→ A atenção básica considera o sujeito em sua 
singularidade e inserção sociocultural, 
buscando produzir a atenção integral. 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 
MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 
 
 
2 
Sistema único de saúde 
 
PRINCÍPIOS DO SUS 
→ Universalidade: toda e qualquer cidadão tem 
direito garantido à saúde pelo estado. 
 
→ Integralidade: o estado deve estabelecer em 
conjunto ações que vão desde a prevenção à 
assistência curativa, nos mais diversos níveis 
de complexidade, com forma de efetivar a 
saúde. 
 
→ Equidade: o estado deve tratar desigualmente 
os desiguais, concentrando seus esforços e 
investimentos nas zonas territoriais com 
piores índices e déficit na prestação de serviços 
públicos. 
 
→ Descentralização: ações e serviços públicos 
de saúde integram uma rede regionalista e 
hierarquizada (estado, distrito, municípios..). 
 
DIRETRIZES DO SUS 
São princípios que regem a organização do SUS. 
→ Regionalização: distribuição dos recursos 
entre as regiões (recursos entre as regiões, 
seguindo a distribuição da região pelo 
território nacional). 
 
→ Hierarquização: serviços básicos á 
especializados, ordenar o sistema por níveis de 
atenção e estabelecer os fluxos assistenciais 
entre os serviços de modo que regule o acesso 
aos maios especialiazados. 
 
→ Descentralização: municipal, estadual e 
federal. Transferência de competência, dessa 
forma busca-se um maior diálogo com a 
sociedade civil local, que está mais perto do 
gestor, para cobrá-lo sobre as políticas públicas 
devidas. Aos municípios cabe, portanto, a 
maior responsabilidade na promoção das ações 
de saúde diretamente voltadas aos seus 
cidadãos. 
 
NÍVEIS DE ATENÇÃO 
 
 
Primário 
UBS/Postos: porta de 
entrada do SUS 
(exames, consultas e 
realizações de 
procedimentos 
básicos) 
 
 
Secundário 
Clínicas e unidade de 
pronto atendimento, 
hospitais escolas 
(intervenção, 
tratamentos de casos 
crônicos e agudos) 
 
 
 
 
Terciário 
Hospitais de grande 
porte, privado ou 
público (manobras 
mais invasivas e de 
maior risco de vida, 
conduta de 
manutenção de sinais 
vitais e suportes 
básico à vida). 
Quartenário Transplantes de 
tecidos (pulmão, 
coração, fígado..) 
 
PSF SE TORNA ESF 
→ Devido a sua importância na reorganização na 
atenção básica, o PSF passa a ser definido como 
uma estratégia (ESF), tornado-se uma 
ferramenta para expansão da atenção básica. 
• 2006- O PSF se torna a estratégia 
prioritária do ministério da saúde para 
organizar a atenção básica, 
substituindo o modelo tradicional de 
atenção primária à saúde. 
 
• Deixa de ser apenas um programa e 
passa a ter o objetivo de reorganizar a 
prática da atenção à saúde em novas 
bases e substituir o modelo tradicional, 
aumentando a acessibilidade ao 
sistema de saúde, levando saúde para 
mais perto das famílias e comunidades. 
 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 
MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 
 
 
3 
Estratégia de saúde á 
família (ESF) 
 
ESTRATÉGIAS 
→ Priorizar as ações de prevenção, promoção e 
recuperação da saúde, de forma integral e 
contínua. 
 
→ O atendimento é prestado na UBS ou no 
domicílio pelos profissionais da equipe. 
 
→ Criar vínculo de corresponsabilidade entre os 
profissionais e a comunidade assistida. 
 
→ Identificar e atender os problemas da saúde da 
comunidade. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
→ Incorporar e reafirmar os princípios básicos do 
SUS. 
 
→ Caráter substitutivo estruturado na USB. 
 
→ Integralidade e hierarqização, ou seja, UBS 
deve estar inserida no primeiro nível de 
assistência (atenção básica), vinculada á rede 
de serviços, garantindo atenção integral as 
famílias. 
 
→ Assegurar referência e contra referência para 
clínicas e serviços de maior complexidade. 
 
→ Territorialização e cadastramento da clientela. 
 
 
FINANCIAMENTO 
→ PAB (Piso de atenção básica à saúde) 
• Fixo: valor repassado pelo governo 
diretamente para o município de 
acordo com a sua população. 
• Variável: forma complementar, de 
acordo com as ações de saúde que o 
município tem desenvolvido. 
 
→ FNS (Fundo nacional de saúde): transfere 
recursos federais de forma automática e 
regular diretamente aos fundos municipais sob 
forma de incentivo do PAB. 
 
EQUIPE/ FUNÇÃO 
→ Conhecer a realidade das famílias. 
 
→ Identificar os problemas de saúde e situações 
de risco. 
 
→ Elaborar com a comunidade, um plano para 
enfrentar os determinantes do processo saúde-
doença. 
 
→ Prestar assistência integral na UBS, domicílio, 
na comunidade e no acompanhamento ao 
atendimento nos serviços de referência 
ambulatorial ou hospitalar. 
 
→ Ação integral e contínua. 
 
→ Referência e contra referência. 
 
a) MÉDICO: desenvolver com a equipe ações 
preventivas e de promoção e qualidade de vida 
da população. 
 
b) ENFERMEIRO: supervisionar as ACS e 
auxiliares de enfermagem, realizar consultas 
na unidade e no domicílio, conscientizar sobre 
a importância da amamentação. 
 
c) AUXILIAR DE ENF (4 a 6): realizar 
procedimentos de enfermagem na UBS e 
executar ações de orientação sanitária 
 
d) AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE: liga a 
família a UBS, visita a família em seu domicilio, 
mapea a área, cadastra as famílias, estimula a 
comunidade para a prática de melhores 
condições de saúde e de vida. 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 
MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 
 
 
4 
e) DENTISTA/ACD/THD: realiza procedimentos 
clínicos, encaminha para outros níveis de 
assistência, se necessário. 
 
RESULTIVIDADE 
→ UBS deve resolver 85% dos problemas de 
saúde da sua comunidade, reduzindo a 
mortalidade infantil, mortes por doenças de 
cura simples e conhecida. 
 
→ Diminuir as filas nos hospitais públicos e 
conveniados do SUS. 
 
→ OBS: NASF (núcleo de apoo à saúde da família) 
tem a intenção de consolidar a atenção básica, 
com equipe multiprofissional de atuação 
integrada (fisioterapeutas,fono, educadores 
físicos, farmacêuticos...) 
 
→ OBS2: LA LONDE (ROSA DOS VENTOS) 
• 4 fatores interferem na saúde: 
1. Patrimônio biológico. 
2. Estilo/hábito de vida. 
3. Acesso à saúde. 
4. Aspectos econômicos, social e 
ambiental. 
 
 
Saúde da família 
 
→ Tem o objetivo de mostrar as estratégias de 
ação do PSF-ESF em diferentes campos de 
atuação. 
 
→ Geralmente em populações marginalizadas que 
necessitam de uma atenção especial por suas 
peculiaridades e é proporcionada pelo ESF. 
 
ÁREA RURAL 
→ Dificuldade em manter a longitudinalidade do 
tratamento. 
 
→ Dificuldade do acesso: distante do centro 
metropolitano e ao acesso à saúde e sua 
manutenção, gerando obstáculos e por 
conseqüência menor número de profissionais 
de saúde na área determinada. 
 
→ Principais problemas: 
• Intoxicação por agrotóxico (químico). 
• Acidentes com animais peçonhentos/ 
plantas tóxicas (biológico). 
• Grande exposição climática ao sol 
(físico). 
• Risco de operação com máquinas 
específicas. 
 
→ Como abordar? Moradores com mais costumes, 
mais consevadores, tem que respeitar mais. É 
importante ter como parceiro a igreja, escola e 
ambiente de trabalho. 
 
→ Como resolver? Mostrar como o estudo pode 
ajudar no ambiente familiar, palestras de 
conscientização no ambiente de trabalho 
(promover a saúde), ensinar como e a 
necessidade de ferver a água, utilização de soro 
caseiro- ser criativo. 
 
FAVELA 
→ Dificuldade do acesso: contexto de ordem 
social e cultural, formam uma barreira entre a 
população e o setor da saúde (violência, medo, 
toque de recolher). O tráfico comanda. 
 
→ Principais problemas: falta de abastecimento 
de água potável, fiação elétrica clandestinas 
(incêndios), falta de pavimentação e calçadas, 
esgoto/lixo a céu aberto. As doenças mais 
comuns são: 
• Doenças cardíacas. 
• Cirrose. 
• Doenças infecciosas. 
• Tuberculose. 
• Pneumonia. 
• DST. 
• Homicídios. 
• Álcool. 
• Drogas. 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 
MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 
 
 
5 
• Violência (alta vulnerabilidade). 
 
→ Como abordar? Analisar, avaliar a moradia, 
buscar a história social do paciente. 
 
→ Como resolver? Conhecer creches, escolas, 
clube de mães, associação de moradores e 
serviço social e criar vínculos de confiança para 
que haja uma boa atuação do serviço de saúde 
(por exemplo, o simples fato de aconselhar o 
uso de sapatos já evitaria muitas doenças 
infecciosas). 
 
POPULAÇÃO RIBEIRINHA 
→ Dificuldade de acesso: população que vive em 
casas na beira do rio adaptadas ao sistema de 
cheias vazantes. 
 
→ Principais problemas: condições precárias, não 
tem abastecimento de água, fossas sanitárias e 
o lixo são coletados de forma inadequadas. 
Doenças diarréicas, parasitoses intestinais, 
malária, doenças relacionadas ao ciclo da água, 
infecções virais e acidentes com 
peixes/arraias/jacarés. 
 
→ Como abordar? São influenciadas por pajés, 
curandeiros, rezadores, benzedeiros, parteiras. 
Acreditam em ervas medicinais e tem o 
conhecimento passado de pai para filho (senso 
comum) por isso a equipe tem que ter 
conhecimento prévio dessa cultura e não se 
mostrar superior a ela, tem que aprender a 
trabalhar paralelamente a cultura da religião. 
 
→ Como resolver? Vamos até els (projetos 
fluviais), acesso levado até essa população- são 
UBS móveis, uso de telessaúde, ensinar 
princípios básicos (ferver água, separar para 
outros fins- não usar a mesma água no banho, 
na higiene e na alimentação). 
 
POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA (excluídos da 
sociedade). 
→ População absoluta: vivem sem abrigo e 
dormem nas ruas, lugares públicos e 
inadequados para habitação humana. 
 
→ População relativa: tem abrigo físico, mas não 
tem acesso ás necessidades básicas de saúde e 
segurança. 
 
→ Dificuldade de acesso: marginalizados pela 
própria sociedade (excluídos). 
 
→ Principais problemas: doenças dermatológicas, 
DSTS, tuberculose, drogas, doenças mentais, 
falta de higiene, alto índice de infecções e 
lesões na pele. 
 
→ Como abordar/ resolver? Com cuidado e 
sempre em grupo, ser amigável, estar sempre 
identificado como um agente da saúde (ex: 
jaleco).

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