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janeiro/2017
Adequação de Ofertas 
de Produtos e Serviços 
ao Cliente (Suitability)
Aspectos Regulatórios
Elisangela Peña Munhoz
2
Sumário
Apresentação 3
Introdução 4
I. Sistema Financeiro Nacional 5
II. Código de Proteção e Defesa do Consumidor 39
III. Regulamentação das relações de consumo no Sistema Financeiro 59
IV. Psicologia Econômica 114
V. Adequação da oferta de produto e serviço 125
Bibliografia 137
3
Apresentação
O Conselho Monetário Nacional por meio da Resolução nº 3.694/09, com as alterações da Resolução nº 4.283/13, dispôs que a oferta de produtos e 
serviços financeiros deve atender as necessidades, os interesses e os objetivos dos 
clientes e usuários. De outra parte, a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), 
por meio do Sistema de Autorregulação Bancária, publicou o normativo de crédito 
responsável (SARB nº 10/2013) e o normativo de adequação da oferta de produtos e 
serviços (SARB nº 17/2016).
Este último normativo prevê o treinamento e a capacitação dos funcionários que 
desempenham atividades de criação, de oferta e de venda de produtos e serviços. Com 
base nisso, o Instituto FEBRABAN de Educação (INFI) concebeu o exame de Adequação 
de Ofertas de Produtos e Serviços ao Cliente (Suitability) Aspectos Regulatórios, 
que irá atestar o conhecimento das normas pertinentes às relações de consumo.
Esta prova será realizada de forma eletrônica e à distância. O INFI conta com um banco 
de questões, dentre as quais 30 são randomicamente selecionadas e apresentadas 
ao candidato. A prova que deverá ser concluída em até 1h30m, aborda três temas: 
(1) adequação da oferta ao perfil do cliente; (2) ética e proteção do consumidor; e, (3) 
situações práticas de venda.
Para cada um desses temas são indicados regulamentos e textos de apoio, que devem ser 
lidos e conhecidos como parte da preparação para a prova de certificação. Além disso, o 
aluno dispõe de um simulado, inspirado em casos reais, para ajudar nessa preparação. E, 
como mais uma ferramenta de apoio, o INFI/FEBRABAN apresenta este guia de estudos. 
Aqui, você encontrará as principais referências sobre o conteúdo da prova.
4
Introdução
A Lei nº 8.078/90, conhecida como Código de Proteção e Defesa do Consumidor estabelece as regras válidas para as relações de consumo no território brasileiro, 
prevendo expressamente sua aplicável aos produtos e serviços oferecidos pelo sistema 
financeiro e bancário. Assim, as regras do CDC valem para o atendimento nas agências, 
valem para a oferta de produtos pelas centrais de atendimento, ou seja, elas valem para 
o seu dia- a- dia de trabalho.
A elaboração deste material teve como premissa que o leitor pudesse perceber esta 
relação. Para tanto, enfrentou o desafio de aproximar os regulamentos do Sistema 
Financeiro com os direitos básicos do consumidor.
Escolhemos organizar o material primando por uma sequencia lógica: partimos das leis 
de organização do Sistema Financeiro e do próprio Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, para só depois realizarmos o exercício de aproximação com as Resoluções 
CMN e os normativos da Autorregulação Bancária. Tratamos da oferta, da comunicação, 
da contratação, do tratamento das reclamações, enfim, abordamos as principais 
interações com o consumidor bancário.
Esperamos que este material ajude você não só nos estudos, mas também no seu 
dia- a- dia de trabalho, para realizar uma oferta adequada de produtos e serviços aos 
seus clientes. Afinal, conhecer este conteúdo é ponto crítico para a assertividade e 
legalidade no desempenho de suas tarefas.
Bons estudos! Boa prova! Bons negócios!
5
I. Sistema Financeiro Nacional
Nesse primeiro capítulo iremos estudar quatro leis: a Lei Complementar nº 105/01, que dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras; a 
Lei nº 4.595/64, que dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e 
Creditícias e cria o Conselho Monetário Nacional; a Lei nº 9.069/95, que dispõe sobre o 
Plano Real, o Sistema Monetário Nacional, estabelece as regras e condições de emissão 
do REAL e os critérios para conversão das obrigações para o REAL; e, o Decreto nº 
6.306/07, que regulamenta o IOF.
Começando pela Lei nº 4.595/64, norma que estrutura e regula o Sistema Financeiro 
Brasileiro, que é composto pelo Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da 
República do Brasil, o Banco Central do Brasil, o Banco do Brasil, o Banco Nacional 
do Desenvolvimento Econômico (BNDS) e demais instituições financeiras públicas e 
privadas. Confira o texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
Art. 1º O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente Lei, será constituído:
I - do Conselho Monetário Nacional;
II - do Banco Central da República do Brasil;
II - do Banco Central do Brasil; (Redação dada pelo Del nº 278, de 28/02/67)
III - do Banco do Brasil S. A.;
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico;
V - das demais instituições financeiras públicas e privadas.
6
Vamos detalhar um pouco as informações sobre o Conselho Monetário Nacional, o 
Banco Central, o Banco do Brasil e as Instituições Financeiras, porque são entidades que 
interessam diretamente ao seu cotidiano de trabalho.
Sobre o Conselho Monetário Nacional, que a partir de agora iremos cita- lo apenas 
por sua sigla CMN, é composto por três membros, nos termos do que estabeleceu a 
Lei nº 9.069/95: o Ministro do Estado da Fazenda (que é também o presidente deste 
conselho), o Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente 
do Banco Central. Confira:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
Art. 8º O Conselho Monetário Nacional, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, 
passa a ser integrado pelos seguintes membros:
I - Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de Presidente;
II - Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão;(Redação dada pela Medida 
Provisória nº 2.216- 37, de 2001)
III - Presidente do Banco Central do Brasil.
§ 1º O Conselho deliberará mediante resoluções, por maioria de votos, cabendo ao Presidente 
a prerrogativa de deliberar, nos casos de urgência e relevante interesse, ad referendum dos 
demais membros.
§ 2º Quando deliberar ad referendum do Conselho, o Presidente submeterá a decisão ao 
colegiado na primeira reunião que se seguir àquela deliberação.
§ 3º O Presidente do Conselho poderá convidar Ministros de Estado, bem como representantes 
de entidades públicas ou privadas, para participar das reuniões, não lhes sendo permitido o 
direito de voto.
§ 4º O Conselho reunir- se- á, ordinariamente, uma vez por mês, e, extraordinariamente, sempre 
que for convocado por seu Presidente. 
§ 5º O Banco Central do Brasil funcionará como secretaria- executiva do Conselho.
§ 6º O regimento interno do Conselho Monetário Nacional será aprovado por decreto do 
Presidente da República, no prazo máximo de trinta dias, contados da publicação desta Lei.
§ 7º A partir de 30 de junho de 1994, ficam extintos os mandatos de membros do Conselho 
Monetário Nacional nomeados até aquela data.
7
O CMN nos interessa porque é responsável pela formulação das políticas da moeda e 
do crédito com vistas ao progresso econômico e social do Brasil, como manda a Lei nº 
4.595/64. Para a formulação da política da moeda, são suas atribuições, entre outras, 
autorizar as emissões de papel- moeda, determinar as características gerais das cédulas e 
das moedas, estabelecer condições para que o Banco Central emita moeda- papel. Já para a 
formulação da política do crédito, são suas atribuições: fixar diretrizes e normas da política 
cambial, disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em 
todas as suas formas, limitar as taxas de juros, sempre que necessário, entre outras.
Vale aqui destacarmos que dedicaremos parte de nosso tempo de estudo à algumas 
Resoluções do CMN, afinal, compete a esteórgão (VIII) regular a constituição, 
funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem 
como a aplicação das penalidades previstas. Confira o texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes estabelecidas pelo 
Presidente da República:
I - Autorizar as emissões de papel- moeda (Vetado) as quais ficarão na prévia dependência de 
autorização legislativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco Central da 
República do Brasil, das operações de crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 
desta Lei. (Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91)
O Conselho Monetário Nacional pode, ainda autorizar o Banco Central da República do Brasil 
a emitir, anualmente, até o limite de 10% (dez por cento) dos meios de pagamentos existentes 
a 31 de dezembro do ano anterior, para atender as exigências das atividades produtivas e da 
circulação da riqueza do País, devendo, porém, solicitar autorização do Poder Legislativo, mediante 
Mensagem do Presidente da República, para as emissões que, justificadamente, se tornarem 
necessárias além daquele limite.
Quando necessidades urgentes e imprevistas para o financiamento dessas atividades o 
determinarem, pode o Conselho Monetário Nacional autorizar as emissões que se fizerem 
indispensáveis, solicitando imediatamente, através de Mensagem do Presidente da República, 
homologação do Poder Legislativo para as emissões assim realizadas:
II - Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil emita moeda- papel 
(Vetado) de curso forçado, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem como as normas 
reguladoras do meio circulante;
8
III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, 
por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
IV - Determinar as características gerais (Vetado) das cédulas e das moedas;
V - Fixar as diretrizes e normas (VETADO) da política cambial, inclusive compra e venda de ouro 
e quaisquer operações em moeda estrangeira;
V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro 
e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; (Redação dada 
pelo Del nº 581, de 14/05/69)
VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas 
as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das 
instituições financeiras;
VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do Governo 
Federal;
VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades 
subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;
IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra 
forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados 
pelo Banco Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos 
que se destinem a promover:
- recuperação e fertilização do solo;
- reflorestamento;
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;
- eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação;
- investimento indispensáveis às atividades agropecuárias;
X - Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão 
emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações 
patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras;
9
XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições 
financeiras;
XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições 
financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e 
agências ou filiais;
XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou 
outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou 
obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de 
recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e 
condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este: (Redação dada pelo 
Del nº 1.959, de 14/09/82)
a) adotar percentagens diferentes em função;; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82) 
- das regiões geo- econômicas;; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82) 
- das prioridades que atribuir às aplicações; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)
- da natureza das instituições financeiras; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em 
financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Conselho 
Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82) (Vide art 10, inciso III)
XV - Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de pessoas 
jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das 
respectivas autarquias e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso 
anterior;
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês subsequente, 
relatório e mapas demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsórios, (Vetado).
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto 
e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de 
natureza bancária;
XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio 
quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para 
prever a iminência de tal situação;
XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em suas 
transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;
10
XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições financeiras públicas 
federais a efetuar a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de 
responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;
XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos;
XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua 
solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;
XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do 
qual os excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central 
da República do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer;
XXIV - Decidir de sua própria organização;; elaborando seu regimento interno no prazo máximo 
de trinta (30) dias;
XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central da República do Brasil 
e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus 
funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar as respectivas 
propostas; (Vide Lei nº 9.650, 27.5.1998)
XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do Brasil; (Vide Lei nº 
9.069, de 29.6.1995)
XXVII - Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central da República do Brasil, sem 
prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre 
seu orçamento e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de 
transferência de seus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do 
Tribunal de Contas da União.(Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.376, de 25.11.1987) (Vide art 
10, inciso III)
XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou 
restrições equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos 
brasileiros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer - se;
XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº 
II, da Constituição Federal;
XXX - Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta 
lei. (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)
XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, 
taxas, prazos e outras condições.
11
Sobre o Banco Central do Brasil, que chamaremos de BACEN, é uma autarquia, à qual 
compete cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em 
vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional (art. 9º), além de tomar 
algumas medidas de forma exclusiva, como por exemplo, emitir a moeda- papel e a 
moeda metálica, exercer o controle do crédito. Veja o texto legal:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
XXXII - regular os depósitos a prazo entre instituições financeiras, inclusive entre aquelas 
sujeitas ao mesmo controle ou coligadas; (Incluído pelo Decreto Lei nº 2.283, de 1986)
XXXII - regular os depósitos a prazo entre instituições financeiras, inclusive entre aquelas sujeitas 
ao mesmo controle acionário ou coligadas; (Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.284, de 1986)
XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades autorizadas 
a funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle 
acionário ou coligadas. (Redação dada pelo Decreto- lei nº 2.290, de 1986).
Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:
I - Emitir moeda- papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho 
Monetário Nacional (Vetado).
II - Executar os serviços do meio- circulante;
III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até 
sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de 
subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública 
Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco 
Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo: (Incluído pela Lei nº 
7.730, de 31.1.1989)
a) adotar percentagens diferentes em função: (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)
1. das regiões geoeconômicas; (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)
2. das prioridades que atribuir às aplicações; (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)
3. da natureza das instituições financeiras; (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)
12
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados 
em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas. 
(Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)
IV - receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos 
voluntários à vista das instituições financeiras, nos termos do inciso III e § 2° do art. 19. (Redação 
dada pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras bancárias e as 
referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra “ b “, e no § 4º do Art. 49 desta lei;; (Renumerado pela Lei nº 
7.730, de 31/01/89)
VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 
31/01/89)
VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; (Renumerado pela Lei nº 
7.730, de 31/01/89)
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira;
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais 
de Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio 
Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69) 
(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; 
(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: (Renumerado pela Lei 
nº 7.730, de 31/01/89)
a) funcionar no País;
b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior;
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;
d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública 
federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de 
crédito ou mobiliários;
e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;
f ) alterar seus estatutos.
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. (Incluído pelo Del 
nº 2.321, de 25/02/87)
13
XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração 
de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em 
órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho 
Monetário Nacional;; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos 
públicos federais;; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)
XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das 
firmas que operam com suas agências há mais de um ano. (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 
31/01/89)
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste artigo, com base nas normas 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da República do Brasil, estudará 
os pedidos que lhe sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, 
podendo (Vetado) incluir as cláusulas que reputar convenientes ao interesse público.
§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições financeiras estrangeiras 
dependem de autorização do Poder Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no 
País (Vetado)
Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil;
I - Entender- se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e 
internacionais;
II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos ou 
externos, podendo, também, encarregar- se dos respectivos serviços;
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa 
das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim 
comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no 
exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de 
câmbio financeiro e comercial; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)
IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado;
V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo 
Conselho Monetário Nacional;
VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;
14
Segundo a Lei nº 4.595/64, cabe ao BACEN, também, autorizar previamente o 
funcionamento das Instituições Financeiras, exceto se estas forem estrangeiras, quando 
então, só poderão funcionar com autorização do Poder Executivo, por meio de decreto. 
Confira o texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que, 
direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às modalidades ou processosoperacionais que utilizem;
VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os serviços de sua Secretaria.
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso VIII do artigo 10 desta lei, o Banco Central 
do Brasil poderá examinar os livros e documentos das pessoas naturais ou jurídicas que detenham 
o controle acionário de instituição financeira, ficando essas pessoas sujeitas ao disposto no artigo 
44, § 8º, desta lei. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)
§ 2º O Banco Central da República do Brasil instalará delegacias, com autorização do Conselho 
Monetário Nacional, nas diferentes regiões geo- econômicas do País, tendo em vista a descentralização 
administrativa para distribuição e recolhimento da moeda e o cumprimento das decisões adotadas 
pelo mesmo Conselho ou prescritas em lei. (Renumerado pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)
Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante prévia 
autorização do Banco Central da República do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem 
estrangeiras.
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das sociedades de crédito, 
financiamento e investimentos, das caixas econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção 
de crédito das cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e disciplina 
desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores, companhias de seguros e de capitalização, as 
sociedades que efetuam distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante 
sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas que 
exerçam, por conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com a compra e venda de ações 
e outros quaisquer títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou serviços 
de natureza dos executados pelas instituições financeiras.
15
Sobre o Banco do Brasil, que também compõe o Sistema Financeiro, funciona como 
agente financeiro do Tesouro Nacional e como executor da política de crédito e 
financeira do governo federal. Possui várias atribuições, entre elas, (I) ser agente 
pagador e recebedor fora do País (IV) executar os serviços de compensação de cheques. 
Confira texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
§ 2º O Banco Central da Republica do Brasil, no exercício da fiscalização que lhe compete, regulará 
as condições de concorrência entre instituições financeiras, coibindo- lhes os abusos com a 
aplicação da pena (Vetado) nos termos desta lei.
§ 3º Dependerão de prévia autorização do Banco Central da República do Brasil as campanhas 
destinadas à coleta de recursos do público, praticadas por pessoas físicas ou jurídicas abrangidas 
neste artigo, salvo para subscrição pública de ações, nos termos da lei das sociedades por ações.
Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competirá precipuamente, sob a supervisão do Conselho 
Monetário Nacional e como instrumento de execução da política creditícia e financeira do 
Governo Federal:
I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional, sem prejuízo de outras funções que 
lhe venham a ser atribuídas e ressalvado o disposto no art. 8º, da Lei nº 1628, de 20 de junho de 
1952:
a) receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias provenientes da arrecadação de 
tributos ou rendas federais e ainda o produto das operações de que trata o art. 49, desta lei;
b) realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da 
União e leis complementares, de acordo com as autorizações que lhe forem transmitidas 
pelo Ministério da Fazenda, as quais não poderão exceder o montante global dos recursos 
a que se refere a letra anterior, vedada a concessão, pelo Banco, de créditos de qualquer 
natureza ao Tesouro Nacional;
c) conceder aval, fiança e outras garantias, consoante expressa autorização legal;
d) adquirir e financiar estoques de produção exportável;
e) executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris;
f ) ser agente pagador e recebedor fora do País;
16
g) executar o serviço da dívida pública consolidada;
II - como principal executor dos serviços bancários de interesse do Governo Federal, inclusive 
suas autarquias, receber em depósito, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer 
entidades federais, compreendendo as repartições de todos os ministérios civis e militares, 
instituições de previdência e outras autarquias, comissões, departamentos, entidades em 
regime especial de administração e quaisquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por 
adiantamentos, ressalvados o disposto no § 5º deste artigo, as exceções previstas em lei ou 
casos especiais, expressamente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta 
do Banco Central da República do Brasil;
III - arrecadar os depósitos voluntários, à vista, das instituições de que trata o inciso III, do art. 10, 
desta lei, escriturando as respectivas contas; (Redação dada pelo Decreto- lei nº 2.284, de 1986)
IV - executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis;
V - receber, com exclusividade, os depósitos de que tratam os artigos 38, item 3º, do Decreto- 
lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940, e 1º do Decreto- lei nº 5.956, de 01/11/43, ressalvado o 
disposto no art. 27, desta lei;
VI - realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta 
do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário 
Nacional;
VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviços de interesse do Banco Central da 
República do Brasil, mediante contratação na forma do art. 13, desta lei;
VIII - dar execução à política de comércio exterior (Vetado).
IX - financiar a aquisição e instalação da pequena e média propriedade rural, nos termos da 
legislação que regular a matéria;
X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com o favorecimento referido no art. 4º, 
inciso IX, e art. 53, desta lei;
XI - difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades comerciais suplementando a ação da 
rede bancária;
a) no financiamento das atividades econômicas, atendendo àsnecessidades creditícias das 
diferentes regiões do País;
b) no financiamento das exportações e importações. (Vide Lei nº 8.490 de 19.11.1992)
§ 1º - O Conselho Monetário Nacional assegurará recursos específicos que possibilitem ao Banco 
do Brasil S. A., sob adequada remuneração, o atendimento dos encargos previstos nesta lei.
17
O Banco do Brasil terá como presidente uma pessoa indicada pelo Presidente da 
República e aprovada pelo Senado Federal, de reputação integra. Caráter que também 
deverá ser reconhecido em seus diretores. Confira o texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
Sobre as Instituições Financeiras (IFs), que são as pessoas jurídicas públicas ou privadas, 
que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação 
de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a 
custódia de valor de propriedade de terceiros. Confira o texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
§ 2º - Do montante global dos depósitos arrecadados, na forma do inciso III deste artigo o Banco 
do Brasil S. A. Colocará à disposição do Banco Central da República do Brasil, observadas as 
normas que forem estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, a parcela que exceder as 
necessidades normais de movimentação das contas respectivas, em função dos serviços aludidos 
no inciso IV deste artigo.
§ 3º - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, serão objeto de contratação entre o Banco do 
Brasil S. A. e a União Federal, esta representada pelo Ministro da Fazenda.
§ 4º - O Banco do Brasil S. A. prestará ao Banco Central da República do Brasil todas as informações 
por este julgadas necessárias para a exata execução desta lei.
§ 5º - Os depósitos de que trata o inciso II deste artigo,também poderão ser feitos nas Caixas 
econômicas Federais, nos limites e condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.
Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil S. A. deverão ser pessoas de reputação 
ilibada e notória capacidade.
§ 1º A nomeação do Presidente do Banco do Brasil S. A. será feita pelo Presidente da República, 
após aprovação do Senado Federal.
§ 2º As substituições eventuais do Presidente do Banco do Brasil S. A. não poderão exceder o prazo 
de 30 (trinta) dias consecutivos, sem que o Presidente da República submeta ao Senado Federal o 
nome do substituto.
18
Estas organizações deverão, obrigatoriamente, serem constituídas como sociedades 
anônimas, excetuando as cooperativas de crédito. Estas Sociedades Anônimas precisam 
respeitar regras específicas para a emissão de suas ações, que foram definidas na Lei nº 
4.595/64, inclusive, no que toca a constituição do capital inicial, que deverá ser sempre 
considerada a moeda nacional corrente. Confira o texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
Art. 17. Consideram- se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas 
jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, 
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional 
ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam- se às instituições 
financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma 
permanente ou eventual.
Art. 25. As instituições financeiras privadas, exceto as cooperativas de crédito, constituir- se- ão 
unicamente sob a forma de sociedade anônima, devendo a totalidade de seu capital com direito a 
voto ser representada por ações nominativas. (Redação dada pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)
§ 1º Observadas as normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional as instituições a que se 
refere este artigo poderão emitir até o limite de 50% de seu capital social em ações preferenciais, 
nas formas nominativas, e ao portador, sem direito a voto, às quais não se aplicará o disposto no 
parágrafo único do art. 81 do Decreto- lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940. (Incluído pela Lei nº 
5.710, de 07/10/71)
§ 2º A emissão de ações preferenciais ao portador, que poderá ser feita em virtude de aumento 
de capital, conversão de ações ordinárias ou de ações preferenciais nominativas, ficará sujeita a 
alterações prévias dos estatutos das sociedades, a fim de que sejam neles incluídas as declarações 
sobre: (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)
I - as vantagens, preferenciais e restrições atribuídas a cada classe de ações preferenciais, de acordo 
com o Decreto- lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940;; (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) 
II - as formas e prazos em que poderá ser autorizada a conversão das ações, vedada a conversão das 
ações preferenciais em outro tipo de ações com direito a voto. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)
19
A atividade de concessão de empréstimos ou de adiantamentos desempenhadas por 
uma Instituição Financeira (IF) tem cinco limitações legais importantes e que precisam 
ser conhecidas. Veja o que estabelece o art. 34 da Lei nº 4.595/64. A inobservância desta 
proibição implicará em crime e os responsáveis pela infração poderão ser submetidos ao 
cumprimento de pena de reclusão de 1 a 4 anos. Confira o texto vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
§ 3º Os títulos e cautelas representativas das ações preferenciais, emitidos nos termos dos 
parágrafos anteriores, deverão conter expressamente as restrições ali especificadas. (Incluído pela 
Lei nº 5.710, de 07/10/71)
Art. 26. O capital inicial das instituições financeiras públicas e privadas será sempre realizado em 
moeda corrente.
Art. 34. É vedado às instituições financeiras conceder empréstimos ou adiantamentos:
I - A seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e 
semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges;
II - Aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o inciso anterior;
III - As pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10% (dez por 
cento), salvo autorização específica do Banco Central da República do Brasil, em cada caso, 
quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transações 
de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo Conselho 
Monetário Nacional, em caráter geral;
IV - As pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento);
V - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por cento), quaisquer 
dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como seus cônjuges e 
respectivos parentes, até o 2º grau.
20
Atenção! Dever de sigilo.
A Lei Complementar nº 105/01 também é importante para o nosso estudo, porque 
estabelece as regras sobre os sigilos das operações financeiras, ou seja, a obrigação 
das Instituições Financeiras, no desempenho de suas atividades, de manter algumas 
informações protegidas por segredo.
Logo no art. 1º, o legislador indicou quais as entidades consideradas Instituições 
Financeiras; o que não é considerado infração ao dever de sigilo; e, as hipóteses em 
que pode ser decretada a quebra do dever de sigilo. Assim, por exemplo, a troca de 
informações entre Instituições Financeiras, para fins cadastrais, não constitui uma violação 
ao dever de sigilo, se forem observadas as regras do CMN e do BACEN.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
§ 1º A infração ao disposto no inciso I, deste artigo, constitui crime e sujeitará os responsáveis pela 
transgressão à pena de reclusão de um a quatro anos, aplicando- se, no que couber, o Código Penal 
e o Código de Processo Penal. (Vide Lei 7.492, de 16.7.1986)
§ 2º O disposto no inciso IV deste artigo não se aplica às instituições financeiras públicas.
Art. 1º As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços 
prestados.
§ 1º São consideradas instituições financeiras, para os efeitos desta Lei Complementar:
I – os bancos de qualquer espécie;
II – distribuidoras de valores mobiliários;
III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários;
IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos;
21
V – sociedades de crédito imobiliário;
VI – administradoras de cartões de crédito;
VII – sociedades de arrendamento mercantil;
VIII – administradoras de mercado de balcão organizado;
IX – cooperativas de crédito;
X – associações de poupança e empréstimo;
XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
XII – entidades de liquidação e compensação;
XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas operações, assim venham a ser 
consideradas pelo Conselho Monetário Nacional.
§ 2º As empresas de fomento comercial ou factoring, para os efeitos desta Lei Complementar, 
obedecerão às normas aplicáveis às instituições financeiras previstas no § 1º.
§ 3º Não constitui violação do dever de sigilo:
I – a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por 
intermédio de centrais de risco, observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário 
Nacional e pelo Banco Central do Brasil;
II - o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem 
provisão de fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito, 
observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do 
Brasil;
III – o fornecimento das informações de que trata o § 2º do art. 11 da Lei nº 9.311, de 24 de 
outubro de 1996;
IV – a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou 
administrativos, abrangendo o fornecimento de informações sobre operaçõesque envolvam 
recursos provenientes de qualquer prática criminosa;
V – a revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados;
VI – a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 
6º, 7º e 9 desta Lei Complementar.
22
Ainda sobre a Lei Complementar nº 105/01, ao BACEN também cabe respeitar o sigilo, 
tanto das informações que envolvem as operações que realiza, quanto das informações 
que tem acesso por meio de sua competência fiscalizatória sobre as Instituições 
Financeiras. E, como a Comissão de Valores Mobiliários desempenha a mesma 
atribuição fiscalizatória, cabe ela mesmo dever.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
§ 4º A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência 
de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos 
seguintes crimes:
I – de terrorismo;
II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;
IV – de extorsão mediante seqüestro;
V – contra o sistema financeiro nacional;
VI – contra a Administração Pública;
VII – contra a ordem tributária e a previdência social;
VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX – praticado por organização criminosa.
Art. 2º O dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil, em relação às operações que 
realizar e às informações que obtiver no exercício de suas atribuições.
§ 1º O sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos, aplicações e investimentos mantidos em 
instituições financeiras, não pode ser oposto ao Banco Central do Brasil:
I – no desempenho de suas funções de fiscalização, compreendendo a apuração, a qualquer 
tempo, de ilícitos praticados por controladores, administradores, membros de conselhos 
estatutários, gerentes, mandatários e prepostos de instituições financeiras;
23
Por determinação do Poder Judiciário, as Instituições Financeiras, o BACEN e a Comissão 
de Valores Mobiliários prestarão informações sigilosas restritamente aos envolvidos 
no processo. Se os dados forem requeridos por pessoas que compõem comissões de 
inquéritos administrativos, estas só serão prestadas se houver autorização judicial.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
II – ao proceder a inquérito em instituição financeira submetida a regime especial.
§ 2º As comissões encarregadas dos inquéritos a que se refere o inciso II do § 1º poderão 
examinar quaisquer documentos relativos a bens, direitos e obrigações das instituições 
financeiras, de seus controladores, administradores, membros de conselhos estatutários, 
gerentes, mandatários e prepostos, inclusive contas correntes e operações com outras 
instituições financeiras.
§ 3º O disposto neste artigo aplica- se à Comissão de Valores Mobiliários, quando se tratar 
de fiscalização de operações e serviços no mercado de valores mobiliários, inclusive nas 
instituições financeiras que sejam companhias abertas.
§ 4º O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, em suas áreas de 
competência, poderão firmar convênios:
I - com outros órgãos públicos fiscalizadores de instituições financeiras, objetivando a 
realização de fiscalizações conjuntas, observadas as respectivas competências;
II - com bancos centrais ou entidades fiscalizadoras de outros países, objetivando:
a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de instituições financeiras estrangeiras, em funcionamento 
no Brasil e de filiais e subsidiárias, no exterior, de instituições financeiras brasileiras;
b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para a investigação de atividades 
ou operações que impliquem aplicação, negociação, ocultação ou transferência de ativos 
financeiros e de valores mobiliários relacionados com a prática de condutas ilícitas.
§ 5º O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar estende- se aos órgãos fiscalizadores 
mencionados no § 4º e a seus agentes.
§ 6º O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e os demais órgãos de 
fiscalização, nas áreas de suas atribuições, fornecerão ao Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras – COAF, de que trata o art. 14 da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, as informações 
cadastrais e de movimento de valores relativos às operações previstas no inciso I do art. 11 da 
referida Lei.
24
Se for do Poder Legislativo o órgão que requerer as informações sigilosas ao BACEN ou 
à Comissão de Valores Mobiliários ou às Instituições Financeiras, estes dados só poderão 
ser cedidos se forem pertinentes ao exercício de suas competências e, o fornecimento, 
dependerá de autorização previa do Plenário da Câmara dos Deputados, ou do Senado 
Federal, ou de ambas as casas.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
Art. 3º Serão prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pelas 
instituições financeiras as informações ordenadas pelo Poder Judiciário, preservado o seu caráter 
sigiloso mediante acesso restrito às partes, que delas não poderão servir- se para fins estranhos à lide.
§ 1º Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a prestação de informações e o 
fornecimento de documentos sigilosos solicitados por comissão de inquérito administrativo 
destinada a apurar responsabilidade de servidor público por infração praticada no exercício de 
suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
§ 2º Nas hipóteses do § 1º, o requerimento de quebra de sigilo independe da existência de 
processo judicial em curso.
§ 3º Além dos casos previstos neste artigo o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores 
Mobiliários fornecerão à Advocacia- Geral da União as informações e os documentos necessários à 
defesa da União nas ações em que seja parte.
Art. 4º O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, 
e as instituições financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal as informações e os 
documentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de suas 
respectivas competências constitucionais e legais.
§ 1º As comissões parlamentares de inquérito, no exercício de sua competência constitucional e 
legal de ampla investigação, obterão as informações e documentos sigilosos de que necessitarem, 
diretamente das instituições financeiras, ou por intermédio do Banco Central do Brasil ou da 
Comissão de Valores Mobiliários.
§ 2º As solicitações de que trata este artigo deverão ser previamente aprovadas pelo Plenário 
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comissões 
parlamentares de inquérito.
25
As Instituições Financeiras têm o dever de passar informações sobre as operações 
realizadas pelos seus usuários à administração tributária federal, para tanto, deverão 
seguir os critérios definidos pelo Decreto nº 4.489/02. Estes dados serão restritos 
à identificação dos titulares das operações e aos montantes globais mensalmente 
movimentados, não podem conter a inserção de qualquer elemento que permita identificar 
a origem ou a natureza dos gastos.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites de valor, os 
critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à administração tributária da 
União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus serviços. (Regulamento)
§ 1º Consideram- se operações financeiras, para os efeitos deste artigo:
I – depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança;
II – pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques;
III – emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados;
IV – resgates em contas de depósitos à vista ou aprazo, inclusive de poupança;
V – contratos de mútuo;
VI – descontos de duplicatas, notas promissórias e outros títulos de crédito;
VII – aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou variável;
VIII – aplicações em fundos de investimentos;
IX – aquisições de moeda estrangeira;
X – conversões de moeda estrangeira em moeda nacional;
XI – transferências de moeda e outros valores para o exterior;
XII – operações com ouro, ativo financeiro;
XIII - operações com cartão de crédito;
XIV - operações de arrendamento mercantil; e
XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante que venham a ser autorizadas pelo 
Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão competente.
26
Em casos de processos administrativos ou procedimentos fiscais, as autoridades 
poderão ter acesso a informações sigilosas, se esses dados forem indispensáveis. Sendo 
que, o resultado dessa análise, também será protegido pelo dever de sigilo.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
Como já falamos, o dever de sigilo do BACEN estende- se à Comissão de Valores 
Mobiliários, quando se tratar de fiscalização de operações e serviços no mercado de 
valores mobiliários, assim, instaurado o inquérito administrativo, a Comissão de Valores 
Mobiliários pode solicitar à autoridade judiciária o levantamento de sigilo quando 
§ 2º As informações transferidas na forma do caput deste artigo restringir- se- ão a informes 
relacionados com a identificação dos titulares das operações e os montantes globais mensalmente 
movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento que permita identificar a sua origem ou a 
natureza dos gastos a partir deles efetuados.
§ 3º Não se incluem entre as informações de que trata este artigo as operações financeiras 
efetuadas pelas administrações direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
§ 4º Recebidas as informações de que trata este artigo, se detectados indícios de falhas, 
incorreções ou omissões, ou de cometimento de ilícito fiscal, a autoridade interessada poderá 
requisitar as informações e os documentos de que necessitar, bem como realizar fiscalização ou 
auditoria para a adequada apuração dos fatos.
§ 5º As informações a que refere este artigo serão conservadas sob sigilo fiscal, na forma da 
legislação em vigor.
Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições 
financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando 
houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam 
considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. (Regulamento)
Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os documentos a que se refere este 
artigo serão conservados em sigilo, observada a legislação tributária.
27
necessário ao exercício da atividade de fiscalização.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
Por determinação da Lei nº 105/01, se, durante a atividade fiscalizatória, o BACEN 
ou a Comissão de Valores Mobiliários encontrarem indícios de ocorrência de algum 
crime que seja de ação pública, deverão informar o Ministério Público para que sejam 
tomadas as devidas providencias. Assim definiu a leu porque é de competência deste 
órgão mover ações públicas.
Confira o texto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm
Art. 7º Sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 2º, a Comissão de Valores Mobiliários, instaurado 
inquérito administrativo, poderá solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento do 
sigilo junto às instituições financeiras de informações e documentos relativos a bens, direitos e 
obrigações de pessoa física ou jurídica submetida ao seu poder disciplinar.
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, manterão 
permanente intercâmbio de informações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, dos 
inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sempre que as informações forem 
necessárias ao desempenho de suas atividades.
Art. 8º O cumprimento das exigências e formalidades previstas nos artigos 4º, 6º e 7º, será 
expressamente declarado pelas autoridades competentes nas solicitações dirigidas ao Banco 
Central do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários ou às instituições financeiras.
Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores 
Mobiliários verificarem a ocorrência de crime definido em lei como de ação pública, ou indícios da 
prática de tais crimes, informarão ao Ministério Público, juntando à comunicação os documentos 
necessários à apuração ou comprovação dos fatos.
§ 1º A comunicação de que trata este artigo será efetuada pelos Presidentes do Banco Central do 
Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários, admitida delegação de competência, no prazo 
28
A quebra do dever de sigilo é crime, e ao responsável pela infração poderá imputada 
uma pena de reclusão de 1 a 4 anos, além do pagamento de multa e das sanções 
previstas no Código Penal, quando cabíveis:
A última lei que nos cumpre tratar é o Decreto nº 6.306/07, que regulamenta o 
Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários, o chamado IOF. Sobre o estudo de qualquer tributo ou imposto, algumas 
informações são fundamentais sabermos: quando ocorre o fato gerador para o 
pagamento do tributo, qual a alíquota e qual a base de cálculo.
O fato gerador para a cobrança do IOF é a entrega do valor, ou seja, no momento em 
que o montante é posto à disposição do interessado. Assim, se for um único evento, 
será apenas em um momento, se forem em parcelas, a cada momento que a parcela 
for disponibilizada.
Confira: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/D6306.htm
máximo de quinze dias, a contar do recebimento do processo, com manifestação dos respectivos 
serviços jurídicos.
§ 2º Independentemente do disposto no caput deste artigo, o Banco Central do Brasil e a 
Comissão de Valores Mobiliários comunicarão aos órgãos públicos competentes as irregularidades 
e os ilícitos administrativos de que tenham conhecimento, ou indícios de sua prática, anexando os 
documentos pertinentes.
Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei Complementar, constitui crime 
e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando- se, no que 
couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, retardar injustificadamente ou prestar 
falsamente as informações requeridas nos termos desta Lei Complementar.
29
Art. 3º O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da 
obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado (Lei nº 5.172, de 1966, art. 63, inciso I).
§ 1º Entende- se ocorrido o fato gerador e devido o IOF sobre operação de crédito:
I - na data da efetiva entrega, total ou parcial, do valor que constitua o objeto da obrigação ou 
sua colocação à disposição do interessado;
II - no momento da liberação de cada uma das parcelas, nas hipóteses de crédito sujeito, 
contratualmente, a liberação parcelada;
III - na data do adiantamento a depositante, assim considerado o saldo a descoberto em conta 
de depósito;
IV - na data do registro efetuado em conta devedora por crédito liquidado no exterior;
V - na data em que se verificar excesso de limite, assim entendido o saldo a descoberto ocorrido 
em operação de empréstimo ou financiamento, inclusive sob a forma de abertura de crédito;
VI - na data da novação, composição, consolidação, confissão de dívida e dos negócios 
assemelhados, observado o disposto nos §§ 7º e 10 do art. 7º;
VII - na data do lançamento contábil,em relação às operações e às transferências internas 
que não tenham classificação específica, mas que, pela sua natureza, se enquadrem como 
operações de crédito.
§ 2º O débito de encargos, exceto na hipótese do § 12 do art. 7º, não configura entrega ou 
colocação de recursos à disposição do interessado.
§ 3º A expressão “operações de crédito” compreende as operações de:
I - empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos 
(Decreto- Lei nº 1.783, de 18 de abril de 1980, art. 1º, inciso I);
II - alienação, à empresa que exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios 
resultantes de vendas a prazo (Lei nº 9.532, de 1997, art. 58);
III - mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa 
física (Lei nº 9.779, de 1999, art. 13).
30
A base de cálculo e a alíquota do IOF são:
Art. 7º A base de cálculo e respectiva alíquota reduzida do IOF são (Lei nº 8.894, de 1994, art. 1º, 
parágrafo único, e Lei nº 5.172, de 1966, art. 64, inciso I):
I - na operação de empréstimo, sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito:
a) quando não ficar definido o valor do principal a ser utilizado pelo mutuário, inclusive por 
estar contratualmente prevista a reutilização do crédito, até o termo final da operação, a 
base de cálculo é o somatório dos saldos devedores diários apurado no último dia de cada 
mês, inclusive na prorrogação ou renovação:
1. mutuário pessoa jurídica: 0,0041%;
2. mutuário pessoa física: 0,0082%; (Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) 
(Vigência)
b) quando ficar definido o valor do principal a ser utilizado pelo mutuário, a base de cálculo 
é o principal entregue ou colocado à sua disposição, ou quando previsto mais de um 
pagamento, o valor do principal de cada uma das parcelas:
1. mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;
2. mutuário pessoa física: 0,0082% ao dia;(Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) 
(Vigência)
II - na operação de desconto, inclusive na de alienação a empresas de factoring de direitos 
creditórios resultantes de vendas a prazo, a base de cálculo é o valor líquido obtido:
a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;
b) mutuário pessoa física: 0,0082% ao dia; (Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) 
(Vigência)
III - no adiantamento a depositante, a base de cálculo é o somatório dos saldos devedores 
diários, apurado no último dia de cada mês:
a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041%;
b) mutuário pessoa física: 0,0082%; (Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) (Vigência)
IV - nos empréstimos, inclusive sob a forma de financiamento, sujeitos à liberação de recursos 
em parcelas, ainda que o pagamento seja parcelado, a base de cálculo é o valor do principal de 
cada liberação:
a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;
31
b) mutuário pessoa física: 0,0082% ao dia; (Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) 
(Vigência)
V - nos excessos de limite, ainda que o contrato esteja vencido:
a) quando não ficar expressamente definido o valor do principal a ser utilizado, inclusive 
por estar contratualmente prevista a reutilização do crédito, até o termo final da operação, 
a base de cálculo é o valor dos excessos computados no somatório dos saldos devedores 
diários apurados no último dia de cada mês:
1. mutuário pessoa jurídica: 0,0041%;
2. mutuário pessoa física: 0,0082%; (Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) 
(Vigência)
b) quando ficar expressamente definido o valor do principal a ser utilizado, a base de cálculo 
é o valor de cada excesso, apurado diariamente, resultante de novos valores entregues ao 
interessado, não se considerando como tais os débitos de encargos:
1. mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;
2. mutuário pessoa física: 0,0082% ao dia; (Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) 
(Vigência)
VI - nas operações referidas nos incisos I a V, quando se tratar de mutuário pessoa jurídica 
optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos 
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, de que trata a Lei 
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, em que o valor seja igual ou inferior a R$ 
30.000,00 (trinta mil reais), observado o disposto no art. 45, inciso II: 0,00137% ou 0,00137% ao 
dia, conforme o caso;
VII - nas operações de financiamento para aquisição de imóveis não residenciais, em que o 
mutuário seja pessoa física: 0,0082% ao dia. (Redação dada pelo Decreto nº 8.392, de 2015) 
(Vigência)
§ 1º O IOF, cuja base de cálculo não seja apurada por somatório de saldos devedores diários, não 
excederá o valor resultante da aplicação da alíquota diária a cada valor de principal, prevista para 
a operação, multiplicada por trezentos e sessenta e cinco dias, acrescida da alíquota adicional de 
que trata o § 15, ainda que a operação seja de pagamento parcelado. (Redação dada pelo Decreto 
nº 6.391, de 2008)
§ 2º No caso de operação de crédito não liquidada no vencimento, cuja tributação não tenha 
atingido a limitação prevista no § 1º, a exigência do IOF fica suspensa entre a data do vencimento 
original da obrigação e a da sua liquidação ou a data em que ocorrer qualquer das hipóteses 
previstas no § 7º.
32
§ 3º Na hipótese do § 2º, será cobrado o IOF complementar, relativamente ao período em que 
ficou suspensa a exigência, mediante a aplicação da mesma alíquota sobre o valor não liquidado 
da obrigação vencida, até atingir a limitação prevista no § 1º.
§ 4º O valor líquido a que se refere o inciso II deste artigo corresponde ao valor nominal do título 
ou do direito creditório, deduzidos os juros cobrados antecipadamente.
§ 5º No caso de adiantamento concedido sobre cheque em depósito, a tributação será feita na 
forma estabelecida para desconto de títulos, observado o disposto no inciso XXII do art. 8º.
§ 6º No caso de cheque admitido em depósito e devolvido por insuficiência de fundos, a base de 
cálculo do IOF será igual ao valor a descoberto, verificado na respectiva conta, pelo seu débito, na 
forma estabelecida para o adiantamento a depositante.
§ 7º Na prorrogação, renovação, novação, composição, consolidação, confissão de dívida e 
negócios assemelhados, de operação de crédito em que não haja substituição de devedor, a base 
de cálculo do IOF será o valor não liquidado da operação anteriormente tributada, sendo essa 
tributação considerada complementar à anteriormente feita, aplicando- se a alíquota em vigor à 
época da operação inicial.
§ 8º No caso do § 7º, se a base de cálculo original for o somatório mensal dos saldos devedores 
diários, a base de cálculo será o valor renegociado na operação, com exclusão da parte amortizada 
na data do negócio.
§ 9º Sem exclusão da cobrança do IOF prevista no § 7º, havendo entrega ou colocação de novos 
valores à disposição do interessado, esses constituirão nova base de cálculo.
§ 10. No caso de novação, composição, consolidação, confissão de dívida e negócios assemelhados 
de operação de crédito em que haja substituição de devedor, a base de cálculo do IOF será o valor 
renegociado na operação.
§ 11. Nos casos dos §§ 8º, 9º e 10, a alíquota aplicável é a que estiver em vigor na data da novação, 
composição, consolidação, confissão de dívida ou negócio assemelhado.
§ 12. Os encargos integram a base de cálculo quando o IOF for apurado pelo somatório dos saldos 
devedores diários.
§ 13. Nas operações de crédito decorrentes de registros ou lançamentos contábeis ou sem 
classificação específica, mas que, pela sua natureza, importem colocação ou entrega de recursos 
à disposição de terceiros, seja o mutuário pessoa física ou jurídica, as alíquotas serão aplicadas na 
forma dos incisos I a VI, conforme o caso.
§ 14. Nas operações de crédito contratadas por prazo indeterminado e definido o valor do 
principal a ser utilizado pelo mutuário, aplicar- se- á a alíquota diária prevista para a operação e a 
base de cálculo será o valor do principal multiplicado por trezentose sessenta e cinco.
33
Em algumas hipóteses legais, a alíquota do IOF é reduzida à zero. Confira o texto 
legal vigente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/decreto/D6306.htm
§ 15. Sem prejuízo do disposto no caput, o IOF incide sobre as operações de crédito à alíquota 
adicional de trinta e oito centésimos por cento, independentemente do prazo da operação, seja o 
mutuário pessoa física ou pessoa jurídica. (Incluído pelo Decreto nº 6.339, de 2008).
§ 16. Nas hipóteses de que tratam a alínea “a” do inciso I, o inciso III, e a alínea “a” do inciso V, o 
IOF incidirá sobre o somatório mensal dos acréscimos diários dos saldos devedores, à alíquota 
adicional de que trata o § 15. (Incluído pelo Decreto nº 6.339, de 2008).
§ 17. Nas negociações de que trata o § 7º não se aplica a alíquota adicional de que trata o § 15, 
exceto se houver entrega ou colocação de novos valores à disposição do interessado. (Incluído 
pelo Decreto nº 6.391, de 2008)
§ 18. No caso de operação de crédito cuja base de cálculo seja apurada por somatório dos saldos 
devedores diários, constatada a inadimplência do tomador, a cobrança do IOF apurado a partir 
do último dia do mês subsequente ao da constatação de inadimplência dar- se- á na data da 
liquidação total ou parcial da operação ou da ocorrência de qualquer das hipóteses previstas no § 
7º. (Incluído pelo Decreto nº 7.487, de 2011)
§ 19. Na hipótese do § 18, por ocasião da liquidação total ou parcial da operação ou da ocorrência 
de qualquer das hipóteses previstas no § 7º, o IOF será cobrado mediante a aplicação das alíquotas 
previstas nos itens 1 ou 2 da alínea “a” do inciso I do caput, vigentes na data de ocorrência de cada 
saldo devedor diário, até atingir a limitação de trezentos e sessenta e cinco dias. (Incluído pelo 
Decreto nº 7.487, de 2011).
Art. 8º A alíquota do imposto é reduzida a zero na operação de crédito, sem prejuízo do disposto 
no § 5º: (Redação dada pelo Decreto nº 7.011, de 2009)
I - em que figure como tomadora cooperativa, observado o disposto no art. 45, inciso I;
II - realizada entre cooperativa de crédito e seus associados;
III - à exportação, bem como de amparo à produção ou estímulo à exportação;
IV - rural, destinada a investimento, custeio e comercialização, observado o disposto no § 1º;
34
V - realizada por caixa econômica, sob garantia de penhor civil de jóias, de pedras preciosas e 
de outros objetos;
VI - realizada por instituição financeira, referente a repasse de recursos do Tesouro Nacional 
destinados a financiamento de abastecimento e formação de estoques reguladores;
VII - realizada entre instituição financeira e outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil, desde que a operação seja permitida pela legislação vigente;
VIII - em que o tomador seja estudante, realizada por meio do Fundo de Financiamento ao 
Estudante do Ensino Superior - FIES, de que trata a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001;
IX - efetuada com recursos da Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME;
X - realizada ao amparo da Política de Garantia de Preços Mínimos - Empréstimos do Governo 
Federal - EGF;
XI - relativa a empréstimo de título público, quando esse permanecer custodiado no Sistema 
Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, e servir de garantia prestada a terceiro na 
execução de serviços e obras públicas;
XIII - relativa a adiantamento de salário concedido por pessoa jurídica aos seus empregados, 
para desconto em folha de pagamento ou qualquer outra forma de reembolso;
XIV - relativa a transferência de bens objeto de alienação fiduciária, com sub- rogação de 
terceiro nos direitos e obrigações do devedor, desde que mantidas todas as condições 
financeiras do contrato original;
XV - realizada por instituição financeira na qualidade de gestora, mandatária, ou agente de 
fundo ou programa do Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, instituído 
por lei, cuja aplicação do recurso tenha finalidade específica;
XVI - relativa a adiantamento sobre o valor de resgate de apólice de seguro de vida individual e 
de título de capitalização;
XVII - relativa a adiantamento de contrato de câmbio de exportação;
XVIII - relativa a aquisição de ações ou de participação em empresa, no âmbito do Programa 
Nacional de Desestatização;
XIX - resultante de repasse de recursos de fundo ou programa do Governo Federal vinculado à 
emissão pública de valores mobiliários;
XX - relativa a devolução antecipada do IOF indevidamente cobrado e recolhido pelo 
responsável, enquanto aguarda a restituição pleiteada, e desde que não haja cobrança de 
encargos remuneratórios;
35
XXI - realizada por agente financeiro com recursos oriundos de programas federais, estaduais 
ou municipais, instituídos com a finalidade de implementar programas de geração de emprego 
e renda, nos termos previstos no art. 12 da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998;
XXII - relativa a adiantamento concedido sobre cheque em depósito, remetido à compensação 
nos prazos e condições fixados pelo Banco Central do Brasil;
XXIII - realizada por instituição financeira referente a repasses de recursos obtidos no exterior, 
em qualquer de suas fases; (Revogado pelo Decreto nº 6.391, de 2008).
XXIV - realizada por instituição financeira, com recursos do Tesouro Nacional, destinada ao 
financiamento de estocagem de álcool etílico combustível, na forma regulamentada pelo 
Conselho Monetário Nacional;
XXV - realizada por uma instituição financeira para cobertura de saldo devedor em outra instituição 
financeira, até o montante do valor portado e desde que não haja substituição do devedor.
XXVI - relativa a financiamento para aquisição de motocicleta, motoneta e ciclomotor, em que o 
mutuário seja pessoa física. (Incluído pelo Decreto nº 6.655, de 2008)
XXVII - realizada por instituição financeira pública federal em que sejam tomadores de recursos 
pessoas físicas com renda mensal de até dez salários mínimos, desde que os valores das 
operações sejam direcionados exclusivamente para adquirir bens e serviços de tecnologia 
assistiva destinados a pessoas com deficiência, nos termos do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 
10.735, de 11 de setembro de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 7.726, de 2012) Produção de efeito
XXVIII - realizada por instituição financeira, com recursos públicos ou privados, para 
financiamento de operações, contratadas a partir de 2 de abril de 2013, destinadas a aquisição, 
produção e arrendamento mercantil de bens de capital, incluídos componentes e serviços 
tecnológicos relacionados, e o capital de giro associado, a produção de bens de consumo 
para exportação, ao setor de energia elétrica, a estruturas para exportação de granéis líquidos, 
a projetos de engenharia, à inovação tecnológica, e a projetos de investimento destinados 
à constituição de capacidade tecnológica e produtiva em setores de alta intensidade de 
conhecimento e engenharia e projetos de infraestrutura logística direcionados a obras de 
rodovias e ferrovias objeto de concessão pelo Governo federal, a que se refere o art. 1º da Lei 
nº 12.096, de 24 de novembro de 2009, e de acordo com os critérios fixados pelo Conselho 
Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil. (Incluído pelo Decreto nº 7.975, de 2013) 
XXIX - contratada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, destinada à 
cobertura, total ou parcialmente, das despesas incorridas pelas concessionárias de serviço 
público de distribuição de energia elétrica nos termos do Decreto nº 8.221, de 1º de abril de 
2014. (Incluído pelo Decreto nº 8.231, de 2014)
XXXI - efetuada por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos
36
- FINEP ou por seus agentes financeiros, com recursos dessa empresa pública;; e (Incluído 
pelo Decreto nº 8.325, de 2014)
XXXII - destinada, nos termos do §3º do art. 6º da Lei nº 12.793, de 2 de abril de 2013, ao 
financiamento de projetos de infraestrutura de logísticadirecionados a obras de rodovias e 
ferrovias objeto de concessão pelo Governo Federal. (Incluído pelo Decreto nº 8.325, de 2014)
§ 1º No caso de operação de comercialização, na modalidade de desconto de nota promissória 
rural ou duplicata rural, a alíquota zero é aplicável somente quando o título for emitido em 
decorrência de venda de produção própria.
§ 2º O disposto no inciso XXV não se aplica nas hipóteses de prorrogação, renovação, novação, 
composição, consolidação, confissão de dívidas e negócios assemelhados, de operação de crédito 
em que haja ou não substituição do devedor, ou de quaisquer outras alterações contratuais, 
exceto taxas, hipóteses em que o imposto complementar deverá ser cobrado à alíquota vigente na 
data da operação inicial.
§ 3º Quando houver desclassificação ou descaracterização, total ou parcial, de operação de crédito 
rural ou de adiantamento de contrato de câmbio, tributada à alíquota zero, o IOF será devido a 
partir da ocorrência do fato gerador e calculado à alíquota correspondente à operação, conforme 
previsto no art. 7º, incidente sobre o valor desclassificado ou descaracterizado, sem prejuízo do 
disposto no art. 54.
§ 4º Quando houver falta de comprovação ou descumprimento de condição, ou desvirtuamento 
da finalidade dos recursos, total ou parcial, de operação tributada à alíquota zero, o IOF será 
devido a partir da ocorrência do fato e gerador calculado à alíquota correspondente à operação, 
conforme previsto no art. 7o, acrescido de juros e multa de mora, sem prejuízo do disposto no art. 
54, conforme o caso.
§ 5º Fica instituída, independentemente do prazo da operação, alíquota adicional de trinta e oito 
centésimos por cento do IOF incidente sobre o valor das operações de crédito de que tratam os 
incisos I, II, IV, V, VI, X, XI, XIV, XVI, XVIII, XIX, XXI e XXVI. (Redação dada pelo Decreto nº 6.655, de 2008)
37
E, antes de terminar, vale saber ainda que o Decreto nº 6.306/07 estabeleceu regra 
especial a respeito do seguro. Confira:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/decreto/D6306.htm
Art. 18. O fato gerador do IOF é o recebimento do prêmio (Lei nº 5.143, de 1966, art. 1º, inciso II).
§ 1º A expressão “operações de seguro” compreende seguros de vida e congêneres, seguro de 
acidentes pessoais e do trabalho, seguros de bens, valores, coisas e outros não especificados 
(Decreto- Lei nº 1.783, de 1980, art. 1º, incisos II e III).
§ 2º Ocorre o fato gerador e torna- se devido o IOF no ato do recebimento total ou parcial do prêmio.
Art. 21. A base de cálculo do IOF é o valor dos prêmios pagos (Decreto- Lei nº 1.783, de 1980, art. 1º, 
incisos II e III).
Art. 22. A alíquota do IOF é de vinte e cinco por cento (Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 15).
§ 1º A alíquota do IOF fica reduzida:
I - a zero, nas seguintes operações:
a) de resseguro;
b) de seguro obrigatório, vinculado a financiamento de imóvel habitacional, realizado por agente 
do Sistema Financeiro de Habitação;
c) de seguro de crédito à exportação e de transporte internacional de mercadorias;
d) de seguro contratado no Brasil, referente à cobertura de riscos relativos ao lançamento e à 
operação dos satélites Brasilsat I e II;
e) em que o valor dos prêmios seja destinado ao custeio dos planos de seguro de vida com 
cobertura por sobrevivência;
f ) de seguro aeronáutico e de seguro de responsabilidade civil pagos por transportador aéreo;
g) de seguro garantia. (Redação dada pelo Decreto nº 7.787, de 2012)
38
Finalizamos nossa primeira etapa de estudo, analisando os principais aspectos sobre a 
organização do Sistema Financeiro Nacional. A partir de agora, vamos fazer uma pausa 
neste assunto, para abordar um conteúdo diferente.
Como avisamos ainda na introdução, precisamos estudar o Código de Proteção e 
Defesa do Consumidor.
II - nas operações de seguro de vida e congêneres, de acidentes pessoais e do trabalho, 
incluídos os seguros obrigatórios de danos pessoais causados por veículos automotores de 
vias terrestres e por embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não e excluídas 
aquelas de que trata a alínea “f” do inciso I: trinta e oito centésimos por cento; (Redação dada 
pelo Decreto nº 6.339, de 2008).
III - nas operações de seguros privados de assistência à saúde: dois inteiros e trinta e oito 
centésimos por cento; (Redação dada pelo Decreto nº 6.339, de 2008).
IV - nas demais operações de seguro: sete inteiros e trinta e oito centésimos por cento. (Incluído 
pelo Decreto nº 6.339, de 2008).
§ 2º O disposto na alínea “f” do inciso I do § 1º aplica- se somente a seguro contratado por companhia 
aérea que tenha por objeto principal o transporte remunerado de passageiros ou de cargas.
39
II. Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor
Em 1990 foi promulgada a Lei nº 8.078, o chamado Código de Proteção e Defesa 
do Consumidor, que a partir de agora iremos chamá- lo simplesmente CDC. Esta lei 
determina as regras que devem ser observadas nas relações de consumo em todo o 
território brasileiro.
Muitas dúvidas podem surgir durante o seu estudo e, como esperamos deixar claro, a 
simples leitura do CDC irá solucioná- las. Esta lei foi elaborada com linguagem acessível, 
porque, como veremos em breve, um dos princípios da Política Nacional das Relações 
de Consumo estabelecida pela Lei nº 8.078/90 é a educação e a informação dos 
fornecedores e dos consumidores (art. 4º). Portanto, não podia ser diferente, a redação 
desta norma primou por um texto simples. Então, vamos à leitura dos principais 
dispositivos do Código de Proteção e Defesa do Consumidor que irão interessar não só 
para realização do exame de certificação, como, também, para as relações de consumo 
que você irá estabelecer.
O CDC indica duas características sobre suas regras, elas são: de ordem pública e 
de interesse social. São de ordem pública porque não podem ser afastadas pela 
vontade dos sujeitos ao celebrarem um contrato, nem serem afastadas por outras 
leis hierarquicamente inferiores. São de interesse social porque interessa a todos a 
harmonia nas relações de consumo.
Confira o texto vigente: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem 
pública e interesse social, nos termos dos arts.
5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
40
É importante também que você conheça os objetivos e osprincípios da Política 
Nacional das Relações de Consumo, previstos no art. 4º.
Os objetivos são importantes porque eles são as razões de ser desta lei. Os princípios 
são a base de interpretação dela, ou seja, você precisa conhecer os princípios para 
aplicar adequadamente as regras aos casos concretos do cotidiano. Vamos exemplificar 
a importância dos princípios legais: quando o legislador afirma que é princípio do 
CDC a vulnerabilidade do consumidor em relação ao fornecedor, na análise de um 
caso prático, precisamos partir da premissa que o conhecimento e o monopólio do 
produto ou do serviço estão nas mãos do fornecedor, de forma que, o consumidor terá 
a informação na medida exata do que lhe for comunicado. Confira:
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das 
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de 
seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e 
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 
9.008, de 21.3.1995)
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões

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