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1 ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS São fármacos altamente inespecíficos. Atuam inibindo a síntese ou armazenamento de noradrenalina. Já os mais específicos alteram a ligação da noradrenalina com seus receptores. 1. Alpha metil tirosina: inibe a tirosina hidroxilase. Resposta simpaticolítica independente dos receptores, pois atuam inibindo a formação de noradrenalina e sua ligação aos adrenoceptores. • Ação farmacológica: análogo estrutural da tirosina, que é transportado nas terminações nervosas, onde inibe a tiroxina hidroxilase, a primeira enzima na via de biossíntese das catecolaminas. • Uso clínico: tratamento da hipertensão associada ao feocromocitoma 2. Carbidopa: inibe a dopa descarboxilase. Resposta simpaticolítica independente dos receptores, pois atuam inibindo a formação de noradrenalina e sua ligação aos adrenoceptores. • Ação farmacológica: Inibidor da enzima DOPA carboxilase, responsável pela descarboxilação periférica da levodopa em dopamina. O mecanismo ocorre da seguinte maneira: quando há inibição desta enzima, resulta em não conversão da levodopa em dopamina, resultando em maior passagem de levodopa para o cérebro. • Uso clínico: tratamento de Parkinson • Efeitos colaterais: anorexia, náuseas e vômitos 3. Metildopa: (inibe o armazenamento da noradrenalina), compete com a tirosina na captação para a variculosidade simpática (inibem a síntese), alpha-metil noradrenalina compete com a noradrenalina pela vesícula de estoque, que vai ser degradada pela MAO (inibe armazenamento). Além disso a alpha-metil noradrenalina não sofre mecanismo de controle fino, porém, não tem afinidade pelos receptores pós sinápticos, mas desencadeia uma forte atividade pelos receptores alpha 2, impedindo a exocitose de noradrenalina e dela mesma (inibem liberação). São agonistas alpha 2. • Ação farmacológica: A metildopa tem efeito simpaticolíticos de ação central, sendo captada pelos neurônios e convertida em alfa metil noradrenalina (ou seja, é uma pró droga), que é caracterizada como um falso transmissor. A metil noradrenalina não sofre degradação pela enzima MAO, resultando em seu acúmulo nos terminais sinápticos, e assim deslocando a noradrenalina das vesículas. Principal forma de administração é a oral, tendo 50% de absorção e biodisponibilidade um pouco inferior a 50%. Tem baixa afinidade por proteínas plasmáticas e tem período de latência de até 6 horas • Uso clínico: controle de hipertensão arterial 2 ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS ESPECÍFICOS ANTAGONISTAS ALPHA E BETA ADRENÉRGICOS • Efeitos colaterais: causa fadiga ao diminuir o débito cardíaco, causando fraqueza. Causa sedação, por ser antagonista adrenérgico, diminuindo quantidade de noradrenalina. • Efeito adverso: hepatotoxicidade, impotência, anemia hemolítica, febre 4. Reserpina: Atua se aderindo a membrana da vesícula de estoque, alterando sua permeabilidade e impedindo que a noradrenalina seja armazenada, assim ela será degradada pela MAO. Depleta os estoques de noradrenalina (inibem o armazenamento). Utilizada para testar novas drogas, período de latência de 21 dias. 1. Antagonistas alpha e beta: labetol 2. Antagonistas alpha adrenérgicos: fenoxibenzamina, tolozalina e fentolamina OBS: derivados de Ergot (ergotamina, di-hidroergotamina, ergotamina) 3. Antagonistas alpha 1 adrenérgicos: prazosina, doxazosina, etc 4. Antagonistas alpha 2 adrenérgicos: ioimbina, idazoxan, etc 5. Antagonista Beta adrenérgicos: propranolol, timolol, nadolol, pindolol, alprenolol, oxeprenolol, etc. 6. Antagonistas Beta 1 adrenérgicos: metroprolol, atenolol, etc. Não temos antagonistas beta 2 LABETALOL Vai ocorrer por competição contra a noradrenalina contra todos os adrenoceptores • Mecanismo de ação: antagonismo competitivo reversível com a noradrenalina em adrenoceptores alpha e beta • Ações farmacológicas: vasodilatação, diminuição do débito cardíaco, bronco constrição, resposta simpática reflexiva; 3 ANTAGONISTAS ALPHA ADRENERGICOS ANTAGONISTAS ALPHA 1 ADRENÉRGICOS ANTAGONISTAS ALPHA 2 ADRENÉRGICOS • Usos clínicos: controle de hipertensão arterial. Porém por ser inespecífico o seu uso é limitado.’ • Efeitos colaterais: hipotensão postural (queda de pressão quando levanta), taquicardia, fadiga, bronco constrição. Obs: carvediol bloqueia apenas adrenoceptores alpha 1, beta 1 e beta 2. FENOXIBENZAMINA, FENTOLAMINA E TOLAZOLINA • Mecanismo de ação: Antagonismo competitivo reversível (fentolamina e tolazolina) ou irreversível (fenoxibenzamina) com a noradrenalina em receptores alpha • Ações farmacológicas: vasodilatação, resposta simpática reflexa • Usos clínicos: controle da hipertensão arterial incluindo aquela associada ao fenerocitoma(fenoxibenzamina); disfunção erétil (fentolamina), produz relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos, dilatação arterial e influxo de sangue arterial para os corpos cavernosos. • Efeitos colaterais: hipotensão, taquicardia, congestão nasal Obs: Derivados do Ergot (ergotamina, di hidro ergotamina, ergometrina) apresentam atividade simpatomimética intrínseca e intensa. PRAZOSINA, DOXASINA, TERAZOSINA ETC. • Mecanismo de ação: Antagonismo competitivo reversível com a noradrenalina por adrenoceptores alpha 1 • Ações farmacológicas: Vasodilatação e redução da pressão arterial • Usos clínicos: controle da hipertensão arterial • Efeitos colaterais: hipotensão e hipotensão postural, congestão nasal e palpitações. 4 IOIMBINA, IDAZOXAN, ETC. • Mecanismo de ação: Antagonismo competitivo reversível com a noradrenalina por adrenoceptores alpha 2 • Ações farmacológicas: aumenta resistência periférica(alpha 1), aumento do débito cardíaco(beta 1), aumento de pressão arterial • Usos clínicos: Reversão da sedação de agonistas alpha 2; disfunção sexual masculina (uso humano) • Efeitos colaterais: hipertensão, taquicardia, etc.
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