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Aspectos políticos e administrativos da formação e consolidação do estado nacional brasileiro

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DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E DA AMAZÔNIA
DOCENTE: Prof. Dr. Paulo Sérgio de Almeida Corrêa
1. EQUIPE DE TRABALHO: Michelle Trajano, Izabela Atar e Warley Lira
2. ATIVIDADE CURRICULAR: Produção de Resenha Crítica
3. BIBLIOGRAFIA
ALVES FILHO, Aluizio. 11 Aspectos políticos e administrativos da formação e consolidação
do Estado nacional brasileiro (1808-1889). Brasil: 200 anos de Estado, 200 anos de
administração pública, p. 277, 2010.
4. SOBRE O AUTOR:
Possui graduação em Ciências Sociais e Licenciatura pela Universidade Federal Fluminense
(1977), graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1971),
mestrado em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro
(1975), doutorado em Estudos Comparados sobre a América Latina e o Caribe pela
Universidade de Brasília/FLACSO (1994) e doutorado em Sociologia pela Universidade de
Brasília (1994). Atualmente é professor do Departamento de Comunicação Social da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e editor da Achegas.net -
Revista de Ciência Política. Recentemente (2008) se aposentou como professor adjunto na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ). Tem experiência na área de Ciência
Política e Sociologia, com ênfase em Comunicação e Política, atuando principalmente nos
seguintes temas: ideologia, pensamento social e político brasileiro, Estado e mídias globais.
5. SOBRE O RESUMO:
O texto resgata os principais acontecimentos históricos, políticos e administrativos
que favoreceram a formação do estado nacional brasileiro. Filho (2010) tem como objetivo
propor uma reflexão sistemática sobre o processo de formação e consolidação do estado
nacional brasileiro e apresenta de forma cronológica o período de colonização do Brasil até a
proclamação da república de 1889. Aliás, é ressaltado na produção o processo de
emancipação do Brasil, na qual apresenta características diferentes das outras colônias
latino-americanas, pois ocorreu de forma não imediata, mas gradualmente a partir de várias
tomadas de decisões, perpassando pela vinda da corte portuguesa para solos brasileiros,
especificamente para a cidade do Rio de janeiro.
No primeiro momento, o Brasil é totalmente submisso ao domínio da metrópole
(Portugal), representado por um pacto colonial de exclusividade comercial entre as nações
onde todo o lucro obtido pelas exportações da colônia era de autoridade portuguesa.
Devido Bonaparte oprimir a corte portuguesa decretando o bloqueio continental,
proibindo qualquer relação comercial com a Inglaterra, D.João então transfere a corte para o
Brasil e no dia 28 de Janeiro de 1808, ele assina a Carta Régia onde decretava a abertura dos
portos, com isso rompe-se o pacto colonial de domínio da metrópole sobre a colônia
brasileira, dessa forma alcançando cada vez mais a independência de fato.
Após a chegada da família real, o país não apresentava condições de infra-estrutura e
precisava tomar decisões que visam adequar aos hábitos da corte, com isto mais uma
importante decisão foi tomada com o Alvará Régia de 1 de Abril, permitindo indústrias no
solo nacional. Os processos foram ocorrendo de forma gradativa após a chegada da corte, e o
Brasil foi se constituindo, e no Decreto 13 de Maio houve a criação da Imprensa Régia onde
vários tipos de documentos foram criados e editados em território nacional.
Outras conquistas de suma importância ocorreram como o Alvará Régia de 12 de
Outubro que constituiu o banco do Brasil, também foram criados a Intendência Geral da
Corte e do estado do Brasil, e a criação do Real Arquivo Militar do Brasil, essas decisões
políticas e administrativas trazem consigo um conjunto de melhoramento realizados que
contribuíram de forma significativa. A elevação do Brasil a Reino Unido e também a
Revolução do Porto contribuíram de forma significante para os primeiros sinais de
rompimento da dominação de Portugal sobre o Brasil.
No segundo momento, com o retorno de D. João VI para Portugal, e deixando no
Brasil D. Pedro como príncipe regente, teve como o inevitável rompimento entre Portugal e
Brasil. Sendo assim, o príncipe regente nas margens do rio Ypiranga, em 7 de setembro de
1822, anuncia a independência do Brasil. A formação e consolidação do estado nacional
brasileiro, influenciado pelo movimento iluminista e pela revolução francesa de 1789,
apresentou diferenças em relação aos demais países devido a construção de um Império e não
de um sistema republicano.
A produção acadêmica tem como método a pesquisa bibliográfica e documental a
partir de produções e estudos científicos de autores como: Vianna (1920, 1925 e 1932),
Furtado (1971), Avellar (1970), Prado Júnior (1972), Carneiro Leão (1957), etc.
O texto se constrói por meio de uma descrição analítico-reflexiva dos principais
momentos vividos na história do Brasil, sobretudo dos aspectos políticos e administrativos
necessários para a formação e consolidação do estado nacional brasileiro exposto na
educação básica de maneira tímida e sem maior abrangência.
O autor aponta como uma das suas conclusões a questão acerca do processo de
formação do estado nacional brasileiro, pois diferentemente das outras nações
latino-americanas o processo de independência não consolidou o país como uma república,
mas sim como Império, tendo como principal líder: Dom Pedro. Outra diferença destacada
por Filho (2010) foi a manutenção de uma unidade territorial, mesmo após a independência,
diferentemente das outras colônias que tiveram como consequência a formação de diversos
países.
O intelectual sinaliza para o processo de emancipação econômica da até então colônia
em relação a Portugal, ocorrendo a princípio por meio da chegada da família real e das cortes
portuguesas ao Rio de Janeiro em 1808. Ademais, esse caráter emancipatório se deu por um
conjunto de atos políticos e administrativos ministrados por D. João VI, sendo essas a
abertura dos portos às nações amigas, a elevação do Brasil a Reino Unido e a decisão dele de
retornar a coroa portuguesa motivada pela efervescência da revolução do Porto, deixando no
cargo o Príncipe Regente, D. Pedro, na qual teve a autoridade política de romper com a
metrópole. Para finalizar, o autor acrescenta a ideia de que o processo de colonização
realizado no Brasil gerou uma situação de dependência da ex colônia em relação a Portugal.
O autor por meio de uma linguagem clara e objetiva aborda de forma sucinta as
principais decisões políticas e administrativas que foram tomadas no Brasil nos períodos
colonial e sobretudo Imperial, detalhando os processos e as causas que levaram a corte
portuguesa a se posicionar, que mais tarde implicaram na independência. Recomendamos a
leitura para os graduandos e também aos estudantes da educação básica, devido a maneira
bem clara que o estudioso se preocupa em expor esses acontecimentos históricos, políticos e
administrativos, na qual propiciaram a caminhada do país até a formação e consolidação do
estado nacional brasileiro.

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