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Ela acontece cronologicamente iniciando com a 
determinação do sexo cromossômico a partir da 
fusão dos gametas (gameta masculino: 
espermatozoide/ gameta feminino: ovócito). Com 
a fusão dos gametas, vem a determinação do sexo 
desse novo indivíduo. 
Fêmeas apresentam um 
par de cromossomos 
sexuais idênticos (XX) 
Machos os cromossomos 
são diferentes (XY). 
 
Como os cromossomos das 
fêmeas são iguais, elas apresentam 100% de 
gametas com cromossomos X. Machos 
apresentam 50% dos gametas com cromossomo 
X e 50% com cromossomo Y. 
Na fecundação, o embrião recebe um 
cromossomo da mãe, proveniente do óvulo, e um 
do pai, proveniente do espermatozoide. 
 
Se o espermatozoide que fecundou o óvulo 
apresenta um cromossomo X, o indivíduo gerado 
desenvolve ovários e, consequentemente, 
hormônio feminino. Se o espermatozoide 
apresenta cromossomo Y, ocorre o 
desenvolvimento de testículos e hormônios 
masculinos
quando os espermatozoides jogam seu material 
genético dentro do citoplasma dos ovócitos, esses 
materiais vão se encontrar e se variar pareando as 
características dos cromossomos dos pais. 
Então é possível entender que a partir da 
determinação do sexo cromossômico, nós temos 
então a determinação do sexo gonadal que se 
trata da formação das gônadas, nas fêmeas: tuba 
uterina, ovários, vulva, vagina etc. Nos machos: 
testículo, pênis, escroto etc. 
 
 
 
 
 
Sendo encontrado o 
tecido testicular ou 
testículo, glândula 
responsável pela 
produção de 
espermatozoides e da 
testosterona, além de 
produzir uma pequena quantidade de estrogênio e 
progesterona. 
Também encontramos o tecido ovariano ou ovário, 
glândula responsável pela produção dos ovócitos 
e dos óvulos, também produz estrogênio e 
progesterona, além de pequena quantidade de 
testosterona. 
–
Depois do desenvolvimento das gônadas, as 
mesmas passarão a produzir hormônios que 
caracterizam ainda mais machos de fêmeas, 
assim como no macho: maior desenvolvimento de 
musculatura, mais pelos em algumas espécies. 
Assim como nas fêmeas desenvolvem 
características femininas. Tudo isso é 
determinado como Desenvolvimento do sexo 
fenotípico, sendo a terceira parte da diferenciação 
sexual fetal. 
 
 
 
 
 
Sabendo que o espermatozoide é capaz de 
carregar tanto cromossomo X como cromossomo 
Y e o ovócito feminino apenas carrega 
cromossomos X, podemos entender que uma 
fecundação com cromossomos XY dá origem aos 
machos na formação fetal. Assim que ocorre a 
fecundação e identificamos se tratar de um XY, 
ocorrerá o Fator Determinante de 
Desenvolvimento Testicular, dando origem a um 
macho, pois isso fará com que de origem a células 
de Sertoli e células de Leydig. 
 
 A célula de Sertoli é responsável por produzir 
hormônios que bloqueiam os dutos 
paramesonéfricos (hormônio anti mülleriano). O 
que significa que ele impede a formação de um 
útero e vagina cranial neste feto, o que levaria a 
dar origem a uma fêmea. 
Células de Leydig também são responsáveis por 
produzir hormônios que bloqueiam esses ductos 
paramesonéfricos, (testosterona). Também 
impedem o desenvolvimento de características 
que diferenciem esse feto em fêmea, como 
ovários e tuba uterina. 
Falando um pouco mais sobre a testosterona, sua 
função, além de ser a de bloquear células que 
posteriormente se diferenciariam em órgãos 
femininos, a testosterona também enfatiza a 
diferenciação de células do sistema reprodutor 
masculino, principalmente dando características 
físicas como maior quantidade de massa 
muscular, por exemplo. 
todo esse processo da formação testicular ocorre 
no abdômen do feto, próximo ao cordão 
nefrogênico que posteriormente se diferenciará 
em rins. 
Além do mais, as células de Sertoli têm funções 
adicionais, tais como produção de proteínas. Esta 
proteína produzida irá carregar o estrogênio e a 
testosterona para um fluido encontrado nos 
túbulos seminíferos. 
E as células de Leydig também possuem uma 
segunda função. A fim de que as células do 
esperma se movam, elas requerem energia para 
isso. 
As células de Leydig suprem essa energia através 
da frutose que elas produzem. 
*Curiosidade: apesar do processo ocorrer no 
abdômen, é importante que em determinado, após 
o desenvolvimento, esses testículos desçam 
passando o abdômen através do canal inguinal e 
chegando ao escroto, caso na fase adulta ainda 
não tenha ocorrido essa descida testicular, damos 
o nome de criptorquidismo, que nada mais é do 
que o testículo que não desceu e é encontrado 
ainda próximo aos rins, onde foi desenvolvido. 
Tornando o animal (macho) em um criptorquida. 
Na ausência da produção destes hormônios, no 
embrião feminino, desenvolvem-se os ductos de 
Müller, levando à diferenciação e formação dos 
genitais femininos internos. 
 
Os ductos de Müller, 
também conhecidos por 
ductos paramesonéfricos, 
são estruturas que estão 
presentes no embrião e 
que dão origem a genitais 
internos femininos, caso se 
trate de uma menina ou 
permanecem na sua forma vestigial, caso se trate 
de um menino. 
Nas mulheres, os ductos de Müller originam as 
trompas uterinas, o útero e a parte superior da 
vagina e nos homens, as estruturas que dão 
origem aos órgãos sexuais masculinos como o 
epidídimo, o ducto deferente e as vesículas 
 
seminais são os ductos de Wolff, que nas 
mulheres permanecem na forma vestigial. 
Tanto os ductos de Müller como os ductos de 
Wolff dependem de controles hormonais: 
Na ausência da produção destes hormônios, no 
embrião feminino, desenvolvem-se os ductos de 
Müller, levando à diferenciação e formação dos 
genitais femininos internos. 
 
Antes de falar sobre os órgãos desse sistema, 
devemos dar importância aos ligamentos que 
sustentam essas estruturas dentro do corpo 
destes animais. Como por exemplo o Peritônio 
que é uma estrutura de tecido conjuntivo que 
recobre toda a cavidade abdominal por dentro. A 
formação do trato reprodutor feminino ocorre 
“grudada” ao peritônio da cavidade abdominal, e a 
medida em que os órgãos reprodutivos se 
desenvolvem “empurram” o peritônio e o trazem 
para baixo, fazendo com que o peritônio os 
envolva e sustente toda essa estrutura, e a partir 
disso, a parte do peritônio responsável pela 
sustentação geral do aparelho reprodutor feminino 
passa a se chamar ligamento largo. 
Porém, cada estrutura do trato reprodutor feminino 
que o ligamento largo sustenta recebe um nome 
específico. 
• Mesovario – Sustentação dos ovários 
• Mesossalpinge – Sustentação da tuba 
uterina 
• Mesométrio – Sustentação dos cornos e 
corpo uterino 
 
• Ovários 
• Tubas Uterinas 
• Cornos Uterinos 
• Cérvice 
• Vagina 
• Vulva 
 
Os ovários se originam do primórdio gonodal, 
posicionado na região lombar da face medial do 
mesonefro (estrutura que originará os rins 
posteriormente). Esses cordões de células 
incorporam células germinativas primordiais, as 
quais possuem uma origem distante no saco 
vitelino e alcançam a gônada por meio de 
migração. De forma geral, os ovários dos 
mamíferos domésticos são órgãos pares 
suspensos na região sublombar pelo ligamento 
largo, que nesta seção se denomina mesovário, e 
estão localizados caudalmente aos rins. Têm 
forma arredondada ou oval, são de consistência 
firme e, em geral, possuem folículos e corpos 
lúteos que lhes conferem uma aparência irregular. 
A principal função dos ovários é a produção de 
gametas femininos (oócito/ovócito), conhecida 
como gametogênese, onde ele carrega metade do 
material genético da fêmea e se junta à metade de 
material genético do espermatozoide para dar 
origem a um novo individuo com um número 
completo de cromossomos daquela espécie. Além 
da produção dos hormônios conhecidos por 
Estrógeno, progesterona, ocitocina e relaxina, 
sendo os dois primeiros os mais importantes. 
 
 
 
 
 
 
 
Através do corte,é possível identificar diferentes 
camadas: 
• Túnica Albugínea - composta de tecido 
conjuntivo 
• Epitélio superficial - Única camada 
regular de células cuboides, enfileiradas 
• Córtex - onde encontramos o ciclo de 
formação de folículos, corpo lúteo 
(hemorrágico e albicans), e a produção de 
oócitos. 
• Medula - região mais interna do ovário 
onde correm grande e pequenos vasos 
sanguíneos, linfáticos, terminações 
nervosas e tecido conjuntivo denso. 
 
*Curiosidade: Apenas com exceção nas éguas, o 
córtex e medula invertem duas localizações. 
Sendo o córtex a parte mais interna e a medula a 
parte externa. 
Isso interfere 
diretamente no processo 
de ovulação. Em 
qualquer outra espécie, a 
ovulação pode acontecer 
em qualquer parte da 
“parede” do ovário, que 
por sua vez vai expelir o 
oócito. Na égua, apesar 
de seu córtex ser a parte mais interna do ovário, 
ele é localizado em uma das “paredes do ovário” 
que possui uma fossa/depressão, e é a única parte 
do ovário que pode expelir o oócito, conhecida 
como Fossa Ovulatória. 
Dentre muitas das funções e estruturas presentes 
aqui, se destaca uma das mais importantes 
chamada Foliculogênese onde ocorre 
constantemente o processo de recrutamento de 
células (folículos), que “englobam” um oócito por 
vez no intuito de nutrir, crescer e maturar. Essas 
células passam por algumas fases até atingir a 
maturação onde acontece o rompimento delas, 
liberando para fora do ovário o oócito. Sendo esta 
última parte conhecida como Ovulação. 
Existem 5 fases foliculares 
• Primordial 
• Primários 
• Segundários 
• Terciários ou Antral 
• Folículo dominante pré ovulatório ou de 
Graaf. 
Os Folículos Primordiais são formados por um 
epitélio folicular de células simples e planas, onde 
mais tarde se diferenciam em células da teca 
interna, as quais envolvem o ovócito. 
O Folículo Primário caracteriza-se por 
apresentar uma camada de células foliculares 
anteriormente planas e agora maiores com 
formatos cuboides em constante evolução, que 
envolve o ovócito, e são conhecidas como células 
da granulosa. Estas células foliculares adquirem 
uma forma de aparência secretora. 
O Folículo Secundário. Nesta fase que o ovócito 
se rodeia de uma camada clara de material 
extracelular conhecida como a zona pelúcida, e 
começará a formar uma cavidade, o antro. O 
folículo secundário é microscópico, possui duas ou 
mais camadas de células foliculares, conhecidas 
como células da granulosa e células da teca, 
sendo essa última localizada mais externamente. 
E as células da granulosa que se multiplicaram, 
mais internamente. 
 O Folículo Terciário é caracterizado pela sua 
possível visualização macroscópica, pela 
proliferação das células da granulosa por meio de 
mitose e pelas cavidades chamadas de antro onde 
agora possui fluidos liberados pela própria célula 
 
da granulosa que estimulou a formação, e recebe 
o nome de “líquido folicular”. Quando totalmente 
constituído, o ovócito permanecerá num montículo 
central de células granulosas. Da mesma forma, o 
ovócito permanecerá rodeado pela constante 
proliferação de células da granulosa que formarão 
a coroa radiada, é possível ser visto 
macroscopicamente já neste ponto, várias 
camadas de células granulosas são formadas ao 
redor do oócito com reentrâncias preenchidas com 
fluido dentro da massa de células granulosas, 
contendo células da teca interna, externa. 
Folículo de Graaf ou antral: Em uma 
extremidade da cavidade folicular, há uma 
elevação (cumulus oophorus), a qual contém o 
ovócito em amadurecimento. O ovócito se 
encontra em íntimo contato com uma membrana 
translúcida, a zona pelúcida, a qual é envolvida 
por uma camada de células granulosas dispostas 
radialmente, a coroa radiada. Na etapa seguinte 
de maturação, finalmente irrompe para liberar o 
ovócito. 
*Curiosidade: Fêmeas nascem com um número 
pré-determinado de folículos primordiais. 
 
Teca externa: Tecido conjuntivo 
Teca Interna: produção de andrógenos por 
estimulação do LH (separada da granulosa por 
uma membrana basal) 
Granulosa: produção de diferentes hormônios 
(estrógeno, inibina e também fluído folicular), 
comandam a maturação folicular em resposta a 
atuação do FSH. 
 
 
 
Esta região é constituída por vasos sanguíneos, 
nervos e vasos linfáticos, que ocupam 
completamente a porção central do ovário. Entre 
os vasos principais existe tecido conjuntivo laxo, e 
em ovários de fêmeas velhas existem 
remanescentes de folículos, assim como 
lipofuscina e macrófagos. O estroma da medula é 
continuado com o estroma do mesovário na área 
chamada ílio-ovárico. O estroma do córtex inclui 
alguns fibroblastos, bem como células 
mesenquimais que são capazes, sob o estímulo 
adequado, de se diferenciarem em células tecais 
e células intersticiais, ambas com propriedades 
esteroidogêneses. A égua é a única espécie na 
qual a medula e o córtex têm uma localização 
diferente, já que a partir do sétimo mês do 
desenvolvimento fetal o ovário se inverte, ficando 
o córtex no interior; por isso sua forma é arreada. 
Durante essa inversão, de forma adicional, 
conforma-se uma estrutura à que se denomina a 
fossa de ovulação 
As tubas uterinas pares (também denominadas 
ovidutos ou conhecidas anteriormente como 
salpinge ou trompas de Falópio), recebem e 
transportam os ovócitos para o útero. Elas 
também conduzem o esperma em sua ascensão. 
A fertilização normalmente ocorre no interior das 
tubas. Cada tuba é suspensa pela mesossalpinge 
e conecta a cavidade peritoneal à cavidade uterina 
e, dessa forma, ao ambiente externo. A 
extremidade ovariana da tuba uterina que recebe 
o oócito após a ovulação assume a forma de funil 
e é denominada Infundíbulo. As margens livres do 
infundíbulo são cercadas por diversos processos 
divergentes denominados de fímbias, que entram 
em contato e as vezes aderem à superfície do 
ovário. O interior do funil é marcado por pregas 
que convergem para delimitar uma pequena 
abertura no fundo do funil, o óstio abdominal. 
O Óstio abdominal leva à ampola onde 
normalmente ocorre a fertilização. O Ovócito 
permanece na ampola durante alguns dias antes 
de ser transportado para a extremidade do corno 
do útero pela parte mais estreita e contorcida da 
tuba, conhecida como Istmo. 
 
A Tuba uterina se abre no corno uterino através do 
óstio uterino e marca o local da união entre o útero 
e a tuba (junção útero-tubárica). A união é gradual 
em ruminantes e no suíno, mas abrupta no equino 
e nos carnívoros, nos quais o óstio uterino se situa 
em cima de uma papila e, desse modo, forma uma 
barreira contra infecções ascendentes. 
 
É um órgão tubular que liga o oviduto à cérvix; na 
maioria das espécies domésticas encontra-se 
dividido em dois cornos, um corpo e um pescoço 
ou cérvix, pelo que se definem como bicórneos. É 
o órgão encarregado de abrigar a gestação. Os 
córneos uterinos são desenvolvidos a partir dos 
dutos paramesonéfricos direito e esquerdo, e o 
corpo é formado pela fusão destes dutos deixando 
uma única cavidade. Histologicamente é 
constituído por serose ou perimétrio muscular, ou 
miométrio e mucosa ou endométrio. A porção 
uterina que não se encontra coberta por peritoneu 
devido à sua localização, encontra-se coberta por 
adventícia chamada paramétrio, e encontra-se 
sustentada pela porção do ligamento largo 
chamada mesometria. O endométrio é um epitélio 
colunar simples, parcialmente ciliado, e uma 
lâmina própria que contém glândulas tubulares 
simples, rodeadas de epitélio colunar. Estas 
glândulas abrem-se de maneira direta à cavidade 
uterina, e formam a segunda barreira e 
reservatório dos espermatozoides, durante seu 
transporte. O miométrio é composto por músculo 
liso. Embora não sejam facilmente discerníveis, 
consiste em duas camadas: uma interna circular e 
uma externa longitudinal.Entre elas, é possível 
reconhecer uma camada vascular. O grau de 
união que apresentam os córneos uterinos varia 
de uma espécie a outra, pelo que existem distintas 
classificações: Útero com fusão intercornual alta, 
por exemplo na égua, no qual os córneos são 
curtos, em comparação com um corpo uterino 
grande. 
Útero com fusão intercornual moderada ou média, 
como o dos ruminantes, em que os córneos têm 
um comprimento médio. Os úteros de fusão 
intercornual baixa, como a porca, a cadela e a 
gata, em que os córneos são extremamente 
longos e o corpo é curto. 
A forma dos córneos uterinos também varia entre 
espécies. Na vaca e na ovelha é semelhante aos 
chifres de carneiro, na égua têm forma de T e na 
porca são extremamente tortuosos e longos. 
 
A cérvix ou colo uterino é o órgão que separa o 
útero da vagina, protegendo o primeiro do contato 
externo, com exceção do momento do parto e do 
período de estro. O lúmen do cérvix denomina-se 
canal cervical e está limitado por dois orifícios: o 
interno e o externo. O comprimento e a 
tortuosidade deste canal variam entre espécies. A 
cérvix possui uma camada muscular circular bem 
desenvolvida que contém fibras elásticas. A 
mucosa forma uma grande quantidade de pregas, 
cujo epitélio contém células produtoras de muco. 
Este muco é composto de glicoproteínas que 
contêm aproximadamente 25% de aminoácidos e 
75% de carboidratos. Tem as seguintes 
características biofísicas: arborização, 
elasticidade, viscosidade, tixotropismo e 
 
adesividade. A arborização consiste em que o 
muco, durante a fase estrogênica, cristaliza-se em 
forma de feto ao secar numa lamela, este padrão 
não é observado durante a fase progestacional. 
Algumas das funções do cérvix são: facilitar, por 
meio do muco cervical, o transporte dos 
espermatozoides, assim como ser o primeiro filtro, 
seleção e barreira dos espermatozoides. Por sua 
vez, as criptas cervicais formarão o primeiro 
reservatório de espermatozoides. Nas vacas e 
cabras, o cérvix possui entre quatro e cinco anéis 
concêntricos; nas borregas são de quatro a sete 
dobras transversos inclinadas caudalmente para a 
entrada do cérvix, pelo que lhes chamam cones 
truncados ou funis; nas porcas tem forma de 
espiral; em éguas é composto por dobras 
longitudinais, e na cadela não se fala de anéis, 
mas menciona-se que possui um fundo de saco. 
 
Função: 
• Barreira espermática: vaca, gata, cadela 
• Barreira física (na gestação: muco 
cervical) 
 
Composição: 
• Canal cervical 
• Simples ou múltiplas pregas ou anéis 
cervicais 
 
 
Diferenças estruturais: 
• Ruminantes: anéis 
• Éguas e porcas: pregas longitudinais 
A vagina é a parte cranial do órgão copulatório 
feminino. Ela se prolonga desde o óstio uterino externo 
até o óstio externo da uretra. Portanto, ela pertence 
apenas ao trato reprodutivo. 
A vagina relativamente longa de paredes finas se situa 
em uma posição mediana no interior da cavidade 
pélvica entre o reto no sentido dorsal e a vesícula 
urinária no sentido ventral. Sua maior parte é 
retroperitoneal, embora suas partes craniais sejam 
cobertas por peritônio. A incisão da parede dorsal 
dessa parte da vagina proporciona um meio de acesso 
relativamente conveniente para a cavidade peritoneal 
de animais de grande porte. Essa abordagem pode ser 
usada para a remoção dos ovários (ovariectomia) na 
égua. Uma incisão ventral não é possível devido à 
presença de um extenso plexo de veias. 
Na vaca e na égua, o colo pronunciado restringe o 
lúmen da parte cranial da vagina a um espaço anular, 
conhecido como fórnice. Na cadela, o epitélio vaginal 
reage a alterações nos níveis hormonais de forma mais 
pronunciada do que em outras espécies domésticas, e 
amostras coletadas da vagina fornecem evidências do 
estágio dentro do ciclo. 
É um órgão dilatável para a cópula, além disso forma o 
canal para a saída do feto e a placenta no momento do 
parto (canal de parto), e é o órgão por onde se expulsa 
a urina. A vagina é um órgão fibromuscular de parede 
grossa que se estende do cérvix à vulva. É composta de 
mucosa muscular e adventícia. A mucosa é formada 
por um epitélio escamoso estratificado que repousa 
sobre uma espessa folha própria. Este epitélio tem a 
capacidade de variar em espessura e tipo celular com o 
ciclo ovárico e a produção diferencial de hormônios 
esteroides, pelo que é factível, em algumas espécies, 
determinar a etapa do ciclo estral, o início da 
puberdade e a gestação por meio da observação 
histológica dos diferentes elementos da mucosa 
vaginal. O assoalho da vagina, na sua parte caudal, é 
conhecido como vestíbulo, que é uma porção comum 
ao sistema urinário e reprodutor, já que abriga o 
orifício uretral. Contém, além disso, as glândulas de 
 
Gartner, que são os remanescentes dos dutos de Wolff, 
e as glândulas vestibulares, que são as homólogas das 
glândulas bulbouretrais. A porca, por outro lado, 
possui um divertículo uretral ou saco cego. 
No caso das cadelas o vestíbulo da vagina é muito 
longo e se localiza em posição inclinada para o dorso, 
onde termina em um estreito chamado cíngulum 
(estrutura importante para conseguir a retenção 
peniana durante a cópula nesta espécie) . A partir daí a 
posição da vagina craniana é horizontal. 
O vestíbulo é menor que a vagina e sua maior parte se 
situa por trás do arco isquiático, o que permite que ele 
se incline ventralmente para sua abertura na vulva. A 
inflexão resultante do eixo da passagem genital deve 
ser levada em consideração na introdução de um 
espéculo vaginal ou de outros instrumentos. 
Função: 
• Órgão copulatorio 
• Expulsão da urina 
• Canal do parto 
Composição: 
• Musculatura lisa 
• Mucosa altamente adaptada e desenvolvida 
• Cranial, média e caudal 
o Cranial: epitélio colunar secretor 
Ductos paramesonéfricos 
o Caudal: epitélio estratificado 
escamoso Invaginação do sino 
urogenital 
o Vestíbulo: faz parte do sistema 
reprodutor e urinário 
Porção externa do trato reprodutivo da fêmea 
Composição: 
• 2 lábios (musculatura e tecido adiposo) 
• 2 Comissuras (encontro nas extremidades) 
• Rima vulvar 
• Glândulas sebáceas e sudoriaras 
• Folículos pilosos 
• Fossa clitoriana (comissura ventral) 
• Clitóris (tecido erétil e terminações nervosas)