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PARTOGRAMA PROFA NINA EM VISITA TÉCNICA... Um grupo de alunos da Unime da disciplina Enfermagem na Saúde da Mulher estão realizando uma visita técnica em uma maternidade acompanhados de sua professora. CHEGANDO NA TRIAGEM... Quando chegam a triagem obstétrica observam uma gestante acompanhada do seu parceiro aguardando consulta. A enfermeira da triagem ao ver o grupo convida uma das alunas para participar da consulta com a gestante. Todos desejam participar e a professora realiza um sorteio, cabendo a sorte a Helena. Lembram dela? Não acredito que tive essa sorte!!!!! REALIZANDO A CONSULTA Paula Dias da Silva, 35 anos, G3/P1/A1 DUM – 08/08/2020 DPP – 15/05/2021 IG – 37sem e 04 dias Queixas: Relato de contrações 3/10’ e perda de tampão mucoso. REALIZANDO A CONSULTA Anamnese Exames do PN Classificação de Risco em Obstetrícia Paula Dias da Silva 1714856 35 anos 27/04/21 REALIZANDO A CONSULTA PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA: Manobras de Leopold Altura Uterina BCF Contratilidade Uterina Dilatação e Apagamento do colo CLASSIFICAÇÃO DE RISCO OBSTÉTRICO ADMITIDA NO PRÉ-PARTO HORA DE ABRIR O PARTOGRAMA PARTOGRAMA Poxa!! Agora eu vou poder entender melhor como isto funciona! A professora mandou um modelo, mas, fiquei com dúvidas. O QUE É O PARTOGRAMA? Ferramenta que serve para avaliar a evolução do parto como um todo: a dilatação cervical, a descida da apresentação, a posição fetal, a variedade de posição, a frequência cardíaca fetal, as contrações uterinas, a infusão de líquido e a analgesia. O exame completo de todas essas variáveis permite conhecer os fatores etiológicos responsáveis durante a evolução normal e anormal do trabalho de parto. Vasconcelos, Martins, Matos, et al. 2013 O PARTOGRAMA PERMITE: Acompanhar e documentar a evolução do TP Diagnosticar alterações do TP Indicar a tomada de condutas apropriadas para a correção de desvios no TP Evitar intervenções desnecessárias Brasil, 2001 CURVA DE DILATAÇÃO CERVICAL Ascendente Menor velocidade Fase latente Maior velocidade Fase Ativa CONSTRUINDO O PARTOGRAMA INICIO DO REGISTRO GRÁFICO – FASE ATIVA Partograma Clássico: Dilatação cervical > 04cm* Duas a três contrações eficientes/10’ Na dúvida aguarda 1H e realizar novo toque Velocidade de dilatação – 1cm/H em média* Registrar a dilatação à esquerda do gráfico (eixo y) - Registrar a descida - apresentação e variedade de posição - Acompanhando o T TP de Paula 5 6 7 8 9 10 11 12 Chegou à unidade às 05hs do dia 27/04/21 e foi avaliada. No momento da avaliação a cabeça fetal no plano DeLee (-3) – Colo dilatado 04cm. DU – 3/10’/25-35-40”; BCF – 130; Bolsa integra. Sinais vitais estáveis – PA. 120x70mmHG - Temp. 36ºC. Acompanhando o TP de Paula 5 6 7 8 9 10 11 12 Chegou à unidade às 05hs do dia 27/04/21 e foi avaliada. No momento da avaliação a cabeça fetal no plano DeLee (-3) – Colo dilatado 04cm. DU – 3/10’/25-35-40”; BCF – 130; Bolsa integra. Sinais vitais estáveis – PA. 120x70mmHG - Temp. 36ºC. UM MOMENTO!!!! PRÓ, PODEMOS ACOMPANHAR A EXPLICAÇÃO DO PARTOGRAMA COM O MODELO QUE TEMOS? ASSIM, VISUALIZAMOS O TODO! ERRO NA CONSTRUÇÃO DO PARTOGRAMA DISTOCIAS IDENTIFICADAS NO PARTOGRAMA FASE ATIVA PROLONGADA DIAGNÓSTICO: Velocidade de dilatação do colo < 1cm/h MEDIDAS: Técnicas humanizadas Amniotomia Ocitocina PARA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO DIAGNÓSTICO: 02 toques consecutivos sem evolução na dilatação do colo com intervalo de 02 ou mais horas. MEDIDAS: Técnicas humanizadas Amniotomia Analgesia Resolução por via alta PARTO PRECIPITADO DIAGNÓSTICO: Parto que ocorre com 04H ou menos MEDIDAS: Suspender ocitócito Revisão detalhada do canal do parto PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO DIAGNÓSTICO: Descida progressiva da apresentação, mas muito lenta MEDIDAS: Ocitócito Amniotomia Posição verticalizada Forceps PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA DIAGNÓSTICO: 02 toques consecutivos com intervalo de 1H sem descida da apresentação MEDIDAS: Forceps Parto cesarea DISTÓCIAS DO PARTO HIPERTONIA UTERINA HIPOTONIA UTERINA FORÇAS SECUNDÁRIAS INADEQUADAS DISTÓCIA DE TECIDOS MOLES DISTÓCIAS FETAIS DISTÓCIA DE OMBROS DIAGNÓSTICO: Quando da saída do polo cefálico, este se retrai contra o períneo (Sinal da Tartaruga ou cabeça encravada) e não se consegue desprender as espáduas, pelas manobras habituais, após um tempo igual ou maior do que 60 segundos. DISTÓCIA DE OMBROS FATORES DE RISCO: Episódio anterior de distócia de ombro Diabetes gestacional Pós-datismo Macrossomia fetal Baixa estatura materna Ganho de peso materno excessivo durante o pré-natal Pelves anômalas Primeiro (fase de dilatação) e/ou segundo (fase de descida) períodos prolongados Uso de fórcep ou vácuo-extrator DISTÓCIA DE OMBROS COMPLICAÇÕES MATERNAS: Hemorragias pós-parto Fístula reto-vaginal Diástese de sínfise Lacerações ou episiotomias 3º ou 4º grau Ruptura uterina Endometrite DISTÓCIA DE OMBROS COMPLICAÇÕES FETAIS: Paralisia do plexo braquial Fratura de clavícula Morte fetal Asfixia perinatal Fratura do úmero Morte neonatal DISTÓCIA DE OMBROS CONDUTAS: A – chamar ajuda – avisar a parturiente anestesista/neonatologia L – Manobra de McRoberts E – Pressão supra-púbica externa – manobra Rubin I E – Considerar episiotomia R – Remover braço posterior T – Toque para manobras internas A – Alterar posição quatro apoios POSIÇÃO DE McROBERTS MANOBRA DE RUBIN I MANOBRAS INTERNAS VÍDEO!!! ESTAS DISTÓCIAS RESULTAM EM: PARTOS ASSISTIDOS PARTO CESÁREA CHEGAMOS AO FINAL DE MAIS UMA AULA Hoje foram muitas emoções. Consegui acompanhar a admissão de uma gestante e ver como se usa um partograma e entender a sua importância na identificação das distócias do parto. Fiquei impactada com tudo o que aprendi!! REFERÊNCIAS Vasconcelos KL, Martins CA, Mattos DV de et al. Partograma: instrumento para segurança na assistência obstétrica. Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(2):619-24, fev., 2013. SCOTT, Ricci, Susan. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2008. 1 v. 382 p. ORSHAN, Susan. Enfermagem na saude das mulheres, das mães e dos recém-nascidos. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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