Buscar

SISTEMA NERVOSO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA NERVOSO
Anotações em aula – Isla Hadna Mendes da Silva
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO
O SNC recebe, analisa e integra informações, ou seja, atua como centro integrador do nosso organismo. O SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). Dessa forma, o SNC e o SNP se comunicam entre si, ou seja, existe um fluxo de informações entre eles.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo, diencéfalo (tálamo, hipotálamo e epitálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em bulbo, mesencéfalo e ponte.
É composto por neurônios e células da glia. As células da glia dão suporte estrutural e mecânico, nutricional, funcional e fazem a limpeza do microambiente neuronal.
O SNC é dividido em substância cinzenta e substância branca. A substância cinzenta consiste em corpos celulares, dendritos e axônios de células nervosas não mielinizadas. Os corpos celulares ou formam camadas em partes do cérebro, ou aglomeram-se em grupos, chamados de núcleos. O núcleo é a região onde ocorre a sinapse.
A substância branca é constituída por axônios mielinizados. Na medula espinal a substância branca é mais externa e a cinzenta mais interna, enquanto no encéfalo a substância branca é mais interna e a cinzenta mais externa. Nossas informações são integradas na substância cinzenta, pois é onde ocorre as sinapses, já na substância branca ocorre a propagação dos impulsos nervoso de uma região de substância cinzenta para outra.
Cada segmento da medula espinal está associado a um par de nervos espinais. A raiz dorsal de cada nervo espinal conduz a informação sensorial recebida. Os gânglios das raízes dorsais contêm corpos celulares de neurônios sensoriais. As raízes ventrais conduzem informações do sistema nervoso central para os músculos e as glândulas. Os tratos ascendentes na substância branca carregam informações sensoriais para o encéfalo, e os tratos descendentes transportam sinais eferentes do encéfalo. Os tratos propriospinais permanecem dentro da medula espinal. Os reflexos espinais ou medulares, são integrados na medula espinal, ou seja, quando a resposta é gerada na medula. O reflexo encefálico, a resposta é gerada no encéfalo. Se atingir o córtex, há uma percepção consciente.
No SNC, o correspondente a gânglio é chamado de núcleo, e o correspondente a nervos é chamado de trato.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Divide-se em nervos e gânglios. Os gânglios são estruturas onde os neurônios estão fazendo sinapses. Os gânglios são aglomerados de corpos celulares fazendo sinapses com outros neurônios. Com isso, se tem o terminal axonal de um primeiro neurônio, liberando neurotransmissores para o corpo celular de outros neurônios. Já a projeção desses neurônios, ou seja, os axônios formam os nervos, que é a junção de vários axônios de neurônios que estão partindo de um gânglio.
Nervos são estruturas que contém os neurônios sensoriais, que levam informações da periferia do corpo para o SNC, ou motores, que transmitem impulsos do SNC para os músculos ou glândulas. Existem ainda os nervos mistos, formados por axônios de neurônios sensoriais e por neurônios motores. Além disso, se originam tanto da região encefálica (nervos cranianos), quanto na medula espinal (nervos espinais).
Os nervos espinais são todos mistos. Possuem ramificações; a parte sensorial vai para a região posterior e a parte motora sai pela região anterior da medula.
O SNP se divide em duas partes: uma porção sensorial (aferente) e uma porção motora (eferente), responsável por controlar movimentos. A função de uma via sensorial é receber estímulos da periferia. 
Dentro da divisão sensorial existe duas categorias de sensações: as sensações somáticas, que são tato, dor, térmico, propriocepção, visão, olfato, etc.; sensações viscerais, que são estiramento, dor, temperatura, irritação, etc.
Dentro da divisão motora existe duas vias que controlam os movimentos, a via do sistema nervoso somático (inervação do músculo esquelético; sua função é fazer com que nós nos movimentemos) e a via do sistema nervoso autônomo ou visceral (é responsável por controlar nossas vísceras, porque ele inerva o músculo liso – que está localizado nos órgãos, o músculo cardíaco e glândulas). O sistema nervoso autônomo, ainda, se divide em sistema nervoso simpático e parassimpático.
SISTEMA SOMATOSSENSORIAL: TATO, DOR E TÉRMICO
Receptores que fazem parte do sistema Somatossensorial, que estão localizados na superfície do corpo: pele e em regiões mais internas como no músculo esquelético e articulações.
O sistema somatossensorial é a parte do sistema nervoso periférico responsável pela percepção de estímulos que são sentidos no soma (corpo; na nossa superfície corporal). Que são de quatro tipos: sensações táteis, sensações nociceptivas (relacionadas a dor), sensações térmicas e propriocepção (capacidade de perceber nosso corpo no espaço)
A função do sistema sensorial: recepção, transdução, transmissão e processamento inicial das informações originadas no próprio organismo ou ambiente.
Existe duas grandes modalidades sensoriais, classificadas em: interoceptivas, que é a percepção de estímulos internos, como pressão arterial, temperatura corporal, pH sanguíneos, osmolaridade, volume de líquido circulante, etc.; e exteroceptivas, que envolvem os cinco sentidos, que são a visão, audição, olfato, paladar (sentidos especiais) e tato (sensibilidade somática)
VIAS SENSORIAIS NO ENCÉFALO
Há uma série de vias sensoriais, onde a maioria precisa seguir um caminho em direção ao SNC. Formados por um receptor sensorial, por exemplo, a retina, as células olfativas, papilas gustativas, células da cóclea – responsáveis pela nossa adição, e os receptores somáticos, que são receptores táteis, térmicos, nociceptivos e proprioceptivos. Que quando é estimulado, envia uma informação através de um neurônio sensorial ou aferente, que ao receber a informação vai seguir em direção ao sistema nervoso central, para a região do córtex cerebral, que forma uma estrutura chamada de córtex somatossensorial primário.
O córtex somatossensorial primário é região do córtex cerebral responsável por receber os estímulos provenientes dos receptores somáticos.
Ao lado do córtex somatossensorial, há o córtex motor, que é responsável pelo córtex motor. Isto porque, por exemplo, ao espetar o dedo em algo pontiagudo, logo o dedo é retirado, pois gera um estímulo sensorial, que ativa um receptor sensorial da pele (se for um estímulo doloroso, será um receptor de dor), esse estímulo vai seguir por uma via aferente em direção ao córtex sensorial, que recebe a informação, transmite para o córtex motor, que por sua vez, manda a resposta para o dedo. É por isso que estão localizados um do lado do outro.
MODALIDADES E RECEPTORES SENSORIAIS
Os receptores sensoriais são os primeiros componentes de uma via sensorial, responsável por determinar a modalidade sensorial. A modalidade sensorial é um tipo de percepção, ou seja, é tipo de sensação que se tem em resposta a um determinado estímulo. Por exemplo, o tato é uma modalidade sensorial, assim como a pressão arterial, temperatura e etc.
Há um neurônio, e em sua extremidade, há uma estrutura que funciona como receptor, que não faz parte do neurônio, mas está associado a ele Possuímos a capacidade de distinguir cada modalidade sensorial, pois para cada modalidade há um receptor diferente. Cada receptor é capaz de transmitir uma modalidade sensorial diferente, porque cada receptor é ativado por mecanismos diferentes.
Mecanorreceptores: são canais iônicos que são sensíveis a deformação mecânica da membrana do neurônio; receptor para tato, pressão, temperatura e dor.
Propriocepção: percebe angulação das articulações grau da contração da musculatura esquelética.
Olfatório: localizados na cavidade nasal, seus receptores são sensíveis a estímulos químicos.
Gustativo: percebem partículas de sabor, também possuem receptores sensíveis a estímulos químicos.Auditivos: traduzir as ondas sonoras em uma percepção auditiva.
Visuais: os cones e os bastonetes são fotorreceptores, porque eles contem receptores que são sensíveis a luz, a fótons.
Quimiorreceptores: respondem a ligantes.
Exemplo, há receptores na pele que são chamado de corpúsculos de Passini, a estrutura desse receptor é formada por várias camadas de tecido conjuntivo que envolve um terminal nervoso. Esse terminal nervoso contém uma quantidade imensa de mecanorreceptores, que são canais iônicos sensíveis a deformação mecânica da membrana do neurônio. Como corpúsculos de Passini transmitem o impulso para o neurônio? Quando se toca na pele, esses corpúsculos são estimulados, então essas camadas de tecido conjuntivo começam a se deformar, e a medida que eles vão se deformando, eles estimulam esses mecanorreceptores no neurônio sensorial, fazendo com que esse neurônio sensorial conduza o impulso nervoso para o SNC. 
No primeiro momento, essa modalidade sensorial está relacionada com o tipo de receptor. Para além disso, a capacidade que possuímos de discriminar o tipo de estímulo está relacionado com o receptor, mas também com a via ascendente que ele segue em direção ao SNC e a região do córtex somatossensorial que ele ativa. Isso é o que faz com que tenhamos uma discriminação mais elaborada do tipo de estímulo, da sua intensidade e do local onde o estímulo foi aplicado. É o sistema de vias rotulada.
SENSIBILIDADE SOMESTÉSICA
Trata das sensibilidades corporais.
Modalidades somestésicas: tátil, proprioceptiva, térmica e dolorosa.
Tipos de receptores: unimodais (são receptores que reconhecem um único tipo de estímulos; ex.: corpúsculo de Passini) e polimodais (são receptores que reconhecem diversos tipos de estímulos; ex.: terminações nervosas livres).
Estímulo externo: potencial receptor, que é uma despolarização de membrana, por exemplo, supondo que este receptor seja ativado por deformação, canais catiônicos irão se abrir, despolarizando a célula e causando o potencial receptor. Essa despolarização não necessariamente vai ser suficiente para gerar um PA, mas vai ser suficiente para gerar um potencial graduado, que é o potencial receptor. E este vai ser suficiente para levar aquela informação para o córtex somatossensorial. Pode ser um PA, mas vai depender da intensidade do estímulo e do nível do limiar (quanto mais PA, maior a intensidade).
Decodificação: identificação da modalidade sensorial. Se o estímulo é térmico, nociceptivos e etc.
· Estruturas que compõem o receptor: se tem canais que são ativados por deformação; se tem canais ou outro mecanismo que irá reconhecer a presença de substâncias que são liberadas em função de uma lesão celular, etc.
· Estrutura da membrana do receptor
· Velocidade da propagação do impulso: vai depender do tipo de axônio que compõe o neurônio. Se é mielinizado ou não, se é fino ou espesso.
· Região do SNC 
CAMPOS RECEPTIVOS
Características da percepção do estímulo:
· Localização: tamanho do campo receptivo e inibição lateral.
· Intensidade: somação temporal e/ou espacial de PA.
Campo receptivo: cada campo receptivo é a união de vários receptores sensoriais que se comunicam com o mesmo neurônio sensorial, ou seja, é a extensão da área de uma superfície da pele que contém uma quantidade determinada de receptores que formam uma única área de sensibilidade. O campo receptivo é formado por neurônios primários que se ligam a um mesmo neurônio secundário. Quanto mais neurônios primários se ligarem a um mesmo neurônio secundário, maior será o campo receptivo. Consequentemente, menor será a capacidade de discriminação espacial. O estímulo vai ser enviado para um mesmo lugar no córtex somatossensorial. 
Mecanismo de inibição lateral: supomos que espetamos nossa pele com um alfinete, este alfinete estimula um receptor sensorial, que por sua vez, ativa um neurônio sensorial primário (aquele que vai da periferia até a medula espinal). Então esse neurônio sensorial primário, uma vez estimulado, foi gerado um potencial receptor nele. Esse potencial receptor leva a liberação de neurotransmissores. Toda vez que se aplica um estímulo na região do centro, esse estímulo se propaga pela periferia, com isso, tanto receptores do centro quanto receptores da periferia são estimulados. Mas a intensidade dos receptores da periferia é menor. 
Os neurônios primários fazem sinapses com os neurônios secundários, com isso, o neurônio secundário B é estimulado e além dele propagar o estimulo em direção ao neurônio terciário, ele possui projeções axonais laterais que geram um estímulo inibitório sob os neurônios secundários A e C. Ou seja, isso faz com que o estímulo das regiões adjacentes não cheguem ao SNC. Essa inibição faz com que o estímulo seja identificado precisamente na região B.
Qual neurotransmissor pode ser liberado pela projeção que se liga ao C? (Tem que saber se o neurotransmissor é central ou periférico) Glicina.
Qual sinapse do meio, A (primário) ou B (secundário), pode ser glutamatérgica? Ambas podem ser, porque as duas são excitatórias.
Exemplo, se pegarmos dois objetos pontiagudos e os aplicar ao mesmo tempo na região da panturrilha a uma distância de 45mm, ainda se perceberá esses dois estímulos como sendo um. Isso significa que os campos receptivos da panturrilha tem um diâmetro de 45mm.
RECEPTORES SOMÁTICOS
Os receptores sensoriais da pele estão localizados majoritariamente na derme, abaixo da epiderme. No entanto, eles estão distribuídos de uma forma que alguns se encontram superficialmente e outros mais profundamente.
· Mais superficialmente se encontra: corpúsculo de Meissmer e células de Merkel (receptores táteis).
· Mais profundamente se encontra: corpúsculo de Pacini e corpúsculo de Ruffini (receptores táteis)
Cada receptor desse percebe um tipo de estímulo diferente, a depender da forma como o estímulo foi aplicado, mais profundamente ou mais superficialmente. 
Uma vez estimulados, a estimulação desse receptor vai ativar um neurônio sensorial primário, que estão seguindo do local da aplicação em direção a medula espinal. Lá na medula espinal, esse neurônio sensorial primário, vai ativar um neurônio secundário, que por sua vez, vai sair da medula e vai seguir um caminho ascendente, em direção ao SNC. Chegou lá no SNC, esse neurônio secundário vai fazer sinapse com o neurônio sensorial terciário. Esse neurônio terciário vai se projetar em direção a área somatossensorial.
Todo e qualquer estímulo sensorial chega a medula espinal pelo corno dorsal. E todo estímulo motor sai da medula espinal pelo corno ventral ou lateral. Se for um estímulo motor somático, ele sai pelo corno ventral, se for um estímulo motor autônomo, ele sai pelo corno lateral. A raiz nervosa é a região onde ocorre a entrada dos axônios de vários neurônios. Gânglio da raiz dorsal é um gânglio que contém corpos celulares de neurônios sensoriais, que obrigatoriamente chegam a medula espinal pelo corno dorsal.
Cada associação de um neurônio sensorial e motor chama-se de arco reflexo, que pode ser do tipo monosinaptico ou polisináptico. Essa associação pode ser direta (um n. sensorial se associando diretamente com um n. motor) ou pode ter um interneurônio. 
Exemplo de reflexo medular, é o reflexo patelar. O estímulo não precisou chegar até o SNC para acontecer. Exemplo de reflexo encefálico, é o reflexo palpebral. Normalmente reflexos medulares são involuntários. Outro exemplo de reflexo medular, é o levantar do pé quando se pisa em algo pontiagudo. E o que nos faz perceber o estímulo são alguns neurônios que chegam na medula e vão para o SNC, para o córtex somatossensorial, nos fazendo perceber o estímulo doloroso; então são duas vias.
TIPOS DE RECEPTORES SOMÁTICOS
· Terminações nervosas livres: são as terminações dendriticas dos neurônios sensoriais, que percebem estímulos da periferia. Eles estão distribuídos ao longo de toda a epiderme. Elas são polimodais, ou seja, elas reconhecem estímulos de naturezas diferentes, como tátil, nociceptivos (dolorosos) e estímulos térmicos.
· Receptores Especializados:corpúsculo de Meissner, corpúsculo de Passini, corpúsculo de Ruffini, disco de Merkel, bulbo de Krauser, que se associam a estruturas que são arranjos de tecido conjuntivo, que podem ser arranjados de diversas formas; receptores especializados são sensíveis a deformação mecânica.
· As terminações associadas ao folículo piloso são terminações nervosas livres que se enovelam ao redor do folículos pilosos; e são ativados quando o folículo piloso é estimulado.
RECEPTORES DE TATO
Podem ser classificados de acordo com o tempo de adaptação e o campo receptivo:
· Receptores de adaptação rápida: sentem o estímulo, mais rapidamente se adaptam e param de perceber.
· Receptores de adaptação lenta: enquanto o estímulo estiver sendo aplicado, ele vai estar percebendo.
TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS
As fibras nervosas representam um segundo passo da transmissão do impulso do estímulo sensorial. Depois que o receptor é ativado, ele vai ativar um neurônio sensorial. Nossos neurônios sensoriais são classificados em quatro categorias, de acordo com duas característica: a espessura e a presença de mielina.
Os neurônios que transmitem o impulso de forma mais rápida são os neurônios de diâmetro maior, ou seja, mais espessos e mielinizados. Existe uma gradação da velocidade da transmissão do impulso. Os neurônios que transmitem o impulso de forma mais lenta, são os mais finos e amielinizados.
· Neurônios do tipo A: são todos mielinizados.
· Neurônios do tipo C: não possuem bainha de mielina.
Exemplo: pessoas que sofrem de esclerose múltipla seus reflexos, capacidade de pensamento e cognição se torna mais lenta, porque o processo de transmissão do impulso fica mais lento devido a desmielinização.
Cada fibra nervosa conduz um tipo de estímulo diferente, uma modalidade sensorial diferente. E cada um chega em uma região específica da medula espinal, na substância cinzenta da medula. As lâminas de Rexed representam as aferências dessas fibras na medula espinal (numeradas no quadro). Dessa forma, são as regiões onde ocorre as sinapses, e depois esses neurônios sensoriais secundários manda um impulso para o SNC, até o córtex somatossensorial.
DERMÁTOMOS
É a parte da pele que corresponde ao segmento específico na medula espinal. Baseado nessa distribuição dos receptores e na inervação de cada região da superfície corporal e a região da medula espinal onde os neurônios sensoriais chegam. Dermátomos é uma espécie de mapeamento. Cada nervo que sai da coluna é responsável por conferir sensibilidade e força numa determinada área do corpo, e por isso sempre que há uma compressão ou corte de um nervo, uma determinada área do corpo fica comprometida.
VIAS SOMESTÉSICAS ASCENDENTES
As vias ascendentes são as vias de transmissão dos impulsos da periferia para o SNC. As vias descendentes são as vias que transmitem impulsos motores do centro para a periferia. Todas essas vias percorrem a região da substância branca, porque são projeções axonais. Já as sinapses ocorrem na região da substância cinzenta.
As vias de condução do impulso somestésico: O Sistema Lemniscal e o Sistema Anterolateral. 
A Via da coluna dorsal lemnisco-medial é responsável por conduzir impulsos táteis (tato, vibração, discriminação entre dois pontos, propriocepção). 
O Sistema Anterolateral é responsável por transmitir impulsos térmicos e dolorosos.
· SISTEMAS COLUNA DORSAL-LEMNISCO MEDIAL
 O que vai acontecer nesse sistema: se teve um estímulo periférico, por exemplo, o toque. Esse estímulo periférico vai atingir um receptor sensorial, que ativa um n. sensorial primário. Quando esse n. sensorial primário entrar na medula espinal pela raiz dorsal, vai seguir pela substância branca em direção ao tronco encefálico, mais especificamente, ao bulbo.
Essa região por onde esses n. primários ascendem, seguem em direção as regiões mais superiores do SNC, eles estão localizados na região dorsal da medula espinal, e eles formam colunas que se projetam de maneira ascendente.
Quando chegar no bulbo, eles vão atingir uma região que são dois núcleos neuronais. Nessas regiões eles vão fazer sinapse com o n. secundário. Esses núcleos são chamados de núcleos grácil e núcleos cuneiformes. 
O núcleo grácil é a região onde ocorre as sinapses entre os n. secundários e o n. primário proveniente dos membros inferiores. E o núcleo cuneiforme, é onde ocorre as sinapses entre os n. secundários e o n primário proveniente dos membros superiores.
Esse n. secundário ele imediatamente cruza a medula espinal (esse processo é chamado de decussação sensorial, que é o cruzamento da via no bulbo), ele sai desses núcleos dorsais e seguem em direção a região localizada mais anteriormente. E desse ponto, eles ascendem em direção ao tálamo, esse feixe neuronal que segue do bulbo até o tálamo é chamado de lemnisco medial. Lá no tálamo, esse n. secundário vai fazer sinapse com o neurônio terciário, que vai seguir em direção ao córtex somatossensorial.
· SISTEMA TRIGEMINAL
Acontece basicamente o que ocorre no sistema coluna dorsal-lemnisco medial, a diferença é que esse sistema transmite o impulso dos estímulos sensoriais da face.
ÁREAS SOMATOSSENSORIAIS
· SOMATOTOPEIA
Córtex Somatossensorial: Região que recebe neurônios de terceira ordem, responsáveis por captar todos os nossos estímulos sensitivos. Apresenta uma característica conhecida como SOMATOTOPIA.
Que é o mapeamento do corpo no córtex. Quanto maior a sensibilidade de determinada região, maior é a sua representação no córtex.
As regiões proporcionalmente exageradas correspondem a regiões com maior densidade de receptores e maior capacidade discriminativa. As mãos, a face, os lábios e a língua são muito mais sensíveis do que o tronco, nádegas, genitais, braços, pernas e pés.
TERMORECEPTORES
- TIPOS DE RECEPTORES: Terminações nervosas livres
Possuímos receptores que reconhecem temperaturas altas e baixas. Os termoreceptores podem se adaptar quando estimulados de maneira recorrente.
· RECEPTORES DE BAIXO LIMIAR
- Frio (<25⁰C)
- Normalmente associados a fibras do tipo A (delta)
- Abaixo de 10C essas terminações perdem a sensibilidade, tendo um efeito anestésico e causando, assim, um alívio temporário da dor.
- Maior densidade: pele glabra (sem pelos) das mãos e dos lábios.
- Menos densidade: tronco, cavidade bucal e cavidade nasal.
· RECEPTORES DE ALTO LIMIAR
- Calor (40-45⁰C)
- Associados a fibras do tipo C
- Maior densidade: pele glabra das mãos e dos lábios
- Menor densidade: tronco, cavidade nasal e cavidade bucal
- Receptores térmicos viscerais: localizados em duas regiões do nosso organismo (na Medula espinal e no Hipotálamo).
- Esses termoreceptores são imprescindíveis na regulação da nossa temperatura corporal.
SENSAÇÕES DOLOROSAS
· SENSAÇÃO NOCICEPTIVA É DIFERENTE DE DOR
A dor é uma sensação subjetiva, varia de pessoa para pessoas, pois a ativação de nociceptores não necessariamente gera dor.
- RECEPTORES: Possuem um limiar elevado, são amplamente distribuídos e não sofrem adaptação.
- Ausentes no SN e na polpa das vísceras.
- Dor visceral: quando afeta uma grande área. É sentida como dor referida (cólica intestinal).
- Dor neuropática: provocada por algum dano em nervos. É consequência direta de uma lesão ou patologia que afeta o sistema somatossensorial (lesão no nervo esquiático).
- Dor rápida: normalmente em forma de pontada, aguda; é sentida devido a estimulação de nociceptores de fibras Ad.
- Dor lenta: na forma de queimação; é a dor que permanece, latejante. É sentida devido a estimulação de fibras do tipo C.
- Normalmente, a dor é causada por uma lesão de inflamação.
- Nociceptores não se adaptam, pois a dor é um mecanismo de proteção contra a lesão.
SENSIBILIZAÇÃO DOLOROSA 
Hiperalgesia: é o aumento da sensibilidade da região devido à redução do limiar excitatório. Ocorre em uma região já lesada. É um mecanismo de defesa. A sensibilização ocorre pela ação de mediadores como a bradicinina e PGE2, que ajudam a reduzir o limiar, causando hiperalgesia. 
Alodinia tátil e térmica: Capacidade de sentir dor, devido uma maior sensibilidade naturalda região. Normalmente é uma região que não apresenta lesão. Ocorre quando o indivíduo sente a dor devido a um estímulo que, normalmente, não causaria dor. Portanto, é considerado como um distúrbio (ocorre, por exemplo, em pacientes com fibromialgia). 
Dor do membro fantasma: hiperalgesia do corno dorsal (teoria mais aceita). Há um disparo de potencial de ação que segue para o córtex (para a região responsável pela sensibilidade do membro) e cérebro interpreta como se o membro inexistente estivesse causando dor. Uma forma de remover a dor é através do reflexo do espelho. O indivíduo vai para frente do espelho e realiza um estímulo tátil (como uma massagem) no membro que ele ainda possui, como uma forma de “enganar” o cérebro através da ativação do mecanismo de comporta.
DOR REFERIDA 
É a dor visceral que sentimos na superfície do corpo. Existem vários dermátomos no corpo que recebem a mesma inervação da raiz dorsal da medula que alguns órgãos. 
Para ilustrar, no caso da cólica intestinal, os neurônios que estão sendo estimulados pela contração excessiva do intestino se conectam com os neurônios de segunda ordem, que recebem estímulos que chegam na superfície da pele. 
É sentida na pele pois a pele está em contato com o ambiente, então, normalmente, recebemos mais estímulos na superfície da pele do que nas vísceras. Dessa forma, o cérebro vai detectar que o estímulo está vindo da superfície da pele.
MECANISMO DE COMPORTA 
É uma forma de modular a dor através de uma estimulação tátil. Nesse mecanismo, a via tátil inibe a via dolorosa. Ou seja, o estímulo nociceptivo será bloqueado pelo estímulo tátil. 
As fibras Aβ fazem sinapse com interneurônios inibidores e aumenta a atividade inibitória desses interneurônios. Se estímulos simultâneos das fibras Aβ (estímulo tátil) e C (estímulo doloroso) chegam ao neurônio inibidor, haverá uma inibição parcial da via ascendente da dor. Destarte, a dor percebida pelo cérebro é menor. 
 O mecanismo de comporta para o controle da dor explica por que esfregar um cotovelo ou uma canela machucada depois de uma “pancada” diminui a dor: o estímulo tátil de esfregar ativa fibras Aβ e ajuda a diminuir a sensação de dor.

Continue navegando

Outros materiais