Buscar

Paper de Direito das Coisas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1° CHECK DO PAPER
CURSO DE DIREITO – 4° PERÍODO
DISCIPLINA: DIREITOS REAIS
PROF (A): VIVIANE BRITO
TEMA: UMA ANÁLISE SOBRE O DIREITO DE PROPRIEDADE E O DIREITO À MORADIA À LUZ DO PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA POSSE
NOME: 
Brenda Balby Giusti de Sousa 
Danielle Cristina Silva Barbosa 
1 DELIMITAÇÃO DO TEMA 
Concessão de liminar na ação de reintegração de posse e o exercício da função social da propriedade
2 CONTRUÇÃO DO PROBLEMA 
Conjugando os incisos XXII e XXIII do artigo 5º da Constituição federal de 1988, depreende-se que a propriedade é garantida aos seus titulares e que ela deve cumprir uma função social. Em virtude de sua localização no catálogo de direitos fundamentais, o direito à propriedade é considerado fundamental e este atributo deriva, para Sarlet (2015), da própria existência humana, ou seja, é uma prerrogativa atribuída a todos, sem distinção. 
Incontestável é afirmar que a função social desperta muitas discussões. Entretanto, é possível afirmar que ela está distante de qualquer vestígio de individualismo, o que evidencia a forte influência dos movimentos sociais do final do século XIX e início do século XX, que deu ensejo à formação constitucional de nosso Estado como Democrático de Direito. Na visão de Melo (2013), o proprietário poderá exercer todos os direitos inerentes à propriedade – usar, gozar, dispor ou reaver, conforme artigo 1228, caput, Código Civil/2002) –, desde que haja uma confluência com os interesses sociais, pois o uso indevido do espaço acarretaria prejuízos em massa. O autor ressalva, ainda, a necessidade de assegurar por meio da propriedade o equilíbrio ambiental.
 A função social da propriedade é um princípio expresso e disposto no inciso III do artigo 170, constituindo objetivos a serem perseguidos pelo Estado e pela sociedade. Adentrando à esfera civil, o direito de propriedade é entendido como um direito real e, consoante o ensinamento de Menezes (2012), é o único direito real que recai sobre coisa própria. 
Segundo o artigo 560 do Código de Processo Civil de 2015, o possuidor tem direito a ser mantido na posse caso haja turbação e reintegrado quando houver esbulho. Na ação de reintegração de posse, objeto de estudo do presente trabalho, uma das exigências feitas ao autor – que, no caso, é o proprietário ou o possuidor do bem imóvel – é o ônus de provar a sua posse, de acordo com o artigo 561, I, do Código de Processo Civil de 2015. Sabe-se que, para provar a posse, é necessário que o proprietário ou o possuidor, desde que aja como se proprietário fosse, exteriorize a sua posse perante a sociedade. Uma das formas de demonstrar isso é zelando pelo bem, isto é, cumprindo a função social da propriedade. Diante da contextualização exposta, indagamos: em que medida o princípio da função social da propriedade incide sobre a concessão liminar na ação de reintegração de posse?
3 HIPÓTESES 
Sem dúvida, a função social da propriedade, disposta no artigo 5º, XXIII da Constituição de 1988, é princípio imprescindível não somente para o sujeito possuidor, mas para toda a coletividade. Podemos deduzir tal premissa do artigo 1228, §1º, que instrui que o direito de propriedade deve ser exercido de modo a preservar a flora, fauna, belezas naturais, equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitadas a poluição do ar e das águas. Depreende-se, então, que a propriedade ultrapassa a esfera individual e tange o espaço social, devendo o proprietário/possuidor zelar pelo espaço de que detém a posse ou a propriedade. 
Por essa razão, não é difícil comprovar a posse em uma ação de reintegração de posse, sendo um requisito essencial para a propositura de tal ação, quando o proprietário ou possuidor é privado injustamente do exercício da posse por meio de esbulho. O que se observa é que o argumento do réu, ao esbulhar a propriedade, baseia-se no não cumprimento da função social da propriedade pelo proprietário/possuidor do bem imóvel. Abrimos espaço, então, para uma conclusão precipitada à parte, que pode nos auxiliar na concatenação do raciocínio do presente trabalho: a função social da propriedade, embora prevista no rol não taxativo de direitos e garantias fundamentais em nossa Magna Carta, acaba por gerar um dever do titular de tal direito, de modo a exteriorizar o exercício da posse. 
Logo, podemos afirmar de antemão que o exercício da função social da propriedade é fundamental para tornar pública a posse, já que o Código de Processo Civil confirma o ônus do possuidor de provar a sua posse, segundo o disposto no seu art. 561, I. 
4 JUSTIFICATIVA 
Em primeiro plano, é mister salientar a relevância da pesquisa científica em questão para a sociedade. Vive-se em uma esfera coletiva que cada vez mais discute o direito à propriedade, a função social desta e como democratizar esse direito. O homem, quando assinou o contrato social, instituiu uma vida em conjunto, não podendo mais servir apenas aos seus próprios interesses. Desta forma, assumiu o compromisso de inclinar seu olhar para as perspectivas sociais, ambicionando o bem comum. O direito real à propriedade produz efeitos erga omnes, a saber, é oponível a todos. Logo, é necessário que a sociedade tenha o entendimento de que deve zelar pela sua propriedade, protegendo contra possíveis invasores. Além disso, a propriedade é abrigada, também, pela seara constitucional, ao conferir a tal direito o status de fundamental (artigo 5º, caput, CF/88). Seus titulares possuem posição de exigibilidade perante o Estado que, por sua vez, possui um dever comissivo de resguardar tal direito.
No seio acadêmico, compreende-se que o tema instiga discussões sobre a função social da propriedade e os desafios que esta enfrenta em uma sociedade que descentraliza cada vez mais o interesse comum em prol de objetivos pessoais. No presente trabalho, a função social é elemento-chave para a ação de reintegração de posse. Assim sendo, o tema deve ser investigado mais a fundo quando se trata do direito real de propriedade.
Por fim, a importância desta pesquisa repousa na ideia de que o direito real à propriedade, analisada sob a perspectiva de sua função social, envolve debates interessantíssimos e bastante perceptíveis no plano fático. Entendemos que é indispensável discutir o que está em evidência, principalmente considerando que a propriedade também é um direito fundamental e, por isso, cabe a todos. 
5 OBJETIVOS 
5.1 Geral 
Discutir acerca da relação entre a função social da propriedade e sua repercussão na ação de reintegração de posse.
5.2 Específicos 
Compreender, sob ótica crítica, os aspectos hermenêuticos da função social da propriedade e seus efeitos jurídicos na tutela da posse;
Relacionar a exigência de prova de posse pelo Código de Processo Civil com os efeitos práticos do princípio da função social da propriedade;
Destacar os contra-argumentos utilizados pelo autor e pelo réu diante da função social da propriedade no desenvolvimento da lide. 
6 REFERENCIAL TEÓRICO 
Diversas obras serão utilizadas ao longo do trabalho para fundamentação teórica. De início, destacam-se:
· Carlos Roberto Gonçalves. Direito Civil Brasileiro. Direito das coisas. Desta obra, iremos utilizar conceitos doutrinários que irão elucidar o trabalho, principalmente no que concerne às teorias objetiva e subjetiva da posse e a relação entre animus e corpus. 
· Natasha Gomes Moreira Abreu. A função social da propriedade da terra na concessão de liminar em ação de reintegração de posse. Essa dissertação de mestrado inspirou a delimitação do tema. Portanto, será uma das principais balizas do presente trabalho, visto que fornece uma consistente fundamentação teórica no que tange a nova hermenêutica do princípio da função social da propriedade e perda e proteção da posse, que são informações enriquecedoras, além de destacar o Processo n° 296220-60.2014.8.09.0000, que é um caso concreto a ser usado apenas a título de ilustração do trabalho.
· Silvio de Salvo Venosa. Direito Civil: direito das coisas. O autor discorre acerca da posse e seus efeitos jurídicos,bem como aborda o direito real por excelência, qual seja, a propriedade. No presente trabalho, iremos nos basear nos ensinamentos do referido doutrinador acerca da ação de reintegração da posse, propriedade e efeitos da posse, no que diz respeito à confusão entre possuidor e proprietário e a proteção jurídica conferida ao possuidor nos casos de ocorrência de esbulho.
· Marcelo Nogueira Mallen da Silva. O esbulho possessório à frente dos credores hipotecários de terras particulares. Esta monografia apresenta informações úteis e relevantes para o trabalho, como a defesa da posse no caso de esbulho.
 
7 METODOLOGIA 
Esta pesquisa caracteriza-se como exploratória e bibliográfica com relação ao procedimento utilizado para compô-la, pois ela busca investigar o princípio da função social da propriedade, tendo em vista o respaldo constitucional conferido a ele. Para esse fim, foram coletadas informações de artigos científicos e livros. Conforme Marconi e Lakatos (2010), este estudo caracteriza-se como bibliográfico e exploratório, ao desenvolver-se através de pesquisas e fundamentação teórica encontrada em artigos, monografia e livros, para elaborar uma abordagem fundamentada e crítica a respeito do tema abordado. Quanto ao procedimento técnico, a pesquisa bibliográfica objetiva a busca de solução do problema a partir de material já produzido, composto essencialmente de artigos científicos e livros. 
REFERÊNCIAS
ABREU, Natasha Gomes Moreira. A função social da propriedade da terra na concessão de liminar em ação de reintegração de posse. Universidade Federal de Goiás (Dissertação-Mestrado). 106f. Goiânia, 2015. Disponível em <https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4513/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Natasha%20Gomes%20Moreira%20Abreu%20-%202015.pdf> Acesso em 15 mar 2017.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. vol. 5. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
VENOSA, Silvo de Salvo. Direito Civil: direito das coisas. vol. 5. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SILVA, Marcelo Nogueira Mallen da. O esbulho possessório à frente dos credores hipotecários de terras particulares. Instituto Brasiliense de Direito Público – Pós-graduação (Monografia). 58f. Brasília, 2015. Disponível em <http://dspace.idp.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/1963/Monografia_Marcelo%20Nogueira%20Mallen%20da%20Silva.pdf?sequence=1> Acesso em 15 mar 2017.

Continue navegando