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Comunicação de Dados no Brasil_A

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Comunicação de Dados no Brasil 
Autor: Huber Bernal Filho 
Comunicação de Dados: O que é 
Conceito 
O termo Comunicação de Dados é utilizado para caracterizar sistemas de 
telecomunicações em que a informação na origem e no destino se encontra na forma digital. 
Essas informações podem ser dos seguintes tipos: voz (incluindo telefonia IP), áudio, 
imagens, vídeo ou dados propriamente ditos. Geralmente são processadas por sistemas 
computacionais ou sistemas que possuem as funcionalidades para converter os sinais 
analógicos para o formato digital, a fim de serem transferidas entre localidades diversas 
para atender às necessidades de cada usuário. 
Essa transferência de informações pode ser feita através de meios próprios, no qual o 
usuário detém a propriedade do sistema, ou por provedores de serviços, que fornecem os 
meios para interligar as diversas localidades e cobram pelo serviço fornecido. 
Tecnologias 
Para viabilizar a transferência de dados no formato digital através de sistemas analógicos 
(públicos ou particulares), foram desenvolvidos os MODEMS, cuja função era converter os 
bits 0 e 1 dos formatos digitais em frequência compatíveis com os sinais analógicos (entre 
0 e 7 kHz aproximadamente) para então transferir a informação através das redes 
existentes. 
Essa tecnologia permitia baixas taxas de transferência de informação a princípio, mas o 
seu desenvolvimento continuou até hoje, e ainda se usam modems para o acesso discado 
a internet ou para o acesso a redes privadas através dos sistemas públicos. 
Os sistemas legados usavam protocolos de comunicação do tipo X.25, entre outros, usando 
baixas taxas de transmissão e interface proprietárias que dependiam muito dos 
equipamentos dos usuários. 
Atualmente os provedores de serviços de telecomunicações dispõem de redes de dados 
muito mais confiáveis, com capacidade para transportar as informações digitais no seu 
formato original a taxas cada vez maiores e compatíveis com as necessidades de cada 
usuário. 
As tecnologias utilizadas são compatíveis com os protocolos Frame Relay, ATM e IP, 
embora outras tecnologias sejam também atendidas (interfaces FICON, ESCON, Fiber 
Channel, Gigabit Ethernet, Fast Ethernet, entre outras). 
Serviços 
Os serviços de comunicação de dados são geralmente segmentados para os mercados de: 
provedores, corporações, pequenas e médias empresas e residencial. 
Nesses mercados os serviços típicos oferecidos são: de interligação de 2 ou mais pontos 
do usuário (dependendo do seu porte e do tamanho de sua rede corporativa) para formar 
as VPN’s (Virtual Private Network), e de acesso a Internet. São ainda fornecidos projetos 
especiais de serviços para aplicações específicas de instituições de grande porte. 
Regulamentação 
No Brasil os provedores de serviço de comunicação de dados têm iniciado as suas 
operações a partir de autorizações expedidas pela Anatel para classes específicas de 
serviços, em âmbito nacional e internacional. 
Mesmos as empresas que possuem concessão para a exploração de serviços públicos 
necessitam das referidas autorizações, e não existe nenhuma limitação quando ao número 
de prestadores por região ou no país como um todo. 
Redes 
A arquitetura típica das redes de comunicação de dados pode ser caracterizada pelas 
camadas apresentadas a seguir. 
 
Rede Física 
A rede física é composta pelos meios utilizados para transferir a informação, e pode ser dos 
seguintes tipos: 
• Cobre (cabos de pares trançados de cobre), normalmente utilizados no acesso até 
o usuário final. 
• Óptica (cabos de óptica), usados tanto no acesso como nas redes metropolitanas 
ou de longa distância. Sobre os cabos ópticos podem ainda ser instalados os 
sistemas DWDM que, com sua capacidade de multiplexar vários comprimentos de 
onda (várias cores), multiplicam a capacidade de cada fibra. Essa solução vem 
sendo adotada com muita frequência pelas operadoras no Brasil. 
• Wireless (rádios e satélites), usados tanto no acesso como nas redes metropolitana 
e de longa distância, geralmente em locais onde há menor disponibilidade de outro 
tipo de infraestrutura. 
• Sistemas Ópticos de Visada Direta, que utilizam feixes de luz infravermelha para 
transmissão de informação entre pontos próximos, geralmente em locais onde há 
dificuldade de implantação de outro tipo de infraestrutura. 
Rede de Transmissão 
A rede de transmissão utiliza os meios da rede física para implementar uma 
infraestrutura de transferência de informações segura e redundante entre os diversos 
pontos de presença do provedor de serviços. 
Geralmente são redes do tipo TDM (Time Division Multiplex) que utilizam o padrão SDH 
(Synchronous Digital Hierarchy) e fornecem circuitos com capacidades que variam de 
2 Mbit/s (E1) a 10 Gbit/s (STM64). 
Existem ainda algumas redes legadas, que utilizam o padrão PDH (Plesiochronous 
Digital Hierarchy) e que fornecem circuitos que variam de 64 kbit/s (E0) a 140 Mbit/s 
(E4). Essas redes têm sido mantidas principalmente em locais onde ainda persiste o 
uso de sistemas legados, geralmente longe das grandes cidades. 
Rede de Dados 
As redes de dados utilizam a infraestrutura fornecida pelos circuitos das redes de 
transmissão para interligar seus equipamentos de forma a compor a topologia 
planejada. 
 
Esta topologia é normalmente composta por: 
• Um núcleo central (core), onde se encontram os equipamentos de maior porte que 
promovem o roteamento e/ou chaveamento das informações. Esses equipamentos 
normalmente são redundantes e estão interligados entre si através de rotas 
redundantes para garantir a segurança da rede e a qualidade de serviço ao usuário 
final; 
• Camada de distribuição, onde se encontram equipamentos de médio porte que 
promovem a concentração das informações para envio ao core, ou a distribuição 
das informações do core para a camada de acesso. Esses equipamentos podem 
ser redundantes e podem ser interligados ao core e aos equipamentos de acesso 
através de rotas redundantes para garantir a segurança da rede e a qualidade de 
serviço ao usuário final; 
• Camada de acesso, onde se encontram os equipamentos de menor porte, situados 
na periferia da rede para fornecer as interfaces e o acesso até os vários usuários. 
Esses equipamentos também podem ser redundantes e, dependendo da 
infraestrutura disponível, podem ser interligados através de rotas redundantes aos 
equipamentos de distribuição e ao usuário final para garantir a segurança da rede e 
a qualidade de serviço ao usuário final. 
Graças ao desenvolvimento dos equipamentos de dados e das redes físicas de fibra 
óptica, atualmente já é comum o uso de redes de dados construídas diretamente sobre 
a rede física, especialmente as redes IP, dispensando o uso dos equipamentos de 
transmissão e mantendo a mesma segurança e qualidade de serviço (Obs.: Na 
realidade algumas características para manter a QoS estão sendo transferidas para a 
rede óptica). 
As redes de dados mais comuns normalmente usam as seguintes tecnologias: Frame 
Relay, ATM e IP, sendo esta última a de maior uso atualmente. Algumas redes legadas 
ainda utilizam tecnologias proprietárias e protocolos como o X.25, mas tendem a ser 
desativadas, conforme os usuários finais façam a substituição desses sistemas por 
tecnologias mais modernas. 
Redes Dedicadas 
Existem ainda outros serviços de dados fornecidos como serviços especiais, para 
aplicações específicas. São serviços que disponibilizam interfaces para interligação de 
computadores de grande porte, para bancos e instituições financeiras, e para 
interligação de estúdios e produtoras de vídeos, para estações de TV, entre outros. 
Os provedores desses serviços implementam redes ou partes de redes especialmente 
para o usuário final, utilizando equipamentos que se interligam à rede de transmissão 
ou diretamente à rede física (principalmente às redes ópticas) com as interfaces 
especificadas pelo usuário final. 
Tecnologias 
Frame Relay (FR) 
Frame relay é um protocolo destinadoa transmissão eficiente de dados para tráfego 
intermitente ou de rajada. Foi desenvolvido a partir do protocolo X.25, simplificando ou 
eliminando muitas das funções de controle da camada de rede de modo a melhorar o 
desempenho do sistema em termos de quantidade de informação transmitida. 
Os dados a serem transmitidos são divididos em pacotes (frames), e a esses pacotes 
são adicionados 2 bytes contendo informações de endereço (DLCI – Data Link 
Connection Identifier) e controle que a rede usa para determinar o destino da 
informação. Os pacotes viajam através dos vários equipamentos (switches) que 
compõem a rede até chegarem ao destino final. 
O frame relay utiliza formas simples de chaveamento de pacotes, o que o torna 
extremamente eficaz, e não realiza nenhuma função de correção de erro (retransmissão 
de dados), deixando para as estações finais a responsabilidade de reenvio dos dados 
no caso de perda dos pacotes. 
Esta facilidade tornou-se possível devido ao aumento da confiabilidade das redes, 
notadamente aquelas baseadas em fibra óptica. 
A comunicação fim a fim entre duas portas da rede é feita de duas formas: 
• Através de PVC’s (Permanent Virtual Circuit), que são circuitos virtuais 
permanentes com origem e destino pré-definidos configurados na rede quando 
da ativação do serviço. Embora o caminho dos pacotes na rede possa variar ao 
longo do tempo, os pontos de origem e destino são sempre fixos; 
• Através de SVC’s (Switched Virtual Circuit), que são circuitos virtuais 
temporários alocados sob demanda conforme a necessidade de cada usuário. 
Nestes circuitos tanto a origem como o destino são variáveis, de acordo com a 
necessidade do usuário e com o momento em que o circuito é ativado. 
Para cada porta da rede frame relay define-se: a taxa de bits e o CIR (Committed 
Information Rate). A taxa de bits especifica a capacidade máxima da porta, e o CIR 
especifica a taxa de bits máxima garantida pela rede para aquela porta. Caso a taxa de bits 
transferida seja maior que o CIR, a rede não garante o envio da informação. 
Asynchronous Transfer Mode (ATM) 
ATM é um conjunto de protocolos de transmissão de dados por comutação de pacotes em 
que são utilizadas células de tamanho fixo de 53 bytes. Não há camada de rede e muitas 
das funções básicas foram simplificadas ou eliminadas de modo a se melhorar o 
desempenho do sistema em termos de quantidade de informação transmitida. 
O cabeçalho do pacote ATM tem 5 bytes, sendo os 48 bytes restantes destinados à 
informação útil. Nesse cabeçalho estão contidas as informações de identificação de canal 
(VCI) e rota (VPI) virtuais, o tipo do dado (PT) e a prioridade de descarte do pacote (CLP). 
O preenchimento dos 48 bytes de informação útil é função da camada AAL (ATM Adaptation 
Layer), responsável também pela flexibilidade do protocolo em transportar vários tipos de 
serviços no mesmo formato de pacote. 
O AAL é um processo executado pelos equipamentos de terminação das redes ATM, 
cabendo aos demais equipamentos apenas a tarefa de rotear os pacotes de acordo com a 
informação contida no seu cabeçalho. 
Foram definidas quatro classes de serviço para o tráfego no ATM: CBR, VBR, ABR e UBR. 
CBR 
Constant Bit Rate 
Aplicado a conexões que necessitam de banda fixa (estática) 
devido aos requisitos de tempo bastante apertados entre a 
origem e o destino. Aplicações típicas deste serviço são: áudio 
interativo (telefonia), distribuição de áudio e vídeo (televisão, 
pay-per-view, etc), e áudio e vídeo on demand. 
VBR 
Variable Bit Rate 
Aplicado a conexões que transportam tráfego em rajadas que 
necessitam de garantia de banda, embora a taxa de bits possa 
variar. Aplicações típicas deste serviço são as interligações 
entre redes e a emulação de LAN’s. 
ABR 
Available Bit Rate 
Aplicado a conexões que transportam tráfego em rajadas que 
podem prescindir da garantia de banda, variando a taxa de bits 
de acordo com a disponibilidade da rede ATM. Aplicações 
típicas deste serviço também são as interligações entre redes 
e a emulação de LAN’s onde os equipamentos de interfaces 
têm funcionalidades ATM. 
UBR 
Unspecified Bit 
Rate 
Aplicado a conexões que transportam tráfego que não tem 
requisitos de tempo real e cujos requisitos e atraso ou variação 
do atraso são mais flexíveis. Aplicações típicas deste serviço 
também são as interligações entre redes e a emulação de 
LAN’s que executam a transferência de arquivos e emails. 
 
Internet Protocol (IP) 
IP é o protocolo utilizado na Internet para fornecer os endereços e funções de roteamento 
de pacotes quando seguem uma rota do sistema de origem para o sistema destino. 
É um protocolo de interligação de redes executado em computadores e roteadores para 
interconectar redes comutadas a pacotes. É também o protocolo padrão da Internet. 
O tutorial O que é IP?, citado nas referências, fornece maiores detalhes do protocolo IP. 
Legados 
Entre os protocolos dos sistemas legados, o X.25 teve grande utilização no mercado. O 
protocolo foi padronizado pela UIT, e especifica a interface entre um sistema computacional 
e uma rede de comunicação por pacotes. 
No Brasil foi implementada também a RENPAC, Rede Nacional de Pacotes, que teve 
grande utilização como sistema de comunicação de dados. A RENPAC é uma plataforma 
multiprotocolar (X.25, X.28, SDLC, PPP) que utiliza internamente um protocolo proprietário 
baseado em células. Muitos de seus usuários estão migrando para a internet, devido a sua 
grande popularização e desenvolvimento. 
Outros protocolos proprietários e padronizados encontram-se ainda em aplicação em redes 
legadas. 
Interfaces 
As interfaces típicas utilizadas nos serviços de comunicação de dados são: elétricas e 
ópticas. 
As interfaces elétricas mais utilizadas são as seguintes: 
• G.703, com cabos e conectores coaxiais; 
• V.35, com cabos multivias e conectores M34 e DB25; 
• LAN, com cabos de pares trançados de cobre e conectores RJ-45. 
A interface óptica mais utilizada e a G.957, para cordões ópticos do tipo monomodo, com 
conectores tipo FC ou SC, entre outros. 
Outras interfaces podem ser encontradas, em projetos especiais ou sistemas legados, com 
padronizações proprietárias e de utilização mais restrita. 
Serviços 
Serviços para Provedores 
Nem todos os provedores de serviços de comunicação de dados possuem redes 
completamente próprias. Eles alugam meios de outros provedores de infraestrutura de rede 
para compor ou estender as suas redes. Os serviços disponíveis para esses provedores 
são descritos a seguir. 
Circuitos 
Dedicados 
São circuitos de redes TDM, de capacidade que pode variar de E1 a 
STM16, usados para interligar os equipamentos das redes de dados 
dos diversos pontos de presença dos provedores. As interfaces 
típicas são: elétrica, no padrão G.703 – E1 a STM1, e óptica, no 
padrão G.957 – STM1 a STM16. 
Acessos 
Dedicados 
São circuitos de redes TDM, de capacidade que pode variar de 64 
kbit/s a STM1, usados para interligar as portas das redes de dados 
dos pontos de presença dos provedores aos equipamentos de seus 
clientes. As interfaces típicas são: elétrica, nos padrões V.35 – 64 
kbit/s a E1 e G.703 – E1 a STM1, e óptica, no padrão G.957 – STM1. 
Atualmente são disponibilizadas também as interfaces LAN, nos 
padrões Fast Ethernet (100 Mbit/s) e Gigabit Ethernet (1 Gbit/s). 
Acesso a 
Internet 
São circuitos de redes IP, de capacidade que pode variar de E1 a 
STM1, usados para interligar os equipamentos das redes IP dos 
pontos de presença dos provedores aos backbones nacional e 
internacional da Internet. As interfaces típicas são: elétrica, no padrão 
G.703 – E1 a STM1, e óptica, no padrão G.957 – STM1. Também 
neste caso, atualmente são disponibilizadas as interfaces LAN, nos 
padrões Fast Ethernet (100 Mbit/s) e Gigabit Ethernet (1 Gbit/s). 
 
 
 
Serviços Corporativos 
As corporações são os grandes usuários de serviços de comunicação de dados no Brasil e 
no mundo. Os serviços oferecidos permitema implementação de VPN’s (Virtual Private 
Network), para interligar a rede corporativa entre os diversos pontos do usuário, e o acesso 
dedicado ou discado a Internet. Os serviços disponíveis são descritos a seguir. 
Circuitos 
Dedicados 
São circuitos de redes TDM, de capacidade que pode variar de 64 
kbit/s a STM1. As interfaces típicas são: elétrica, nos padrões V.35 – 
64 kbit/s a E1 e G.703 – E1 a STM1, e óptica, no padrão G.957 – 
STM1. Podem interligar quaisquer equipamentos de dados ou voz, de 
forma permanente. 
VPN 
Os serviços VPN fornecidos podem ser de três tipos: 
• Circuitos virtuais, que são implementadas através de circuitos 
das redes Frame Relay ou ATM, oferecendo segurança e 
qualidade de serviço elevadas. 
• Internet, que são implementadas através de acessos 
dedicados ou discados à Internet. Os provedores de serviços 
podem fornecer as funcionalidades de segurança e 
autenticação, porém a qualidade de serviço será a da Internet. 
• IP, que são implementadas através de circuitos da rede IP, 
oferecendo também segurança e qualidade de serviço 
elevadas, com várias classes de tráfego. 
Os circuitos utilizados são de capacidade que pode variar de 64 kbit/s 
a STM1. A interface típica é a elétrica (padrões V.35 – 64 kbit/s a E1, 
e G.703 – E1 a STM1). Podem ser oferecidas também interfaces LAN 
(10/100/1000 Mbit/s), no padrão Ethernet – RJ-45. 
 
Os provedores de serviços podem oferecer também o gerenciamento 
dos equipamentos de interface (roteadores) do usuário. 
Acesso a 
Internet 
Os serviços de acesso a Internet podem ser de dois tipos: 
• Dedicados, implementadas através de circuitos dedicados da 
rede IP do provedor de serviços, com capacidade que pode 
variar de 256 kbit/s a 12 Mbit/s. As interfaces típicas são: 
elétrica, nos padrões V.35 – 256 kbit/s a 2 Mbit/s, G.703 – 2 
Mbit/s e LAN – 10/100 Mbit/s; 
• Discados, implementados através de acesso discado à rede 
IP do provedor de serviços. A velocidade típica dos acessos 
discados é 56 kbit/s. 
 
Serviços para Pequenas e Médias Empresas/Residências 
As pequenas e médias empresas têm um perfil diferente das grandes corporações. Embora 
necessitem também de serviços de comunicação de dados, a falta de conhecimento 
tecnológico e o custo são fatores que limitam os tipos de serviços oferecidos no mercado. 
Já os usuários residenciais demandam basicamente por serviços de acesso a Internet. Os 
serviços disponíveis para este segmento descritos a seguir. 
Circuitos 
Dedicados 
São circuitos de redes TDM, de capacidade que pode variar de 64 
kbit/s a 2 Mbit/s. A interface típica é a elétrica, no padrão V.35. Podem 
interligar quaisquer equipamentos de dados ou voz, de forma 
permanente. Alguns provedores oferecem também interfaces LAN 
(10/100 Mbit/s), no padrão Ethernet – RJ-45. 
Acesso a 
Internet 
Os serviços de acesso a Internet podem ser de dois tipos: 
• Dedicados, implementadas através de circuitos dedicados da 
rede IP do provedor de serviços, com capacidade que pode 
variar de 128 kbit/s a 10 Mbit/s. A tecnologia típica para estes 
serviços é o ADSL, e sua versões mais novas ADSL2/2+ (via 
par trançado de cobre), embora existam provedores 
oferecendo estes serviços via cable modens (TVs por 
assinatura), con capacidade que pode variar de 512 kbit/s até 
12 Mbit/s, ou acessos rádio (rádios Spread Spectrum, 
aplicados também para Wifi e Wimax). A interface típica para 
o usuário é LAN (10/100 Mbit/s), no padrão Ethernet – RJ-45; 
• Discados, implementados através de acesso discado à rede 
IP do provedor de serviços. A velocidade típica dos acessos 
discados é 56 kbit/s. 
 
Serviços Especiais 
Devido à demanda do mercado por projetos especiais, embora em número reduzido, os 
provedores têm desenvolvido alguns serviços, conforme descrito a seguir. 
Interligação de Computadores de Grande Porte 
Estes projetos têm sido desenvolvidos para bancos e instituições financeiras, e têm a 
finalidade de interligar pontos do usuário para implantação de redundância de sistemas. 
Normalmente são redes dedicadas com interfaces especiais (ESCON, FICON, Fiber 
Channel, Gigabit Ethernet, entre outras), onde os investimentos são significativos e o custo 
do serviço é elevado, porém o usuário delega ao provedor uma responsabilidade que está 
fora do foco do seu negócio. 
 
Redes para Integração de Vídeo 
Estes projetos têm sido desenvolvidos para emissoras de TV, e têm a finalidade de interligar 
pontos do usuário ou de seus parceiros para o fornecimento de informações no formato de 
vídeo para edição, contribuição ou apresentação. 
A informação de vídeo normalmente é inteiramente digital com taxas de bits elevadas. 
Também são redes dedicadas com interfaces especiais, onde os investimentos são 
significativos e o custo do serviço é elevado, e o usuário também delega ao provedor uma 
responsabilidade que está fora do foco do seu negócio. 
Serviços Legados 
Ainda são oferecidos no Brasil serviços legados de comunicação de dados, com protocolos 
X.25, entre outros, e taxas de bits de até 9600 bit/s. 
Regulamentação. 
Após o início da privatização do setor de Telecomunicações no Brasil, consolidado através 
da edição da Lei n.º 9.472/97 - Lei Geral de Telecomunicações (“LGT”), os Serviços de 
Comunicação de Dados foram classificados como submodalidade do Serviço Limitado 
Especializado – SLE (Redes e Circuitos), e várias autorizações foram emitidas pela Anatel 
para diversos provedores qualificados, e até para aqueles que já possuíam concessões 
para explorar os serviços públicos. 
Mais recentemente foi aprovado o Regulamento para o Serviço de Comunicação Multimídia 
- SCM, que prevê a ampliação e modernização dos serviços de comunicação de dados, e 
substitui o SLE para Redes e Circuitos. A Anatel não emite mais outorgas para essas 
modalidades de SLE. 
As duas classes de serviços são descritas a seguir. 
Serviço de Comunicação Multimídia 
O Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia foi aprovado pela Resolução nº 
272, de 9 de agosto de 2001. O Serviço de Comunicação Multimídia – SCM é um serviço 
fixo de telecomunicações de interesse coletivo, prestado em âmbito nacional e 
internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, 
emissão e recepção de informações multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes 
dentro de uma área de prestação de serviço. 
Serviço Limitado Especializado 
O Regulamento do Serviço Limitado foi aprovado pelo Decreto nº 2.197, de 8 de abril de 
1997. Segundo esse regulamento, o serviço limitado especializado compreende os serviços 
telefônico, telegráfico, de transmissão de dados ou qualquer outra forma de 
telecomunicações, destinados à prestação a terceiros, desde que sejam estes uma mesma 
pessoa ou grupo de pessoas naturais ou jurídicas, caracterizados pela realização de 
atividade específica. 
Considerações Finais 
Os serviços de comunicação de dados têm evoluído a passos largos. Novos tipos de 
serviços já são oferecidos nos EUA e Europa, e estão começando a chegar ao Brasil. 
Nas redes de telefonia celular os usuários já podem acessar a internet, enviar e receber 
diversos tipos de mensagens, e até mesmo autenticar suas compras feitas com cartão de 
crédito. A tecnologia das redes 3G já permitem taxas de bits de até 2Mbit/s, oferecendo ao 
usuário a possibilidade de acesso a dados e imagens de excelente qualidade, e a 
aplicações de tempo real tais como áudio e vídeo streaming. Essa mesma tecnologia 
permite que a banda larga 3G possa ser usada também para o acesso a Internet a partir de 
computadores, sejam eles notebooks ou desktops. 
Tantos as redes corporativas como as redes tipo SoHo (Small Office – Home Office) já 
podem utilizar tecnologias de Wireless LAN que permitem flexibilidade e redução de custos 
de cabeamento de rede com segurança e confiabilidade, até para serviços de acesso a 
Internet. 
Já o desenvolvimento da nova geração de redes, as chamadas NGN – Next Generation 
Networks deve trazergrande avanço, pois vai permitir a convergência dos serviços ditos de 
voz e dados através da criação de uma única rede multisserviços. 
Ao invés das Centrais de Comutação proprietárias, centralizadas, e com infraestrutura de 
grande porte, as novas arquiteturas de redes descentralizam as funcionalidades 
transferindo-as para a periferia da rede. 
O resultado é uma rede distribuída que possibilita o desenvolvimento de novas tecnologias 
abertas com menor custo, grande flexibilidade, e que podem acomodar tanto os circuitos 
comutados de voz quando o chaveamento das redes de pacotes. 
Neste contexto, a implementação de novos serviços diferenciados torna-se muito rápida 
com vantagens tanto para os provedores como para o usuário final. 
Nesse mesmo contexto, a disponibilização de serviços VoIP como alternativa ou 
complemento aos serviços de telefonia convencional tem crescido de forma consistente, 
usando a nova infraestrutura de redes IP existente, promovendo ganhos tanto para os 
provedores de serviços como para os usuários finais. 
Com o aumento da demanda por banda, as redes dos provedores de acesso têm crescido 
de forma vertiginosa, e a ociosidade existente em passado recente deu lugar ao 
crescimento contínuo dos dos seus backbones. 
O desenvolvimento das tecnologias de redes ópticas, sobretudo dos equipamentos DWDM, 
permitiu o aproveitamento das redes de fibra óptica existente e a multiplicação das redes 
de transmissão, propiciando também o uso dessa infraestrutura diretamente pelos 
equipamentos das redes de dados IP sobre fibra óptica. 
Além disso, o uso de interfaces do tipo LAN (Fast Ethernet e Gigabit Ethernet) ou com 
portas Frame Relay, ATM e IP que podem ser instaladas diretamente nos equipamentos de 
transmissão de tecnologia SDH, tem sido constante e permitiu interligações mais produtivas 
entre equipamentos de usuários finais. 
 
Referências 
Anatel 
Regulamento do Serviço Limitado, Decreto nº 2.197, de 8 de abril de 1997. 
Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia, Resolução nº 272, de 9 de agosto de 
2001. 
Redes Privadas Virtuais (VPN). Internacionais 
IETF The Internet Engineering Task Force, órgão responsável pelo desenvolvimento de 
Frame Relay Fórum, órgão responsável pelo desenvolvimento de padronização do 
protocolo. 
ATM Fórum, órgão responsável pelo desenvolvimento de padronização do protocolo. 
Teste seu Entendimento 
1. Considerando as características da arquitetura típica das redes de dados, qual das 
afirmações abaixo é correta: 
a) A rede do usuário se interliga diretamente na rede física do provedor de serviços de 
comunicação de dados. 
b) A rede de transmissão não utiliza os meios da rede física para implementar uma 
infraestrutura de transferência de informações. 
c) A topologia da rede de dados é composta pelas seguintes camadas: núcleo central 
(core), distribuição e acesso. 
d) Nenhuma das anteriores. 
 
2. Qual dos serviços abaixo não representa um serviço de comunicação de dados: 
a) Serviço de Telefonia Fixa Comutada. 
b) VPN - Circuitos Virtuais. 
c) Acesso dedicado a Internet. 
d) Interligação de Computadores de Grande Porte. 
 
3. Considerando a legislação vigente no Brasil, qual das afirmações abaixo é correta: 
a) A Anatel, órgão regulador do setor de Telecomunicações, é responsável pela 
emissão de autorizações de operação para os prestadores de serviços de 
comunicação de dados. 
b) Os serviços de comunicação de dados fazem parte da classe de Serviços de 
Comunicação Multimídia. 
c) As concessionárias de serviços públicos de telefonia também solicitam a 
autorização da Anatel para prestar serviços de comunicação de dados. 
d) Todas as anteriores. 
 
 
4. Sobre Tipos de redes é CORRETO afirmar que: 
I. Redes LAN ou redes locais tem baixo custo e maior confiabilidade de 
transmissão quanto a entrega de velocidade devido a sua cobertura abranger 
uma área limitada de no máximo 1 km². 
II. Há diversos tipos de redes com PAN, WLAN, HAN dentre outros porem na 
atualidade destacam se apenas os 3 mais comuns que são LAN rede MAN e 
WAN. 
III. As redes metropolitanas são capazes de interconectar redes locais, mas tem 
uma taxa de transmissão menor que as redes LAN porem com custo mais 
elevado que a mesma. 
IV. As redes LAN, MAN e WAN tem uma particularidade muito interessante quanto 
menor a área de cobertura melhor e mais barato será a sua cobertura. 
V. A rede cliente/servidor é um tipo de rede que possui uma ou mais máquinas 
configuradas por meio de sistema operacional específico que é responsável por 
prover aos usuários da rede da rede, podendo ser arquivos, impressão, 
comunicação etc. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Apenas a I está correta. 
b) Apenas a II está correta 
c) I ,III, IV,V estão corretas. 
d) II, III, IV estão corretas. 
e) II, III, V estão corretas. 
 
5. Marque a alternativa correta para as afirmações a seguir. 
I. A arquitetura Token Ring foi desenvolvida pela IBM na parte final da década 1970. 
II. A arquitetura Ethernet foi criada pela Xerox e virou padrão com a adesão da Intel e 
da Digital Equipment Co. 
III. O Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos foram responsáveis por 
normatizar o padrão Ethernet através do IEEE 802.3. 
IV. Fast Ethernet, Ethernet, Gigabit Ethernet, Token Ring, DSAP, todas são arquiteturas 
de rede usados atualmente. 
V. A gigabit Ethernet tem uma arquitetura que prevê a capacidade de 1 Gbps no Full-
Duplex e também no Half-Duplex. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Verdade, verdade, verdade, falso, verdade 
b) Verdade, falso, verdade, falso, verdade 
c) Verdade, verdade, falso, falso, verdade 
d) Falso, verdade, verdade, falso, verdade 
e) Falso, falso, verdade, falso, verdade

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