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Portfolio 1-parte 1-TEORIAS DO CURRICULO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
Luzineide Carvalho
Portfólio- I
Trabalho Acadêmico
Santarém
2021
Luzineide Carvalho
Portfólio- I
Potfólio apresentado ao curso de Pedagogia,
como parte dos requisitos necessários à ob-
tenção de nota.
Professor(a): Juliana Brassaltti Gonçalves
Disciplina: Currículo e Avaliação da Educa-
ção
Turma: DGPED2101STRA2I
Santarém
2021
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Teorias do Currículo
Por volta de 1920 apareceram os primeiros estudos a respeito do currículo com
mais intensidade nos Estados Unidos da América, essa preocupação partia principalmente
das pessoas que trabalhavam na administração da Educação isso aconteceu devido ao
processo de escolarização e com a intensa industrialização na época. Sendo assim, o
currículo e seus aspectos para obtenção de um resultado passou a ser visto e aceito por
parte das escolas, professores, estudantes e administradores escolares, pois o currículo
passou a ser visto como um campo de estudo e pesquisa.
Devido o currículo passar por uma construção histórica e cultural ao longo do tempo
e por sofrer transformações em suas definições. Porém é de suma importância que o
professor conheça os temas relacionados ao currículo e as áreas de atuação bem como
o sentido expresso por sua orientação curricular o currículo no decorrer dos anos vem
se modificando bem como as suas correntes pedagógicas e as suas abordagens bem e
funções
Partindo desta premissa, surgiram teorias para questionar o currículo, assim como
para tentar explica-lo. Dessa forma podemos destacar três teorias curriculares a teoria
tradicional, crítica e a pós-críticas do currículo. A teoria tradicional tida como neutra, tem
como principal foco identificar os objetivos da educação escolarizada formar o trabalhador
especializado ou ainda proporcionar uma educação geral acadêmica a população. Uma de
suas características é da Educação de massa para garantir que sua ideologia seja garantida.
Ideologia esta política, econômica e cultural.
No que se referem ainda as teorias tradicionais do currículo chamadas também de
teorias técnicas que foram destacadas por John Franklin que afirmava que as disciplinas
curriculares eram uma questão puramente mecânica.
Bobbit 1918 em seu livro The curriculum ressaltava ainda a respeito das teorias tradi-
cionais do currículo que a escolarização era em massa, pois na escola eram desenvolvidos
conhecimentos voltados para a administração e a racionalidade técnica, ou seja, tudo q era
realizado neste contexto nas indústrias também era apreendido na escola. De forma que o
cientificismo e a padronização nos processos pedagógicos eram iguais para todos, voltados
sem dúvida para o controle das pessoas em suas classes sociais.
Ressaltava ainda que, o sistema educacional estaria ligado ao sistema industrial
da época no qual vivia os paradigmas da administração científica, também conhecida
como Taylorismo. Taylorismo aplicado à escola É uma proposta do Diário de administração
científica que tem esse nome em homenagem ao sobrenome do autor que foi considerado o
pai da Administração Científica e um dos primeiros sistematizadores da disciplina científica
da administração de empresas.
O Taylorismo buscava a padronização e a imposição de regras, assim o currículo era
visto como uma receita pronta do que deveria ser ensinado aos estudantes, pois o ensino
era centrado na figura do professor que era o detentor dos conhecimentos e que os alunos
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eram mero espectadores e receptores de conteúdos.
Outra teoria é a crítica disseminada pelos autores da escola de Frankfurt (Max
Horkheimer e Theodor Adorno) outros colaboradores desta teoria foram Pierre Bourdieu e
Louis Althusser autores da Nova Sociologia da Educação. Estes autores compreenderam
que a escola e a educação estavam sendo usadas como um instrumento de reprodução
dominante e não em favor da missão das desigualdades sociais.
O currículo estaria atrelado aos interesses e conceito das classes dominantes e
não dos grupos sociais subordinados. De acordo com a teoria crítica deve-se dar ênfase a
subjetividade das experiências pedagógicas entre professor e o aluno.
As teorias pós-críticas destaca a diversidade cultural do mundo contemporâneo, vem
ressaltando que nenhuma cultura pode ser superior que a outra. Com relação ao currículo o
multiculturalismo aparece como um movimento contra o currículo Universitário tradicional
que privilegiava principalmente a cultura branca, masculina, europeia e heterossexual.
Cultura esta predominante do grupo social dominante.
Surgindo a partir de então duas perspectivas a Liberal ou humanista que defendia as
ideias de tolerância a, respeito e convivência harmoniosa entre todas as culturas e a outra
visão denominada crítica pontuava as relações de que sempre a classe dominante estaria
manipulando as demais culturas.
E que as relações de dominação acontecem não somente economicamente, mas
também nas desigualdades de gênero, sexo, cor e elementos próprios da diferença entre as
pessoas. Pois o currículo sempre valorizava a superioridade masculina e a cor branca.
Porém, na visão pós-estruturalista ressalta que os significados são o que são porque
foram socialmente assim definidos e que geralmente são caracterizados por sua indeter-
minação, por sua conexão com o poder. De forma que, a visão estruturalista a noção de
“verdade” é questionada, nem tudo que é verdade é verdade de fato.
Na perspectiva pós-estruturalista coloca em dúvida as atuais e rígidas separações
curriculares, já na teoria pós-colonial objetiva estudar as relações de poder entre as nações
que compõem a herança econômica, política e cultural de seus países colonizadores,
questiona ainda, as relações de poder e as formas de conhecimento pelas quais a posição
europeia se mantém privilegiada ainda até hoje.
De acordo com o mencionado acima existe uma oposição ou transição entre a mo-
dernidade iniciada com a renascença e consolidada com o Iluminismo e a Pós-Modernidade
iniciada em algum momento da metade do século XX. Essa oposição de valores que
ocorrem entre a modernidade e os valores da Pós-Modernidade.
Friso ainda que, a Pós Modernidade vai questionar os princípios, os pressupostos
do pensamento social e político estabelecidos e desenvolvidos a partir do Iluminismo.
Assim a ideia de perspectiva liberal é vista com outra visão e colocada em discussão,
pois a sociedade idealizada no iluminismo não se estabeleceu porque não foi possível se
estabelecer a sociedade perfeita e tão sonhada e que persiste até hoje, ainda vemos é uma
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sociedade totalitária e burocraticamente organizada, essa é a critica que os pós-modernos
fazem ao período do Modernismo, pois nem todo progresso é de fato progresso. Questiona-
se que progresso e esse que faz com que os recursos da terra sejam explorados na sua
totalidade ameaçando até a vida na terra e que não leva em consideração o indivíduo na
sua diversidade.
Portanto as implicações curriculares influenciam nas atuais noções que temos de
educação, de pedagogia e de currículo, pois tem suas bases na modernidade e nas ideias
modernas e essas ideias têm um impacto muito grande atualmente em nossas instituições
de ensino.
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REFERENCIAS
HORNBURG, N.; SILVA, R. Teorias Sobre Currículo Uma análise para compreensão
e mudança. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG. 3 n. 10 - jan.-jun./2007.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Das teorias tradicionais às teorias críticas. In: Documentos
de identidade; uma introdução às teorias do currículo. ed.; 8. reimp. – Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2016.
SILVA, Tomaz Tadeu da Silva. Documentos de identidade: Uma introdução às teorias
do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003
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