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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 2 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Introdução .............................................................................................................................. 3 1. Visão Geral De Estratégia ............................................................................................. 4 1.1.Conceitos E Evolução de Planejamento e Estratégia ................................................. 4 1.2. Gestão Pública ........................................................................................................ 11 1.3. Administração da Produção ..................................................................................... 13 2. Serviços Públicos ........................................................................................................ 18 2.1. Características do Serviço Público .......................................................................... 19 3.Gestão de Bens e Serviços .......................................................................................... 21 3.1.Bens .......................................................................................................................... 21 4. Gestão de Bens de Serviços ....................................................................................... 28 4.1.A Modernização Do Sistema De Aquisição De Bens E Serviços .............................. 36 5.Sistemas de informação ............................................................................................... 43 5.1.Gestão estratégica no planejamento público ............................................................ 43 5.2.Sistemas De Informações No Contexto Do Setor Público Federal Brasileiro ......................................................................................................................... 46 5.3. Sistemas De Informações Corporativos Do Governo Federal E Accountability .................................................................................................................. 47 5.4.Sistema de Dados Orçamentários ............................................................................ 48 5.5. Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento ......................................... 49 5.6. Sistema de Administração Financeira do Governo Federal ..................................... 50 6. Considerações finais ................................................................................................... 52 7. Referências bibliográficas .......................................................................................... 53 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 3 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 INTRODUÇÃO Nos dias de hoje, o planejamento vem sendo cada vez mais utilizado na gestão organizacional e todos os setores de uma empresa procuram desenvolver melhor as suas atividades de forma que possam, a cada dia, otimizar o uso dos seus recursos. Essa prática se dá por meio de técnicas de planejamento. O termo planejamento, além de empregado de forma comum na área de administração, aparece igualmente ligado à estratégia, como planejamento estratégico, o qual foi incorporado no ambiente organizacional em um contexto de estabilidade onde as mudanças eram lentas e graduais. o processo de estruturação desse tipo de planejamento se dá com a utilização da metodologia SWOT na qual se destaca a avaliação dos ambientes interno e externo da organização. Com a evolução organizacional, observam-se várias mudanças ao comparar com meados do século passado. Com a chegada do processo de integração entre as diversas nações, denominado de globalização, as distâncias entre as nações reduziram-se rapidamente, as transações via rede levaram as organizações privada e pública, a se conectarem a grande rede para conseguir se posicionar em um mundo onde a velocidade das informações é que determina as diretrizes das organizações. Nessa era informacional em que a rapidez significa custos para todo tipo de organização, a sociedade vem se programando e se conscientizando do seu papel como também do papel do Estado. E este, para atender essas novas demandas sociais, vem buscando novas técnicas gerenciais onde a formação do planejamento estratégico é um modelo que vem sendo bastante utilizada pelos gestores de órgãos públicos. As organizações públicas vêm investindo pesado em sistemas para dar suporte as suas novas demandas. A lógica de governo eletrônico vem sendo INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 4 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 difundida entre os usuários que buscam rapidez e eficácia das transações com o Estado. O governo vem, a cada dia, se posicionado como empresa, prezando pela seriedade dos seus serviços, bem como um rígido controle dos seus gastos, de forma que possa evitar qualquer tipo de desvio por parte dos seus gestores. No entanto, a realidade da gestão pública brasileira não é indiferente a esse cenário de mudanças, apenas poucas organizações vêm se adequando a tal contexto. Muitas instituições públicas e privadas ainda utilizam modelos pouco aplicáveis a esse contexto como é o caso do modelo SWOT. Tendo em vista esse contexto de turbulência e mudanças, as organizações públicas do país necessitam atentar para esses novos parâmetros e diretrizes de planejamento estratégico. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 5 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 1. VISÃO GERAL DE ESTRATÉGIA O termo estratégia norteia todo o processo de evolução da humanidade, aplicando-se, em essência, em cada tipo e organização desenvolvida pelo homem, de modo a obterem-se vantagens em um processo intensificado de disputa por posicionamento e vantagens seja na guerra, entre nações, ou na disputa por mercado, entre empresas. No decorrer do tempo pôde-se observar uma evolução da definição ao termo, onde é deixada de lado a visão de estratégia como plano, e passa-se a ver a estratégia como um processo de atividade contínua, abrangendo toda organização e seu ambiente por meio da cooperação entre partes. Assim Andrews (1980 apud MINTZBERG; QUINN, 2001, p. 58) define estratégia como sendo: [...] padrão de decisões em uma empresa que determina e revela seus objetivos, propósitos ou metas, produz as principais políticas e planos para a obtenção dessas metas, e define a escala de negócios em que a empresa deve se envolver, o tipo de organização econômica e humana que pretende ser e a natureza da contribuição econômica e não-econômica que pretende proporcionar a seus acionistas, funcionários e comunidades. Ampliando ainda essa visão, Ansoff (1991) afirma que uma organização necessita definir um sentido a sua busca e criação de novas oportunidades, sendo assim, ele define estratégia como um dos vários conjuntos de normas de decisão que direcionam o comportamento de uma empresa. Para Hamel e Prahalad (1995), o conceito de estratégia está diretamente relacionado com mediadas concebidas em uma situação presente, por meio do que ele chama de arquitetura estratégica, visando interceptar o futuro, isto é, INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 6 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521construir as oportunidades futuras, por meio de um desenho estratégico bem definido. Com isso, D’Anjour et al (2005) perceberam que, os diversos conceitos de estratégia direcionam para a crescente necessidade do uso da mesma no mundo organizacional, pois esta oferece aos gestores organizacionais a possibilidade de lidar com as incertezas e riscos, de forma que possam estabelecer simultaneamente relações de colaboração e competição sustentável com seus concorrentes, possibilitando aos mesmos gerirem com efetividade os recursos limitados, visando não apenas atingirem suas metas e objetivos, mas garantirem a sua sobrevivência nesse ambiente desordenado 1.1.Conceitos E Evolução de Planejamento e Estratégia D’Anjour et al (2005) abordam os conceitos sobre o Planejamento Estratégico, e cita alguns autores, como o conceito definido por Oliveira (1991) : “[...] um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação da empresa com seu ambiente.” D’Anjour et al (2005) perceberam que outros autores descrevem o planejamento estratégico não como uma técnica, mas como um conceito, por exemplo de Drucker (1998) que definiu planejamento estratégico como o planejamento do futuro a longo prazo, para a empresa, incluindo a fixação dos principais objetivos globais, a determinação dos caminhos básicos a usar na perseguição desses objetivos e os meios a empregar para conseguir os recursos necessários para tanto. Após conceituado o planejamento estratégico, serão apresentadas, algumas das principais metodologias, que marcaram o processo de formulação desse tipo de planejamento. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 7 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Mintzberg, Ahistrand e Lampel (2000) apresentam, no seu livro “Safári da Estratégia”, três escolas onde consideram como relevante o modelo de planejamento estratégico, dentre elas, pode-se destacar a escola da concepção que vê a estratégia como uma um processo de desenho informal que consiste na busca de alinhamento entre as capacidades internas e as possibilidades externas, nessa escola, destaca-se o uso de uma das noções mais utilizada no processo de formulação do planejamento estratégico que é o SWOT. Análise de SWOT O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações. Segundo PÚBLIO (2008), a análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard Business School: Kenneth Andrews e Roland Christensen. Por outro lado, TARAPANOFF (2001:209) indica que a ideia da análise SWOT já era utilizada há mais de três mil anos quando cita em uma epígrafe um conselho de Sun Tzu: "Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças " (SUN TZU, 500 a.C.) Apesar de bastante divulgada e citada por autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema. Objetivos Efetuar uma síntese das análises internas e externas; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 8 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Identificar elementos chave para a gestão da empresa, o que implica estabelecer prioridades de atuação; Preparar opções estratégicas: Riscos/Problemas a resolver. Vantagens/Oportunidades Realizar previsão de vendas em articulação com as condições de mercado e capacidades da empresa Esta análise de cenário se divide em: • ambiente interno (Forças e Fraquezas) - Principais aspectos, que diferencia a empresa dos seus concorrentes (decisões e níveis de performance que se pode gerir). Strenghts - Vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes. Weaknesses - Desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes. • ambiente externo (Oportunidades e Ameaças)- Corresponde às perspectivas de evolução de mercado; Fatores provenientes de mercado e meio envolvente (decisões e circunstâncias externas ao poder de decisão da empresa). As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos. Opportunities - Aspectos positivos da envolvente com potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa. Threats - Aspectos negativos da envolvente com potencial de comprometer a vantagem competitiva da empresa. O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 9 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito. Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá- lo com frequência de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos. A combinação destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variáveis, Forças e Fraquezas; Oportunidades e Ameaças. Vão facilitar a análise e a procura para tomada de decisões na definição das estratégias de negócios da empresa. Forças e Oportunidades - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas. Forças e Ameaças - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ameaças detetadas. Fraquezas e Oportunidades - Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades detectadas. Fraquezas e Ameaças - As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 10 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Como podemos verificar a matriz SWOT ajuda a empresa na tomada de decisão ao nível de poder maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da empresa e minimizar os pontos fracos e redução dos efeitos dos pontos fracos das ameaças. Devendo esta análise ser complementada com um quadro que ajude a identificar qual o impacto (elevado, médio e fraco) que os fatores podem ter no negócio e qual a tendência (melhorar, manter e piorar) futura que estes fatores têm no negócio. Percebemos, portanto que o contexto competitivo faz com que haja um planejamento maior por partedos gestores, por isso é valido relatar que esses modelos de planejamento estratégico apresentados anteriormente como ferramenta de trabalho, são tidos como técnica ultrapassada na área de estratégia, sendo isto aceito por vários autores. As críticas ao planejamento estratégico são admitidas inclusive por Ansoff et al. (1977), ao afirmar que experiências em empresas têm demonstrado que os preceitos do planejamento estratégico são difíceis de serem implantados na prática. Esse modelo de planejamento “incrementalista” em meio às incertezas e mudanças do mundo organizacional dificilmente apresenta valor agregado, sendo eficiente apenas em ambientes de relativa calmaria. Hamel e Prahalad (1995) afirmam que: “Para ampliar a previsão do setor e desenvolver uma arquitetura estratégica de apoio, as empresas precisam de uma nova perspectiva sobre o que significa ser estratégica.”. O novo modelo, baseado na arquitetura organizacional, enfatiza a concepção da estratégia como modelo de aprendizado organizacional quebrando com o modelo formal de criação de estratégia que pregava a participação apenas do setor de planejamento com seus sistemas formais de informação, desconsiderando no processo a “sabedoria coletiva da empresa.” INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 11 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Finalmente, Prahalad (2004) apresenta um novo paradigma que completa o ciclo para formulação de estratégias para um futuro competitivo. Para ele, em um mundo de co-criação: “[...] a estratégia é um processo de experimentação contínua, de redução do risco, de compressão do tempo, de minimização dos investimentos e de maximização de impacto no mercado. A estratégia dever ser um processo de inovação e descoberta”. Prahalad (2004) conclui seu pensamento afirmando que para qualquer organização que queira sobreviver, nesse contexto de incerteza, necessita estar inserida no mercado de forma colaborativa em um processo que permita aos gerentes utilizar-se mais da criatividade para poder competir dentro desse ambiente. D’Anjour et al (2005) perceberam que a abordagem tradicional de o planejamento estratégico, devido às intensas mudanças ambientais e necessidade de respostas às demandas organizacionais em tempo real, vêm perdendo sua utilização prática por se tratar de um modelo documental e de difícil implementação, em contrapartida vem emergindo uma moderna lógica de onde se vê a estratégia como um processo de inovações e descobertas. Assim, os autores verificaram que a estratégia em contexto empresarial não acabou, apenas mudou de rumo. 1.2. Gestão Pública A Gestão Pública, segundo Graham Jr. e Hays (1994), está ligada diretamente às atividade administrativas que ocorrem dentro das agências governamentais, ou seja, enquanto o papel da administração pública é formular políticas, a função do gerenciamento público é a de executar essas políticas de forma eficiente. A gestão, em órgãos da administração pública direta, está presente no país desde o período colonial e vem acompanhando a evolução deste até os INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 12 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 dias de hoje. O legado herdado desse período, onde se tinha uma estrutura pública frágil e desarticulada, apresenta fortes reflexos atualmente, onde se verifica um acentuado aumento quantitativo dos serviços prestados a sociedade, em contrapartida, em termos qualitativos, pouco se tem melhorado. De acordo com Graham Jr. e Hays (1994) isso se deve, em parte, pela falta de gestores públicos motivados e comprometidos com a estrutura pública. Outro fator importante é caracterizado pelo grande déficit de servidores nos órgão e o aumento excessivo de usuários em busca de respostas rápidas e efetivas. As organizações apresentam uma estrutura extremamente centralizadora em que o processo decisório é feito de forma verticalizada. Onde os gestores de baixo escalão têm a sua autonomia decisória suprimida, limitando-se a cumprir as normas impostas pelo regimento da instituição, que, em muitas situações encontram-se fora do contexto atual. Para suavizar esse fenômeno, Graham Jr. e Hays (1994) propõem um realinhamento das áreas relacionadas com o planejamento, organização, gestão de pessoas, direção, coordenação, prestação de contas e orçamento. Esse alinhamento das áreas são observadas em várias organizações do país tanto pelas ferramentas de controle orçamentário e de gestão impostas pelo Tribunal de Contas da União, quanto por meio do Programa de Qualidade do Governo Federal que apresenta diretrizes para que essas organizações possam dar um salto quantitativo e qualitativo nos seus modelos de gestão. D’Anjour et al (2005) relata que a gestão pública brasileira, em meio a tantas dificuldades estruturais, vem evoluindo, mesmo lentamente, porém com as reformas do Estado e as reestruturações das legislações não aplicáveis ao contexto atual espera-se avanços significativos em um futuro próximo. Esses autores analisaram a sistemática de planejamento estratégico em órgãos públicos, considerando parâmetros utilizados e possibilidades de mudanças. A metodologia utilizada foi através de estudo de casos múltiplos por meio de observação participante, análise documental e entrevistas, estudar os INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 13 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 modelos de planejamento estratégicos desenvolvidos pelas Delegacias Regionais do Trabalho nos estados. Os resultados apontam para um modelo de planejamento baseado no tradicional método de SWOT, desenvolvido para um ambiente organizacional estável, o que atende os objetivos da DRT, entretanto, limita, em parte, o processo de concepção de estratégia baseado na evolução dos novos modelos teóricos de formulação de estratégia voltada para um ambiente turbulento e de rápidas mudanças. Os autores concluíram que se pode verificar que a sistemática utilizada por instituições públicas em geral, se apresenta de forma tradicional, a partir de modelos clássicos de planejamento estratégico. Em paralelo a esse entendimento sobre gestão pública, vamos recordar conceitos em administração da produção, que também objetiva um bem maior: a produção de bens. 1.3. Administração da Produção A Administração da Produção ou Administração de operações é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços. Segundo Slack (1996) a produção é a função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir. A função produção se preocupa principalmente com os seguintes assuntos: Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção para atender a demanda e ser competitivo; Projeto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e serviços; Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 14 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Arranjos produtivos: produção artesanal, produção em massa e produção enxuta; Ergonomia; Estudo de tempos e movimentos Planejamento da produção: planejamento de capacidade, agregado, plano mestre de produção e sequenciamento; Planejamento e controle de projetos 1.3.1.Entradas – Transformação – Saídas O processo produtivo consistena transformação de entradas (de materiais e serviços) em saídas (de outros materiais e serviços). Transformação é o uso de recursos para mudar o estado ou condição de algo para produzir saídas. A maioria das operações produz tanto produtos como serviços. Os processos de transformação podem ser de vários tipos: De materiais - processam suas propriedades físicas (forma, composição, características), localização (empresas distribuidoras ou de frete) ou posse (empresas de varejo). De informações - processam a forma da informação (ex. contadores), localização (ex. empresa de telecomunicações) ou posse (ex. consultoria, serviços de notícias, etc). De consumidores – processam condições físicas (ex. médicos), de localização (acomodação: ex. hotéis), de estado psicológico (indústria do entretenimento), etc. 1.3.2. Proteção da Produção Entre as principais responsabilidades da Gerência de operações está a proteção da produção: são medidas utilizadas para garantir a continuidade da INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 15 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 produção ao longo do tempo, defendendo-a de intempéries e circunstâncias externas. A proteção da produção pode ser dividida de acordo com sua natureza: Proteção física - envolve a construção de um estoque de recursos, de forma que qualquer interrupção de fornecimento possa ser absorvida pelo estoque. Serve tanto para matérias-primas quanto para produtos acabados. Proteção organizacional - é uma função de isolamento do pessoal da produção com o ambiente externo, onde as outras funções organizacionais agem formando barreiras ou proteções entre as incertezas ambientais e a função produção. É feito pelo pessoal de apoio (escritórios, etc). Seu uso excessivo tem sido criticado por modelos japoneses, que preveem maior interação de pessoal da fábrica com fornecedores/clientes externos. O projeto do sistema produtivo envolve a configuração do processo de conversão dos materias e insumos em produtos úteis, bens, conhecimento e serviços. Dimensionar o processo de conversão envolve a execução de atividades relacionadas á definição dos equipamentos, capacidade, especificações técnicas, definição de layout e fluxo produtivo. A operação contempla o planejamento, programação e controle da produção envolvendo atividades de aprazamento, sequenciamento e programação. Aprazamento: definição da data de entrega dos produtos acabados ao cliente ou a quem de interesse. 1.3.3.Tipos de operações de produção A gerência de operações trata de operações produtivas, que tipicamente se diferem em quatro variáveis: Volume - Em sistemas de grande volume de produção (por exemplo, os sistemas da lanchonete McDonalds), há um alto grau de repetição de INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 16 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 tarefas. Isso possibilita a especialização de trabalhadores, e a sistematização do trabalho (procedimentos-padrões estão estabelecidos em um manual, com instruções de como cada parte do trabalho deve ser feita) e de ferramentas (ex. fogões e frigideiras especializados para o McDonalds). A implicação mais importante disto é o custo unitário baixo, pois no mínimo, os custos fixos são diluídos em um grande número de produtos. Em sistemas com baixo volume de produção (por exemplo, um restaurante pequeno), há um número pequeno de funcionários, e não há grande repetição de tarefas. Isso pode ser mais gratificante para o funcionário, mas é prejudicial à sistematização. Além disso, o custo unitário é bem mais alto, pois é pouco diluído. O capital exigido, no entanto, é intensivo. Variedade- Confronta produtos ou serviços altamente padronizados (analogia: ônibus, com rotas estabelecidas) com outros produtos e serviços altamente flexíveis e customizáveis (analogia: táxi, que pode seguir infinitas rotas). O que é padronizado tem custos mais baixos e pode ter uma taxa de erros menor (e por consequência, uma qualidade maior). Variabilidade (de demanda) - Contrapõe negócios de alta variação de demanda (demanda instável – por exemplo, um resort que fica cheio na alta temporada, mas vazio na baixa) com negócios de demanda estável (por exemplo, um hotel na frente de uma rodoviária movimentada). O custo unitário do primeiro caso é maior, e ele deve se adaptar para contratar funcionários temporários, etc. Visibilidade - Depende do quanto da operação é exposto para os clientes. Operações de alto contato (ex. varejo de material de construção) exigem funcionários com boas habilidades de interação com o público. Operações de baixo contato (ex. vendas por catálogo, ou via web) exigem funcionários menos qualificados, e pode ter alta taxa de utilização por isso, tem custos mais baixos. Visibilidade baixa tolera INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 17 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 prazos de entrega mais longos, e por isso podem trabalhar com menor estoque. Há operações de visibilidade mista: algumas micro operações são de alta visibilidade, outras de baixa. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 18 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 2. SERVIÇOS PÚBLICOS Serviço público é um conjunto de atividades e serviços ligadas à administração estatal através de seus agentes e representantes, mas também exercida por outras entidades, mesmo que particulares, sempre visando promover o bem-estar à disposição da coletividade. Para a posse direta por seus membros individualmente. Estas atividades, prestadas pelo Estado para a sociedade, são desempenhadas pelos funcionários públicos que estão integrados nas entidades governamentais, tais como entidades político- administrativas, de direito público e de segurança pública. Setores Serviços públicos tendem a ser considerados tão essenciais para a vida moderna que suas provisões universais precisam ser garantidas por razões morais, e algumas estão até mesmo associadas com direitos humanos fundamentais, como acesso universal a água. Alguns serviços considerados públicos estão: Educação Eletricidade Bombeiros Saúde pública Militares Policia Transporte público Moradia social Telecomunicações INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 19 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Planejamento urbano Tratamento de resíduos sólidos Rede de Água Limpeza pública 2.1. Características do Serviço Público O serviço público é bastante diferente dos serviços comuns prestados pelas empresas privadas ou pelos prestadores autônomos, vez que está subordinado coletivo, portanto, um interesse maior que o interesse individual de cada cidadão. Assim, o Estado, por critérios jurídicos, técnicos e econômicos, define e estabelece quais os serviços deverão ser públicos ou de utilidade pública, e ainda se estes serviços serão prestados diretamente pela estrutura oficial ou se serão delegados a terceiros. Naturalmente alguns serviços não poderão ser delegados a terceiros pela sua complexidade ou vinculação direta com a administração pública, entretanto, outros tipos de serviços não devem ser prestados diretamente e, por consequência, sempre são transferidos à iniciativa privada, contudo,obedecidas certas condições e normas. Os serviços públicos, propriamente ditos, são aqueles prestados diretamente à comunidade pela Administração depois de definida a sua essencialidade e necessidade. Assim são privativos do Poder Público, ou seja, só a Administração Pública deve prestá-los. Por exemplo, a preservação da saúde pública e os serviços de polícia. Outros serviços públicos, chamados de serviços de utilidade pública, são aqueles que a Administração Pública reconhece a sua conveniência para a coletividade prestando-os diretamente ou delegando-os a terceiros, nas condições regulamentadas e sob o seu controle. Por exemplo, o transporte INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 20 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 coletivo, a energia elétrica, o serviço de telecomunicações e o fornecimento de água. Os serviços que são prestados individualmente a cada cidadão, por exemplo, o fornecimento de água, luz, telecomunicações etc., geralmente o são por empresas privadas mediante concessão outorgada pelo poder público e sob pagamento da tarifa respectiva diretamente pelo usuário. A cessação do pagamento desses serviços por parte do usuário tem suscitado hesitações da jurisprudência sobre a legalidade e legitimidade da suspensão de seu fornecimento em face de normas vigentes como o Código de Defesa do Consumidor. Mas, importante, o prévio aviso da suspensão não pode ser ignorado e é obrigatório pela lei e, aliás, conforme tem entendido pacificamente a jurisprudência. A lei também define como essenciais alguns tipos de serviços, que nem sempre são serviços públicos, mas que, sendo essenciais à coletividade, poderão sofrer alguns tipos de intervenção do poder público. São serviços essenciais, assim definidos pela Lei n.º 7.783/89, os serviços os de água, energia elétrica, gás, combustíveis, saúde, distribuição de medicamentos e alimentos, funerário, transporte coletivo, captação e tratamento de esgoto, tráfego aéreo, compensação bancária e outros. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 21 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 3. GESTÃO DE BENS E SERVIÇOS 3.1.Bens Bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito. Enquanto o objeto do direito positivo é a conduta humana, o objeto do direito subjetivo podem ser bens ou coisas não valoráveis pecuniariamente. São bens jurídicos os de natureza patrimonial, isto é, tudo aquilo que se possa incorporar ao nosso patrimônio é um bem: uma casa, um carro, uma roupa, um livro, ou um CD. Além disso, há uma classe de bens jurídicos não patrimoniais. Não são economicamente estimáveis, como também insuscetíveis de valoração pecuniária: a vida e a honra são exemplos fáceis de se compreender. Os bens podem ser classificados em: móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, comercializáveis ou fora do comércio, principais e acessórios, e públicos ou particulares. 3.1.1.Bens fungíveis e infungíveis Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesmo gênero/espécie, quantidade e qualidade, conforme o disposto no artigo 85 do Novo Código Civil, sendo certo que tal classificação é típica de bens móveis, podendo-se citar os seguintes exemplos: café, soja, minério de carvão, dinheiro etc. Já, os bens infungíveis são aqueles de natureza insubstituível, como, por exemplo, uma obra de arte, uma edição rara de um livro, um touro premiado etc. A fungibilidade dos bens, de forma geral, deriva da própria natureza do bem. Mas existem ocasiões que tal situação não se verifica necessariamente assim, tendo em vista que a vontade das partes poderá transformar um bem INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 22 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 fungível em infungível. Um exemplo é o de uma cesta de frutas que fica exposta para ornamentação em um evento de um restaurante. Tal cesta deverá ser devolvida ao final do evento, não se admitindo que seja substituída por outra. Para Monteiro (2005): “ a fungibilidade ou infungibilidade é predicado que resulta, em regra, da própria qualidade física, da própria natureza da coisa. Mas pode advir igualmente da vontade das partes. Estas, por convenção, tornam infungíveis coisas intrinsecamente fungíveis”. Há também serviços fungíveis e infungíveis. Para Gomes (2001, p.222): “Serviço fungível é o que pode ser prestado por outra pessoa que não o devedor. O credor tem a faculdade de mandar executa-lo por substituto, a expensas da outra parte. Serviço não fungível, o que se contrata intuitu personae, isto é, em atenção às qualidades pessoais do devedor. Sua execução por terceiro ou é impossível ou desinteressante ao credor”. Padilha (2006) exemplifica através destes atores imaginários como o Sérgio acaba de contratar William “Picasso”, que é um pintor famoso e com qualidades peculiarmente diferentes, para pintar a sala de visitas da sua casa, mas William “Picasso” não comparece na data combinada e manda Genuíno “da Silva”, que pinta várias casas por aí, e não possui uma característica peculiar para a pintura. Será que Sérgio - que é o credor - poderá contestar a INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 23 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 substituição? Naturalmente sim. Porque o serviço prestado por William “Picasso” é um serviço infungível, não substituível por terceiro; apenas ele pode fazer (executar) e ninguém mais. No entanto, se o Sérgio chama um encanador para consertar a pia da cozinha, nada impede que o ‘Nóca encanador’ mande o ‘Juca Prego’ ir arrumar, porque não depende de uma característica reconhecidamente peculiar de ‘Nóca’, e sim de um serviço comum. 3.1.2. Bens Consumíveis E Inconsumíveis Os bens consumíveis são os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, bem como aqueles destinados à alienação, como bem se observa no disposto no artigo 86 do Novo Código Civil, sendo divididos em consumíveis de fato, como os alimentos, e consumíveis de direito, como o dinheiro. Os bens inconsumíveis são aqueles que suportam uso continuado, sem prejuízo do seu perecimento ou destruição progressiva e natural, como um carro, pois, a característica da durabilidade é imprescindível nesta diferenciação. Para Gomes (2001): “Para ser considerado naturalmente consumível é preciso que, com o uso, sofra destruição imediata. O bem suscetível de consumir-se ou deteriorar-se depois de um lapso de tempo mais ou menos longo não é considerado consumível... Não consumível é, portanto, a coisa que suporta uso continuado, repetido”. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 24 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Padilha (2006) exemplifica os bens inconsumíveis. A roupa não é consumível, porque se gasta lentamente com o uso, assim como uma panela, um aparelho de dvd, um sofá, uma mesa, etc. Para Pereira (2001): “Pode haver coisa consumível, mas não fungível, por exemplo: o livreiro que expõe à venda os manuscritos de uma obra de autor reputado oferece uma coisa consumível, mas infungível, por ser a única do seu gênero. É que a consumibilidade é um atributo da própria coisa, independentede qualquer ideia de relação [...]”. 3.1.3. Bens divisíveis e indivisíveis De acordo com o disposto no artigo 87 do Novo Código Civil, “bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam”. Já os indivisíveis são aqueles em que não se verifica a possibilidade de fracionamento ou divisão. A indivisibilidade pode resultar: Da própria natureza do bem em questão: por exemplo, um animal. De determinação legal, imposição da lei: por exemplo, o módulo rural e a servidão. É no campo dos bens incorpóreos que mais se associa a indivisibilidade por determinação legal. Pereira (2001) cita que: “a hipoteca, como direito real sobre coisa alheia, é um bem incorpóreo a que se atribui a condição legal da indivisibilidade [...] as INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 25 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 servidões prediais são igualmente mantidas como bens indivisíveis”. E de convenção, isto é, por manifestação da vontade das partes interessadas: por exemplo, em uma obrigação de dinheiro que deva ser satisfeita por vários devedores, estipulou-se a indivisibilidade do pagamento. Para Gomes (2001): “A distinção entre bens divisíveis e indivisíveis aplica-se às obrigações e aos direitos. A regra dominante para as obrigações é que, mesmo quando a prestação é divisível, o credor não pode ser compelido a receber por partes, se assim não se convencionou. Se a prestação for indivisível e houver pluralidade de devedores, cada qual será obrigado pela dívida toda”. 3.1.4.Bens singulares e coletivos Bens singulares são aqueles considerados em sua individualidade, representado por uma unidade autônoma. Os bens singulares podem ser divididos em simples e compostos. Os bens coletivos são aqueles que, sendo compostos de vários bens singulares, acabam por formar um todo homogêneo. Padillha(2005) dá um exemplo: o gado formado por diversos bois, uma pinacoteca formada por várias pinturas, ou uma biblioteca formada de vários livros. Podem tanto os bens singulares quanto os coletivos, ser classificados ainda, entre materiais e imateriais. A melhor definição encontrada para a distinção dos bens singulares e coletivos, entre coisas simples e compostas, bem como materiais e imateriais, foi a apresentada por Monteiro (2005) que se apresenta a seguir: INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 26 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 “Coisas simples, em direito, são as que formam um todo homogêneo, cujas partes, unidas pela natureza ou pelo engenho humano, nenhuma determinação especial reclamam da lei [...] podem ser materiais (um cavalo, uma planta) ou imateriais (como um crédito). Coisas compostas são as que se formam de várias partes ligadas pela arte humana. Como as simples, podem ser também materiais (por exemplo, a construção de um edifício, com fornecimento de materiais e mão-de-obra) e imateriais (por exemplo, o fundo de negócio)”. Padilha (2006) ressalta que, nessa perspectiva, uma planta, um animal, uma cadeira, um livro, uma obra de arte, todos estes, são bens materiais, enquanto um crédito, a honra ou os direitos autorais sobre uma obra constituem bens imateriais, isto é, dotados de abstração. Podem ainda os coletivos, ser divididos em bens coletivos de fato e bens coletivos de direito. Entende-se como bens coletivos de fato, o conjunto de bens singulares simples ou compostos, agrupados pela vontade da pessoa, tendo destinação comum, como um rebanho ou uma biblioteca, permitindo-se a sua desconstituição pela manifestação de vontade do seu titular e como bens coletivos de direito, o complexo de direitos e obrigações a que a ordem jurídica atribui caráter unitário, dotadas de valor econômico, como o dote, o espólio, a massa falida e a herança, sendo certo que tal unidade deriva e resulta da imposição da lei. Resumindo, constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Enquanto a universalidade de direito de uma pessoa, é constituída pelo complexo de relações jurídicas dotadas de valor econômico. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 27 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Padilha (2006) finaliza dando exemplos de um cavalo comum pode ser ao mesmo tempo um bem móvel, corpóreo, fungível, inconsumível, indivisível e singular. Mas, se este mesmo cavalo é um grande campeão de corridas, ele já altera sua classificação para infungível. Pode-se concluir, portanto, que os bens são coisas estimáveis financeiramente, que se enquadram em uma determinada classificação e podem ser objetos de direito. Isto é, podem ser reclamados. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 28 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 4. GESTÃO DE BENS DE SERVIÇOS A Coordenadoria de Gestão de Bens e Serviços, da Secretaria Municipal de Modernização, Gestão e Desburocratização, têm a competência de estabelecer e gerir o Sistema Estratégico de Compras e Contratação de Serviços Terceirizados pelos órgãos municipais. Por meio do Departamento de Gestão de Suprimentos e Serviços, tem como objetivo principal a Gestão de Suprimentos e Serviços assegurando melhoria da qualidade dos bens e serviços adquiridos, redução de preços e de gastos com logística e distribuição, mostraremos agora, um exemplo da Prefeitura do Município de São Paulo, com as seguintes atribuições: - Administrar o Cadastro de Fornecedores. - Realizar pesquisa de mercado. - Gerir a aquisição de bens comuns e de serviços comuns e públicos, de acordo com os padrões de qualidade definidos. - Gerir a qualidade de materiais e produtos, baseada em padrões e normas técnicas. - Realizar licitações e gerir contratos e atas de registro de preços. - Regular serviços e aferir aderência às normas e regras. Para expressar de forma clara e precisa a identificação de suas atribuições, este Departamento teve o nome alterado de DGS para GESTÃO DE SUPRIMENTOS E SERVIÇOS (Decreto 45.853, de 27 de abril de 2005). DECRETO Nº 45.853, DE 27 DE ABRIL DE 2005 Dispõe sobre a reorganização parcial da Secretaria Municipal de Gestão; altera a denominação e a lotação dos cargos de provimento em comissão que especifica. JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, CONSIDERANDO o disposto nos artigos 61, § 1º, inciso II, alínea "e", e 84, INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 29 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 inciso VI, alínea "a", da Constituição Federal; CONSIDERANDO a transferência de atribuições e de unidades administrativas operada pelo artigo 5°, "caput" e inciso VIII, do Decreto n° 45.683, de 1° de janeiro de 2005, de acordo com as modificações introduzidas pelo Decreto n° 45.810, de 1° de abril de 2005, D E C R E T A: Art. 1º. As atribuições transferidas para a Secretaria Municipal de Gestão por meio do Decreto n° 45.683, de 1° de janeiro de 2005, com as modificações introduzidas pelo Decreto n° 45.810, de 1° de abril de 2005, previstas na Lei nº 10.311, de 22 de abril de 1987,e alterações posteriores, são as seguintes: I - planejar, organizar, coordenar, orientar, executar, controlar e fiscalizar as atividades relativas ao abastecimento de gêneros alimentícios e atividades correlatas; II - estabelecer normas e preceitos que orientem o funcionamento de estabelecimentos atacadistas, varejistas e de consumo público de gêneros alimentícios, bem como auxiliar as Subprefeituras por meio de equipes técnicas; III - contribuir para a melhoria da alimentação da população, mediante programa de educação alimentar, divulgando o valor nutritivo dos alimentos; IV - realizar estudos e propor ou adotar medidas que contribuam para a racionalização da comercialidade de gêneros alimentícios, estimulando os empreendimentos no setor; V - colaborar com os órgãos federais, estaduais e municipais no sentido de assegurar a normalidade da produção e do abastecimento de gêneros essenciais à população; VI - cooperar para o fomento da produção agropecuária, especialmente dos produtos hortifrutigranjeiros; VII - estudar e propor o estabelecimento de convênios com a União, Estado e Municípios, para a planificação de obras e serviços de abastecimento, inclusive com emprego de recursos oficiais ou privados; VIII - organizar e manter as inscrições dos feirantes, bem como desenvolver outras atividades correlatas, ligadas à área de abastecimento; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 30 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 IX - coordenar projetos especiais da Administração Municipal, sem prejuízo de suas demais atribuições. Parágrafo único. As atribuições referidas no "caput" deste artigo não alcançam aquelas já transferidas para as Subprefeituras pelos Decretos nº 43.797, nº 43.800 e nº 43.801, todos de 16 de setembro de 2003. Art. 2º. A Secretaria Municipal de Gestão passa a constituir-se das seguintes unidades administrativas, observado o disposto no artigo 4° deste decreto: I - Gabinete do Secretário, com : a) Chefia de Gabinete; b) Assessoria Jurídica - AJ; c) Assessoria Técnica - AT; d) Assessoria Técnica de Gestão - ATG; e) Assessoria de Informações Estratégicas - AIE; f) Assessoria de Políticas de Compras e Contratações - APCC; II - Coordenadoria do Governo Eletrônico e Gestão da Informação - CGEGI; III - Departamento de Recursos Humanos - DRH; IV - Departamento de Saúde do Servidor - DSS; V - Departamento de Gestão de Suprimentos e Serviços - DGSS; VI - Supervisão Geral de Abastecimento - SGAB, com: a) Departamento de Políticas de Abastecimento - DPAB; b) Departamento de Operações - DOP; c) Departamento da Merenda Escolar - DME; VII - Departamento Administrativo-Financeiro - DAF; VIII - Conselho Municipal de Informática; IX - Conselho Municipal de Telecomunicações; X - Conselho de Política Salarial das Empresas Municipais; XI - Conselho Municipal de Alimentação Escolar; XII - Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional; XIII - Comissão de Política Salarial; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 31 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 XIV - Comissão Central de Avaliação de Documentos; XV - Comissão Permanente de Negociação Coletiva. Parágrafo único. Ficam mantidas as atuais atribuições e estruturas organizacionais das unidades administrativas a que se refere o "caput", observado o disposto nos artigos 3º e 4º deste decreto. Art. 3º. Ficam transferidas as seguintes unidades administrativas: I - a Divisão Técnica de Processos Municipais e a Divisão de Arquivo Municipal de Processos, do Departamento Administrativo- Financeiro-DAF, para a Coordenadoria do Governo Eletrônico e Gestão da Informação - CGEGI; II - a Divisão Administrativa, a Divisão Técnica de Apoio da Frota de Veículos e a Divisão Técnica de Documentação, da atual Supervisão Geral de Assuntos Administrativos prevista no artigo 18 da Lei nº 13.169, de 11 de julho de 2001, para o Departamento Administrativo-Financeiro - DAF; III - a Divisão Técnica de Fiscalização de Feiras, Antiguidades e Artesanato, do Gabinete do Secretário, da Secretaria Municipal de Abastecimento, para a Supervisão Geral de Abastecimento - SGAB; IV - a Seção Técnica de Contabilidade, do Gabinete do Secretário, da Secretaria Municipal de Abastecimento, para o Departamento Administrativo- Financeiro - DAF. Parágrafo único. Em decorrência do disposto no "caput" deste artigo, as estruturas organizacionais das unidades remanejadas transferem-se para a nova situação com as suas unidades, cargos, atribuições, bens patrimoniais, serviços, acervo e pessoal. Art. 4º. Fica alterada a denominação das seguintes unidades administrativas: I - a Assessoria Técnica de Projetos Sociais para Assessoria de Políticas de Compras e Contratações - APCC; II - o Departamento de Saúde do Trabalhador Municipal, da Secretaria Municipal de Gestão, para Departamento de Saúde do Servidor - DSS; III - o Departamento de Gestão de Suprimentos para Departamento de Gestão de Suprimentos e Serviços - DGSS; IV - o Departamento de Alimentação e Suprimentos para Departamento da Merenda Escolar - DME; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 32 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 V - o Departamento de Apoio e Desenvolvimento para Departamento de Políticas de Abastecimento - DPAB; VI - a Supervisão Geral de Operações para Departamento de Operações - DOP; VII - a Supervisão Geral de Assuntos Administrativos para Assessoria de Informações Estratégicas - AIE. Art. 5º. Mantidas suas referências e formas de provimento, fica alterada a denominação dos seguintes cargos em comissão, previstos no Anexo I deste decreto: I - 1 (um) cargo de Supervisor Geral, Ref. DAS-14, para Diretor de Departamento Técnico; II - 1 (um) cargo de Supervisor Geral, Ref. DAS-14, para Chefe de Assessoria Técnica. Art. 6°. Fica transferido, da Secretaria do Governo Municipal para o Gabinete do Secretário, da Secretaria Municipal de Gestão, 1 (um) cargo de Supervisor Geral, Ref. DAS-14, de livre provimento em comissão pelo Prefeito, com a denominação alterada para Chefe de Assessoria Técnica. Art. 7º. Mantidas as quantidades, referências de vencimento e formas de provimento, os cargos em comissão das unidades administrativas transferidas para a Secretaria Municipal de Gestão nos termos do Decreto n° 45.683, de 2005, com as modificações introduzidas pelo Decreto n° 45.810, de 2005, constantes da coluna "Situação Atual" do Anexo I deste decreto, ficam com suas lotações e denominações alteradas na conformidade da coluna "Situação Nova" do mesmo Anexo. Art. 8º. Os cargos constantes do Anexo II deste decreto ficam transferidos para o Quadro Específico de Cargos de Provimento em Comissão a que se refere o Decreto n° 45.751, de 4 de março de 2005. Parágrafo único. Ficam exonerados os atuais titulares dos cargos de provimento em comissão transferidos na forma deste artigo, bem como cessadas eventuais designações para substituições dos titulares, para INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 33 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 exercício de cargos vagos e para responder pelo expediente das respectivas unidades. Art. 9º. As unidades administrativas alcançadas pelo disposto no inciso VIII do artigo 5º do Decreto n° 45.683, de 2005, com as modificações introduzidas pelo Decreto n° 45.810, de 2005, transferem-se para a Secretaria Municipal de Gestão com osrespectivos bens patrimoniais, serviços, acervo, contratos e pessoal. Art. 10. Ficam suprimidas a Chefia de Gabinete, a Assessoria Jurídica, a Assessoria Técnica e a Assessoria Técnica Contábil, todas do Gabinete do Secretário, da Secretaria Municipal de Abastecimento. Art. 11. Nos termos do que dispõe o artigo 40 do Decreto n° 45.695, de 17 de janeiro de 2005, fica o titular da Secretaria Municipal de Gestão autorizado a movimentar as seguintes dotações orçamentárias: I - 26.10.08.605.0271.6502 - Apoio Emergencial a Desabrigados; II - 26.10.08.605.0271.6541 - Programas Municipais de Abastecimento; III - 26.10.20.122.0251.6500 - Administração do Gabinete do Secretário Municipal de Abastecimento; IV - 26.10.20.122.0251.6520 - Administração da Supervisão Geral de Operações; V - 26.10.20.122.0251.6540 - Administração da Supervisão Geral do Abastecimento; VI - 26.10.20.126.0176.2170 - Aquisição de Materiais, Eq. E Serviços de Informática; VII - 26.10.20.128.0130.2180 - Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da PMSP; VIII - 26.10.20.306.0263.6501 - Op. e Man. Cons. Mun. Segurança Alimentar e Nutricional; IX - 26.10.20.605.0271.6521 - Operação e Manutenção das Unidades de Abastecimento; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 34 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 X - 26.40.20.122.0251.6530 - Administração do Departamento de Apoio e Desenvolvimento; XI - 26.40.20.126.0176.2170 - Aquisição de Materiais, Eq. E Serviços de Informática; XII - 26.40.20.605.0271.7000 - Ampliação e Reforma das Unidades de Abastecimento; XIII - 26.40.20.605.0271.7003 - Construção de Passarela - Mercado Central Paulistano; XIV - 26.40.20.605.0271.9579 - Construção do Mercado Municipal São Mateus; XV - 26.40.20.605.0271.9580 - Mercado Municipal - Ação Centro; XVI - 26.40.20.605.0271.9581 - Mercado Municipal - Ação Centro - Convênio 388; XVII - 26.60.12.122.0265.6551 - Locação de Veículos - Frota de Distribuição de Alimentos; XVIII - 26.60.12.306.0265.6552 - Distribuição de Alimentos aos Programas Mun. Alimentação; XIX - 26.60.12.306.0265.6553 - Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE/FNDE; XX - 26.60.12.306.0265.6557 - Programa Nacional Alim. Escolar - PNAE/FNDE - Creche; XXI - 26.60.12.306.0265.6558 - Preparo e Fornec. De Alimentação Escolar para Creches; XXII - 26.60.12.361.0265.6556 - Apoio Suplementar de Alimentação - QESE; XXIII - 26.60.20.122.0251.6550 - Adm. do Departamento de Alimentação e Suprimento; XXIV - 26.60.20.126.0176.2170 - Aquisição de Materiais, Eq. E Serviços de Informática. Art. 12. A reorganização geral da Secretaria Municipal de Gestão ocorrerá conforme o disposto no § 2° do artigo 5° e no artigo 9°, ambos do Decreto n° 45.683, de 2005. Art. 13. O "caput" do artigo 2º do Decreto nº 45.820, de 5 de abril de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação: INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 35 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 ((ARTIGO))"Art. 2º. A Coordenadoria Geral do Governo Eletrônico, da Secretaria Municipal de Comunicação, passa a denominar-se Coordenadoria Geral do Portal Eletrônico e de Inclusão Digital. Art. 14. O Anexo Único a que se refere o artigo 7º do Decreto nº 45.820, de 2005, fica substituído pelo Anexo III deste decreto. Art. 15. Este decreto entrará em vigor na data da sua publicação. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 27 de abril de 2005, 452º da fundação de São Paulo. JOSÉ SERRA, PREFEITO JANUARIO MONTONE, Secretário Municipal de Gestão Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 27 de abril de 2005. ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, Secretário do Governo Municipal OBS: ANEXOS, VIDE DOC DE 28/052005 Outro exemplo, encontramos na página da prefeitura de Quixadá-Ceará Departamento Municipal de Administração de Bens e Serviços Públicos - DMASP INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 36 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Missão A missão do Departamento Municipal de Administração de Bens e Serviços Públicos (DMASP) é administrar os imóveis públicos, como o Cemitério Público, Rodoviária, Matadouro Público, Feira dos Animais e o Centro de Comercialização da Agricultura Familiar. Além disso, é responsável pelo abastecimento de água nos distritos·. 4.1.A Modernização Do Sistema De Aquisição De Bens E Serviços O desenvolvimento tecnológico acrescentou diversas facilidades ao mundo contemporâneo. Esse crescimento desenvolveu o sistema de informação denominado internet. A partir daqui, abordaremos a evolução das licitações públicas e sua modernização, bem como a utilização de sistemas de aquisições eletrônicas. O modelo adotado para análise é o processo de aquisições de bens e serviços através das licitações eletrônicas na Universidade do Estado do Amazonas, como exemplo. A reforma, a qual passa o Estado brasileiro desde 1990 tem impulsionado mudanças substanciais em todas as esferas governamentais. Pois tal como afirma Bresser-Pereira(1995) a razão para se encampar essa reforma tem no seu cerne como projeto fundamental à recuperação da governabilidade. Isto se daria de uma forma mais racional, de maneira que o clientelismo ou patrimonialismo seja substituído pela adoção de práticas gerenciais, objetivando com isto oferecer à sociedade um serviço público com qualidade a um custo cada vez menor. Partindo do pressuposto de que a gestão pública implica administrar o bem público de forma a garantir a cidadania, ou seja, fazer com que o patrimônio público seja utilizado de forma pública, se faz necessário ter um Estado que seja capaz de fazer cumprir os certames legais e democráticos, fazendo uso de instrumentos ou ferramentas gerenciais modernas, que possibilitem a transparência e eficiência dos procedimentos da administração pública. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 37 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Seguindo uma forte orientação para a eficiência e o curso da reforma gerencial no país, o governo do Estado do Amazonas através do Programa Nacional de Apoio à Modernização da Gestão e do Planejamento dos Estados e do Distrito Federal, com vistas na modernização dos processos de gestão, melhoria de gastos públicos, implantação de modernas soluções tecnológicas e transparência nas ações do Governo, adotou e implementou um modelo de aquisição de bens e serviços, utilizando um sistema operacional eletrônico conectado com a rede mundial de computadores. Desta maneira, o governo estadual pretende simplificar o trâmite dos processos para garantir agilidade, eficiência e transparência nas aquisições públicas. Em vista disso, todos os órgãos do poder executivo do estado do Amazonas estão utilizando esse sistema, dentre estes a Universidade do Estado Amazonas que já o operacionaliza desde setembro de 2005. 4.1.2 Desenvolvimento das licitações no contexto público brasileiro O termo licitação vem do latim licitione, que segundo Cretella Júnior (2004), traduz-se como: acusativo do substantivo licitatio, f. venda por lances, o vocábulo passou para o português, com o sentido de oferecimento de quantia, no ato de arrematação, adjudicação, hasta pública, ou partilha judicial . Licitação trata-se de um procedimento administrativo, que objetiva a contratação de particular para fornecimento de produtos, bens e serviços, também é usado para seleção de trabalhos científicosou artísticos, vendas de materiais inservíveis , alienações e penhoras. Segundo Cretella Júnior (2004): Licitação, no Direito Público brasileiro atual, a partir de 1967, tem o sentido preciso e técnico de procedimento administrativo preliminar complexo, a que recorre a Administração quando, desejando celebrar contrato com o particular, referente a compras, vendas, obras, trabalhos ou serviços, seleciona, entre várias propostas, a que melhor atende ao interesse público, INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 38 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 baseando-se para tanto em critério objetivo, fixado de antemão, em edital, a que se deu ampla publicidade. A regra geral sobre licitação esta inserida no Art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, cujo teor expressa que: “ Cabe à Administração Pública o dever de antecedendo as suas contratações de obras, serviços, compras e alienações, instaurar certame competitivo voltado a selecionar a proposta mais vantajosa dentre as diversas ofertadas e a assegurar tratamento isonômico a todos os participantes que, observadas as exigências aferidas em cada caso, demonstrarem interesse em atender ao chamamento publico pelo órgão ou entidade licitante” (boletim de Licitações e Contratos junho-2004,p.422). As licitações podem ocorrer no âmbito privado e público. No campo privado depende da vontade do dono, acionista e /ou administrador, ou quem tenha poder de decisão; já na esfera pública o procedimento está sujeito às leis, normas e regulamentos emanados do poder público. Evolução O início das licitações deu-se com a edição do Decreto n.º 2.926 de 14 de maio de 1862, o qual estabeleceu o regulamento para as arrematações dos serviços a cargo do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Este Decreto contempla a publicidade, o sigilo das propostas, igualdade entre participantes, elementos estes indispensáveis para as concorrências públicas. O Decreto n. º 4.536 de 28 de janeiro de 1922, que estabeleceu o Código da Contabilidade Pública da União, foi um passo importante para as concorrências públicas, tanto que foi utilizado por 45 anos. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 39 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Outros instrumentos importantes foram o Decreto nº. 200, de 25.02.1967, dispondo sobre a organização da Administração Federal, o qual estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa, Decreto-Lei nº 2.300, de 21.11.86, ficando estabelecido às disposições sobre licitações e contratos da Administração Federal. Este Decreto foi revogado pela Lei nº. 8.666, de 21.06.93, que regulamentou o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, instituindo normas para licitações e contratos da Administração Pública. A Lei nº. 8.666/93, e suas alterações encontram-se em vigor, juntamente com a Lei nº 10.520, de 17/07/2002, que Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. A evolução mais detalhada da legislação sobre licitações públicas encontra-se demonstrado no quadro 1 - Evolução Cronológica da Legislação Sobre Licitações até o Advento do Sistema de Compras Eletrônicas. Neste consta toda a legislação sobre concorrências públicas, desde advento das concorrências a instituição da modalidade de licitação denominada pregão, o qual aliado ao desenvolvimento tecnológico passou a ser realizado eletronicamente. QUADRO 1 - Evolução Cronológica da Legislação Sobre Licitações até o Advento do Sistema de Compras Eletrônicas Data Histórico Instrumento Nº 14/05/1862 Regulamento para as arrematações dos serviços a cargo do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas Decreto (Federal) 2.926 28/01/1922 Organiza o Código de Contabilidade da União Decreto-Lei (Federal) 4536 25/02/1967 Dispõe sobre a organização da Decreto- 200 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 40 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa Lei(Federal) 20/06/1968 Dispõe sobre a aplicação aos Estados e Municípios das normas relativas as licitações previstas no Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a reforma Administrativa Lei(Federal) 5.456 21/11/1986 Dispõe sobre licitações e contratos da Administração Federal e dá outras providências.(Revogado pela Lei nº 8.666, de 21.6.1993) Decreto-Lei (Federal) 2.300 24/07/1987 Altera o Decreto-lei nº 2.300, de 21 de novembro de 1986, que dispõe sobre licitações e contratos da Administração Federal. Decreto-Lei (Federal) 2.348 16/09/1987 Altera as disposições do Decreto-lei nº 2.300, de 21 de novembro de 1986, modificado pelo Decreto-lei nº 2.348, de 24 de julho de 1987. Decreto-Lei (Federal) 2.360 05/10/1988 O art. 37, inciso XXI, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública Constituição Federal - 21/06/1993 Regulamenta o art. 37, inciso Lei(Federal) 8.666 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 41 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências 08/06/1994 Altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações. Lei(Federal) 8.883 27/05/1998 Altera dispositivos das Leis no 3.890-A, de 25 de abril de 1961, no 8.666, de 21 de junho de 1993, no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no 9.074, de 7 de julho de 1995, no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e autoriza o Poder Executivo a promover a reestruturação da Centrais Elétricas Brasileiras - ELETROBRÁS e de suas subsidiárias Lei(Federal) 9.648 27/10/1999 Altera dispositivos da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, que regula o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública Lei(Federal) 9.854 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 42 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Fonte: http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_966/artigo_sobre_a_modernizaca o_do_sistema_de_aquisicao_de_bens_e_servicos 17/07/2002 Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns Lei(Federal) 10.520 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 43 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Tipicamente é utilizado um sistema de informação estratégico (SIE) para gerir a informação e assistir no processo de decisão estratégica. Os SIE representam a evolução natural dos sistemas de informação de gestão face às necessidades das empresas emtirar partido da informação recolhida e processada por forma a ganhar vantagem competitiva e talvez redefinir os objetivos da empresa para reajustá-la às alterações ambientais. Um sistema de informação estratégico foi definido como "O sistema de informação que suporta ou altera a estratégia da empresa" por Charles Wiseman (Strategy and Computers 1985). Sprague definiu três classificações destes sistemas: 1. Sistema competitivo 2. Sistema cooperativo 3. Sistema de operações de mudança na organização 5.1.Gestão estratégica no planejamento público No mundo globalizado, as organizações constantemente tentam fazer uma medição do seu nível, mediante um mercado ou setor, a fim de obterem comparações de seus indicadores com outras organizações. Este processo é denominado de benchmarking. Na gestão pública não ocorre diferente. A organização pública faz constantemente a medição de seus indicadores, tais como o produto interno bruto per capita, renda familiar, arrecadação de impostos, desempenho de estudantes, entre outros, de modo a obter um referencial, um nível de performance, reconhecido como padrão de excelência para um processo de negócio específico em relação a outros países. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 44 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Um dos desafios dos gestores públicos é encontrar Benchmarks para os principais indicadores ou processos da gestão pública. O advento da globalização trouxe a homogeneização dos centros urbanos, expansões geopolíticas, revolução tecnológica e hibridização entre as culturas. Os países, considerados de primeiro mundo, passaram a influenciar e ditar os padrões de excelência em todas as áreas: econômica, política, educacional e social. Para tal, ela pode utilizar a ferramenta de gestão empresarial conhecida como balanced scorecard (BSC). O BSC traduz a missão e a estratégia das organizações num conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica. A proposta do BSC é tornar entendível, para todos os níveis da organização, a visão, a missão e a estratégia, para todos saibam o que fazer e de que forma suas ações impactam no desempenho organizacional. Os objetivos desta metodologia vão muito além do que se poderia extrair de um mero conjunto de indicadores. Quando aplicado adequadamente, permitem ainda transformações organizacionais no sentido da ação, em especial criar uma visão integral da gestão e da sua situação atual, olhar em frente de forma proativa, alinhar a estrutura organizacional, estabelecer iniciativas priorizadas em direção às estratégicas definidas e ainda influenciar o comportamento da sociedade. O BSC é uma construção interativa feita pelos gestores da própria organização. As perspectivas do BSC estão todas interligadas, nenhuma pode ser vista de forma independente e a ordem é relevante. Entretanto, uma análise de conteúdo do que se inclui em cada perspectiva mostra grandes diferenças entre um BSC aplicado a uma empresa ou serviço público: na missão estratégica, na perspectiva financeira, na perspectiva social, na perspectiva dos processos internos e na perspectiva de aprendizagem e crescimento. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 45 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Como o BSC nasceu no meio empresarial e tem sido desenvolvido em torno dessa realidade, não se pode aplicar sem as devidas adaptações à realidade do setor público, que tradicionalmente guiado pela imensidão de normais legais, está hoje pressionado pela escassez dos recursos financeiros e colocado perante a necessidade de adotar novos instrumentos de gestão. De certa forma, o BSC é um modelo interessante capaz de trazer inovação aos serviços públicos. Porém, as organizações públicas estão começando a compreender que os projetos de sucesso exigem mais do que recursos financeiros e ideias dispersas. Quando um projeto falha perde-se dinheiro, tempo e confiança pública. Ao enfocar a inércia dos sistemas de informações atuais dos serviços públicos, sugere que alguns têm funcionado em autogestão e internamente, algumas produzidas também isoladamente ao longo do tempo. Os sintomas de disfunção são visíveis no interior do setor público, ao longo de seu relacionamento e até com a sociedade. A perspectiva de processos do BSC aplicada ao setor público implica uma visão organizada e interativa que afeta ao negócio de todos os serviços públicos fazendo cair à lógica de autogestão, independência funcional destes serviços e a carência de inteligência. Essa visão leva ainda a inclusão da voz do cidadão no desenho do processo, de modo que o resultado conduza a sua satisfação. Tudo é uma questão de estratégia. De identificar quais as aspirações públicas: aonde queremos chegar e o que pretendemos ser? Embora não seja um padrão único e universal para a formulação de estratégias, faz-se necessário à criação de um esboço para que se possa prosseguir com a definição do processo estratégico, que viabilize a sociedade. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 46 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 5.2.Sistemas De Informações No Contexto Do Setor Público Federal Brasileiro Um sistema de informação, conforme Laudon e Laudon (2004), pode ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados que objetivam a coleta, o processamento, a armazenagem e distribuição de informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Para O’BRIEN (2004), “sistema de informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de informação e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informação em uma organização”. Souza e Passolongo (2005), baseados em pesquisa bibliográfica, traçam alguns aspectos característicos dos sistemas de informações (SIs) e sistemas de informações contábeis, conforme descrição um pouco mais adiante no texto, dentro dos quais destacam-se os sistemas de informações informatizados tratados neste trabalho: Sistemas de Processamento de Transações (SPT); Sistemas de Informações Gerenciais (SIG); Sistemas de Suporte à Decisão (SSD); Sistemas Especialistas (SE). Na classificação proposta por O'Brien (2004), os SIs são divididos com base no tipo de atividade organizacional que auxiliam, servindo, basicamente, para atividades operacionais ou tomada de decisão gerencial. Os Sistemas de Apoio às Atividades Operacionais são classificados em: Sistemas de Processamento de Transações; Sistemas de Controle de Processos Industriais; Sistemas Colaborativos. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PÚBLICA 47 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Os Sistemas de Apoio Gerencial dividem-se em: SIG; SSD; Sistemas de Informações Executivas (SIE), que geram informações especialmente para executivos. De acordo com essa classificação, o SIAFI Operacional constitui-se em um Sistema de Apoio às Atividades Operacionais do tipo SPT, tendo sido empregado também como um SIG até a implantação do SIAFI Gerencial. O SIGPlan também possui características de um SIG, fornecendo informações acerca da execução física e financeira dos programas e ações governamentais. Entretanto, O'Brien (2002) leva em consideração outras categorias de SIs que podem apoiar as operações, a administração ou as atividades estratégicas, dentro das quais, provavelmente, o SIGPlan melhor se
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