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Recursos em espécie - Direito Processual Civil

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alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
RECURSOS EM ESPÉCIE 
1. APELAÇÃO 
1.1. CABIMENTO 
Caberá apelação das sentenças terminativas ou definitivas, em respeito ao duplo grau de jurisdição. 
Exceções em que não caberá apelação: 
• Da sentença no JEC caberá recurso inominado 
• Da sentença proferida na execução até 50 OTN caberá embargos infringentes 
• Da sentença em que as partes forem Estados estrangeiros x município ou pessoa residente caberá recurso 
ordinário constitucional 
Caberá apelação, além das sentenças definitivas e terminativas, nos casos de: 
• Improcedência liminar do pedido caberá juízo de retratação 
• Indeferimento da petição inicial no prazo de 5 dias 
Em regra, decisões interlocutórias são atacadas por agravo de instrumento, mas, em algumas situações, a apelação poderá 
atacar algumas decisões interlocutórias não agraváveis (haverá discussão em preliminar de apelação). Assim, as questões 
resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas 
pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas 
contrarrazões (ainda quando as questões integrarem capítulo da sentença). 
Num resumo, cabe apelação: 
• Da sentença 
• Da decisão interlocutória que não seja passível de agravo de instrumento 
 
1.2. PROCEDIMENTO 
A interposição da apelação se dá perante o juiz que proferiu a decisão recorrida (juiz de 1º grau), que não mais tem a 
responsabilidade de analisar a admissibilidade do recurso (pressupostos de admissibilidade) antes de determinar a 
apresentação das contrarrazões e o envio ao tribunal. 
Só existe a possibilidade do juízo de retratação em três casos: 
• Indeferimento da petição inicial 
• Improcedência liminar do pedido 
• Sentenças terminativas, com a extinção do processo sem resolução do mérito 
Requisitos da petição da apelação: 
alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
• Nomes e qualificação das partes 
• Exposição do fato e do direito 
• Razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade 
• Pedido de nova decisão 
Uma vez apresentada a apelação, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias, bem como 
poderá apresentar recurso adesivo (e a parte recorrente será intimada para contra-arrazoar a apelação adesiva). 
Juntadas as contrarrazões, o processo será encaminhado ao tribunal para que este proceda ao juízo de admissibilidade. 
Chegando no tribunal, o relator fará uma pré análise para ver se decide monocraticamente ou se de forma colegiada. 
Hipótese de decisão monocrática (contra a qual caberá agravo interno) 
• Não admissão do recurso por ausência dos pressupostos de admissibilidade do recurso ou quando prejudicado 
ou não tiver impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida 
• Negar provimento a recurso que for contrário/depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar 
provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária: 
o À súmula do STF, STJ ou do próprio tribunal 
o Ao acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos 
o Ao entendimento firmado em IRDR ou IAC 
Se não for o caso de decisão monocrática, o relator deverá elaborar seu voto para julgamento do recurso pelo órgão 
colegiado. 
A apelação não comporta revisor e terá efeito suspensivo, impedindo a produção de efeitos da sentença, salvo se for (e aí 
só terá efeito devolutivo, mas a parte poderá requerer efeito suspensivo): 
• Homologação de divisão ou demarcação de terras 
• Condenação em alimentos 
• Extinção do processo sem resolução do mérito 
• Improcedência dos embargos 
• Procedência do pedido de instituição de arbitragem 
• Confirmação, concessão ou revogação da tutela provisória 
• Decreto de interdição 
A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento 
pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que 
relativas ao capítulo impugnado. 
As questões de fato não propostas no juízo inferior só poderão ser suscitadas na apelação se a parte provar que deixou de 
fazê-lo por motivo de força maior. 
Fatos novos que configuram um motivo de força maior: 
alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
• Fatos ocorridos após a publicação da sentença 
• Ignorância do fato pela parte, desde que ela apresente um motivo sério e objetivo para que a parte desconheça 
o fato 
• Impossibilidade da parte comunicar o fato ao advogado, desde que exista uma causa objetiva para justificar a 
omissão 
• A impossibilidade do próprio advogado comunicar o fato ao juízo, desde que demonstrado que a sua omissão foi 
causada por obstáculo insuperável e alheio à sua vontade 
 
2. AGRAVOS NO CPC 
São três espécies: 
• Agravo de instrumento (ataca decisões interlocutórias) 
• Agravo interno (ataca decisões interlocutórias monocráticas do relator) 
• Agravo em recurso especial e em recurso extraordinário (propicia a análise de admissibilidade pelos órgãos 
superiores, viabilizando a análise dos recursos) 
 
2.1. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
É o recurso adequado para atacar decisões interlocutórias proferidas no curso do processo. As decisões interlocutórias 
resolvem incidentes e não põem fim ao processo. 
Rol de hipóteses de cabimento do agravo de instrumento: 
• Tutelas provisórias 
• Mérito do processo 
• Rejeição da alegação de convenção de arbitragem 
• Incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
• Rejeição do pedido de gratuidade de justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação (atenção: se a parte for 
intimada a recolher as custas e não recolher, haverá o julgamento do processo sem resolução de mérito, e aí 
caberá apelação) 
• Exibição ou posso de documento ou coisa 
• Exclusão de litisconsorte 
• Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio 
• Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros 
• Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução 
• Redistribuição do ônus da prova 
alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
• Outros casos expressamente previstos em lei (como na decisão que extingue parcialmente o processo e decisão 
que julga antecipadamente parcela do mérito) 
• Decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no 
processo de execução e no processo de inventário 
Atualização em 21/02/2019: o entendimento sobre o rol das hipóteses de cabimento do agravo de instrumento é que ele 
é taxativo. Entretanto, o STJ decidiu, após anos de discussão, que essa taxatividade é mitigada. Ou seja, é relativizada por 
uma cláusula adicional de cabimento nas hipóteses de interposição de recurso em caso de urgência. 
Tese fixada pelo STJ no informativo nº 639: o rol do art. 1015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a 
interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão 
no recurso de apelação. 
Exemplo: agravo de instrumento interposto contra decisão do juiz que remete os autos para outra comarca, em razão de 
arguição de incompetência territorial. 
O processo seguirá seu trâmite normal na pendência do julgamento do agravo de instrumento. O agravo de instrumento 
será dirigido diretamente ao tribunal,por meio de petição com os requisitos: 
• Nomes das partes 
• Exposição do fato e do direito 
• Razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido 
• Nome e endereço completo dos advogados 
Peças que obrigatoriamente devem instruir o pedido: 
• Obrigatoriamente, cópias de: 
o Petição inicial 
o Contestação 
o Petição que ensejou a decisão agravada 
o Decisão agravada 
o Certidão de intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade 
o Procurações 
• Declaração de inexistência de qualquer dos documentos, feita pelo advogado do agravante, sob sua 
responsabilidade pessoal 
• Facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis 
Não existe mais a preclusão consumativa pela não juntada de algum dos documentos obrigatórios (se for processo 
eletrônico, não há a obrigatoriedade de juntada das peças). Se a parte não juntar, deverá ser intimada pelo relator para 
juntar no prazo de 5 dias. 
Formas de interposição do agravo de instrumento: 
alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
• Protocolo realizado diretamente no tribunal 
• Protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias 
• Postagem, sob registro, com AR 
• Transmissão de dados tipo fac-símile 
• Outra forma prevista em lei 
O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo (em 3 dias), de cópia de petição do agravo de instrumento, 
do comprovante da sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. Se o juiz comunicar que 
reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 
Uma vez distribuído, o relator poderá não conhecer do agravo de instrumento se: 
• Não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os 
fundamentos da decisão recorrida 
• Negar provimento a recurso que for contrário: 
o À súmula do STF, STJ ou do próprio tribunal 
o Ao acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos 
o Ao entendimento firmado em IRDR ou assunção de competência 
Se não for verificada uma das situações acima, o relator terá o prazo de 5 dias para atribuir efeito suspensivo ao recurso, 
analisar eventual requerimento de antecipação de tutela, determinar a intimação do agravado para apresentar a 
contraminuta em 15 dias ou determinar a intimação do MP para que se manifeste em 15 dias como fiscal da ordem jurídica. 
O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 mês da intimação do agravado. 
 
2.2. AGRAVO INTERNO 
É recurso utilizado para atacar decisões interlocutórias monocráticas do relator. A finalidade é deslocar essa decisão para 
o colegiado do tribunal. As regras a serem observadas estarão dispostas no regimento interno do tribunal. 
Na petição do agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os fundamentos da decisão agravada. A petição 
será dirigida diretamente para o relator, que determinará a intimação do agravado para se manifestar em 15 dias. 
O relator poderá se retratar no prazo de 15 dias, mas se não se retratar, levará o recurso a julgamento pelo órgão colegiado, 
com inclusão do julgamento em pauta. 
O relator não pode reproduzir os fundamentos da decisão agravada para preparar a minuta do voto do acórdão do agravo. 
Ou seja, o relator deve atacar os pontos específicos levantados no agravo interno e não meramente reproduzir o que já 
decidiu. 
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão 
colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% do valor 
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atualizado da causa. E a interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à 
exceção da FP e do beneficiário da JG, que farão o pagamento ao final. 
 
2.3. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
São cabíveis contra decisão do presidente ou vice presidente do tribunal de 2ª instância que não admitir o REsp ou RExt, a 
não ser quando a decisão estiver fundada em entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento 
de recursos repetitivos. 
A finalidade é deslocar a análise de admissibilidade do recurso para o STJ ou STF (não tem pretensão de analisar o mérito 
do acórdão recorrido). 
A petição será dirigida diretamente ao presidente ou vice presidente do tribunal, sem a necessidade de pagamento de 
custas ou valores referentes de porte e de remessa. Interposto o recurso, o presidente ou o vide determinará a intimação 
do agravado para apresentar a contraminuta em 15 dias. Encerrado o prazo para contraminuta, o presidente ou o vice 
poderá se retratar, mas, caso mantenha a decisão, determinará a remessa dos autos ao tribunal superior. 
O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o REsp ou RExt, assegurada, neste caso, sustentação 
oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal. 
Na hipótese de interposição conjunta de REsp ou RExt, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não 
inadmitido. Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente (REsp para o STJ e RExt para o 
DTF), mas, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao STJ. 
 
3. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Tem a finalidade de esclarecer, integrar, corrigir ou completar a decisão prolatada. 
São cabíveis contra toda e qualquer decisão, seja sentença ou decisão interlocutória, no prazo de 5 dias (único prazo 
diferente no CPC). 
Hipóteses de cabimento dos embargos de declaração: 
• Esclarecer obscuridade 
• Eliminar contradição 
• Suprir omissão 
• Corrigir erro material 
Considera-se omissa a decisão que: 
• Deixa de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou incidente de assunção de 
competência aplicável ao caso 
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• Incorra nas seguintes hipóteses: 
o Apenas indicar, reproduzir ou parafrasear o ato normativo sem relacioná-lo com as questões a serem 
decididas 
o Empregar conceitos jurídicos indeterminados sem explicar a incidência no caso concreto 
o Invocar motivos genéricos, que possam justificar qualquer outra decisão no processo 
o Não enfrentar todos os argumentos apresentados pelas partes capazes de contrariar a tese adotada pelo 
julgador 
o Apenas fizer referência a determinado precedente ou súmula, sem demonstrar que o caso concreto se 
amolda aos fundamentos do julgado ou súmula 
o Deixar de seguir súmula, jurisprudência ou precedentes invocados pela parte sem demonstrar a 
inaplicabilidade ao caso concreto ou a superação do entendimento anteriormente adotado 
Oposto o recurso de ED tempestivo, o prazo para a interposição de outros recursos é interrompido e após o julgamento, 
o prazo será integralmente devolvido à parte para apresentação do recurso. 
A petição será dirigida ao juiz, com a indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, não se sujeitando ao preparo. 
O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se no prazo de 5 dias, sobre os embargos opostos, caso seu 
eventual acolhimento implique a modificação da decisão. 
Fungibilidade: o órgão julgador conhecerá dos ED como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que 
determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 dias, complementar as razões recursais. 
Se os ED forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interpostopela outra parte 
antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de 
ratificação. 
Súmula 579 STJ: não é necessário ratificar o REsp que foi interposto na pendência dos embargos de declaração quando 
inalterado o julgamento anterior. 
O prequestionamento constitui exigência do objeto do REsp ou RExt. É necessário que a matéria já tenha sido objeto de 
decisão prévia por tribunais inferiores. 
O CPC diz que consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de 
prequestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior 
considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. 
Assim, a mera interposição dos embargos de declaração já é suficiente para prequestionar a matéria, independentemente 
de rejeição dos embargos pelo tribunal de 2º grau. 
A parte poderá requerer o efeito suspensivo dos embargos de declaração se: 
• Demonstrar a probabilidade de provimento do recurso 
• Relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação 
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Embargos de declaração manifestamente protelatórios: o juiz ou relator, em decisão fundamentada, condenará o 
embargante a pagar uma multa, que será revertida em favor da parte contrária: 
• 1º embargos: multa não excedente a 2% sobre o valor atualizado da causa 
• 2º embargos: multa não excedente a 10% sobre o valor atualizado da causa 
• Após o 2º, a parte não mais poderá opor embargos no mesmo processo 
Por fim, a regra é que os embargos não tenham efeito modificativo. Mas, ao efetuar esclarecimento, complementação ou 
correção, é possível que ocorra alguma alteração naquilo que foi decidido. Essa é a hipótese excepcional em que os 
embargos terão efeitos infringentes. Nesse caso, se o juiz entender que poderá haver modificação na decisão, deverá 
intimar a parte contrária para que exercite o contraditório. Assim, caso o acolhimento dos embargos de declaração 
implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária 
tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 dias, contado da 
intimação da decisão dos embargos de declaração. 
 
4. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
É uma apelação em 2º grau, que visa garantir a efetividade do duplo grau de jurisdição dos processos originários no 
tribunal. 
Não há uma fundamentação vinculada, pois as partes recorrentes podem alegar qualquer matéria, não havendo 
prequestionamento. 
Recurso ordinário para o STF: 
• HC, MS, habeas data e mandado de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, se 
denegatória a decisão 
• Crime político 
Recurso ordinário para o STJ: 
• HC decididos em única ou última instância pelos TRF ou pelos TJ dos E/DF/T, quando a decisão for denegatória 
• MS decididos em única instância pelos TRF ou pelos TJ dos E/DF/T, quando denegatória a decisão 
• Causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, município 
ou pessoa residente ou domiciliada no país (nessa hipótese caberá agravo de instrumento das decisões 
interlocutórias) 
Atenção: recurso ordinário para o STF abrange HC, MS, habeas data e mandado de injunção; para o STJ só HC ou MS. 
Nesse recurso não há o juízo de admissibilidade; escoado o prazo ou acostadas as contrarrazões, os autos serão 
encaminhados ao STF ou STJ. 
alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
5. RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL 
São recursos que não estão voltados para o reexame da matéria já decidida, mas sim voltados para tutelar o sistema, o 
direito objetivo, não diretamente o direito das partes. 
São excepcionais e só podem ser interpostos se esgotadas as vias ordinárias, bem como todas as decisões são recorríveis 
(seja decisão final ou interlocutória). 
Súmulas 07 STJ e 279 STF: o simples reexame de prova não enseja REsp ou RExt. 
 Só haverá o efeito suspensivo a requerimento da parte. 
Exigem o prequestionamento. 
Cabe RExt quando a decisão recorrida (em causas decididas em única ou última instância): 
• Contrariar dispositivo da CF 
• Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal 
• Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF 
• Julgar válida lei local contestada em face de lei federal 
Cabe REsp quando a decisão recorrida (em causas decididas em única ou última instância, pelos TRF ou TJ dos E/DF/T): 
• Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência 
• Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal 
• Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal 
Os REsp ou RExt serão interpostos mediante petição dirigida ao presidente do tribunal recorrido com exposição do fato e 
do direito, demonstração de que o recurso está dentro das hipóteses de cabimento e as razões do pedido.

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