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Avaliação Hepática

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FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
CLÍNICA MÉDICA III | GASTROENTEROLOGIA
GABRIELA PICCHIONI BAÊTA - 68A
Avaliação Hepática
É comum que se tenha alterações enzimáticas no paciente assintomático, variando de 1 - 4% da população. É
também importante ressaltar que essas alterações por si só se correlacionam com o aumento de morbidade e
mortalidade.
Recomendações:
1- Repetir os exames: certificar-se de que não é erro laboratorial
2- Certificar que as alterações são secundárias ao fígado, pois nem sempre as enzimas estão relacionadas a
patologias hepáticas. (AST: fígado, mm cardíaco, rim e cérebro / ALT: apenas no fígado / FA: fígado, ossos e
placentas / GGT: hepatócitos, epitélio biliar, rim, pâncreas ,vesículas seminais, baço, coração e cérebro)
Exames laboratoriais: é importante classificar as alterações em:
- Hepatocelular: predomínio de transaminases (TGO, TGP)
- Colestático: FA, GGT
- Elevação Isolada de Bilirrubina → lembrar: problemas no fígado geralmente são percebidos na bilirrubina
direta (hepatite, por exemplo). A indireta se eleva em quadros extra hepáticos a não ser que haja um defeito
genético na conjugação da bilirrubina.
Alterações laboratoriais: grau de alteração → ajuda na etiologia, mas não no prognóstico (função hepática =
albumina, RNI…).
- Leve: até 5x do VR
- Moderada: 5-10x do VR
- Pronunciada >10x do VR - o que mais aumenta é a isquemia do parênquima hepático
Avaliação: anamnese completa e exame físico:
- Idade e gênero: hepatite viral na infância, B e C adultos
- Presença de sinais de DHC: ascite, encefalopatia, icterícia, esplenomegalia, aranha vascular...
- Fatores de risco para hepatites virais
- Comorbidades
- Consumo de drogas, álcool, chás, suplementos
- HF: doenças autoimunes ou genéticas
- HP de diarreia, doença inflamatória intestinal ou doença celíaca
Doença de padrão Hepatocelular:
1- Testagem para hepatite C: anti HCV - IgG: se vem positivo, ou teve o contato e curou ou teve o contato e
cronificou (90% nos adultos - aí se dosa a carga viral do HCV)
- FR: uso de drogas, piercings e tatuagens, conduta sexual de risco e nascidos entre 45 e 65
2- Testagem para Hepatite B: HBsAg / AntiHBs: cura ou proteção
FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
CLÍNICA MÉDICA III | GASTROENTEROLOGIA
GABRIELA PICCHIONI BAÊTA - 68A
- FR: areas endemicas, sexo desprotegido, pacientes de dialise, HIV, usuários de dosas injetáveis, contatos de
infectados e grávidas
3- Hepatite A e E → agudas! Faz-se o Anti HAV e Anti HEV IgM
- FR: retorno de áreas endêmicas…
4- Esteatohepatite não alcoólica: síndrome metabólica → pacientes
com HDL baixo, triglicérides aumentados, HAS, glicemia de jejum
alterada e circ. abdominal
5- Doença hepática alcoólica: risco em homens >210g de álcool e
mulheres >140g álcool por semana. Pensar se:
- Razão AST:ALT ao menos 2:1 e valores de transaminases
raramente >300
- Elevação da GGT associada
- Recomendar abstinência (pelo menos 3 meses) e repetir
exames
6- Uso de drogas: qualquer droga pode estar associada a alteração
das transaminases, com ou sem hepatotoxidades →
OBS: pacientes com transaminases persistentemente elevadas, na
ausência das hepatites virais devem:
- Ser solicitados auto anticorpos para hepatite autoimune e IgG principalmente na presença de outra doença
autoimune (ASMA, FAN, Anti LKM1) → + comum em mulher com outras doenças autoimunes
- Ser testados para hemocromatose: testar ferritina e IST (caso ferritina elevada e IST > 45%, faz-se o teste
genético
- Screening para deficiência de alfa-1-antitripsina: doença genética rara que culmina no defeito da proteína
que resulta em enfisema panacinar e DHC. Realiza-se o teste genético de mutação PiZZ
- Screening para doença de Wilson: dosar ceruloplasmina, que carreia o cobre sérico. Se estiver baixa, dosa o
cobre em urina de 24h e exame de lâmpada de fenda. É uma doença recessiva rara, mais comum em
homens jovens. Pensa em pacientes com exames hepáticos alterados associada a quadro psiquiátrico ou
neurológico
Doença de padrão Colestático:
Em pacientes com enzimas canaliculares elevadas pensa em:
- Colangite biliar primária: pede-se o anticorpo anti mitocôndria. Presente principalmente em mulheres
maiores de 40 anos, geralmente assintomático (50%) e associada a xantelasmas.
- Colangite esclerosante primária: deve ser realizada a colangioRM para pesquisa de alterações de via biliar.
É uma doença rara caracterizada por inflamação e fibrose de ductos biliares intra e extra- hepáticos,
apresentando curso clínico variável e progressão lenta para a cirrose hepática.
Quando se esgotarem os exames laboratoriais:
- Biópsia hepática: deve-se pesar os riscos e benefícios, levar em consideração o grau da elevação. Em
elevações menores que 3x o VR assintomático, apenas se acompanha.
FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
CLÍNICA MÉDICA III | GASTROENTEROLOGIA
GABRIELA PICCHIONI BAÊTA - 68A
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