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Biofarmácia A biodisponibilidade de um medicamento administrado sob a forma de solução injetável é 100%, enquanto a administração por qualquer outra via será menor que isso. Os equivalentes farmacêuticos são medicamentos que contêm o mesmo fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica. Entretanto, podem diferir em características como aspecto, excipientes, mecanismo de liberação, embalagem, prazo de validade e, dentro de certos limites, rotulagem. Entre as formas farmacêuticas mais comumente utilizadas na terapêutica, as formas sólidas de uso oral são aquelas que mais sujeitas a variabilidade dos resultados de biodisponibilidade devido às características do Fármaco, da formulação, dos processos empregados na fabricação e da via de administração. Dois medicamentos são considerados bioequivalentes quando os intervalos de confiança 90% das razões [(log área sob a curva do medicamento teste) / (log área sob a curva do medicamento referência)] e [(log concentração máxima do medicamento teste) / (log área sob a curva do medicamento referência)] encontram-se entre 80 e 125%. Medicamentos apresentados na forma de solução injetável, administrados via intravascular, são isentos da realização de ensaios de bioequivalência in vivo, uma vez que apresentam biodisponibilidade total (100%). Menores doses de sólidos orais de liberação imediata e soluções orais podem não ser necessária a realização de ensaios de bioequivalência. Na fabricação de comprimidos, o ensaio in vitro de dissolução consiste em assegurar a bioequivalência de cada lote Com relação aos estudos de equivalência farmacêutica e biodisponibilidade relativa/ bioequivalência, no caso de medicamentos contendo o mesmo fármaco em diferentes dosagens, que sejam de liberação imediata, mesma forma farmacêutica, formulações proporcionais, farmacocinética linear e produzidos pelo mesmo fabricante, o estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência deverá ser realizado com a forma farmacêutica de maior dosagem. Quando o resultado do estudo de perfil de dissolução comparativo for não semelhante, a comprovação da equivalência terapêutica entre os medicamentos teste e de referência/comparador pode, a critério da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ser baseada no resultado do estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência. O estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência necessita, obrigatoriamente, utilizar os mesmos lotes dos medicamentos teste e de referências empregadas no estudo de equivalência farmacêutica e os lotes devem estar dentro do prazo de validade. Ensaios de controle de qualidade microbiológicos são realizados na equivalência farmacêutica Nos termos da RDC n° 31/2010, os perfis de dissolução comparativos são avaliados utilizando-se APENAS o cálculo do fator de semelhança (F2). Para que dois perfis sejam considerados semelhantes, o valor de F2 deve estar compreendido entre 50 e 100. Na Farmacopéia Brasileira, 5ª edição, são abordados aspectos científicos e técnicos relacionados aos ensaios de Equivalência Farmacêutica, Dissolução, Biodisponibilidade e Bioequivalência aplicáveis a medicamentos. A Equivalência Farmacêutica e a Bioequivalência são critérios aplicáveis a medicamentos genéricos e similares. Equivalentes Farmacêuticos são medicamentos que contêm o mesmo fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa, mesma forma farmacêutica e via de administração e são idênticos em relação à potência ou concentração. A Biodisponibilidade Absoluta (BDA) aplica-se a medicamentos inovadores que são desenvolvidos como formas farmacêuticas para administração por vias extravasculares. A Equivalência Farmacêutica corresponde à comprovação de que dois medicamentos são equivalentes em relação aos resultados dos testes in vitro. Dois medicamentos são equivalentes quanto aos testes in vitro. Equiv. farm. possuem o mesmo fármaco; mesma molécula terapeuticamente ativa; forma farmacêutica, via de administração, potência e concentração. Por definição, Equivalentes Farmacêuticos são medicamentos que contêm o mesmo fármaco, isso é, mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa, mesma forma farmacêutica e via de administração e são idênticos em relação à potência ou concentração. Devem ser formulados para cumprir com as mesmas especificações atualizadas da Farmacopeia Brasileira e, na ausência dessas, com as de outros códigos autorizados pela legislação vigente ou, ainda, com outros padrões aplicáveis de qualidade; relacionados à identidade; dosagem; pureza; potência; uniformidade de conteúdo; tempo de desintegração e velocidade de dissolução, quando for o caso. Entretanto, podem diferir em características como forma, mecanismos de liberação, embalagem, excipientes, prazo de validade e, dentro de certos limites, rotulagem. Os estudos de biodisponibilidade e bioequivalência sob efeito de alimento são aplicados às formas farmacêuticas de administração oral, com liberação imediata ou modificada, na etapa de desenvolvimento e para o atendimento às exigências legais no processo de autorização de comercialização. Emprega-se a maior concentração do produto nos estudos de biodisponibilidade e bioequivalência sob efeito de alimento, exceto nos casos de risco de toxicidade. Os estudos de bioequivalência com alimentação são conduzidos para demonstrar a bioequivalência de um medicamento genérico com o medicamento de referência, sob condições de alimentação. Para medicamento genérico ou similar, com forma farmacêutica oral de liberação modificada, a bioequivalência com o produto de referência deve ser demonstrada somente mediante a realização de estudos sob condições de jejum e alimentação. Recomenda-se o emprego de uma refeição que promova a maior alteração possível na fisiologia gastrintestinal, devendo ser gordurosa e calórica. A primeira etapa de um estudo de bioequivalência de medicamentos é a etapa clínica. A seleção e o recrutamento de voluntários sadios, a internação nos dois períodos do estudo, a administração dos medicamentos, as coletas sanguíneas e o monitoramento durante a internação, entre outros processos, são algumas das principais atividades realizadas durante esta etapa. Na seleção dos voluntários, existem critérios de inclusão e exclusão predeterminados. Ter participado de pesquisa clínica nos últimos seis meses é um critério de exclusão para etapa clínica. Em relação aos medicamentos genéricos e similares, que podem ser dispensados dos estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência, a bioisenção, baseada no sistema de classificação biofarmacêutica, pode ser aplicada a medicamentos genéricos e similares, a medicamentos Biofarmácia novos, de liberação imediata, quando administrados por via oral e formulados com excipientes que não apresentem impacto sobre a biodisponibilidade. Porque o fármaco é altamente solúvel, solubiliza-se completamente em até 250ml em soluções tampão utilizadas dentro da faixa de pH fisiológico (1,2 a 6,8), a 37 ± 1 ºC. RDC Nº 37/2011 Art. 7º A bioisenção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica é aplicável a medicamentos genéricos e similares, bem como a medicamentos novos orais de liberação imediata que contenham fármacos presentes na Instrução Normativa nº 10 de 29 de setembro de 2016 que dispõe sobre a lista de fármacos candidatos à bioisenção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica, formulados com excipientes que não apresentem impacto sobre a biodisponibilidade e que apresentem rápida dissolução in vitro. Art.9º Um fármaco será considerado altamente solúvel se sua maior dose administradaoralmente como uma formulação de liberação imediata (dose máxima por administração descrita em bula) solubiliza-se completamente em até 250 ml de cada uma das soluções tampão utilizadas dentro da faixa de pH fisiológico (1,2 a 6,8), a 37 ± 1 ºC. A equivalência farmacêutica refere-se à comprovação de que o medicamento de referência e genérico apresentam resultados in vitro similares, indicando apresentarem a mesma eficácia e segurança. A biodisponibilidade descreve proporção e velocidade de aparecimento na corrente sanguínea de uma determinada dose administrada. Para registro de medicamento genérico, é necessário que a empresa apresente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) o estudo de Equivalência Farmacêutica. A esse respeito, avalie alguns critérios para a realização deste estudo. O estudo deverá comparar, simultaneamente, Medicamento Teste e Medicamento de Referência. O estudo deverá ser realizado com lotes do Medicamento Teste e Medicamento de Referência dentro do prazo de validade. O estudo deverá ser realizado por Centro de Equivalência Farmacêutica devidamente habilitado pela Anvisa para essa finalidade. Segundo a RDC nº 24, de 14 de junho de 2010, “são considerados medicamentos específicos os produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa ou paliativa não enquadrados nas categorias de medicamento novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico ou notificado e cuja(s) substância(s) ativa(s), independente da natureza ou origem, não é passível de ensaio de bioequivalência, frente a um produto comparador. Os medicamentos que pertencem à categoria de medicamento específico não poderão solicitar registro junto à Anvisa como genérico, fitoterápico, dinamizado, similar, biológico ou novo”. É classificado como medicamento específico para efeito desta Resolução, soluções de grande e de pequeno volume, parenterais ou não, tais como, água para injeção, soluções de glicose, cloreto de sódio, demais compostos eletrolíticos ou açúcares e poliálcoois. Opoterápicos isolados ou associados entre si e/ou a derivados vegetais e/ou vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou fitofármaco. Medicamentos à base de fitofármaco ou associações deste a vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas. Medicamentos à base de derivados vegetais associados a vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou fitofármaco. Na categoria medicamentos específicos são enquadrados, por exemplo, os produtos para prevenção da desidratação e os medicamentos à base de vitaminas, minerais e aminoácidos que são isentos de prescrição médica. Art: 3º XXV Biodisponibilidade indica a velocidade e a extensão de– – absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina." Fonte: Lei federal 9787/99 “Equivalentes Farmacêuticos: são medicamentos que possuem mesma forma farmacêutica, mesma via de administração e mesma quantidade da mesma substância ativa, isto é, mesmo sal ou éster da molécula terapêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos, desde que bem estabelecidos para a função destinada. Devem cumprir com os mesmos requisitos da monografia individual da Farmacopéia Brasileira, preferencialmente, ou com os de outros compêndios oficiais, normas ou regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa ou, na ausência desses, com outros padrões de qualidade e desempenho. Formas farmacêuticas de liberação modificada que requerem reservatório ou excesso podem conter ou não a mesma quantidade da substância ativa, desde que liberem quantidades idênticas da mesma substância ativa em um mesmo intervalo posológico”. O setor de pesquisa e desenvolvimento de uma indústria farmacêutica, diante de alguns desafios farmacotécnicos a serem vencidos, deseja fazer algumas alterações em sua formulação registrada. Após exaustivos estudos, chegaram à conclusão de que a formulação deveria ser alterada da seguinte forma: alteração de diluente e talco nos valores de 3% e 0,6%, respectivamente. Além disso, que se trata de uma forma farmacêutica sólida de liberação imediata na qual a alteração de cada um dos excipientes e o efeito aditivo total das alterações pode ser calculada considerando alterações de excipientes expressos como porcentagem peso/peso (p/p) do total da formulação. Sendo assim, sabendo que o princípio ativo está com 100% da sua potência declarada na rotulagem, que o peso total da forma farmacêutica está dentro da faixa originalmente especificada, e que não há alterações na especificação do produto acabado e nos excipientes, sendo estes últimos incapazes de influenciar nas características de desempenho da formulação, de acordo com a RDC 73/2016 da ANVISA, sobre o enquadramento do peticionamento a ser submetido ao órgão regulador, a alteração o menor, pois os valores encontram-se dentro dos limites de alteração menores previstos na legislação sanitária, dispensada, nesse caso, a apresentação de estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência. ALTERAÇÃO MENOR LIMITE (%) 1. Diluente ± 5,0 2. Desintegrante Amido ± 3,0; Outros ± 1,0– 3. Aglutinante ± 0,5 4. Lubrificante Estearato de magnésio ou cálcio ± 0,25; Outros ± 1,0– 5. Deslizante Talco ± 1,0; Outros ± 0,1– 6. Filme de revestimento ± 1,0 Biofarmácia 7. Efeito aditivo das alterações < 5,0 De acordo com a Farmacopeia Brasileira (2010), em relação à Equivalência Farmacêutica, os seus estudos devem ser realizados dentro do prazo de validade do produto. Destina-se à avaliação dos medicamentos por meio de análise comparativa entre o medicamento teste e o medicamento de referência. Os seus testes devem ser realizados, necessariamente, por laboratórios autorizados pela ANVISA. A Equivalência Farmacêutica (in vitro) e a Bioequivalência (in vivo} são critérios aplicáveis a medicamentos genéricos e similares. Corresponde à comprovação de que dois medicamentos são equivalentes em relação aos resultados dos testes in vitro. In vivo – Bioequivalência Bioequivalência + Equivalência Farmacêutica = Equivalência Terapêutica Conforme a RDC 31/ 2010, para realização dos estudos de equivalência farmacêutica e de perfil de dissolução comparativo, para fins de cálculo do F2 deve-se utilizar, no mínimo, os três primeiros pontos, excluindo o tempo zero e incluindo apenas um ponto da curva após ambos os medicamentos atingirem a média de 85% de dissolução.. O valor do fator de semelhança (F2) deve estar compreendido entre 50 a 100. Art. 4º O Estudo de Equivalência Farmacêutica pode ser realizado com medicamentos que se apresentem na forma de comprimido revestido/ drágea, cujo Medicamento de Referência/Comparador seja comprimido simples ou vice-versa, desde que o revestimento não controle o mecanismo de liberação da substância ativa. No estudo do perfil de dissolução comparativo é exigida a utilização dos mesmos lotes dos medicamentos teste e de referências empregadas nos estudos de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa/bioequivalência Um Método Modelo Independente Simples é aquele que emprega um fator de diferença (F1) e um fator de semelhança (F2). De acordo com a RESOLUÇÃO-RDC N° 31, de 11 de agosto de 2010, que dispõe sobre a realização dos estudos de equivalência farmacêutica e de perfil de dissolução comparativo, os medicamentos teste e de referência devem cumprir com as mesmas especificações e os resultados dos ensaios não informativos do medicamento teste devem ser comparativos aos do medicamento de referência. O estudo de equivalência farmacêutica pode ser realizado com medicamentos que se apresentem na forma de comprimidorevestido/ drágea, cujo medicamento de referência seja comprimido simples ou vice-versa, desde que o revestimento NÃO controle a liberação da substância ativa. Para que dois perfis de dissolução sejam considerados semelhantes, ambos devem possuir o valor do fator de semelhança (F2) compreendido entre 50 e 100. Para as formas farmacêuticas isentas do estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência, conforme disposto em normas e regulamentos específicos aprovados/referendados pela ANVISA, a diferença de teor entre os medicamentos teste e de referência pode ser superior a 5%, desde que ambos estejam dentro da especificação do método analítico adotado. Art. 22. Não se aplica a realização do Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo para as seguintes formas farmacêuticas: I - pós, granulados e formas farmacêuticas efervescentes que ao serem reconstituídos tornam-se soluções; II - semi-sólidos, excetuando-se supositórios; III - formas farmacêuticas administradas como sprays ou aerossóis nasais ou pulmonares de liberação imediata; IV - gases; ou V - líquidos, exceto suspensões. Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada RDC Nº 31, de 11 de agosto de 2010, que dispõe sobre a realização dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução Comparativo, para formas farmacêuticas de liberação prolongada, a coleta de amostra deve ser representativa do processo de dissolução em, por exemplo, 1, 2 e 4 horas e depois a cada duas horas até que ambos os medicamentos apresentem dissolução de 80% da substância ativa ou o platô seja alcançado. Para formas farmacêuticas de liberação retardada deve ser realizada dissolução em meio HCl 0,1N durante 2 horas (etapa ácida), seguida de dissolução em meio tampão. O Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo pode ser realizado com medicamentos que se apresentem na forma de comprimido revestido/ drágea, cujo Medicamento de Referência/Comparador seja comprimido simples ou vice-versa, desde que o revestimento não controle o mecanismo de liberação da substância ativa. Após o momento em que se coloca o medicamento no meio tampão, a coleta de amostra deve ser representativa do processo de dissolução em, por exemplo, 15, 30, 45, 60 e 120 minutos até que ambos os medicamentos apresentem dissolução de 80% da substância ativa ou o platô seja alcançado. O Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo pode ser realizado com medicamentos que se apresentem na forma de comprimido revestido/ drágea, cujo Medicamento de Referência/Comparador seja comprimido simples ou vice-versa, desde que o revestimento não controle o mecanismo de liberação da substância ativa. Para as formas farmacêuticas não-isentas do Estudo de Biodisponibilidade Relativa/Bioequivalência, recomenda-se que a diferença de teor da substância ativa entre os Medicamentos Teste e de Referência não seja superior a 5%. Quanto aos critérios e à documentação mínima necessária previstos na RDC n° 73/2016 para mudanças pós-registro, Procedimento ordinário: é o procedimento de peticionamento que requer protocolo e que deve aguardar manifestação favorável da Anvisa para a implementação; As mudanças de implementação imediata somente serão permitidas após todas as provas requeridas estarem anexadas ao Histórico de Mudanças do Produto (HMP) disponível na empresa ou à petição individual protocolada, exceto quando a referida mudança for paralela a outra que requeira prévia aprovação, hipótese em que a Biofarmácia implementação das mudanças e o preenchimento do HMP deverá ser feito somente após aprovação da ANVISA. Art. 6º As mudanças de implementação imediata serão permitidas quando todas as provas requeridas estiverem anexadas ao HMP disponível na empresa ou à petição individual protocolada, exceto quando a referida mudança for paralela a outra que requeira prévia aprovação, hipótese em que a implementação das mudanças e o preenchimento do HMP deverá ser feito somente após a aprovação da Anvisa. Art. 25. Para medicamentos similares e genéricos, nas mudanças pós- registro em que é solicitado relatório técnico de estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência, o estudo deve ser realizado entre o medicamento proposto e o medicamento de referência. Art. 31. Os dados do HMP deverão ser protocolados anualmente, no mês do aniversário do registro do medicamento, mesmo não havendo nenhuma mudança pós-registro, e deverão ser referentes ao período de 12 (doze) meses anteriores ao seu protocolo. No caso de uma empresa propor a substituição do fabricante do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) por outro, que tem processo de produção diferente e não pertence ao mesmo grupo farmoquímico, essa mudança enquadra-se como mudança principal com alteração CONCOMITANTE do processo de produção do IFA. Durante o estudo de pré-formulação, é fundamental que se investigue se o fármaco apresenta ou não polimorfismo. Considerando as técnicas utilizadas na caracterização de polimorfismo, análise Térmica Diferencial (DTA) e Calorimetria Diferencial por Varredura (DSC) são técnicas utilizadas na identificação de polimorfo. O polimorfismo é bastante comum dentre certos grupos estruturais, como os barbitúricos, esteroides e sulfonamidas. O termo polimorfismo relaciona-se ao arranjo cristalino das moléculas: uma substância amorfa apresenta organização de curto alcance, enquanto as substâncias cristalinas possuem organização de longo alcance e empacotadas. Formas amorfas e cristalinas apresentam propriedades físico-químicas diferentes. Sobre o polimorfismo, conforme a geometria de empacotamento das moléculas, algumas faces dos cristais podem apresentar maior número de grupamentos polares e o sólido, maior solubilidade em água, apolares e o sólido, maior solubilidade em óleos, apolares e o sólido, menor solubilidade em água. Polimorfismo é a habilidade de um fármaco existir em duas ou mais formas cristalinas com diferentes conformações moleculares. Os desvios de qualidade oriundos do polimorfismo podem trazer graves consequências para o setor farmacêutico. Portanto é importante caracterizar o estado sólido das substancias da melhor forma possível. Isso implica em utilização de uma serie de técnicas de forma adequada e integrada. Essas técnicas analíticas podem ser classificadas em cinco grupos: GRUPO 1 - Técnicas para determinação da estrutura cristalina (Técnica difração de raios-X com fontes convencionais ou radiação síncroton– ) GRUPO 2 - Técnicas termoanalíticas GRUPO 3 - Técnicas espectroscópicas (Técnica ressonância– magnética nuclear do estado sólido) GRUPO 4 - Técnicas para caracterização morfológica GRUPO 5 - Técnicas para avaliação de desempenho (técnica – microscopia óptica e eletrônica de varredura) Uma substância que absorve umidade suficiente da atmosfera a ponto de dissolver-se, denomina-se deliquescente. Considerando as características físico-químicas dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA), a existência de polimorfos não afeta a biodisponibilidade de fármacos altamente solúveis, como no caso do metoprolol, fármaco altamente solúvel e permeável. Quanto menor o tamanho da partícula, maior a superfície de contato entre o sólido e o solvente, sendo que o conhecimento e o controle do tamanho de partículas são fundamentais para os casos de fármacos pouco solúveis. Os enantiômeros individuais de um fármaco racêmico, caracterizados por diferentes orientações espaciais, geralmente manifestam efeitos terapêuticos e reações adversas qualitativamente ou quantitativamente diferentes, em razão das exigências conformacionais implícitas no processo de interação dos fármacos com receptores específicos. GERALMENTE, A SUBSTÂNCIA AMORFA É MAIS SOLÚVEL QUE A CRISTALINA! Os estudosde pré-formulação são essenciais no desenvolvimento do produto. Estes estudos fornecem as informações necessárias sobre o fármaco e dão subsídios para a combinação do fármaco com adjuvantes farmacêuticos na fabricação da forma farmacêutica. Com base em seus conhecimentos sobre os estudos de pré-formulação, descrição física, análise microscópica, tamanho de partícula, polimorfismo, solubilidade, dissolução, permeabilidade da membrana são exemplos de características avaliadas nos estudos de pré-formulação. Certas propriedades físicas e químicas dos fármacos como velocidade de dissolução, biodisponibilidade, uniformidade de conteúdo, sabor, textura, cor e estabilidade são influenciadas pela distribuição do tamanho das partículas. A alteração do pico de fusão ou da temperatura de fusão pode indicar que o fármaco é impuro ou foi adulterado. As alterações polimórficas dos fármacos interferem na biodisponibilidade e afetam as propriedades de fluxo e de compressão. No Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB), os fármacos são classificados mediante a determinação da solubilidade no trato gastrointestinal (maior dose a ser administrada em intervalo de pH de 1 a 8) e na permeabilidade. Com base no SCB, não é esperada que haja correlação in vitro/in vivo para medicamentos contendo fármacos do grupo IV. A correlação in vitro/in vivo para medicamentos contendo fármacos do grupo II é esperada se a velocidade de dissolução in vitro for similar à in vivo. A correlação in vitro/in vivo para medicamentos contendo fármacos do grupo I existe se a velocidade de dissolução for mais lenta que o tempo de esvaziamento gástrico. O Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB) classifica os fármacos em quatro classes de acordo com a dose, a solubilidade aquosa no decorrer do pH gastrointestinal e a permeabilidade através da mucosa. Sobre esse sistema, os fármacos de classe I POR TEREM ALTA SOLUBILIDADE E ALTA PERMEABILIDADE NÃO apresentam problemas significativos para uma liberação oral efetiva. Biofarmácia Os fármacos da classe III possuem baixa PERMEABILIDADE e alta SOLUBILIDADE. Os fármacos da classe IV NÃO dissolvem-se rapidamente quando apresentados em formas farmacêuticas de liberação imediata. OS FÁRMACOS DE CLASSE IV APRESENTAM BAIXA PERMEABILIDADE E SOLUBILIDADE. Os fármacos da classe IV NÃO são candidatos à bioisenção, POIS APRESENTAM BAIXA SOLUBILIDADE E PERMEABILIDADE. Para os fármacos da classe II, a taxa de dissolução tende a ser o passo limitante na absorção oral. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA I – SOLUBILIDADE ALTA PERMEABILIDADE– – ALTA II – SOLUBILIDADE – BAIXA PERMEABILIDADE – ALTA III – SOLUBILIDADE ALTA PERMEABILIDADE– – BAIXA IV – SOLUBILIDADE – BAIXA PERMEABILIDADE – BAIXA Sobre a natureza físico-química de fármacos administrados por via oral e sua influência na absorção, várias substâncias hidrofóbicas são muito ativasvia parenteral, mas não são muito efetivas quando administradas via oral, devido à sua baixa absorção. QUANTO MENOR A MOLÉCULA, MAIS FACILMENTE ELA PASSA A MEMBRANA E É ABSORVIDA. O estado de ionização da molécula é um fator determinante de absorção, já que, isoladamente, a fração NÃO ionizada do fármaco é geralmente absorvida. A FORMA MAIS ABSORVIDA DE UM FÁRMACO É A MOLECULAR OU NÃO IONIZADA. O QUE É BIOFARMÁCIA? Estudo do modo como as propriedades físico-químicas do fármaco, a forma farmacêutica e a via de administração afetam a velocidade e o grau de absorção dos fármacos. A relação entre o fármaco, a forma farmacêutica e a via de administração determina quanto e com que velocidade esse fármaco entra na circulação sistêmica. Os fármacos devem estar em solução nos fluidos antes de poderem ser absorvidos > Dissolução!! Para que um fármaco seja eficaz, é necessário que uma quantidade suficiente dele chegue ao local de ação e ali permaneça pelo tempo suficiente para exercer seu efeito farmacológico. Isso depende: Via de administração. Forma farmacêutica. Velocidade com que é liberado. Todas as vias de administração, para as quais sejam requeridas uma absorção sistêmica, implicam na absorção do fármaco para a corrente sanguínea a partir da via de administração. BIODISPONIBILIDADE É a velocidade e a extensão de absorção de um fármaco, a partir de uma forma farmacêutica que se torna disponível, para exercer o efeito farmacológico pretendido (Farm Bras, 5ed). É a velocidade e a extensão nas quais uma substância ativa ou a porção terapêutica é absorvida após a administração do medicamento e torna-se disponível no sítio de ação (Ansel, 2003). Importante no sentido de determinar se o fármaco alcançou o sítio de ação em uma concentração terapeuticamente eficaz. Graficamente é representada por uma curva de concentração x tempo. Com os dados da biodisponibilidade é possível determinar: Quantidade ou proporção de fármaco absorvido a partir de uma forma farmacêutica ou formulação ➢ Velocidade na qual o fármaco foi absorvido Duração da presença do fármaco no fluido biológico ou tecido relacionado com a resposta terapêutica ➢ Relação entre os níveis sanguíneos e a eficácia clínica e a toxicidade Influencia a biodisponibilidade: Qualquer ação que afete a liberação do fármaco a partir da forma farmacêutica. Dissolução do fármaco nos fluidos gastrintestinais. Estabilidade do fármaco na circulação porta-hepática. A biodisponibilidade está relacionada com o FÁRMACO, o INDIVÍDUO e a FORMULAÇÃO. PARÂMETROS PARA AVALIAR BIODISPONIBILIDADE Cmáx Veloc aparecimento no plasma = veloc de remoção (eliminação ou distribuição) Tmáx ASC Quantidade de fármaco absorvido Dose – Cmáx e ASC maiores – Tmáx Se alterar a Veloc de absorção, altera Cmáx e Tmáx. BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTA A BDA aplica-se a medicamentos inovadores que são desenvolvidos como formas farmacêuticas para administração por vias extravasculares. É a fração (ou percentagem) da dose administrada que é absorvida intacta na circulação sistêmica, ou seja, efetivamente absorvida. Determinada para uma forma farmacêutica administrada por via oral, por exemplo, a BDA corresponde à fração sistêmica Biofarmácia calculada em relação à dose administrada por via intravascular, cuja biodisponibilidade é, por definição, igual a 100%. BIODISPONIBILIDADE RELATIVA Fármacos que não podem ser administrados pela via IV – determina-se Biodisponibilidade Relativa (BDR) Comparar a biodisponibilidade de determinado fármaco, a partir de uma forma farmacêutica “teste” à do mesmo fármaco administrado em uma forma farmacêutica de “referência” administrados por via extravascular. BDR de um determinado fármaco administrado em doses iguais contidas em uma forma farmacêutica de referência reconhecida, pela mesma via de administração, no mesmo indivíduo em diferentes ocasiões. A determinação do fármaco pode apresentar diferenças quanto a sua biodisponibilidade: 1. Mesmo tipo de forma farmacêutica, mas por diferentes vias de administração. (Ex. solução aquosa) 2. Mesma via de administração, mas formas farmacêuticas diferentes. (Ex: comprimido x cápsula x suspensão) 3. Mesmo tipo de forma farmacêutica, mesma via de administração, mas em diferentes formulações da forma farmacêutica. BIOEQUIVALÊNCIA Ampliação do conceito de BDR Permite concluir sobre a comparação da biodisponibilidade entre dois medicamentos (teste x referência) – equivalentes farmacêuticos ou não, em termos das suas velocidades e extensões de absorção. Equivalentes Farmacêuticos (EF) = Doses iguais do mesmo fármaco, na mesma forma farmacêutica, podendo ter excipientes diferentes e que atendem os mesmos critérios descritos nas famacopéias (In vitro). São Bioequivalentes sesuas características de biodisponibilidade não diferirem de modo significativo quando administrados na mesma dose (In vivo). Alternativas farmacêuticas = Mesmo fármaco, porém não precisa ter a mesma quantidade, forma farmacêutica, sal ou éster. Equivalente terapêutico = EF que fornece o mesmo efeito terapêutico com um regime terapêutico idêntico. Bioequivalentes = Intercambiáveis - Medicamentos Genéricos e Similares EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA Estudo comparativo entre dois produtos (teste e referência) e que emprega métodos in vitro. Equivalentes farmacêuticos contêm o mesmo fármaco (sal ou éster da mesma molécula), na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos. Devem cumprir as mesmas especificações atualizadas da Farmacopéia Brasileira e, na ausência, outros Códigos autorizados pela legislação vigente. FATORES RELACIONADOS AO FÁRMACO QUE AFETAM A VELOCIDADE DE DISSOLUÇÃO ➢ Superfície e Tamanho de Partícula Solubilidade Polimorfismo Forma do fármaco (estado amorfo ou cristalino) Molhabilidade Estado de hidratação Superfície e Tamanho de Partícula Tamanho de partícula Área superficial Quanto menor o tamanho da partícula - Maior superfície de contato efetiva Afetam a solubilidade e a velocidade de dissolução. Superfície e Tamanho de Partícula Diminuição do Tamanho de partícula: Micronização Fármacos de natureza hidrofóbica tendem com a micronização podem provocar a aglomeração das partículas - redução da superfície de contato com os fluidos (retarda a velocidade de desagregação e dissolução) ➢ Mistura e fusão com polímeros ou Moagem com agente molhante (ex. Polissorbato 80) Aumenta a molhabilidade e a penetração do solvente nas partículas e assegura elevada superfície de contato. Solubilidade na Camada de Difusão Velocidade de dissolução é diretamente proporcional a solubilidade na camada de difusão que rodeia cada uma das partículas do fármaco em processo de dissolução. Caso fármacos sejam eletrólitos fracos, a velocidade de dissolução é determinada pela sua solubilidade e pelo pH da camada de difusão existente ao redor das partículas de fármaco em dissolução. Espera-se velocidades de dissolução diferenciadas conforme a região do TGI. Biofarmácia Agitação e temperatura Polimorfismo “É a habilidade de um composto no estado sólido em existir em diferentes formas cristalinas com diferentes conformações moleculares possuindo a mesma composição química.” Quando as condições de cristalinização são alteradas de alguma forma (solvente diferente, modificação na agitação ou presença de diferentes tipos de impureza), é possível que as moléculas passem a formar cristais com um arranjo estrutural diferente do obtido sob as condições originais do processo - Fármacos que apresentam mais de uma forma cristalina, sendo cada forma conhecida como um polimorfo. ➢ Apresentam propriedades fisico-químicas diferentes. ➢ Apresentam propriedades de fluxo e compressão. Interferem na biodisponibilidade (solubilidade) e estabilidade. Sólidos amorfos Não se observa formação de cristais – desordem em nível molecular Apresentam ponto de fusão (resultado da quebra do retículo) Dissolve-se mais rapidamente que a respectiva forma cristalina Sólidos cristalinos Molécula forma arranjos ordenados Não apresenta ponto de fusão - não existe retículo cristalino. FORMA ESTÁVEL – PF mais alto FORMA METASTÁVEIS – existem apenas por um período de tempo finito (muito curto ou durante alguns meses) se convertendo a forma estável . PF elevado = retículo forte = difícil remoção da molécula = baixa velocidade de dissolução Sólidos Cristalinos: Hidratado x Anidro Geralmente, quanto maior o grau de solvatação de um cristal, menores serão a solubilidade e a velocidade de dissolução de um fármaco. Forma do Fármaco – Sólidos Amorfos x Cristalinos Fármaco hidrofóbico: Importância do polimorfismo na biodisponibilidade. Ex: Palmitato de cloranfenicol: Polimorfo metaestável maior velocidade de dissolução que o correspondente polimorfo estável. Polimorfo estável mais resistente a degradação química e apresenta solubilidade menor Técnicas Analíticas empregadas na caracterização do estado sólido: Técnicas para determinação da estrutura cristalina • Difração de raios X Técnicas termoanalíticas • Calorimetria exploratória diferencial (DSC) • Análise Térmica diferencial (DTA) • Termomicroscopia (TM) • Termogravimetria (TG) Técnicas Espectroscópicas • Espectroscopia de IR, Raman e Ressonância Magnética Nuclear Técnicas para caracterização morfológica • Microscopia ótica e eletrônica de varredura Técnicas para avaliação de desempenho • Dissolução intrínseca FATORES RELACIONADOS ÀS FORMAS FARMACÊUTICAS Tipo de forma farmacêutica e seu método de fabricação podem influenciar na sua biodisponibilidade. Quanto maior o número de etapas que intervêm no processo da absorção, maior será o número de potenciais obstáculos para que a absorção ocorra e maior será a probabilidade de que um dado tipo de forma farmacêutica venha a reduzir a biodisponibilidade apresentada pelo fármaco. Biodisponibilidade: SOLUÇÃO AQUOSA > SUSPENSÃO > FF SÓLIDAS NOVAS FERRAMENTAS FARMACOTÉCNICAS PARA MODULAR A BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS Recursos para promover maior solubilização do fármaco e, consequentemente melhorar a sua dissolução. ➢ Micronização Dispersão Sólidas Ciclodextrinas Formulação baseada em lipídeos Biofarmácia Sistemas nanoestruturados Micronização Redução do tamanho das partículas do fármaco tipicamente até o diâmetro inferior a 10µm, por meio de moagem do material – técnica simples para melhorar solubilidade de fármacos pouco solúveis. Objetivo: aumentar a velocidade de dissolução. Equipamento: micronizador ou moinho de energia fluida Mecanismo: Forte corrente de ar – choque das partículas do fármaco – quebra – partículas mais finas no interior da câmara e maiores são forçadas a retornar a câmara por força centrífuga até que sejam suficientemente quebradas. Vantagens: Baixo custo / Eficiência elevada / Reprodutibilidade Desvantagens: Calor gerado no processo/ degradação/ dificuldade de manipulação de pó fino. Dispersões Sólidas Sistemas nos quais o fármaco encontra-se disperso em um carreador polimérico solúvel em água. Primeira geração: carreador cristalino: uréia e açúcares (ex. manitol) Segunda geração: polímeros amorfos: PVP, PEG, HPMC, HPC... Terceira geração: adição de tensoativos: polissorbatos, polaxamer 407... Objetivo: aumentar a solubilidade de fármacos hidrófobos. Processo de obtenção: • Fusão • Evaporação do Solvente • Spray-drying • Fluido Supercrítico Vantagens: Material fácil manipulação/Fácil produção Desvantagens: sistema sensível a umidade e temperatura73/dificuldades de scale-up Ciclodextrinas Formadas a partir da degradação do amido pela enzima ciclodextrina-glicosiltransferase, formados por moléculas de glicose, as quais formam estrutura anelar de seis (α- ciclodextrinas), sete (β-ciclodextrinas) ou oito (γ-ciclodextrinas) unidades. A superfície externa é hidrofílica e a interna é hidrofóbica. Anel da β-ciclodextrina apresenta as dimensões mais propícias para a maioria dos fármacos. Ciclodextrinas. Processo de obtenção de complexos fármaco- CD: Malaxagem Coevaporação Liofilização Spray-drying Extração em fluido supercrítico Vantagens: Melhoria da biodisponibilidade de fármacos pouco solúveis Aumentar estabilidade de fármacos Mascarar odores e sabores desagradáveis Formulação Baseada em Lipídeo Processo de obtenção de complexos fármaco-CD: Malaxagem Coevaporação Liofilização Spray-drying Extração em fluido supercrítico Vantagens: Melhoria da biodisponibilidadede fármacos pouco solúveis Aumentar estabilidade de fármacos Mascarar odores e sabores desagradáveis Formulação Baseada em Lipídeo Fármacos insolúveis em água – formulações com adequada quantidade de lipídeos 2000 – Sistema de Classificação de Formulações Lipídicas – seleção do veículo mais adequado. Mecanismo para aumentar a biodisponibilidade Solubilização do fármaco pouco solúveis no lúmen intestinal, por intermédio da formação de várias estruturas coloidais (micelas, veículos, emulsões...), a partir de sua interação com os sais biliares e com os fosfolipídeos aí presentes. Sistemas Nanoestruturados Biofarmácia Partículas do fármaco - 100-200nm Várias tecnologias – Ex: nanocristal, nanossuspensões SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA Baseado na solubilidade e permeabilidade Definição de especificações para o teste de dissolução e previsão de obtenção de correlação in vivo – in vitro. Alta solubilidade: maior dose que se dissolve em 250mL ou um volume menor de meio de dissolução. Alta permeabilidade: fármaco é absorvido em mais de 90% da dose administrada. Tendência: isentar o teste de bioequivalência – produtos com fármacos classe I e com rápida dissolução in vitro. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA Classe I Classe II Classe III Classe IV Solubilidade Elevada Baixa Elevada Baixa Permeabilidade Elevada Elevada Baixa Baixa I) Espera-se correlação se a velocidade de dissolução for mais lenta que a velocidade de esvaziamento gástrico (etapa limitante) II) Dissolução é a etapa limitante III) Permeabilidade é a etapa limitante IV) Provável que ocorra problemas de biodisponibilidade RESOLUÇÃO-RDC Nº 31, DE 11 DE AGOSTO DE 2010. Dispõe sobre a realização dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução Comparativo. Alta Solubilidade: é considerada altamente solúvel a substância ativa cuja quantidade correspondente a sua maior dose posológica disponível no mercado nacional é solúvel em 250mL ou menos de meio aquoso em uma escala de pH de 1,2-6,8 em uma temperatura de 37 ± 1ºC; Dissolução muito rápida: dissolução média de no mínimo 85% da substância ativa em até 15 minutos; Dissolução rápida: dissolução média de no mínimo 85% da substância ativa em até 30 minutos; Método de Dissolução Discriminativo: método capaz de evidenciar mudanças significativas nas formulações e nos processos de fabricação dos medicamentos testados que podem afetar o desempenho da formulação; Substância Química de Referência Caracterizada (SQT): material de referência não estabelecido por farmacopéias ou instituições públicas oficiais autorizadas, devendo possuir alto grau de pureza e uniformidade. Deve ser cuidadosamente analisada em sua identificação, caracterização, impurezas e análise quantitativa Substância Química de Referência Farmacopéica (SQR): substância ou mistura de substâncias estabelecidas e distribuídas por farmacopéias ou instituições públicas oficiais autorizadas, possuindo alto grau de pureza e uniformidade. São planejadas para uso em ensaios químicos e físicos, nos quais suas propriedades são comparadas com as dos produtos que estão sendo analisados; Estudo de Equivalência Farmacêutica: conjunto de ensaios físicoquímicos e, quando aplicáveis, microbiológicos e biológicos, que comprovam que dois medicamentos são Equivalentes Farmacêuticos; Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo: ensaio analítico com coletas em múltiplos pontos para a avaliação da dissolução de uma determinada substância ativa comparando duas formulações; Equivalentes Farmacêuticos: são medicamentos que possuem mesma forma farmacêutica, mesma via de administração e mesma quantidade da mesma substância ativa, isto é, mesmo sal ou éster da molécula terapêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos, desde que bem estabelecidos para a função destinada. Devem cumprir com os mesmos requisitos da monografia individual da Farmacopéia Brasileira, preferencialmente, ou com os de outros compêndios oficiais, normas ou regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa ou, na ausência desses, com outros padrões de qualidade e desempenho. Formas farmacêuticas de liberação modificada que requerem reservatório ou excesso podem conter ou não a mesma quantidade da substância ativa, desde que liberem quantidades idênticas da mesma substância ativa em um mesmo intervalo posológico; Das Considerações Gerais do Estudo de Equivalência Farmacêutica Art.3º O Estudo de Equivalência Farmacêutica deve ser realizado: I - por Centro de Equivalência Farmacêutica devidamente habilitado pela Anvisa para essa finalidade, previamente à realização do Estudo de Biodisponibilidade Relativa/Bioequivalência, quando aplicável à forma farmacêutica; Biofarmácia II - comparando, simultaneamente, Medicamento Teste e Medicamento de Referência; e III - com lotes dentro do prazo de validade. §1º Os medicamentos já registrados na Anvisa - Embalagens comerciais. §2º No caso de realização de estudos com lotes-piloto, os medicamentos devem estar acondicionados, no mínimo, em sua embalagem primária, devidamente identificada conforme legislação vigente, incluindo acessório, se aplicável. §3º O Estudo de Biodisponibilidade Relativa/Bioequivalência, a que se refere o inciso I, deve utilizar obrigatoriamente os mesmos lotes dos Medicamentos Teste e de Referência empregados no Estudo de Equivalência Farmacêutica. Art. 4º O Estudo de Equivalência Farmacêutica pode ser realizado com medicamentos que se apresentem na forma de comprimido revestido/drágea, cujo Medicamento de Referência seja comprimido simples ou vice-versa, desde que o revestimento não controle a liberação da substância ativa. Dos Critérios para a Realização do Estudo de Equivalência Farmacêutica Art. 12. Não é aceito Estudo de Equivalência Farmacêutica em que se utilizem métodos e especificações de monografias de diversos compêndios oficiais para um mesmo estudo. Parágrafo único. Quando a Farmacopéia Brasileira ou outro compêndio oficial apresenta monografia para determinado medicamento em que não estão contemplados todos os ensaios necessários para a comprovação de equivalência farmacêutica, o estudo deve ser complementado por ensaios de outro compêndio oficial, normas ou regulamentos aprovados/referendados pela Anvisa ou de outros padrões de qualidade aplicáveis utilizando método validado Art. 14. Na ausência de método de dissolução descrito em compêndio oficial, normas ou regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa, é de responsabilidade do Patrocinador do Estudo o relatório de desenvolvimento e validação do método de dissolução que deve ser realizado conforme preconizado em guias nacionais e internacionais e conter dados que demonstrem que o método é discriminativo. I - o Centro Responsável pelo Estudo deve arquivar cópia do relatório de desenvolvimento do método de dissolução fornecido pelo Patrocinador do Estudo; II - o Centro Responsável pelo Estudo deve proceder à validação parcial do método de dissolução desenvolvido e transferido pelo Patrocinador do Estudo; e III - o relatório de desenvolvimento de dissolução deve conter, no mínimo, as seguintes informações: a) avaliação quantitativa da solubilidade da substância ativa na faixa de pH fisiológico (1,2 a 6,8), considerando a temperatura de 37°C ± 1°C, conforme, por exemplo, o método de diagrama de fase para análise de solubilidade. A avaliação requer que quantidades crescentes da substância ativa sejam testadas em volume fixo de, pelo menos, três diferentes meios como, por exemplo, em pH 1,2; 4,5 e 6,8; b) demonstração de que o meio de dissolução é o mais adequado à substância ativa na forma farmacêuticaem estudo. A demonstração requer a investigação de curvas de dissolução na faixa de pH fisiológico (1,2 a 6,8), como, por exemplo, em pH 1,2; 4,5 e 6,8, considerando a temperatura de 37°C ± 1°C; c) demonstração de que o aparato, a rotação e os filtros utilizados no procedimento de coleta de amostras são os mais adequados à substância ativa e à forma farmacêutica em estudo; d) justificativa da necessidade da utilização de âncoras, quando aplicável; e) comprovação da necessidade de uso de tensoativos, bem como da quantidade empregada, quando aplicável; f) demonstração e justificativa da escolha do valor de Q (quantidade de substância ativa dissolvida expressa como porcentagem do valor rotulado da dose unitária); e g) justificativa da necessidade da aplicação de método de deaeração, quando aplicável Das Considerações Gerais do Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo Art. 17. O Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo deve ser realizado: I - por Centro de Equivalência Farmacêutica devidamente habilitado pela Anvisa para essa finalidade, previamente ao Estudo de Biodisponibilidade Relativa/Bioequivalência, quando aplicável; II - utilizando o mesmo método de dissolução empregado no Estudo de Equivalência Farmacêutica, quando aplicável; III- utilizando os mesmos lotes dos Medicamentos Teste e de Referência empregados nos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Biodisponibilidade Relativa/Bioequivalência, quando aplicáveis; IV - simultaneamente entre Medicamento Teste e Medicamento de Referência/Comparador; e V - com lotes dentro do prazo de validade. Biofarmácia §1º Os medicamentos já registrados na Anvisa devem - Embalagens comerciais. §2º No caso de realização de estudos com lotes-piloto, os medicamentos devem estar acondicionados, no mínimo, em sua embalagem primária, devidamente identificada conforme legislação vigente. §3º Nos casos de pós-registro, em que o Estudo de Equivalência Farmacêutica não é aplicável, o Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo deve ser realizado utilizando método de dissolução descrito na Farmacopéia Brasileira, preferencialmente, ou em outros compêndios oficiais, normas ou regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa. Na ausência de monografia publicada em compêndio oficial, normas ou regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa, proceder conforme os critérios do artigo 14 desta Resolução. Art. 18. Para formas farmacêuticas de liberação prolongada, a coleta de amostra deve ser representativa do processo de dissolução em, por exemplo, 1, 2 e 4 horas e depois a cada duas horas até que ambos os medicamento apresentem dissolução de 80% da substância ativa ou o platô seja alcançado Art. 19. Para formas farmacêuticas de liberação retardada deve ser realizada dissolução em meio HCl 0,1N durante 2 horas (etapa ácida), seguida de dissolução em meio tampão. Após o momento em que se coloca o medicamento no meio tampão, a coleta de amostra deve ser representativa do processo de dissolução em, por exemplo, 15, 30, 45, 60 e 120 minutos até que ambos os medicamentos apresentem dissolução de 80% da substância ativa ou o platô seja alcançado. Art. 20. O Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo pode ser realizado com medicamentos que se apresentem na forma de comprimido revestido/drágea, cujo Medicamento de Referência/Comparador seja comprimido simples ou vice-versa, desde que o revestimento não controle o mecanismo de liberação da substância ativa. Art. 21. Quando o resultado do Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo for não semelhante, a comprovação da equivalência terapêutica entre os Medicamentos Teste e de Referência/Comparador pode, a critério da ANVISA, ser baseada no resultado do Estudo de Biodisponibilidade Relativa/ Bioequivalência. Art. 22. Não se aplica a realização do Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo para as seguintes formas farmacêuticas: I - pós, granulados e formas farmacêuticas efervescentes que ao serem reconstituídos tornamse soluções; II - semi-sólidos, excetuando-se supositórios; III - formas farmacêuticas administradas como sprays ou aerossóis nasais ou pulmonares de liberação imediata; IV - gases; ou V - líquidos, exceto suspensões. Art. 23. A comparação de perfis de dissolução é útil nos casos em que se deseja conhecer o comportamento de dois medicamentos antes de submetê-los a Estudo de Biodisponibilidade Relativa/Bioequivalência, para isenção de menores dosagens desses estudos e para alterações pós- registro. Art. 24. Nesta comparação avalia-se a curva como um todo empregando o Método Modelo Independente Simples. I - um Método Modelo Independente Simples é aquele que emprega um fator de diferença (F1) e um fator de semelhança (F2). Nos termos desta Resolução, os perfis de dissolução comparativos são avaliados apenas utilizando-se o cálculo do fator de semelhança (F2); e II - o fator F2 corresponde a uma medida de semelhança entre as porcentagens dissolvidas de ambos os perfis: Parágrafo único. O fator de semelhança (F2) somente deve ser calculado quando as condições do ensaio de dissolução forem exatamente as mesmas empregadas na avaliação dos Medicamentos Teste e de Referência/Comparador. Art. 25. A comparação de perfis de dissolução deve seguir os seguintes procedimentos: I - empregar doze unidades do Medicamento Teste e doze unidades do Medicamento de Referência/Comparador; e II - calcular o fator F2 utilizando a equação apresentada no inciso II do Art. 24. Art. 26. Para que dois perfis de dissolução sejam considerados semelhantes, devem atender aos seguintes critérios: I - os Medicamentos Teste e de Referência/Comparador devem apresentar tipos de dissoluções correspondentes. Por exemplo, se o Medicamento de Referência/Comparador apresentar dissolução média de 85% em 30 minutos (dissolução rápida) o Medicamento Teste deve apresentar também dissolução rápida; II - o valor do fator de semelhança (F2) deve estar compreendido entre 50 a 100; III - os tempos de coleta devem ser os mesmos para as duas formulações; III - o número de pontos de coleta deve ser representativo do processo de dissolução até que se obtenha platô na curva, sendo obrigatória a quantificação de amostras de, no mínimo, cinco tempos de coleta; IV - para fins de cálculo F2, utilizar, no mínimo, os três primeiros pontos, excluindo o tempo zero; Biofarmácia V - para fins de cálculo F2, incluir apenas um ponto da curva após ambos os medicamentos atingirem a média de 85% de dissolução; e VI - para permitir o uso de médias, os coeficientes de variação para os primeiros pontos de coleta não podem exceder 20%. Para os demais pontos considera-se o máximo de 10%. São considerados como primeiros pontos de coleta o correspondente a 40% do total de pontos coletados. Por exemplo, para um perfil de dissolução com cinco tempos de coleta, consideram-se primeiros pontos os dois primeiros tempos de coleta. Parágrafo único. Quando a substância ativa apresentar alta solubilidade e a formulação for de liberação imediata, apresentando dissolução muito rápida para ambos os medicamentos, o fator F2 perde o seu poder discriminativo e, portanto, não é necessário calculá-lo. Nesses casos deve-se comprovar a dissolução muito rápida dos produtos, por meio do gráfico da curva, realizando coletas em, por exemplo: 5, 10, 15, 20 e 30 minutos. O coeficiente de variação no ponto de 15 minutos que não pode exceder 10%. RESOLUÇÃO-RDC Nº 37, DE 3 DE AGOSTO DE 2011. Dispõe sobre o Guia para isenção e substituição de estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência e dá outras providências Art. 4º Os estudos de bioequivalência para medicamentos genéricosou similares serão dispensados para: I - soluções aquosas (parenterais, orais, otológicas, oftálmicas e as administradas como inalatórios orais ou sprays nasais com ou sem dispositivo) que contenham o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência (equivalentes farmacêuticos) e excipientes de mesma função que aqueles presentes no medicamento comparador; II - pós para reconstituição que resultem em soluções aquosas orais ou parenterais, desde que cumpram os requisitos descritos no inciso I; III – gases; IV - soluções oleosas parenterais que contenham o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência (equivalentes farmacêuticos) e qualitativamente o mesmo veículo oleoso presente no medicamento de referência, em concentrações compatíveis com a função pretendida; V - medicamentos de uso oral que contenham fármacos destinados a ação local no trato gastrintestinal descritos na Lista 3 – Fármacos de ação local no trato gastrintestinal que não necessitam de estudos de biodisponibilidade relativa / bioequivalência (acessível no portal da ANVISA); e VI - medicamentos de aplicação tópica, não destinados a efeitos sistêmicos, que contenham o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência (equivalentes farmacêuticos) e excipientes de mesma função que aqueles presentes no medicamento comparador. § 2º Na hipótese do inciso I, os seguintes critérios também deverão ser atendidos: I - diferenças entre as formulações dos medicamentos teste e referência, no que diz respeito ao uso de excipientes com função de conservante, tampão ou espessante, deverão ser devidamente justificadas; II - para soluções de uso oral que contenham excipientes que comprovadamente afetam a biodisponibilidade do fármaco (como, por exemplo, manitol, sorbitol, maltitol, laurilsulfato de sódio, etoxilato de óleo de rícino, polissorbato 80 e outros), o medicamento teste deverá conter, no que diz respeito a esses excipientes, qualitativamente os mesmos do medicamento de referência e em quantidade compatível com a função pretendida na forma farmacêutica; e III - a requerente deverá apresentar justificativa acerca da quantidade utilizada de cada excipiente. Da bioisenção para as demais dosagens Art. 5º Os estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência para as demais dosagens de medicamentos genéricos, similares ou novos serão dispensados para: I - medicamentos de liberação imediata, de mesma forma farmacêutica, formulações proporcionais e produzidos pelo mesmo fabricante; e II - medicamentos de liberação retardada ou prolongada, de mesma forma farmacêutica, mesmo mecanismo de liberação, formulações proporcionais e produzidos pelo mesmo fabricante no mesmo local de fabricação. § 2º O(s) estudo(s) de biodisponibilidade relativa/ bioequivalência poderá(ão) ser realizado(s) com a forma farmacêutica de maior ou menor dosagem, dependendo da linearidade farmacocinética ou do risco à segurança do voluntário participante do estudo. § 3º Ficam isentas do estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência disposto no parágrafo anterior as demais dosagens, desde que os perfis de dissolução dos fármacos, entre todas as dosagens, sejam semelhantes, conforme Resolução RDC nº 31/10. § 7º O estudo in vivo deverá ser realizado com a forma farmacêutica de menor dosagem quando o aumento na dose resultar em um aumento desproporcionalmente menor nos Biofarmácia parâmetros farmacocinéticos ASC ou Cmax, ocasionado por saturação do processo de absorção e não por limitação da solubilidade do fármaco. § 8º Na hipótese de limitação da solubilidade do fármaco, o requerente deverá conduzir estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência tanto com a maior quanto com a menor dosagem. Da bioisenção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica (SCB) Art. 7º A bioisenção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica é aplicável a medicamentos genéricos e similares, bem como a medicamentos novos orais de liberação imediata que contenham fármacos presentes na Instrução Normativa nº 4* de 3 de agosto de 2011, formulados com excipientes que não apresentem impacto sobre a biodisponibilidade e que apresentem rápida dissolução in vitro. Art. 8º A requerente deverá apresentar dados comprobatórios da alta solubilidade dos fármacos descritos na Instrução Normativa nº 4 de 2011 Art. 9º Um fármaco será considerado altamente solúvel se sua maior dose administrada oralmente como uma formulação de liberação imediata (dose máxima por administração descrita em bula) solubiliza-se completamente em até 250 ml de cada uma das soluções tampão utilizadas dentro da faixa de pH fisiológico (1,2 a 6,8), a 37 ± 1ºC. § 1º Deverão ser testadas, no mínimo, três condições de pH (1,2; 4,5 e 6,8), utilizando-se, no mínimo, três replicatas para cada condição, devendo o coeficiente de variação (CV%) ser menor que 5% (cinco por cento). Caso o número de amostras utilizado seja maior do que três (n>3), todas as replicatas deverão ser consideradas no cálculo do desvio médio. Art. 11. A requerente deverá apresentar dados comprobatórios da rápida dissolução do fármaco a partir da forma farmacêutica, ou seja, no mínimo 85% do fármaco deverão dissolver-se em até 30 minutos, em todas as condições testadas, tanto para o medicamento teste quanto para o medicamento de referência. Art. 14. A bioisenção pautada no sistema de classificação biofarmacêutica não se aplicará a medicamentos com absorção na cavidade oral ou de liberação modificada.
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