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1 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Transporte dos gases e regulação da respiração Transporte dos gases ♥ Para dosar a quantidade de gases devemos utilizar o termo pressão parcial. ♥ Para transportar esses gases é preciso que eles sejam: → Gás ligado a substâncias ou proteínas no corpo → Gás quimicamente modificado (carreado em uma forma química e por isso sofre uma modificação). TRANSPORTE DE OXIGÊNIO ♥ A quantidade de oxigênio dissolvido no sangue não é suficiente para as demandas metabólicas do corpo. ♥ 0,3 ml de oxigênio/10ml de sangue, sendo uma média de 15ml de oxigênio por minuto sendo dissolvido no sangue. ♥ Qual a importância, nesse contexto, do oxigênio ligado à hemoglobina? A hemoglobina será a estrutura que carrega o oxigênio pelo corpo. Cada hemoglobina carrega 4 moléculas de oxigênio, isso porque ela possui características de afinidade com o oxigênio. Como as demandas metabólicas não são totalmente garantidas com o oxigênio dissolvido, a hemoglobina vai atuar para atendê-las, sendo então fundamental. → A hemoglobina ao se ligar ao oxigênio forma a oxiemoglobina,a qual transporta por volta de 97% de oxigênio. ♥ Há uma mecânica existente para que o oxigênio chegue ao microambiente, atravessando o alvéolo e passando à corrente sanguínea pela membrana respiratória. ♥ Se há uma diminuição do débito cardíaco não há uma boa distribuição de oxigênio Fatores que favorecem a liberação de oxigênio ♥ A hemoglobina possui 4 moléculas de oxigênio ligadas a ela. Ao chegar ao microambiente, alguns fatores vão permitir que ocorra a dissociação entre o O2 e a hemoglobina, enfraquecendo a ligação existente entre eles. São os fatores: → Redução de O2 → Redução de pH → Aumento da PCO2 → Aumento da temperatura Esses fatores ao permitir a dissociação vão favorecer a oxigenação do tecido Hemoglobina ♥ A hemoglobina possui afinidade com o O2, carregando 4 moléculas desse gás. 2 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ A hemoglobina possui o grupamento heme (anel de porfirina) e o centro desse anel requer a presença de ferro. Assim, o ferro é essencial para a formação da hemoglobina. ♥ Quanto menos ferro, menor a dosagem de hemoglobina e menor é o transporte de oxigênio. ♥ Há o processo de afinidade e dissociação, o que permite com que a ligação entre a hemoglobina e o oxigênio se torne reversível. A afinidade ocorre de maneira crescente, quanto mais moléculas de oxigênio ligadas, maior a afinidade. ♥ Quando a saturação do paciente é baixa, o que podemos relacionar? O paciente pode estar com deficiência na obtenção de oxigênio na corrente sanguínea, sendo isso influenciado por alguns fatores como parâmetros mecânicos, lesão pulmonar., alvéolo, membrana respiratória, alteração a nível de brônquios e infecção. Fatores relacionados ao transporte de oxigênio ♥ Capacidade de ligação com o oxigênio pela hemoglobina: precisamos que haja exposição do sangue ao ar com alta pressão parcial de oxigênio para que haja difusão na membrana respiratória.. → A cada 1 grama de hemoglobina é carregado 1,34 ml de oxigênio ♥ Conteúdo total de oxigênio que poderá ser carreado pelo sangue: faz um cálculo relacionando a capacidade de ligação com o oxigênio, a saturação d oxigênio e correção de oxigênio na forma dissolvida OXIGENOTERAPIA: é indicado para casos de insuficiência respiratória aguda já que funciona como tratamento que disponibiliza oxigênio para pacientes com pressão parcial de oO2 menor que 60mmhg ou saturação inferior a 88/90%. → Gasometria arterial → Oximetria de pulso Parâmetros envolvidos no oxigênio dissolvido no plasma: → Composição do ar inspirado → Ventilação alveolar → Perfusão adequada do alvéolo → O2 difundido entre o alvéolo e sangue Parâmetros envolvidos no oxigênio ligado a HB → Saturação de hemoglobina (afetado pelo PCO2, PH, temperatura e 2,3 bpg) → Número de sítios de ligação para haver saturação 3 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA OXI-HEMOGLOBINA EFEITO BOHR ♥ Sem a pressão parcial de oxigênio não há saturação. ♥ A pressão de oxigênio precisa para manter a saturação é de 50%, P50. Fatores que deslocam a curva de dissociação da oxi- hemoglobina ♥ O desvio pode ocorrer para: → Esquerda, caso a PO2 diminua → Direita, caso a PO2 aumente ♥ A afinidade da hemoglobina com o oxigênio e P50 são inversamente proporcionais. Se houver diminuição da afinidade para que se mantenha a P50 é preciso aumentar a pressão parcial de dióxido de carbono. → Se a afinidade diminui significa que está havendo a dissociação (liberação) de oxigênio da hemoglobina para suprir a demanda metabólica. ♥ DESVIO PARA ESQUERDA: é preciso que a afinidade da hb com o oxigênio aumente, já que a necessidade metabólica é menor. Nesse momento há captação de oxigênio no alvéolo. Temperatura PCO2 2,3-DPG PH ♥ DESVIO PARA DIREITA: é preciso que a afinidade da hb com o oxigênio diminua, já que a necessidade metabólica é maior. Nesse caso, há liberação de oxigênio. Temperatura PCO2 2,3-DPG PH 2,3 BPG: é uma substância produzida pelo eritrócito que vai facilitar a dissociação do oxigênio da hemoglobina. FISIOLOGIA CLÍNICA Envenenamento por monóxido de carbono ♥ O ferro sofre oxidação pelo monóxido de carbono e isso influencia no transporte de oxigênio, assim o paciente corre risco de morte. ♥ Se havia um grau de saturação de 100% da hemoglobina, no envenenamento se reduz esse grau de saturação, alterando a capacidade de metabolismo da célula, porque não irá se fornece a quantidade de oxigênio necessária para isso. Ou seja, a hemoglobina perderá a capacidade de se ligar ao oxigênio (esse vai ser trocado pelo CO) Hipóxia tecidual ♥ Redução de oxigênio ofertado aos tecidos. A hipóxia pode estar relacionada à anemia propriamente dita (hipóxia anêmica) ou ao envenenamento por CO, porque nesse caso a hemoglobina se liga com afinidade ao CO e não ao oxigênio, assim não haverá aporte de o2. Doença renal crônica ♥ Afeta o transporte de oxigênio para os tecidos. Através de uma lesão de córtex renal há uma redução da EPO. 4 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ O rim não funciona apenas para filtrar o sangue, ele também produz a EPO, por exemplo. Esse hormônio é um fator importante para a diferenciação das células tronco em eritrócitos. ♥ A não produção de EPO desencadeia uma anemia pela ausência de eritrócitos/ hb. ♥ A EPO colabora para a diferenciação, proliferação e maturação dos eritrócitos. TRANSPORTE DE DÓXIDO DE CARBONO ♥ O transporte desse gás pode ocorrer pelo plasma quando ele está dissolvido (3%), quando ele está ligado a hemoglobina formando a carbaminohemoglobina ou quando ele se liga à molécula de água ♥ A reação química mediada pela enzima anidrase carbônica é fundamental para acelerar a reação que é reversível, a fim de formar bicarbonato a partir do dióxido de carbono. O bicarbonato é solúvel e vai ser transportado pelo plasma. ♥ O próton que vai ser liberado pelo ácido carbônico vai ser obstruído a fim de evitar que o sangue fique muito ácido. ♥ O dióxido de carbono quando está dissolvido vai ser transportado no pulmão e ao passar pela membrana respiratória sofre difusão para o alvéolo, liberando o CO2 na expiração (normal ou esforçada). ♥ Para o bicarbonato liberar o CO2 quimicamente modificado para que esse sofra a difusão para os alvéolos, ele ao estar dentro da hemoglobina vai deslocar o próton que estava ligada a hb, gerando a liberação do próton. Assim haverá a formação do ácido carbônico. ♥ A enzima que atua nesse ácido carbônico libera a molécula de água e dedióxido de carbono, que irá atravessar a membrana d eritrócito e se difundir para o alvéolo. DISSOCIAÇÃO DO DIÓXIDO DE CARBONO EFEITO HALDANE ♥ Ponto A: quando a pressão de oxigênio está baixa, a de dióxido de carbono está alta. Tem maior pressão e maior volume de CO2. ♥ Ponto B: quando a pressão de oxigênio está alta, a pressão de dióxido de carbono está baixa. A pressão de 02 desvia o dióxido de carbono para fora do corpo. ♥ É importante na expiração (saída de dióxido de carbono do corpo). 5 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Regulação da respiração A regulação da respiração pode ser pelo controle neural ou químico. ♥ Controle neural: o SNC apresenta regiões específicas na ponte e no bulbo, as quais regulam os movimentos respiratórios. A regulação da inervação muscular desses movimentos vai ser realizada pelos grupos neuronais. ♥ Controle químico: esse controle está relacionado com as substâncias que são produzidas pelo organismo. ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL GERAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ♥ O centro respiratório vai ser o centro de controle da respiração e vai se dividir em 2 grupos: → Sensores: quimiorreceptores e mecanorreceptores → Efetores: músculos respiratórios. Esse centro respiratório é composto por um grupo de neurônios que estão distribuídos entre a ponte e o bulbo. ♥ O controlador central envia comando para a periferia pelos órgãos efetores, os quais são constituídos por músculos respiratórios. Esses músculos propiciam o processo de ventilação. ♥ Quimiorreceptores: receptores periféricos responsáveis por sentir e emitir sinais para o centro da respiração. A partir da informação aferente, envia-se os comandos para o SNC → Podem ser centrais ou periféricos ♥ Mecanorreceptores: percebem os músculos esqueléticos. CONTROLE NEURAL ♥ As regiões importantes no bulbo se dividem em2 grupos: → Grupo respiratório dorsal (emite um axônio para inervar os músculos da respiração) → Grupo respiratório ventral ♥ Na ponte a região importante é chamada de grupo respiratório pontino. ♥ O grupo respiratório ventral e pontino inervam os músculos da respiração. ♥ Quando esses centros se ativam, as mensagens para ativação do músculo esquelético vão começar a ser enviadas. ♥ De acordo com alguns estudos, o centro pneumotáxico pode influenciar centros respiratórios dorsal e ventral, no que diz respeito à ajudar na regulação da FR. 6 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II ♥ Outros estudos analisam o centro apneustico. Grupo respiratório dorsal ♥ Relaciona-se com a inspiração que ocorre em rampa. ♥ Via aferente: traz informação pelo nervo vago e glossofaríngeo. ♥ Via eferente: encaminha para as vias motoras respiratórias. Grupo respiratório ventral ♥ Pode influenciar na inspiração ou na expiração forçada, sendo mais significativo no ultimo movimento citado. Respiração em rampa ♥ A inspiração ocorre de forma gradativa, em rampa. ♥ Os sinais de ativação do neurônio permitem que ocorra a inspiração e que também haja um aumento do volume corrente. A ativação dos neurônios do grupo dorsal vai ocorrer de forma gradativa. ♥ Funciona como se fosse um recrutamento seqüencial, no qual o número de neurônios ativados v ao aumentando até que esses são bloqueados. Nesse momento em que há paralisação desses neurônios inspiratórios, ocorre a expiração. ♥ PARTE A: aumento do número de neurônios ativados PARTE B: queda no recrutamento (queda do volume corrente) ♥ Outro centro que possui relação com a rampa inspiratória é o centro pneumotáxico. Ele envia os sinais de controle para rampa, o que influencia na regulação da FR. Atividade neural durante o ciclo respiratório ♥ Ao comparar o gráfico A com o gráfico C percebemos que no aumento do volume corrente também há a ativação do nervo frênico. Esse nervo também vai ser responsável pelo processo da inspiração. ♥ Gráfico b motra o fluxo de ar para dentro/fora dos alvéolos. CONTROLE QUÍMICO Quimiorreceptores centrais ♥ Estão próximo ao grupo respiratório dorsal. ♥ Essa região apresenta quimiorreceptores sensíveis a substância química que ao ser percebida, promove projeções axonais para a áre inspiratória, aumentando ou diminuindo a inspiração. ♥ A produção de H+ se da através da reação do CO2 e da água. ♥ Os quimiorreceptores vão perceber o aumento de CO2 indiretamente, já que esse aumento produz ácido carbônico e depois próton H+ (substância percebida por esse receptor) e bicarbonato. ♥ Precisamos da conversão de C O2 em ácido carbônico. Esse ácido libera próton H+ e bicarbonato, logo, o H+ será percebido por esses quimiorreceptores. Quanto mais H+ produzido, maior a sensibilidade desses quimio centrais. Quimiorreceptores periféricos ♥ Estão nos corpos aórticos e nos carotídeos. Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 e ar para dentro/fora Estão próximo ao grupo respiratório dorsal. Essa região apresenta quimiorreceptores sensíveis a substância química que ao ser percebida, promove projeções axonais para a área inspiratória, aumentando ou diminuindo a A produção de H+ se da através da reação do CO2 Os quimiorreceptores vão perceber o aumento de CO2 indiretamente, já que esse aumento produz ácido carbônico e depois próton H+ (substância percebida por esse receptor) e bicarbonato. Precisamos da conversão de C O2 em ácido carbônico. Esse ácido libera próton H+ e bicarbonato, logo, o H+ será percebido por esses quimiorreceptores. Quanto mais H+ produzido, maior a sensibilidade desses quimiorreceptores Estão nos corpos aórticos e nos carotídeos. ♥ Essa região apresenta células que conseguem perceber a alteração da pressão dos gases. Essa alteração, ao ser percebido pelo quimiorreceptor periférico, gera sinais aferentes que vão passar pelo nervo vago e glossofaríngeo. ♥ Células glomosas/glomo: são células quimiosensíveis presentes no corpo carotídeo que são inervadas pelo nervo glossofaríngeo por uma inervação aferente. → Tem a função de perceber alterações. → Ex: quando há baixa de percebe através de uma sinalização, ocorre uma mudança no potencial de membrana qu e cálcio. Os fechados o qu já os cana aumentando o → Percebe-se então possuem ves fazendo exoci a fibra aferen participa dess fibra aferent uma resposta músculos da r 7 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Fisiologia II Essa região apresenta células que conseguem perceber a alteração da pressão dos gases. Essa alteração, ao ser percebido pelo quimiorreceptor sinais aferentes que vão passar pelo nervo vago e glossofaríngeo. Células glomosas/glomo: são células quimiosensíveis presentes no corpo carotídeo que são inervadas pelo nervo glossofaríngeo por uma Tem a função de perceber alterações. Ex: quando há baixa de 02 e essa célula percebe através de uma sinalização, ocorre uma mudança no potencial de ação de ue envolve canais de potássio canais de potássio ficam que aumenta a carga positiva, ais de cálcio se abrem o cálcio intracelular. então que as células glomosas sículas sensíveis ao cálcio, citose de acetilcolina ativando nte (parece que o ATP também se processo). A ativação dessa te- glossofaríngeo- conduz ta ao SNC para que os respiração sejam ativados.
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