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Identificação em Odontologia Legal

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Identificação em Odontologia Legal: Conceitos de Reconhecimento, Identidade, Identificação e Métodos de identificação
Rondonópolis - MT
2020
Identificação em Odontologia Legal: Conceitos de Reconhecimento, Identidade, Identificação e Métodos de identificação
Discentes:
Anna Júlia C. Rodrigues 
Êmily Gabriele S. Santos
Gabriele Pedrozo Santos
Gabrielly S. Ramos 
Vitória Roque Silva
Docente:
Prof. Rodrigo Lacerda de Barros
Rondonópolis - MT
2020
1. INTRODUÇÃO
A identificação humana pós mortem pode ser realizada de 3 maneiras, a Odontologia Legal, a Datiloscopia e o DNA. Porém, realizar exames de DNA requer muitos recursos financeiros ,o que não o torna um procedimento rotineiro, e a datiloscopia, pelas condições do corpo, pode não ser obtida. Portanto, a odontogia legal possui os métodos mais utilizados na comparação dos registros ante mortem e post mortem do indivíduo a ser periciado (ORTIZ, et al., 2014). 
A identificação em Odontologia legal ou forense é o ramo especializado no auxílio ao poder judiciário. Através da arcada dentária é possível identificar uma pessoa, chegar à autoria de um crime que, assim como a impressão digital e o DNA, são únicas para cada ser humano. A Odontologia forense como toda ciência segue em desenvolvimento para aprimorar-se cada vez mais suas técnicas e evitar condenações injustas.
2. CONCEITOS DE RECONHECIMENTO, IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO
A identificação humana por meio dos elementos dentários é assegurada pelo fato de que os dentes são resistentes a temperaturas elevadas, variações de pressões, sendo em muitas situações o único órgão intacto após a morte. Esse processo determina a identidade da pessoa por meio das características, a perícia odontológica é realizada pela comparação de informações, levantando determinadas características permanentes de cada indivíduo, e neste caso, cada cadáver encontrado, comparar os detalhes e, por fim afirmar ou não a identidade (DEBORTOLI, 2019). 
 Após a morte do indivíduo são observadas mordidas, dentes hígidos, cariados, fraturados, restaurados, ausentes, o posicionamento, tudo em busca de características que possam individualizar o indivíduo. Por isso, o prontuário odontológico é de extrema importância para o sucesso final da identificação post-mortem na odontologia legal, esse material pode ser usado judicialmente (COSTA, 2018). 
 Dentre os métodos mais empregados estão a rugoscopia e quieloscopia, além de DNA e raio-x. Vendo o que foi exposto, vale ressaltar que é de suma importância estudar os termos e técnicas de procedimentos.
3. MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO:
3.1 RUGOSCOPIA E QUEILOSCOPIA
Desde o século XIV, estudos vêm sendo elaborados com intuito de desenvolver um novo método de identificação humana na odontologia no qual serviria para auxiliar os processos já existente como a papiloscopia, analise dos arcos dentais, datiloscopia e o exame de DNA. Com isso surgiu a técnica denominada Rugoscopia proposta pelo pesquisador espanhol Trobo-Hermosa em 1930, esta que se resume a obter dados recorrendo as rugas palatinas que são estruturas localizadas na mucosa do palato duro incluindo papila incisiva, rafe mediana e rugas palatinas (FILHO; EDUARDO, 2006). As pregas palatinas se formam durante o 3º mês do feto sendo imutável ao decorrer de toda vida do indivíduo e são protegidas de ações destrutivas por estruturas ósseas que estão anexadas a si. As rugosidades presentes na cavidade bucal podem ser definidas como assimétricas, sendo este o ponto alto no momento da identificação, uma vez que é por meio dessas assimetrias que acontece a diferenciação e individualidade de cada ser humano (BEZERRA; NEO; OLIVEIRA, 2019). Também se pontua que é por meio dessa possível individualidade que se pode fazer o uso da rugoscopia como método de reconhecimento e classificação do indivíduo.
Diante disso, vale ressaltar que a rugoscopia palatina tornou-se um dos mecanismos mais conhecidos pois as gamas das estruturas não se alteram e pode ser aplicada tanto em cadáveres quanto em pessoas vivas, também por ser eficiente mesmo em casos desfavoráveis. Entretanto, como a realização desta técnica não necessita de instrumentos ou até mesmo de uma alta tecnologia, ela torna-se difícil por necessitar de um estudo aprofundado, assim, deixando alguns profissionais de mãos atadas por falta de conhecimento.
Em segundo plano, cita-se também a queiloscopia como um método de êxito. Esta técnica concentra-se no estudo das impressões labiais e de padrões produzidos, porém esse mecanismo de identificação da odontologia legal confina-se em identificar apenas vivos relacionando evidências deixadas em determinado local. O processo da queiloscopia são de acordo com linhas, volume, tamanho, posição dos sulcos, contorno e elevações dos lábios.
3.2 COMPARAÇÃO DE FOTOS E REGISTROS ODONTOLÓGICOS
A identificação humana por meio da comparação de arcada dentária é uma técnica muito utilizada pois, não há a possibilidade de existir dois seres humanos com arcadas dentárias iguais uma vez que suas características são completamente singulares e os elementos dentários são as estruturas mais estáveis, duras e resistentes do nosso corpo, fornecendo informações particulares de um indivíduo, graças a seus posicionamentos, interferências terapêuticas e demais singularidades obtidas durante a vida (FERNANDES, et al., 2017).
A identificação pelos dentes exige duas ocasiões especiais: a ante-mortem que diz respeito às informações antes da morte como fotos, raio-x e prontuários odontológicos. A segunda ocasião é a post-mortem, que coletará dados do cadáver e através dela se fará a comparação com as informações ante-mortem (MOURA, 2014). 
3.2.1 REGISTROS ODONTOLÓGICOS
Comumente cadáveres carbonizados, putrefeitos ou esqueletizados têm a sua identificação pelos métodos médico-legais convencionais menos eficiente, sendo requeridos processos odontológicos para procedê-la uma vez que os dentes, materiais restauradores e os protéticos possuem grande resistência ao calor e a putrefação. Para isso faz-se necessário a análise de uma ficha clínica onde se tenha os assinalamentos dentários em odontograma ou radiografias e modelos de gesso que possa representar um primeiro registro daquele suspeito. Por meio de radiografias é possível avaliar características anatômicas, como tamanho e forma das coroas, anatomia pulpar, posição e forma da crista do osso alveolar, além das características únicas e individuais resultantes de tratamentos dentários (JORDÃO, SANTIAGO, MONTENEGRO, 2013).
Para a conclusão de um caso não existe um número mínimo de pontos concordantes necessários, apenas que não exista uma grande discrepância, como por exemplo, a presença de um elemento dentário no cadáver, de um elemento extraído em vida pela suposta vítima (ORTIZ, et al., 2014).
A técnica de comparação é feita com os raios-X feitos pelo dentista do suposto falecido e raios-X do cadáver, tiradas do mesmo ângulo. As imagens são sobrepostas no computador para aferir semelhanças (ORTIZ, et al., 2014). Ou com a comparação das fichas odontológicas onde se distingue quais são os elementos dentários ausentes, em quais foram realizados e com quais materiais, se há características individuais como a presença de diastemas etc. 
3.2.2 FOTOS
Atualmente, com a grande popularização do uso de celulares, a fotografia digital é um grande aliado durante a identificação humana. Para a ciência forense esse novo hábito de fotografar e postar sua vida ampliou a possibilidade de identificação humana pelos dentes, uma vez que, é possível a obtenção de características e padrões dentais recentes de um indivíduo, informações algumas vezes não disponíveis nas documentações odontológicas convencionais (FERNANDES, et al., 2017). 
O processo de comparação consiste em adquirir imagens recentes (ante-mortem) em que mostre com clareza o sorriso do indivíduo e realizar uma comparação através da sobreposição de imagens (ante-mortem e post-mortem). 
Segundo estudo feito por Terada et al (2011),realizou-se um relato de caso sobre uma ossada humana encaminhada para análise antropológica e odontolegal, possuindo como forma de associação ao possível suspeito uma carteira contendo documentos pessoais. Foi verificado por análise antropológica que a idade era, de aproximadamente, 19 e 28 anos, sexo masculino, estatura entre 1,67 e 1,76m e ancestralidade provavelmente caucasiana. Foram solicitados aos familiares toda e qualquer documentação relevante (fotografias, fichas médicas e odontológicas, radiografias etc.). Porém, a família não possuía históricos médicos e odontológicos, sendo entregue uma fotografia destacando o sorriso do suspeito. Na análise do registro fotográfico entregue, observou-se que o canino superior esquerdo se encontrava vestibularizado em relação aos outros elementos dentais superiores. Os dados da fotografia foram comparados aos arcos dentais do crânio da ossada encontrada e assim, confirmando a identidade do cadáver. 
Fonte: https://www.imed.edu.br/Uploads/66fd6950-4925-442f-a7ba-03007be1b860.pdf
4. RELATO DE CASO 
Em março de 2010, na cidade de Recife foi realizada a exumação de um cadáver, do sexo masculino, não identificado, encontrado em Goiana – PE, no dia 19/03/2008 e que deu entrada na sede do Instituto Médico Legal (IML) como Antônio Persivo Cunha. Tal solicitação se fez necessária tendo em vista a existência de um inquérito policial, o qual apurava o desaparecimento de A.W.S.S. Ocorrido em fevereiro de 2008, a radiografia panorâmica do mesmo foi enviada para o IMLAPC-RE de Recife juntamente com o laudo radiográfico emitido pelo cirurgião dentista radiologista para confronto com os arcos dentários do cadáver exumado e, consequentemente, esclarecimento de sua identidade. 
Dessa forma, foram utilizados como método as características do arco dentário da ossada exumado com a panorâmica, detalhes como desgastes, restaurações, o tipo e material utilizado na restauração, cáries, ausência de elementos dentários e tratamentos foram essenciais para a conclusão do caso. 
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Arbenz GO. Identidade e identificação - conceitos gerais. In: Arbenz GO. Medicina legal e antropologia forense. Rio de Janeiro: Atheneu; 1988. p.105-27.
Brasil. Lei nº 5.081, de 24 de agosto de 1966. Regulamenta o exercício da odontologia no Brasil. Brasília: Diário Oficial da União; 1966. 
Conselho Federal de Odontologia (Brasil). Código de Ética Odontologica, Rio de Janeiro. Disponivel em: http://www.cfo.org.br
COSTA, Alice Arruda. A odontologia legal e a identificação humana post-mortem. Águas vermelhas-MG. 2018.
DEBORTOLI, Eduardo et al. Odontologia legal: reconhecimento e identificação humana.2019.
FERNANDES, Larissa Chaves Cardoso et al. IDENTIFICAÇÃO ODONTOLÓGICA POST-MORTEM POR MEIO DE FOTOGRAFIAS DO SORRISO: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Brasileira de Odontogia Legal, João Pessoa, v. 4, n. 3, p. 57-66, jul. 2017. Disponível em: https://portalabol.com.br/rbol/index.php/RBOL/article/view/116. Acesso em: 08 nov. 2020.
JORDÃO, Nathalie de Queiroz et al. Identificação de corpos carbonizados no iml-pe. 2013. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5490748. Acesso em: 08 nov. 2020.
MOURA, Luiz Claudio Luna de. A importância dos arcos dentários na identificação humana. Revista Brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro, v. 71, n. 1, p. 22-27, jan./jun. 2014. Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rbo/v71n1/a05v71n1.pdf. Acesso em: 08 nov. 2020.
Miyajima F, Daruge Junior E. A importância da odontologia na identificação humana: Relato de um caso especial. Arquivos em Odontologia 2001; 37(2): 133-142.
ORTIZ, Adrielly Garcia et al. TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS EM ODONTOLOGIA LEGAL E APLICABILIDADE PERICIAL EM CORPOS ESQUELETIZADOS. Revista de Criminologia e Ciências Penitenciarias, São Paulo, v. 4, n. 3, p. 1-8, set./nov. 2014. Disponível em: http://ricardohenrique.com.br/artigos/ARTIGO_CRIMINOLOGIAtecnicasradiograficas.pdf. Acesso em: 08 nov. 2020.
TERADA, A.S.S.D; LEITE, N.L.P; SILVEIRA, T.C.P; SECCHIERI, J.M; GUIMARÃES M.A; SILVA, R.H.A. Identificação Humana em Odontologia Legal por meio de registro fotográfico de sorriso: relato de caso. Rev Odontol UNESP. 2011; v. 40, n. 4, p. 199-202.

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