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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA _VARA FEDERAL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO - RJ AÇÃO POPULAR c/c TUTELA DE URGÊNCIA PEDRO DA SILVA, brasileiro, (estado civil), (profissão), portador do RG nº (...), inscrito no CPF sob o nº (...), cidadão em pleno gozo de seus direitos, conforme título eleitoral anexo (...), residente e domiciliado no (endereço completo com CEP), endereço eletrônico (...), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de sua bastante advogada, com procuração anexa, que abaixo subscreve, com fulcro no artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e Lei nº 4.717/65, ajuizar AÇÃO POPULAR c/c PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA, em face da AUTARQUIA A, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o número (...), com endereço no (endereço completo com CEP), em nome da qual foi praticado o ato impugnado, e de seu PRESIDENTE (...), (nacionalidade), (estado civil), presidente da Autarquia acima mencionada, portador do RG nº (...), inscrito no CPF sob o nº (...), residente e domiciliado no (endereço completo com CEP), endereço eletrônico, representado em Juízo pela Procuradoria, com sede no (endereço completo com CEP); MINISTRO DO ESTADO (...),(nacionalidade), (estado civil), Ministro do Estado do Rio de Janeiro – RJ, portador do RG nº (...), inscrito no CPF sob o nº (...), residente e domiciliado no (endereço completo com CEP), endereço eletrônico (...); PESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO (...), (nacionalidade), (estado civil), Presidente da Comissão de licitação na sede da Autarquia anterior mencionada, portador do RG nº (...), inscrito no CPF sob o nº (...), residente e domiciliado no (endereço completo com CEP), endereço eletrônico; MULTINACIONAL M (...), pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrita no CNPJ (...), com sede no (endereço completo com CEP), assim como de seu DIRETOR EXECUTIVO(...), (nacionalidade), (estado civil), Diretor Executivo da Multinacional supracitada, portador do RG nº (...), inscrito no CPF sob o nº (...), residente e domiciliado no (endereço completo com CEP), endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados: I - DA LIMINAR DE TUTELA DE URGÊNCIA. Os requisitos dispostos na redação do dispositivo 300, do CPC, enquadram-se perfeitamente no caso em tela. Uma vez que, a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, são claros neste caso. Haja vista, a grande quantidade de documentos anexos aos autos, que comprovam o superfaturamento e a fraude nas relações contratuais estabelecidas pela parte RÉ, a saber, a Autarquia A, nos contratos administrativos. Como se não bastasse, tais contratos encontram-se ainda vigentes com os valores totalmente superfaturados, em que a Multinacional, também RÉ nesta ação, cuida. Então, Excelência, ciente da gravidade dos atos praticados, pois são claramente lesivos ao patrimônio público, requer que seja concedida a tutela de urgência, bem como a suspensão dos contratos administrativos que estão superfaturados. II –SÍNTESE FÁTICA. Ocorre, Excelência, que o Sr. Pedro, que é parte legítima dessa pretensão, após ter ciência que o Ministério Público determinou a abertura de inquérito civil e penal para apurar fatos sobre uma “denúncia de irregularidade” nos contratos administrativos celebrados pela Autarquia Federal A, que tem sede no Rio de Janeiro/RJ, e que foram colhidas provas sobre as irregularidades apenas dos 4 (quatro) últimos contratos, onde foram até divulgados na imprensa. Ele, por se tratar de um cidadão em pleno gozo de seus direitos e consciente dos seus deveres, ficou altamente indignado com o que viu sobre o caso, e passou a aprofundar-se mais sobre este. Logo, não fazendo tanto esforço, teve ciência que tais contratos foram realizados com a Multinacional M, e que, além disso, os contratos ainda estão em fase de execução. Logo, o Sr. Pedro, encontrou em documentos informações que provavam realmente o envolvimento da Autarquia Anas fraudes desses contratos, e que ainda participam desse ato ilícito um Ministro de Estado, e o Presidente da Comissão de Licitação, bem como, o Diretor Executivo da Multinacional M. Então, Pedro, que é cidadão legítimo, busca no Judiciário a solução para esse caso, visando resguardar o patrimônio e os princípios que regem a Administração Pública. III - DA LEGITIMIDADE. Ora, a presente ação popular é demanda pelo Sr. Pedro, e este figura na sua condição de cidadão, com título de eleitor regular, conforme preceitua o artigo 6º, da Lei nº 4.717/65, e artigo 1º, §3º, da mesma lei, demonstra com clareza que este é devidamente parte legítima para propor a presente demanda. Seguem, in verbis, dispositivos anterior mencionados: Art. 1ºQualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (...) § 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. IV - DO CABIMENTO DA AÇÃO. No que tange ao cabimento da presente demanda, temos que, a Ação Popular objetiva defender os interesses do cidadão na proteção do Patrimônio Público, conforme preceitua o artigo 5º, inciso LXXIII, da CRBF/88, e também defender o patrimônio público e a moralidade administrativa, fundamentada no artigo 1º, Lei nº 4.717/65. V - DO MÉRITO Com base nos fatos anterior relatados, cumpre enfatizar que tal conduta fraudulenta em firmar contratos administrativos com valores superfaturados além de atingir o patrimônio público apresentando grande lesividade, afrontam também o princípio da moralidade administrativa e da legalidade, uma vez que não imbuíram em seu bojo de relações contratuais a probidade e a boa-fé. Logo, conforme artigo 3º, consoante da Lei nº 4.717/65 (in verbis), tais contratos pactuados em função do seu superfaturamento e fraude devem ser anulados. Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles. Acrescentando ainda um entendimento que coaduna a este caso, temos a previsão do artigo 4º, inciso III, alínea “c”, da lei em discussão, onde prevê que: Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º. III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando: c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das possibilidades normais de competição. Então, vemos que no caso em tela, até o Presidente da Comissão de licitação está envolvido na fraude. O que não fornece nenhuma segurança quanto ao processo de concorrência administrativa nas licitações. Deste modo, resta claro, Excelência, que a presente demanda deve ser reconhecida, sendo declarados nulos os contratos administrativos superfaturados, com a aplicação de condenação à parte RÉ por perdas e danos. VI – DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, que: a. seja concedida a medida liminar para a suspensão dos contratos administrativos superfaturados, nos termos do artigo 300, do CPC; b. sejam os Réus citados, para que, querendo, apresentem contestação no prazo legal, bem como, que o Ministério Público seja intimado, nos termos do artigo 7º, da Lei nº 4.717/65;c. sejam declarados nulos todos os contratos administrativos superfaturados; d. sejam os Réus condenados ao ressarcimento dos danos causados, assim como ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidas, em especial aprova testemunhal, documental e pericial, nos termos do artigo 369, e ss do CPC. Nos termos do artigo 282, dá-se a causa o valor de R$ (...). Termos em que, pede deferimento. Local/Data. ADVOGADO/OAB
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