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Alterações fisiológicas do sistema osteoarticular e muscular Osso Nas duas primeiras décadas de vida formação e incremento progressivo da massa óssea após a soldadura das epífises, persiste ainda um predomínio construtivo alcança sua maior massa óssea na quarta década da vida Estabiliza-se a taxa de formação reabsorção aumenta. Passa a ocorrer perda progressiva osteopenia fisiológica A atrofia óssea com o envelhecimento não se faz de modo homogêneo antes dos 50 anos, perde-se sobretudo osso trabecular perda de massa óssea por involução ocorre sobretudo na mulher pós-menopausa tem como mecanismo predominante menor formação óssea, em um contexto no qual sobressai o paratormônio e a vitamina D a vit D é obtida alimentação produção endógena da pele sob exposição solar Dependendo do tempo de exposição solar e do grau de pigmentação da pele mais de 80% dessa vitamina sintetizada a partir do 7-desidrocolesterol da pele Envelhecimento traz consigo menor produção da 1-a-hidroxilase renal responsável pela introdução da segunda hidroxila na 25(OH)D formando o calcitriol reduzida produção endógena do calcitriol depender mais das fontes alimentares menor mobilidade, o uso de vários agasalhos, menor exposição voluntária ao sol, maior tempo em interiores, pele envelhecida, menor produção de vitamina D vai causar falta dessa vitamina Associação direta entre déficits dessa vitamina, condições de fraqueza muscular e depressão na velhice Cartilagem articular tecido que amortece e dissipa forças recebidas, além de reduzir a fricção. Produto de secreção dos condrócitos formada por uma matriz de colágeno tipo II altamente hidratada mais abundante proteína fibrilar presente na CA 85% do conteúdo de colágeno existente. conjuntamente com agregados de proteoglicanos têm rápido ritmo metabólico A composição e a organização estrutural entre colágeno e proteoglicanos possibilita as características resistência elasticidade compressibilidade da cartilagem articular A modificação não enzimática de proteínas tissulares é uma característica marcante do envelhecimento a rede colágena torna-se cada vez mais rígida. O aumento idade relacionado aos produtos de glicação na cartilagem pode ser responsável pelo declínio na capacidade de síntese cartilaginosa. com o aumento da idade ocorre um decréscimo tanto de atividade mitótica quanto do comprimento médio do telômero ao lado de maior atividade de b-galactosidase Esses achados comprovam a ocorrência de senescência na capacidade replicativa dos condrócitos A função reparadora dos condrócitos diminui progressivamente que é demonstrado tambem por uma síntese decrescente de agrecanos e menor capacidade para a formação de agregados moleculares de grande tamanho estresses oxidativos contribuem para a senescência dos condrócitos. o volume da cartilagem dos joelhos é muito maior no homem do que na mulher com o envelhecimento ela se acentua mais ainda sugerindo que essa diferença sexual esteja tanto no desenvolvimento quanto na perda Nos discos intervertebrais degeneração aumenta aumentando a fibronectina e seus fragmentos substâncias que estimulam as células para a produção metaloproteases citocinas inibem a síntese de matriz intercelular. A degeneração discal rupturas estruturais grosseiras e alterações na composição da matriz sobrecargas mecânicas moderadas e repetidas podem ser a causa inicial do processo Por outro lado há cada vez mais evidências de que fatores genéticos desempenham importante papel na patogênese da degeneração discal Articulação diartrodial articulação sinovial Sede dos principais processos reumáticos na velhice A sinóvia não apenas lubrifica a articulação desempenha importante papel na nutrição da cartilagem articular Cncentrações dos sulfatos de condroitina (C6S e C4S), do ácido hialurônico (AH) e da razão C6S:C4S variam com a idade pico entre 20 aos 30 anos decrescem progressivamente Há também nítida diferença sexual mulheres apresentam concentração dos CS significativamente menor daquela constatada nos homens tem basicamente a função de nutrir, proteger e restaurar as articulações Músculo esquelético Com o envelhecimento diminuição lenta e progressiva da massa muscular, tecido substituído por colágeno e gordura. Diminui aproximadamente 40% (dos 30 aos 80 a) 50% (dos 20 aos 90 a) Tal perda tem sido demonstrada 1) pela excreção da creatinina urinária reflete o conteúdo de creatina nos músculos e a massa muscular total 2) pela tomografia computadorizada observa que, após os 30 anos de idade diminui a secção transversal dos músculos maior densidade muscular maior conteúdo gorduroso intramuscular mais pronunciadas na mulher do que no homem 3) histologicamente atrofia muscular às custas de uma perda gradativa e seletiva das fibras esqueléticas sendo o declínio mais acentuado em fibras musculares do tipo II o número de fibras musculares é aproximadamente 20% menor essa perda muscular se denomina sarcopenia A etiologia é multifatorial alterações no metabolismo do músculo, alterações endócrinas e fatores nutricionais, mitocondriais e genéticos. é mais aprofundado nos membros inferiores do que nos superiores Estima-se que, após os 60 anos, prevalência da sarcopenia seja da ordem de 30%, aumentando progressivamente com o envelhecimento A partir dos 75 anos grau de sarcopenia indicador da chance de sobrevivência do indivíduo A força muscular, a área de secção transversal do músculo e a relação entre ambas diminuem com o envelhecimento essas alterações quantitativas só explicam parcialmente a perda de força pois algumas alterações fenotípicas presentes no músculo senescente estão relacionadas a uma transcrição gênica alterada musculatura esquelética do velho produz menos força desenvolve suas funções mecânicas com mais “lentidão” excitabilidade do músculo e da junção mioneural diminuída um aumento da fatigabilidade há uma contração duradoura um relaxamento lento A diminuição da força muscular na cintura pélvica e nos extensores dos quadris maior dificuldade para a impulsão e o levantar-se a diminuição da força da mão e do tríceps torna mais difícil o eventual uso de bengalas. a reduzida demanda muscular e a perda de função associada podem ser minimizadas e até revertidas com o condicionamento físico a deterioração de funções mitocondriais na gênese de alterações fenotípicas acarreta O estresse oxidativo reduzindo e a permeabilidade da membrana mitocondrial a partir da 4 a década de vida aumento no número de fibras deficientes em citocromo-oxidase responsaveis pela liberação do citocromo C pela iniciação da apoptose Nervo Com o envelhecimento diminui a velocidade de condução nervosa. aumento do balanço postural aumento do tempo de reação diminuição dos reflexos ortostáticos perda do olhar fixo para cima da sensibilidade vibratória dos pés ocasional prejuízo dos movimentos dos tornozelos O centro de gravidade das pessoas idosas muda para trás do quadril. Aumenta o número de fibras nervosas periféricas com alterações morfológicas comapresentam alterações morfológicas
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