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RESUMO - INTERVENÇÃO FEDERAL - CONSTITUCIONAL II

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Prévia do material em texto

"Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e
judiciária dos Territórios.
§1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios,
aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo
IV deste Título.
§2º As contas do Governo do Território serão submetidas
ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de
Contas da União.
§3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil
habitantes, além do Governador nomeado na forma desta
Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e
segunda instância, membros do Ministério Público e
defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa."
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l Territórios Federais: 
 
A Constituição de 1988 estabeleceu as hipóteses em que,
excepcionalmente, a União poderá intervir nos Estados Federados.
O instituto da intervenção federal encontra-se nas circunstâncias
enumeradas nos incisos do art. 34 da Carta Política: 
"Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito
Federal, exceto para:
 I - manter a integridade nacional;
 II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da
Federação em outra;
 III - pôr termo a grave comprometimento da ordem
pública;
 IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes
nas unidades da Federação;
 V - reorganizar as finanças da unidade da Federação
que:
 a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais 
IntervençãoFederal 
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Conceituar a intervenção federal como o último remédio ou
ratio para se manter a integridade nacional e da ordem
jurídica constitucional;
Narrar um processo de continuidade histórica do instituto
desde a primeira Constituição republicana de 1891, e a sua
elaboração por Rui Barbosa;
Apresentar as espécies de intervenção federal: a espontânea e
a provocada. 
de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior;
 b) deixar de entregar aos Municípios receitas
tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos
prazos estabelecidos em lei;
 VI - prover a execução de lei federal, ordem ou
decisão judicial;
 VII - assegurar a observância dos seguintes
princípios constitucionais:
 a) forma republicana, sistema representativo e
regime democrático;
 b) direitos da pessoa humana;
 c) autonomia municipal;
 d) prestação de contas da administração pública,
direta e indireta;
 e) aplicação do mínimo exigido da receita
resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde."
A doutrina brasileira apresenta três elementos enfatizando a
intervenção federal: 
1.
2.
3.
A intervenção federal nada mais é do que o afastamento
temporário da autonomia de um ente federal que tem por
objetivo a preservação da própria federação. Trata-se de um
instrumento de direito constitucional de exceção, pois priva o
ente federado de sua característica essencial: a autonomia.
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Nesse sentido, a intervenção federal é taxada como FORTE
MEDIDA COERCITIVA, só podendo ser usada estritamente em
situações já determinadas pelos Arts. 34 a 36 da CRFB/88: 
"Art. 34 (fls. 1 e 2) 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a
União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto
quando:
 I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois
anos consecutivos, a dívida fundada;
 II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
 III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita
municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas
ações e serviços públicos de saúde;
 IV - o Tribunal de Justiça der provimento a
representação para assegurar a observância de princípios
indicados na Constituição estadual, ou para prover a execução
de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
 I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder
Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de
requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for
exercida contra o Poder Judiciário;
 II - no caso de desobediência a ordem ou decisão
judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do
Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior
Eleitoral;
 III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de
representação do Procurador-Geral da República, na hipótese
do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
 IV - (Revogado).
 § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude,
o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o
interventor, será submetido à apreciação do Congresso
Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de
vinte e quatro horas.
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DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E POLÍTICA
 
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 § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a
Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária,
no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
 § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada
a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia
Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do
ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade.
 § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades
afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento
legal."
Obs: Nos casos em que o pedido de intervenção federal se
fundamenta em descumprimento de ordem judicial ou decisão
judiciária, na maior parte das vezes, está envolvido grave
desrespeito aos direitos de cidadania. 
 
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Princípios Constitucionais Sensíveis
"A intervenção federal pelo inciso VII do art. 34 busca resguardar
a observância dos chamados princípios constitucionais sensíveis.
Esses princípios visam assegurar uma unidade de princípios
organizativos tida como indispensável para a identidade jurídica
da Federação, não obstante a autonomia dos Estados-membros
para se auto–organizarem."
-Gilmar Mendes
"A segunda hipótese (art. 34, VII, b) objetiva assegurar o respeito
aos direitos da pessoa humana, compreendidos aqui em sentido
amplo, de modo a abranger tanto os direitos humanos (direitos
consagrados nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil e
demais direitos vinculados à dignidade da pessoa humana) quanto
os direitos fundamentais, como tais considerados àqueles
consagrados expressamente e implicitamente pela CF, noção que,
portanto –especialmente à vista da abrangência docatálogo
constitucional –, é mais ampla (e, portanto, mais protetiva) do que
a noção de direitos humanos."
-Ingo Sarlet
Espontânea: ato exclusivo da vontade do chefe do presidente da
República que deverá obter posterior aprovação por parte do
Congresso Nacional, prevista no art. 34, inc I, II, III e V da
CRFB/88. 
Provocada: prevista nos casos do art. 34, inc IV, VI e VII por
solicitação do Executivo e do Legislativo estaduais e, por
requisição, por parte dos órgãos do Judiciário. 
abrangência: os estados-membros que serão atingidos pela
medida;
amplitude: os poderes que serão cerceados;
tempo: prazo de duração da medida especificado.
Tipos de Intervenção 
Em ambas as espécies DEVE SER EXPEDIDO um DECRETO
PRESIDENCIAL INTERVENTIVO especificando: 
1.
2.
3.
Segundo os art. 90, I e 91, §1º da CRFB/88, o presidente deve ouvir o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional para
decretação. 
 
 
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PROVOCADA
ESPONTÂNEA
independente de provocação de 
outros órgãos 
p/ garantir o
 livre exercício dos
Poderes
Executivo/Legislativop/ garantir livre
exercício do Poder
Judiciário 
promover a execução de 
lei federal
 ou a observância dos
 princípios sensíveis 
p/ promover a 
execução de ordem
ou decisão
judicial 
art. 36, I e art. 34 inc IV,
ambos da CF 
art. 36, II e art. 34, inc VI
e VII, ambos da CF 
art. 36, II e art. 34, inc
VI, ambos da CF 
art. 36, I e art. 34 inc IV,
ambos da CF 
art.34, inc I,II,II e V da CF 
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 Os parlamentares podem aprová-lo, autorizando a continuidade da
intervenção até o atingimento de seus fins;
Podem, de outro lado, aprová-lo suspendendo de imediato a
medida, situação que gerará efeitos ex nunc;
Podem, por fim, rejeitá-lo integralmente, suspendendo a
intervenção e declarando ilegais, ex tunc, os atos de intervenção. 
Natureza jurídica (discricionalidade)
Provisoriedade 
"Havendo a omissão do tempo determinado para a sua realização, a
falta de indicação de cláusula suspensiva, a intervenção deverá ser
considerada inconstitucional pelo Poder Judiciário" (AGRA,
2007:300) 
 
Consequências da intervenção e a figura do
interventor
COMUNICABILIDADE E ATO VINCULADO DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA
Art. 11. Julgada a ação, far-se-á a comunicação às autoridades ou
aos órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, e, se a
decisão final for pela procedência do pedido formulado na
representação interventiva, o Presidente do Supremo Tribunal
Federal, publicado o acórdão, levá-lo-á ao conhecimento do
Presidente da República para, no prazo improrrogável de até 15
(quinze) dias, dar cumprimento aos §§1º e 3º do art. 36 da
Constituição Federal.
Parágrafo único. Dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado a partir
do trânsito em julgado da decisão, a parte dispositiva será
publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário
Oficial da União." 
Segundo Lewandowski, existem 3 consequências do ato apreciado pelo
Poder Legislativo: 
1.
2.
3.
Características 
Por Silva Neto:
 
"Quando se defende a natureza política do processo de intervenção,
está-se a firmar, por outro prisma, o entendimento de que os
critérios sobre os quais se movimenta
a autoridade responsável pela expedição do decreto são
essencialmente políticos. Utiliza-se, portanto, do juízo da
conveniência e oportunidade da medida. Conveniência é signo que 
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Política: realizado pelo Poder Legislativo dos atos interventivos
postos a sua apreciação. 
Jurídica: realizado pelo Poder Judiciário, ocorre pela verificação do
respeito à autonomia federativa e aos mandamentos
constitucionais.
Polo ativo: União Federal, representada pelo PGR.
Polo passivo: estado-membro ou DF.
importa na aferição de juízo de valor político acerca da efetiva
necessidade no adotar-se a providência. Oportunidade, por outro
lado, significa examinar o momento político da sua execução. A
autoridade responsável pelo início da intervenção não usa um ou
outro, mas os dois. Entrecruzam-se conveniência e oportunidade
para tornar o mais acertado possível a decisão política atinente à
intervenção. Outrossim, o §4o do art. 36 salienta que cessados os
motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus."
É importante ressaltar que a decretação deste instituto jurídico
representa um momento de crise institucional tão sério, que ela
configura um limite circunstancial ao Poder Constituinte Derivado de
emendar a Constituição (art. 60, §1º, CF)
Porém, nada impede o ordenamento constitucional de sendo
insuficiente a intervenção, passem a ser decretados outros remédios
constitucionais (estado de defesa e estado de sítio).
Controle da Intervenção
ADIN (ação direta interventiva - art. 36, III, da CF, regulado pela Lei
12.562/11)
É uma modalidade de controle de constitucionalidade concreto e
concentrado para um conflito federativo, proposta no nível federal pelo
chefe do Ministério Público Federal, o procurador-geral da República,
quando um dos estados-membros desrespeita a lei federal ou um dos
princípios constitucionais sensíveis. É uma verdadeira ação.
A função do STF é decidir um caso concreto, por isso é importante
observar que a consequência da procedência da ADIN é a decretação da
intervenção federal no Estado. 
 
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l Se a decisão for pela inconstitucionalidade, o STF comunica aosórgãos interessados e requisita ao presidente da República edecretação da intervenção federal, estando este obrigado a
cumpri-la, sob pena de responder por crime de responsabilidade,
com base na Lei 1.079/50. 
Obs: a decisão do STF pela inconstitucionalidade produz
SOMENTE o efeito de AUTORIZAR A INTERVENÇÃO. 
"Art 36: (...)
 § 1º O decreto de intervenção, que especificará a
amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber,
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do
Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no
prazo de vinte e quatro horas.
 § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou
a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária,
no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
 § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV,
dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela
Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.
 § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades
afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento
legal. (...)"
"Art. 49 (...)
 V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa; (...)"
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